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Authors
Abstract(s)
"Agora e para sempre (...) os filmes serão o tradutor mais fiel dos sonhos mais ousados dos
arquitectos" Luis Buñuel
A Arquitectura e o Cinema estabeleceram desde cedo uma relação, que apresenta uma das
suas épocas mais frutuosa no Expressionismo Alemão e no decorrer da ascensão da República
de Weimar. Com o final da Primeira Guerra Mundial, enquanto assistimos a uma época de
redefinição arquitectónica, assistimos igualmente a uma ascensão da produção
cinematográfica onde alguns arquitectos deixam a sua marca.
O Cinema Expressionista Alemão, fortemente marcado por experimentações e redefinições,
expõe na sua criação algumas das mais importantes e expressivas cidades cinematográficas da
história do Cinema. Caracteriza-se pela representação da realidade de forma subjectiva,
procurando fugir do convencional e da própria razão e eleva nas suas concepções o papel da
Arquitectura e da própria Cidade.
Este estudo, através de uma análise detalha de duas cidades cenográficas, pertencentes a
dois dos filmes mais emblemáticos do Cinema Expressionista Alemão, O Gabinete do Doutor
Caligari, de Robert Wiene, e Metropolis, de Fritz Lang, pretende identificar e evidenciar a
relevância e o significado atribuído à Arquitectura no Cinema da época.
Apesar de visualmente os dois filmes apresentarem registos diferentes, em ambos é a imagem
da cidade que mais se evidencia. A cidade deixa de funcionar apenas como um pano de fundo
e ganha uma nova importância, estabelecendo-se como elemento principal. No clima entre
guerras que se vivenciava, estas cidades cenográficas reflectiam e denunciavam, através da
sua engenhosa concepção, a sociedade da época. Estas constituem-se igualmente num
espelho da evolução e das alterações que se verificaram na arquitectura durante aquele
período histórico.
Description
Keywords
Expressionismo alemão Arquitectura cenográfica