Publication
Importância dos fatores de risco não clássicos na incidência do acidente vascular cerebral
datacite.subject.fos | Ciências Médicas::Ciências da Saúde::Medicina | por |
dc.contributor.advisor | Álvarez Pérez, Francisco José | |
dc.contributor.author | Silva, Sara Fernandes da | |
dc.date.accessioned | 2020-01-28T17:01:50Z | |
dc.date.available | 2020-01-28T17:01:50Z | |
dc.date.issued | 2019-06-14 | |
dc.date.submitted | 2019-05-10 | |
dc.description.abstract | O acidente vascular cerebral é definido como o surgimento abrupto de sinais e sintomas de disfunção cerebral, que permanecem vinte e quatro ou mais horas ou conduzem à morte, sem causa aparente que não seja a vascular. Esta definição inclui o acidente vascular cerebral isquémico, a hemorragia intracerebral e hemorragia subaracnoide. O acidente vascular cerebral ocorre quando o fornecimento de sangue ao tecido cerebral é interrompido de forma abrupta, provocando lesão do tecido. A interrupção do fornecimento sanguíneo pode ocorrer devido a hemorragia ou isquemia, dando origem a um acidente vascular cerebral hemorrágico ou isquémico, respetivamente. Estes dois tipos apresentam diferenças nos fatores de risco, incidência, prevalência e estratégias de tratamento, bem como no grau de morbilidade e mortalidade que, por sua vez, depende também da extensão das lesões. O acidente vascular cerebral isquémico representa cerca de 80-85% de todos os casos, enquanto o tipo hemorrágico representa cerca de 15 a 20%. O acidente vascular cerebral é a segunda principal causa de morte e a terceira causa major de incapacidade no mundo. Em Portugal, uma em cada dez mortes deve-se a acidente vascular cerebral, sendo um dos países da Europa Ocidental com maior taxa de mortalidade devido a esta patologia, principalmente para a população com mais de 65 anos. O paradigma da doença está a mudar, sendo que se assiste, por um lado, a uma diminuição na idade de incidência, sendo cada vez mais comum em jovens adultos, e por outro a um aumento da prevalência por diminuição da taxa de mortalidade. Esta realidade tem importantes implicações na saúde da população. As doenças cerebrovasculares, nas quais se inclui o acidente vascular cerebral são patologias heterogéneas e multifatoriais, sendo que diferentes fatores de risco, modificáveis ou não, podem atuar de forma sinérgica e com efeito cumulativo no surgimento da doença. De entre os fatores de risco não modificáveis destacam-se a idade, sexo e raça/etnia, enquanto hipertensão arterial, tabagismo, dieta e inatividade física se classificam como fatores de risco modificáveis. Estes fatores são responsáveis por cerca de 90% de todos os acidentes vasculares cerebrais. No entanto, uma significativa parte dos casos, cerca de 10%, é provocada por outros fatores de risco menos frequentes, considerados como fatores de risco não clássicos. Entre os fatores de risco não clássicos com influência na incidência do acidente vascular cerebral destacam-se a migraine, síndrome da apneia obstrutiva do sono, hiperuricemia, doença renal crónica, hiperhomocisteínemia, lipoproteína (a), estados pró-trombóticos, defeitos do fibrinogénio e síndrome do anticorpo antifosfolipídico. A presente monografia tem como objetivos a revisão da informação relativa aos fatores de risco não clássicos com influência na incidência do acidente vascular cerebral e, ainda, alertar para a importância destes mesmos fatores, principalmente perante casos de acidente vascular cerebral em pacientes aparentemente saudáveis e sem fatores de risco clássicos identificáveis. | por |
dc.description.abstract | Stroke is defined as the abrupt onset of signs and symptoms of brain dysfunction, which remain twenty-four or more hours or lead to death, with no apparent cause other than vascular. This definition includes ischemic stroke, intracerebral hemorrhage and subarachnoid hemorrhage. Stroke occurs when the blood supply to the brain tissue is abruptly disrupted, causing tissue damage. Disruption of blood supply may occur due to hemorrhage or ischemia, resulting in a hemorrhagic or ischemic stroke, respectively. These two types present differences in risk factors, incidence, prevalence and treatment strategies, as well as in the degree of morbidity and mortality, which, in turn, also depends on the extent of the lesions. Ischemic stroke accounts for about 80-85% of all cases, while the hemorrhagic type accounts for about 15 to 20%. Stroke is the second leading cause of death and the third leading cause of disability in the world. In Portugal, one in ten deaths is due to stroke, being one of the countries with the highest mortality rate due to this pathology among the western European countries, especially for the population over 65. The disease paradigm is changing, with a decrease in the age of incidence, being increasingly common in young adults, and on the other, an increase in prevalence due to a decrease in the mortality rate. This reality has important implications for the health of the population. Cerebrovascular diseases, in which stroke is included, are heterogeneous and multifactorial pathologies, and different risk factors, modifiable or not, can act synergistically and with cumulative effect on the onset of the disease. Among the non-modifiable risk factors, age, gender and race/ethnicity stand out, while hypertension, smoking, diet and physical inactivity are classified as modifiable risk factors. These factors account for about 90% of all strokes. However, a significant part of the cases, about 10%, is caused by other less frequent risk factors considered as non-classic risk factors. Among the non-classic risk factors influencing the incidence of stroke are migraine, obstructive sleep apnea syndrome, hyperuricemia, chronic renal disease, hyperhomocysteinemia, lipoprotein (a), prothrombotic conditions, fibrinogen defects and antiphospholipid antibody syndrome. The objectives of this monography are to review the information on non-classical risk factors that influence the incidence of stroke and to alert to the importance of these factors, especially in cases of stroke in apparently healthy patients with no classic risk factors identifiable. | eng |
dc.identifier.tid | 202373908 | |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10400.6/8851 | |
dc.language.iso | por | por |
dc.subject | Acidente Vascular Cerebral | por |
dc.subject | Avc Hemorrágico | por |
dc.subject | Avc Isquémico | por |
dc.subject | Doenças Cerebrovasculares | por |
dc.subject | Fatores de Risco | por |
dc.subject | Incidência | por |
dc.title | Importância dos fatores de risco não clássicos na incidência do acidente vascular cerebral | por |
dc.type | master thesis | |
dspace.entity.type | Publication | |
rcaap.rights | openAccess | por |
rcaap.type | masterThesis | por |
thesis.degree.name | Mestrado Integrado em Medicina | por |
Files
Original bundle
1 - 1 of 1
No Thumbnail Available
- Name:
- 6887_14689.pdf
- Size:
- 488.34 KB
- Format:
- Adobe Portable Document Format