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Desenvolvimento e avaliação de um programa de ensino-aprendizagem de comunicação de más notícias no curso de Medicina da UBI
datacite.subject.fos | Ciências Médicas::Ciências da Saúde::Medicina | por |
dc.contributor.advisor | Vitória, Paulo dos Santos Duarte | |
dc.contributor.author | Campos, Joana Filipa Pacheco | |
dc.date.accessioned | 2024-11-21T11:09:07Z | |
dc.date.available | 2024-11-21T11:09:07Z | |
dc.date.issued | 2024-03-14 | |
dc.date.submitted | 2024-01-25 | |
dc.description.abstract | Introdução: A comunicação clínica é um dos pilares fundamentais da educação médica e da prática da medicina. Numa era marcada pelo fácil acesso à informação, com recursos terapêuticos e tecnológicos cada vez mais avançados, é essencial que os médicos estejam devidamente capacitados para uma comunicação efetiva com os seus pacientes, familiares e cuidadores. A forma de comunicar e a informação transmitida têm um efeito reconhecido no prognóstico dos casos, promovendo mudanças drásticas na vida das pessoas envolvidas e influenciam diretamente a realização profissional e bem-estar dos médicos. A comunicação de más notícias é uma das tarefas mais exigentes para os médicos. Os estudantes de medicina reconhecem a importância e a necessidade de treinar a comunicação de más notícias na sua formação académica. Para facilitar esta tarefa e aumentar a sua qualidade Robert Buckamn criou o protocolo SPIKES, composto por 6 etapas. O ensino-aprendizagem destas matérias e o treino deste tipo de competências tem tido crescente importância nos currículos da educação médica pré-graduada. São vários os estudos realizados a este respeito, todavia, ainda não é claro quais os métodos pedagógicos mais adequados para o desenvolvimento destas competências. É necessário desenvolver e avaliar programas de ensino-aprendizagem da comunicação clínica nos currículos de educação médica, incluindo a comunicação de más notícias, e incluir o contributo dos estudantes neste processo. Assim, o principal objetivo deste projeto é descrever o desenvolvimento e apresentar a avaliação de um programa de ensino-aprendizagem de comunicação de más notícias com base no protocolo SPIKES. Materiais e métodos: Estudo observacional transversal, com uma parte longitudinal prospetiva (avaliação pré e pós intervenção). Durante o ano letivo 2022/2023 os alunos a frequentar o 5º ano da FCS-UBI participaram num módulo sobre a comunicação de más notícias constituído por 3 aulas. Responderam a dois questionários, um no início da primeira aula (Q1) e outro no final da última aula (Q2). Estes avaliaram qual a importância que os alunos atribuem ao tema, de que forma este tema tem vindo a ser lecionado na FCSUBI, e, ainda, o impacto do programa implementado na aquisição de conhecimentos e competências relacionadas à comunicação de más notícias. A análise dos dados foi realizada através do SPSS-24 para Windows. Resultados: Dos 165 alunos inscritos no 5º ano, 159 (96,4%) responderam ao questionário 1 (Q1: idade média 23,84±3,35; 73,6% do sexo feminino). Responderam a Q2 156 alunos (98,1% dos que responderam em Q1). Cerca de metade dos participantes (51,6%) declarou que já assistiu a pelo menos uma situação de comunicação de uma má notícia em contexto clínico. A média da importância atribuída à comunicação de más notícias na formação pré-graduada em medicina é 8,52± 0,91 (escala de 1 a 9 pontos). A autoavaliação da preparação para executar esta tarefa, na mesma escala de 1 a 9, é 3,67±1,90. A maioria (83,0%) declara que não conhece o protocolo SPIKES. Uma parte considerável dos alunos (36,0%) afirma que não teve aulas sobre este tema e 43,0% responde que estas aulas foram apenas teóricas. A média na avaliação da dificuldade de comunicar más notícias, na escala de 1 e 9, é 6,41± 1,04. A média na autoavaliação dos conhecimentos, competências e confiança relativamente à comunicação de más notícias é baixa: na escala 1-9, respetivamente, 3,81±1,74, 3,79± 1,85 e 3,67± 1,89. Estes valores sobem significativamente após a frequência do módulo: 6,91±1,14, 6,46±1,38, 6,32±1,41. Os estudantes expressaram, de modo geral, grande satisfação com o módulo de comunicação de más notícias (62,8% avaliaram como Muito Bom ou Excelente). Conclusão: Os alunos do curso de medicina da FCS-UBI avaliaram a tarefa de comunicar más notícias como muito difícil e a importância desta matéria na sua formação como muito elevada. A avaliação da formação recebida até à data nesta matéria é negativa e a autoavaliação da sua preparação é reduzida. A grande maioria não conhecia o protocolo SPIKES. Os alunos atribuem ao módulo de comunicação de más notícias uma avaliação muito positiva. Na avaliação deste módulo, um resultado a destacar é a subida significativa na autoavaliação dos conhecimentos, competências e confiança relativamente à comunicação de más notícias. | por |
dc.description.abstract | Introduction: Clinical communication is one of the fundamental pillars of medical education and the practice of medicine. In an era marked by easy access to information, along with increasingly advanced therapeutic and technological resources, it is essential that doctors be properly trained to communicate effectively with their patients, families, and caregivers. The manner of communication and the information transmitted have a recognized effect on the prognosis of cases, bringing about drastic changes in the lives of the people involved and directly influencing the professional fulfillment and well-being of doctors. Breaking bad news is one of the most demanding tasks for doctors. Medical students recognize the importance and necessity of training in communicating bad news during their academic preparation. To facilitate this task and enhance its quality, Robert Buckman created the SPIKES protocol, which consists of six steps. The teaching and learning of these subjects, along with the training of these types of skills, have become increasingly important in pre-graduate medical education curricula. Several studies have been conducted in this regard; however, it is still not clear which pedagogical methods are most suitable for developing these skills. It is necessary to develop and evaluate clinical communication teaching-learning programs in medical education curricula, including breaking bad news, and to include student input in this process. Thus, the main objective of this project is to describe the development and present the evaluation of a teaching-learning program for communicating bad news based on the SPIKES protocol. Materials and methods: Cross-sectional observational study, with a prospective longitudinal part (pre- and post-intervention assessment). During the 2022/2023 academic year, students attending the 5th year at FCS-UBI participated in a module on communicating bad news consisting of 3 classes. They responded to two questionnaires, one at the beginning of the first class (Q1) and another at the end of the last class (Q2). They assessed the importance that students attribute to the topic, how this topic has been taught at FCS-UBI, and also the impact of the implemented program on the acquisition of knowledge and skills related to communicating bad news. Data analysis was performed using SPSS-24 for Windows. Results: Of the 165 students enrolled in the 5th year, 159 (96,4%) responded to questionnaire 1 (Q1: average age 23,84±3,35; 73,6% female). 156 students responded to Q2 (98,1% of those who responded to Q1). Around half of the participants (51,6%) declared that they had already witnessed at least one situation of bad news being communicated in a clinical context. The average importance attributed to communicating bad news in pre-graduate medical training is 8,52±0,91 (on a scale from 1 to 9 points). The self-assessment of preparation to perform this task, on the same scale from 1 to 9, is 3,67±1,90. The majority (83,0%) declare that they do not know the SPIKES protocol. A considerable number of students (36,0%) state that they did not take classes on this topic, and 43,0% respond that these classes were only theoretical. The average in assessing the difficulty of communicating bad news, on a scale of 1 to 9, is 6,41±1,04. The average self-assessment of knowledge, skills, and confidence in communicating bad news is low: on a scale of 1-9, respectively, 3,81±1,74, 3,79±1,85, and 3,67±1,89. These values rise significantly after the module frequency: 6,91±1,14, 6,46±1,38, 6,32±1,41. Students generally expressed great satisfaction with the bad news communication module (62,8% rated it as Very Good or Excellent). Conclusion: FCS-UBI medical students assessed the task of communicating bad news as very challenging, and they emphasized the high importance of this subject in their training. The evaluation of the training received to date in this matter is negative, and the selfassessment of their preparation is low. The vast majority did not know the SPIKES protocol. Students gave the bad news module a very positive evaluation. Notably, the evaluation of this module highlights a significant increase in self-assessment of knowledge, skills, and confidence regarding communicating bad news. | eng |
dc.identifier.tid | 203715543 | |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10400.6/14702 | |
dc.language.iso | por | por |
dc.rights.uri | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/ | |
dc.subject | Avaliação de Ensino-Aprendizagem | por |
dc.subject | Comunicação Clínica | por |
dc.subject | Comunicação de Más Notícias | por |
dc.subject | Educação Médica | por |
dc.subject | Protocolo Spikes | por |
dc.title | Desenvolvimento e avaliação de um programa de ensino-aprendizagem de comunicação de más notícias no curso de Medicina da UBI | por |
dc.type | master thesis | |
dspace.entity.type | Publication | |
rcaap.rights | openAccess | por |
rcaap.type | masterThesis | por |
thesis.degree.name | Mestrado Integrado em Medicina | por |
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