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Abstract(s)
As Organizações Sem Fins Lucrativos (OSFL) são uma realidade em expansão na sociedade
atual, resultam da iniciativa de cidadãos com espírito empreendedor, para suprir
necessidades que não são cobertas por outras organizações (com fins lucrativos ou governamentais), por razões ideológicas, religiosas, altruístas, caritativas e outras.
Em Portugal foi recentemente promulgado o Decreto-Lei nº 36–A/2011 de 9 de março no qual se alega que dado o peso que as OSFL desempenham na economia portuguesa, se justifica o reforço das exigências de transparência relativamente às atividades que realizam e aos recursos que utilizam, nomeadamente através da obrigação de prestarem informação fidedigna sobre a gestão dos recursos que lhes são confiados, bem como sobre os resultados
alcançados no desenvolvimento das suas atividades. Porém a divulgação de informação pode ser complexa dado que cada OSFL se relaciona e interage com um conjunto de interessados na mesma – os stakeholders – que são afetados ou podem afetar a realização dos objetivos da
organização e que têm perspetivas diferentes sobre a organização. Levantam-se assim questões: como é que os stakeholders avaliam o desempenho da organização? Serão os critérios utilizados comuns a várias categorias de stakeholders? Como é que a OSFL pode
satisfazer as necessidades de informação dos stakeholders? Que características deve possuir um modelo de prestação de informação aos stakeholders, que se ajuste às necessidades de informação destes para a avaliação do desempenho da OSFL?
Na revisão da literatura, e tendo como suporte a teoria dos stakeholders, constata-se que a avaliação do desempenho das OSFL é tratada de uma forma pouco consistente. O presente estudo pretende ajudar a colmatar esta lacuna. Para isso propõe um modelo para a prestação
de informação, sobre o desempenho das OSFL, aos stakeholders. Por se tratar de uma realidade social pouco estudada, que se procura entender, exigindo-se a análise e observação de diferentes fontes de informação pouco estruturadas, segue-se uma metodologia essencialmente qualitativa, recorrendo a um estudo de caso exploratório.
A OSFL estudada permitiu a identificação de 16 categorias de stakeholders e do como avaliam estes o desempenho da organização. Analisa-se a unidade de critérios de avaliação do desempenho entre as várias categorias de stakeholders e como pode a OSFL satisfazer as necessidades de informação que estes têm. Identifica-se e carateriza-se ainda um modelo de prestação de informação aos stakeholders da OSFL.
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Keywords
Organizações sem fins lucrativos Prestação de contas