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Avaliação da qualidade de sono nos estudantes de medicina da Universidade da Beira Interior

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Abstract(s)

Introdução: O sono é um processo fisiológico complexo presente na maioria dos seres vivos, que contribui para as funções essenciais de vários processos biológicos. A perturbação do sono tem vindo a aumentar exponencialmente. Os estudantes universitários, em particular, os estudantes de medicina, são especialmente vulneráveis a esta problemática. Apesar disso, a literatura existente relativa ao tema é escassa, em especial, relativamente a Portugal. Com este estudo, pretende-se avaliar a qualidade de sono nos estudantes de Medicina e analisar as diferenças e relações existentes de acordo com a idade, sexo, coabitação e o ano de curso que frequentam. População e métodos: Trata-se de um estudo transversal que envolveu estudantes de Medicina da Universidade da Beira Interior, Covilhã, Portugal. Os estudantes foram convidados a responder a um questionário com o Índice da Qualidade de Sono de Pittsburg (Pittsburgh Sleep Quality Index - PSQI), tendo este sido validado para a população portuguesa. Os valores obtidos para cada componente do PSQI foram, inicialmente, analisados para a população global, tendo sido depois relacionados com as variáveis sociodemográficas, no sentido de verificar relações estatisticamente significativas. Resultados: 296 estudantes responderam ao questionário. Destes, 62,2% consideraram o seu sono bom; 42,4% obtiveram 2 na componente latência do sono; 50% mostrou dormir 6 a 7h; 73,9% evidenciou uma eficiência de sono adequada; 85,5% relatou pouco ou nenhum distúrbio do sono; 83,8% referiu nunca ter usado medicação para dormir; e 60,8% mencionou pouca ou nenhuma disfunção diurna. Relativamente ao PSQI global, 72,6% dos estudantes obteve uma pontuação superior a 5, indicando uma má qualidade de sono. 74.7% das raparigas e 67,7% dos rapazes indicou ter uma pobre qualidade de sono. Também, 91,3% dos estudantes que vivem sozinhos obtiveram o mesmo resultado. Relativamente ao ano do curso, 82,4% dos estudantes do 1º ano reportou uma pobre qualidade de sono, assim como 77,5% do 2º ano, 72,1% do 3º, 77,8% do 4º, 65,8% do 5º e 71,4% do 6º ano do curso. Discussão e conclusão: Os estudantes de medicina da Universidade da Beira Interior parecem ser mais propícios a uma pior qualidade de sono. Apesar disso, mais estudos são necessários para comprovar esta suscetibilidade, bem como a necessidade de intervenção terapêutica no sentido de melhorar estes parâmetros.
Introduction: Sleep is a complex physiological process present in all living beings, performing essential functions for various biological functions. The prevalence of sleep disorders has increased exponentially. University students are especially vulnerable to a decrease in sleep quality, particularly medical students. Even so, the literature on sleep quality in medical students is scarce, especially when referring to Portugal, where studies are almost non-existent. The aim of this study was to evaluate sleep quality in medical students and to analyze the differences in sleep quality according to age, sex, cohabitation and compare the sleep quality of medical students throughout the various phases of the medical course. Population and methods: This is a cross-sectional study involving medical students at the University of Beira Interior, Covilhã, Portugal. All medical students were invited to complete the Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI), which has been validated for the Portuguese population. First, the scores obtained in each of the components of the PSQI and the global PSQI score were analyzed for the global population. Lastly, the global PSQI score was correlated with each of the sociodemographic variables to verify the existence of a statistically significant relationship. Results: 296 students completed the instrument. Of these, 62.2% classify their sleep quality as good; 42.4% scored 2 in the sleep latency component; 50% reported sleeping 6 to 7 hours; 73.9% stated an adequate sleep efficiency; 85.5% mentioned few or no sleep disturbances; 83,8% said they never used sleep medication; and 60.8% had low or no sleepiness or daytime dysfunction. As for the overall PSQI score, 72.6% of the students had a score greater than 5, indicating a poor quality of sleep. 74.7% of female respondents have a low quality of sleep, as well as 67.7% of male respondents. Likewise, 91.3% of students who live alone have poor sleep quality. Regarding the course year, 82.4% of the first-year students report a poor quality of sleep, as well as 77.5% of the second-year students, 72.1% of the third-year students, 77.8% of the fourth-year, 65.8% of the fifthyear students and 71.4% of the sixth-year students. Discussion and conclusion: Medical students of University of Beira Interior seem to be more likely to have poor sleep quality, especially when compared to other university students. However, further studies are needed to prove this susceptibility as well as therapeutic interventions aimed at improving sleep parameters.

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Estudantes de Medicina Índice da Qualidade de Sono de Pittsburg Perturbações do Sono Qualidade de Sono

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