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Vacinação contra Papiloma Vírus Humano em adolescentes do sexo masculino
datacite.subject.fos | Ciências Médicas::Ciências da Saúde::Medicina | por |
dc.contributor.advisor | Ferreira, Ana Sofia Rodrigues | |
dc.contributor.advisor | Carvalho, Cristiana | |
dc.contributor.advisor | Patrício, Pedro Mendes Ferrão Simões | |
dc.contributor.author | Barreto, Ana Raquel Covas | |
dc.date.accessioned | 2020-01-23T17:11:44Z | |
dc.date.available | 2020-01-23T17:11:44Z | |
dc.date.issued | 2019-06-26 | |
dc.date.submitted | 2019-05-30 | |
dc.description.abstract | INTRODUÇÃO: A infeção pelo Papiloma Vírus Humano (HPV) é a infeção sexualmente transmissível mais frequente na atualidade. O HPV é responsável por lesões benignas e lesões malignas, destacando-se o carcinoma do colo do útero, cancro anal, vaginal, do pénis, vulvar e da orofaringe. Na Europa Ocidental, a carga de doença por HPV em homens é comparável à carga nas mulheres. A maior proteção contra o HPV é adquirida com a vacinação, em conjunto com o uso correto do preservativo. Atualmente estão aprovadas pela European Medicines Agency (EMA) 3 vacinas: uma bivalente, uma tetravalente e uma nonavalente. A Comissão de Vacinas da Sociedade de Infecciologia Pediátrica e da Sociedade Portuguesa de Pediatria recomenda a vacinação, a título individual, de rapazes a partir dos 9 anos de idade, desde 2015, e a partir de 2018 com a vacina nonavalente. O presente estudo tem como principal objetivo avaliar o conhecimento e a aceitação da vacina contra o HPV por parte dos pais de rapazes adolescentes que sejam utentes do Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira (CHUCB) e dos seus profissionais de saúde que contactam com crianças e adolescentes. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo transversal, com recurso a questionários, realizado durante os meses de julho a outubro do ano de 2018, no CHUCB. Foram elaborados 2 questionários diferentes, um dirigido a pais/encarregados de educação de adolescentes do sexo masculino, e outro dirigido a profissionais de saúde que contactam com estes adolescentes. RESULTADOS: Foram recolhidos no total 135 questionários, correspondendo a 107 pais/encarregados de educação e 28 profissionais de saúde. Relativamente aos questionários dirigidos aos pais, 70,1% afirmou já ter ouvido falar do HPV. A doença mais frequentemente associada à infeção por HPV foi o Cancro do Colo do Útero (CCU) Considerando o conhecimento em relação à vacina contra HPV, 85% dos pais afirmou já ter ouvido falar dela. Os indivíduos com formação superior têm maior conhecimento do HPV e da respetiva vacina. Apenas 48,4% referiu ter tido conhecimento da vacina em contexto de consulta médica, mas 92,5% dos participantes revelou intenção de vacinar os seus filhos. Relativamente aos profissionais de saúde, apenas 71,4% conhecem todas as implicações do vírus e somente 67,9% afirmou estar a par das atuais recomendações de vacinação contra HPV em rapazes. A abordagem do tema é baixa, sendo que 57,1% afirmou só abordar o tema quando questionada pelos pais ou adolescentes. DISCUSSÃO: O conhecimento dos pais relativamente à forma de transmissão do vírus, à sua prevalência em Portugal e às suas consequências para a saúde, particularmente no sexo masculino, são inferiores a 60%, o que revela, no geral, pouco conhecimento acerca do vírus. Isto é concordante com dados de outros países, que indicam um conhecimento sub ótimo por parte dos pais. Verificou-se também que 92,5% dos pais manifestaram intenção de vacinar os seus filhos, percentagem superior à encontrada em estudos semelhantes, que apontam apenas para cerca de 65%. A percentagem de pais que tiveram acesso à informação através dos profissionais de saúde foi inferior a 50%. Considera-se que os profissionais de saúde apresentam um nível de conhecimento sub ótimo, revelando menor conhecimento da patologia associada ao HPV no género masculino e das recomendações para rapazes. Nenhum dos profissionais de saúde abrangidos pelo presente estudo concorda que a vacina seja paga. Mesmo estando a par das recomendações da SPP, a maioria dos profissionais só aborda esta questão quando questionados pelos pais ou nunca a aborda, revelando sérias disparidades entre o conhecimento que possuem e aquele que transmitem. A aceitação da vacina é um aspeto fulcral para a implementação bem sucedida de um programa de vacinação contra HPV, e, para que tal aconteça, é necessário que os pais, como responsáveis dos adolescentes, vejam a vacinação de modo positivo. Revela-se uma maior necessidade de educação da população relativamente aos potenciais efeitos do HPV no sexo masculino. Deve haver por parte dos profissionais de saúde a responsabilidade de fornecer aos pais e aos adolescentes as informações relativas aos riscos para a saúde da infeção e aos benefícios da vacinação. Para que seja possível fornecer as informações corretas aos pais é necessária uma maior formação dos profissionais de saúde que contactam com crianças e adolescentes. | por |
dc.description.abstract | INTRODUCTION: The Human Papillomavirus (HPV) is the most frequent sexual transmitted infection nowadays. HPV is responsible for benign lesions and malignant lesions, like cervix, anal, vaginal, penile, vulvar and oropharynx cancers. In Western Europe, the burden of HPV disease in men is comparable to that in women. The greatest protection against HPV is acquired by vaccination in conjunction with the correct use of condoms. Currently the European Medicines Agency (EMA), has approved 3 vaccines, one bivalent, one tetravalent and another nonavalent. The Comissão de Vacinas da Sociedade de Infecciologia Pediátrica e da Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP) recommends the vaccination of boys from the age of 9 years, since 2015, and since 2018 with the nonavalent vaccine. This study aims to evaluate the knowledge and acceptance of the HPV vaccine by the parents of adolescent boys that are users of Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira (CHUCB) and by its health professionals who deal with chindren and adolescents. MATERIALS AND METHODS: Cross-sectional study using the questionnaires, carried out during the months of July to October of 2018, at CHUCB. Two different questionnaires were developed, one directed at parents/guardians of male adolescents and another directed at the health professionals who contact with these adolescents. RESULTS: A total of 135 questionnaires were collected, corresponding to 107 parents/guardians and 28 to health professionals. Regarding the questionnaires addressed to parents, 70,1% said the had heard of HPV. The most frequently associated HPV infection was Uterine Cervical Cancer (CCU). Considering the knowledge about the HPV vaccine, 85% of parents said they had heard of it. Higher education is associated with more knowledge about HPV and its vaccine. Only 48.4% reported having been aware of the vaccine during a medical consultation, but 92,5% of the participants indicated their intention to vaccinate their children. Regarding health professionals, only 71,4% knew all the implications of the virus and only 67,9% said the knew about the current recommendations for HPV vaccination in boys. The approach of the topic is low, and only 57,1% stated that they only address the issue when questioned by the parents or adolescents. Even knowing the SPP’s recommendations, most of them only address this question when asked by the parents or never addresses it, revealing serious disparities between their knowledge and the one they transmit. Acceptance of the vaccine is central to the successful implementation of an HPV vaccination program, and for this to happen, it’s necessary for parents to see the vaccination in a positive way. There is a greater need for education of the population regarding the potential effects of HPV in males. Health professionals should be responsible for providing parents and adolescents with information on the health risks of the infection and the benefits of the vaccine. In order to be able to provide the correct information it is necessary a greater training of health professionals who contact with children and adolescents. DISCUSSION: Parents’ knowledge about the transmission of the virus, its prevalence in Portugal and its health consequences, particularly in males, is less than 60$ which reveals, in general, little knowledge about the virus. This is in agreement with data from other countries, which indicates sub optimal knowledge by the parents. Is was also found that 92,5% of the parents expressed their intention to vaccinate their children, a percentage higher than that found in similar studies, which only indicates about 65%. The percentage os parents who had access to information by health professional was less than 50%. Health professionals are considered to have a sub optimal knowledge, revealing less knowledge of HPV-associated pathology in men and recommendations for boys. None of the health professionals agrees with the fact that parents must cover the cost of the vaccine. | eng |
dc.identifier.tid | 202373150 | |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10400.6/8680 | |
dc.language.iso | por | por |
dc.subject | Hpv | por |
dc.subject | Pais | por |
dc.subject | Profissionais de Saúde | por |
dc.subject | Rapazes | por |
dc.subject | Vacinação | por |
dc.title | Vacinação contra Papiloma Vírus Humano em adolescentes do sexo masculino | por |
dc.title.alternative | Conhecimento e aceitação dos pais e profissionais de saúde | por |
dc.type | master thesis | |
dspace.entity.type | Publication | |
rcaap.rights | openAccess | por |
rcaap.type | masterThesis | por |
thesis.degree.name | Mestrado Integrado em Medicina | por |
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