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Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
This dissertation is presented in the format of a scientific article and reports a
qualitative investigation carried out with the intent of exploring perceptions related
with mental health and gender and sexual diversity in the Portuguese armed and police
forces.
Despite increased acceptance in recent years, the conservative and hypermasculine
culture of the armed and police forces in the western world, as well as the history of
exclusionary practices regarding gender and sexual minorities in these institutions
raise the question of how these circumstances impact these populations nowadays.
Given the scarcity of research on this topic in the Portuguese context, the purpose of
this study was to explore the perceptions of Portuguese police and militaries toward
diversity of gender and sexual identities in the Portuguese armed and police forces,
emphasizing the implications for the mental health of gender and sexual minorities in
this context.
A qualitative research methodology was used for answering investigation questions and
to identify the participants’ perspectives on the topic. An electronic inquiry was
structured and answered by 64 individuals who are or were members of the Portuguese
armed or police forces. Data were analyzed using thematic analysis as to identify
repeated patterns of meaning in the data set.
The recurrent themes in the narratives of the participants in the study were the
following: (1) general characteristics of the military/police environment and culture;
(2) sexist attitudes and behaviors in the armed and police forces, (3) positive attitudes
and behaviors related to sexuality in the armed and police forces, (4)
homophobic/heterosexist attitudes and behaviors in the armed and police forces, (5)
influence of military and police culture on the expression of sexuality and coping of
sexual minorities, (6) negative impact of military and police culture on the mental
health of gender and sexual minorities, (7) personal opinion regarding how sexual and
gender diversity should be addressed in the armed and police forces.
Analysis of these perceptions about gender and sexual identities in the Portuguese
armed and police forces provides insight into the experience of our participants and
suggests that the impact of stigma and discrimination towards gender and sexual
minorities in this context was relevant for the individuals within this sample. Future
investigation on this topic is important as well as the dissemination of this information
among professionals who work directly with service members, in order to better determine how the specific needs of this population can be met and, in this way,
promote the mental health and well-being of gender and sexual minorities who work
within the military and police forces in Portugal and beyond.
Esta dissertação é apresentada em formato de artigo científico e relata uma investigação qualitativa levada a cabo com o objetivo de explorar perceções relacionadas com a saúde mental e a diversidade de identidades sexuais e de género nas forças armadas e policiais portuguesas. Apesar da crescente aceitação que se tem verificado nos últimos anos, a cultura conservadora e hipermasculina vigente nas forças armadas e policiais no mundo ocidental, associada ao histórico de práticas de exclusão de minorias sexuais e de género nestas instituições, levantam a questão de como essas circunstâncias impactam estas populações na atualidade. Perante a escassez de investigações sobre este tópico no contexto português, o objetivo deste estudo foi explorar as perceções de militares e polícias portugueses sobre a diversidade de género e de identidades sexuais nas forças armadas e policiais portuguesas, enfatizando as implicações para a saúde mental das minorias sexuais e de género neste contexto. Foi utilizada uma metodologia qualitativa para responder às questões de investigação e, posteriormente, identificar as perspetivas dos participantes sobre o tema. Um inquérito eletrónico foi elaborado e respondido por 64 indivíduos que são ou foram membros das forças armadas ou policiais portuguesas. Os dados foram analisados com recurso à análise temática de modo a identificar e codificar unidades de sentido no conjunto de dados. Os temas recorrentes nas narrativas dos participantes do estudo foram agrupados nas seguintes categorias: (1) características gerais do ambiente e cultura militar/policial; (2) atitudes e comportamentos sexistas nas forças armadas e policiais; (3) atitudes e comportamentos positivos relacionados à sexualidade nas forças armadas e policiais; (4) atitudes e comportamentos homofóbicos/heterossexistas nas forças armadas e policiais; (5) influência da cultura militar e policial na expressão da sexualidade e coping das minorias sexuais; (6) impacto negativo da cultura militar e policial na saúde mental de minorias sexuais e de género; e (7) opinião pessoal sobre como a diversidade sexual e de género deve ser abordada nas forças armadas e policiais. A análise destas perceções relativamente a identidades sexuais e de género nas forças armadas e policiais portuguesas fornece informação acerca da experiência dos nossos participantes e sugere que o impacto do estigma e da discriminação em relação às minorias sexuais e de género neste contexto foi relevante para os indivíduos desta amostra. Seria importante investir em mais investigações futuras sobre o tema em questão, bem como proceder à divulgação destas informações entre os profissionais que atuam diretamente no contexto das forças armadas e policiais, a fim de determinar como atender às necessidades específicas desta população de maneira eficaz e, assim, promover a saúde mental e a qualidade de vida das minorias sexuais e de género que atuem no seio das forças militares e policiais em Portugal e não só.
Esta dissertação é apresentada em formato de artigo científico e relata uma investigação qualitativa levada a cabo com o objetivo de explorar perceções relacionadas com a saúde mental e a diversidade de identidades sexuais e de género nas forças armadas e policiais portuguesas. Apesar da crescente aceitação que se tem verificado nos últimos anos, a cultura conservadora e hipermasculina vigente nas forças armadas e policiais no mundo ocidental, associada ao histórico de práticas de exclusão de minorias sexuais e de género nestas instituições, levantam a questão de como essas circunstâncias impactam estas populações na atualidade. Perante a escassez de investigações sobre este tópico no contexto português, o objetivo deste estudo foi explorar as perceções de militares e polícias portugueses sobre a diversidade de género e de identidades sexuais nas forças armadas e policiais portuguesas, enfatizando as implicações para a saúde mental das minorias sexuais e de género neste contexto. Foi utilizada uma metodologia qualitativa para responder às questões de investigação e, posteriormente, identificar as perspetivas dos participantes sobre o tema. Um inquérito eletrónico foi elaborado e respondido por 64 indivíduos que são ou foram membros das forças armadas ou policiais portuguesas. Os dados foram analisados com recurso à análise temática de modo a identificar e codificar unidades de sentido no conjunto de dados. Os temas recorrentes nas narrativas dos participantes do estudo foram agrupados nas seguintes categorias: (1) características gerais do ambiente e cultura militar/policial; (2) atitudes e comportamentos sexistas nas forças armadas e policiais; (3) atitudes e comportamentos positivos relacionados à sexualidade nas forças armadas e policiais; (4) atitudes e comportamentos homofóbicos/heterossexistas nas forças armadas e policiais; (5) influência da cultura militar e policial na expressão da sexualidade e coping das minorias sexuais; (6) impacto negativo da cultura militar e policial na saúde mental de minorias sexuais e de género; e (7) opinião pessoal sobre como a diversidade sexual e de género deve ser abordada nas forças armadas e policiais. A análise destas perceções relativamente a identidades sexuais e de género nas forças armadas e policiais portuguesas fornece informação acerca da experiência dos nossos participantes e sugere que o impacto do estigma e da discriminação em relação às minorias sexuais e de género neste contexto foi relevante para os indivíduos desta amostra. Seria importante investir em mais investigações futuras sobre o tema em questão, bem como proceder à divulgação destas informações entre os profissionais que atuam diretamente no contexto das forças armadas e policiais, a fim de determinar como atender às necessidades específicas desta população de maneira eficaz e, assim, promover a saúde mental e a qualidade de vida das minorias sexuais e de género que atuem no seio das forças militares e policiais em Portugal e não só.
Description
Keywords
Forças Armadas Forças Policiais Lgbt Militares Portugueses Saúde Mental
