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Authors
Abstract(s)
Introdução: A Ortorexia Nervosa é um padrão emergente de comportamento
alimentar desequilibrado, caracterizado por um foco excessivo na alimentação
saudável, levando a repercussões psicológicas, sociais e físicas. Embora a Ortorexia
Nervosa ainda não esteja incluída em sistemas formais de diagnóstico, como o DSM5, pesquisas crescentes destacam a sua prevalência e associação com o uso das redes
sociais. As plataformas digitais, em particular as que privilegiam conteúdos visuais,
desempenham um papel ambivalente: promovem frequentemente ideais alimentares
rígidos, mas, simultaneamente, fornecem apoio à recuperação dos utilizadores. Esta
revisão analisa a influência das redes sociais no desenvolvimento da ortorexia e os
seus alicerces socioculturais.
Objetivos: Esta dissertação visa identificar o estado atual do conhecimento sobre a
relação entre a Ortorexia Nervosa e o uso de redes sociais, focando-se em como essas
plataformas podem influenciar o desenvolvimento, a manutenção e a intensificação
dos comportamentos ortoréxicos. Desta forma, os objetivos principais baseiam-se em
explorar as evidências científicas existentes sobre essa associação e avaliar o impacto
potencial, das redes sociais, na promoção de padrões alimentares obsessivos,
relacionados com a saúde e a validação social.
Métodos: Para a elaboração desta dissertação, procedeu-se a uma pesquisa
sistemática de artigos científicos nas plataformas PubMed e Scopus, com um foco em
publicações provenientes de contextos culturais variados. Foram analisados 15
estudos que utilizam diferentes metodologias, incluindo abordagens transversais,
qualitativas e mistas. A extração dos dados foi realizada seguindo as diretrizes
PRISMA, com aplicação dos critérios PICO, avaliando as dimensões psicológicas,
comportamentais e sociais da Ortorexia Nervosa, assim como o impacto das redes
sociais.
Resultados: Os resultados demonstram de forma consistente que as redes sociais
contribuem para intensificar as tendências associadas à Ortorexia Nervosa,
principalmente através da exposição a comportamentos alimentares 'idealizados.' Os
utilizadores do Instagram, por exemplo, são frequentemente confrontados com conteúdos focados em dietas que incentivam hábitos alimentares obsessivos sob o
pretexto de promover a saúde. Por outro lado, discussões no Twitter refletem a
pressão social relacionada à alimentação e levantam debates sobre a crescente
necessidade de reconhecimento clínico da Ortorexia Nervosa. Estudos indicam que
utilizadores frequentes de redes sociais apresentam maior gravidade nos sintomas
ortoréxicos, sendo que plataformas como o Instagram e o Grindr desempenham
papéis distintos em certos grupos demográficos. Por outro lado, informações
qualitativas mostram que as redes sociais também promovem apoio comunitário,
com alguns utilizadores a procurar suporte para a recuperação.
Conclusão: A relação entre as redes sociais e a Ortorexia Nervosa é complexa,
abrangendo tanto riscos como oportunidades de recuperação. Por um lado, as redes
sociais podem reforçar padrões alimentares desequilibrados; por outro, oferecem um
espaço de apoio, promovendo conexões entre os utilizadores e disponibilizando
ferramentas úteis para a recuperação. Investigações futuras devem dar prioridade a
análises transculturais e à criação de intervenções que incentivem a literacia digital,
de modo a reduzir os riscos associados à Ortorexia Nervosa e a promover uma
utilização mais positiva e saudável das redes sociais.
Introduction: Orthorexia Nervosa is an emerging disordered eating pattern marked by an excessive focus on healthy eating, leading to psychological, social, and physical impairments. While Orthorexia Nervosa remains outside formal diagnostic systems, such as the DSM-5, increasing research highlights its prevalence and association with social media use. Social media platforms, particularly image-based platforms, play a dual role, often fostering rigid dietary ideals while simultaneously providing recovery support for users. This study reviews the influence of social media on Orthorexia Nervosa development and its socio-cultural underpinnings. Objectives: This review aims to examine the interplay between Orthorexia Nervosa and social media, focusing on the extent to which social media exacerbates or alleviates orthorexic symptoms. We explore the influence of platform-specific content on Orthorexia Nervosa behaviors, considering factors such as exposure to “clean eating” ideals, dietary pressures, and social validation. Methods: A literature review was conducted, analyzing 15 studies encompassing various methodologies, including cross-sectional, qualitative, and mixed-method approaches. Studies were sourced from databases including PubMed and Scopus, focusing on publications from diverse cultural contexts. Data extraction followed the PRISMA guidelines, with attention to PICO criteria, evaluating Orthorexia’s psychological, behavioral, and social dimensions alongside the impact of social media. Results: Findings consistently indicate that social media intensifies orthorexia nervosa tendencies through heightened exposure to “idealized” eating behaviors. Instagram users are frequently confronted with diet-focused content that encourages obsessive eating habits under the guise of promoting health. On the other hand, Twitter discussions highlight social pressures surrounding food and raise debates about the growing need for clinical recognition of orthorexia nervosa. Studies reveal that frequent social media users demonstrate higher orthorexia nervosa symptom severity, with platforms like Instagram and Grindr contributing uniquely to orthorexia nervosa among specific demographics. Moreover, qualitative insights show that social media also fosters community support, with some users seeking recovery guidance. Conclusions: The relationship between social media and Orthorexia Nervosa is complex, encompassing both risks and recovery potential. While social media can reinforce disordered eating patterns, it also serves as a support mechanism, offering peer connections and recovery tools. Future research should prioritize cross-cultural analyses and interventions targeting social media literacy to mitigate Orthorexia Nervosa risks and enhance positive engagement.
Introduction: Orthorexia Nervosa is an emerging disordered eating pattern marked by an excessive focus on healthy eating, leading to psychological, social, and physical impairments. While Orthorexia Nervosa remains outside formal diagnostic systems, such as the DSM-5, increasing research highlights its prevalence and association with social media use. Social media platforms, particularly image-based platforms, play a dual role, often fostering rigid dietary ideals while simultaneously providing recovery support for users. This study reviews the influence of social media on Orthorexia Nervosa development and its socio-cultural underpinnings. Objectives: This review aims to examine the interplay between Orthorexia Nervosa and social media, focusing on the extent to which social media exacerbates or alleviates orthorexic symptoms. We explore the influence of platform-specific content on Orthorexia Nervosa behaviors, considering factors such as exposure to “clean eating” ideals, dietary pressures, and social validation. Methods: A literature review was conducted, analyzing 15 studies encompassing various methodologies, including cross-sectional, qualitative, and mixed-method approaches. Studies were sourced from databases including PubMed and Scopus, focusing on publications from diverse cultural contexts. Data extraction followed the PRISMA guidelines, with attention to PICO criteria, evaluating Orthorexia’s psychological, behavioral, and social dimensions alongside the impact of social media. Results: Findings consistently indicate that social media intensifies orthorexia nervosa tendencies through heightened exposure to “idealized” eating behaviors. Instagram users are frequently confronted with diet-focused content that encourages obsessive eating habits under the guise of promoting health. On the other hand, Twitter discussions highlight social pressures surrounding food and raise debates about the growing need for clinical recognition of orthorexia nervosa. Studies reveal that frequent social media users demonstrate higher orthorexia nervosa symptom severity, with platforms like Instagram and Grindr contributing uniquely to orthorexia nervosa among specific demographics. Moreover, qualitative insights show that social media also fosters community support, with some users seeking recovery guidance. Conclusions: The relationship between social media and Orthorexia Nervosa is complex, encompassing both risks and recovery potential. While social media can reinforce disordered eating patterns, it also serves as a support mechanism, offering peer connections and recovery tools. Future research should prioritize cross-cultural analyses and interventions targeting social media literacy to mitigate Orthorexia Nervosa risks and enhance positive engagement.
Description
Keywords
Doenças Psiquiátricas Ortorexia Nervosa Perturbações do Comportamento Alimentar Redes Sociais
