FCSH - DPE | Dissertações de Mestrado e Teses de Doutoramento
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Browsing FCSH - DPE | Dissertações de Mestrado e Teses de Doutoramento by advisor "Barbosa, Maria Miguel"
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- “Eu luto por adaptar”: Estudo qualitativo sobre o processo psicológico de transição para Estruturas Residenciais Para Pessoas mais velhasPublication . Aragão, Ana Beatriz Caldas Nepomuceno de; Afonso, Rosa Marina Lopes Brás Martins; Barbosa, Maria MiguelO envelhecimento populacional tem levado ao aumento da procura por Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPIs), o que ressalta a necessidade de adaptações psicológicas ao novo contexto em que os adultos mais velhos se inserem. Assim, este estudo analisa o processo psicológico de transição de pessoas idosas para uma ERPI. Trata-se de um estudo qualitativo em que participaram 10 residentes de ERPIs, com idades entre 65 e 96 anos. Os participantes foram entrevistados individualmente e responderam a questões sobre as suas experiências de transição, sentimentos em relação à mudança, desafios enfrentados e estratégias utilizadas para lidar com a nova situação. Os resultados revelaram que a transição para uma ERPI pode ser experienciada de formas diversas, sendo frequentemente acompanhada por sentimentos de perda de autonomia, luto pela casa e rotinas anteriores, bem como dificuldades de adaptação às novas normas institucionais. O estudo destaca os fatores facilitadores e inibidores que influenciam essa adaptação, analisando tanto o impacto emocional quanto as estratégias de coping adotadas pelos residentes. Fatores como o envolvimento ativo no processo decisório e a criação de laços sociais demonstraram ser facilitadores importantes da adaptação. O estudo sugere ainda que o modelo de Atenção Centrada na Pessoa (ACP) tem potencial para promover uma adaptação mais harmoniosa, ao valorizar as preferências e a autonomia dos residentes, adotando estratégias que incluam a participação ativa dos residentes no processo de tomada de decisão e a promoção de um ambiente que apoie a continuidade das suas identidades e preferências individuais. Por outro lado, a rigidez organizacional e a falta de envolvimento dos adultos mais velhos nas decisões emergem como obstáculos à adaptação emocional e ao bem-estar dos residentes.
