LabCom. IFP - Comunicação Filosofia e Humanidades
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- Em Torno do AgnosticismoPublication . Rosa, José Maria SilvaEste artigo procura determinar em que consiste propriamente a atitude agnóstica face à questão da existência ou não existência de Deus, demarcando-a de outras (gnóstica, fideísta, ateia, etc.) na medida que o agnóstico, por definição, recusa responder à questão alegando a impossibilidade de o espírito humano lhe poder responder. Nesse sentido, o Agnosticismo incorpora elementos do antigo Epicurismo e Cepticismo. Ao longo do artigo rastreia-se o percurso histórico dessa atitude, com o momento especial em Kant e a sua «Crítica da Razão Pura», onde a Filosofia Moderna conclui a impossibilidade de demonstrar tanto a existência como a inexistência de Deus, já que o intelecto humano é um «intelecto éctipo», incapaz de intuição intelectual.
- Judaísmo tardio e Helenismo. AproximaçõesPublication . Rosa, José Maria SilvaEste artigo procura analisar alguns temas da obra de Fílon de Alexandria «De Migratione Abrahami» de modo a encontrar nela relações entre a exegese alegórica que o autor faz de passagens bíblicas (no caso a Migração de Abraão), relacionando essas passagens com temas próprios da Filosofia Platónica (saída da caverna, contemplação das ideias, etc.) e suas reapropriações helenísticas.
- Jornalismo e espaço públicoPublication . Correia, João CarlosO objectivo deste trabalho é, com recurso a uma perspectiva interdisciplinar, indagar sobre a natureza da relação entre a indústria jornalística e os seus públicos no contexto de uma sociedade de massa. Procura-se, assim, definir o lugar que, no âmbito dessa indústria, cabe à interacção, conceito que recentemente tem sido objecto de equívocos graças à crescente mediatização tecnológica da experiência simbólica. Pretende-se ainda interpelar uma forma específica de comunicação - a imprensa regional - a fim de indagar se as suas especificidades concretas são de molde a favorecerem uma maior interacção no seio da esfera pública.
- Cultura clássica e cristianismo nascente. Continuidade ou ruptura?Publication . Rosa, José Maria SilvaO clássico esta na moda. Todos nós ouvimos dizer, a propósito e a despropósito, que isto ou aquilo é clássico, que tal ou tal filme se tornou um clássico; em certos meios, inclusive, fica bem dizer-se que se «está a reler os clássicos» ... Numa palavra: o cIássico é actual, sem ser claro o sentido que cada um atribui a tal afirmação. Todavia, este casamento entre o clássico - algo perene - e a moda - império do efémero - só aparentemente é paradoxal. Com efeito, tal como a moda é uma forma de classificar mercadorias, produtos, ideias, pessoas, etc., também os períodos clássicos trazem consigo movimentos niveladores, modais, massivos. Talvez possamos, então, inverter a ordem: ao invés de dizermos que o clássico é actual, digamos que a época actual se tornou equivocamente clássica.
- Isac Cardoso: Vida e ObraPublication . Rosa, José Maria SilvaEste capítulo de livro trata da vida e da obra de Isaac Cardoso (Fernando Cardoso, antes da adesão pública ao Judaísmo, em Madrid, por volta de 1641), nascido por volta de 1603 em Celorico da Beira ou em Trancoso, médico famoso na Corte de Filipe IV, etc., e procura clarificar alguns aspectos cronológicos menos claros da vida deste «converso» bem como apresentar o seu projecto de «Philosophia Libera» (obra principal em 7 livros), i.e., de uma Filosofia Livre. Isaac Cardoso é uma das vozes notáveis do cripto-judaísmo / marranismo peninsular, que só na Itália (Verona e Veneza) pôde finalmente encontrar alguma paz para exercer aquilo em que era Mestre: a Medicina.
- A não-violência como horizonte de convivênciaPublication . Rosa, José Maria SilvaReflecte sobre o princípio da «guerra como pai de todas as coisas», ideia que desde as narrativas míticas e épicas (Enuma Elish, Ilíada, Bhagavad Gita, Heraclito, etc.) até às modernas filosofias veio encontrando bem elaboradas justificações racionais (a guerra atesta a saúde moral dos povos, a luta é o motor da história, a violência sobre o «bode expiatório» funda e mantém a sociedade, etc.) e contrapõe-se a esta persistente justificação mítica e racional o princípio da não-violência como horizonte de convivência, ideal inspirado tanto em outros textos e práticas tanto do ocidente (evangelhos e outros textos do NT, onde se inspiram também maniqueus, quiliastas, quietistas, etc,) como do oriente (Rishis dos Vedas, Mahatma Gandhi, etc.). Sublinha-se o aparente paradoxo: só quem é capaz de ser violento pode ser não-violento. A não-violência não é fruto da cobardia, mas uma decisão voluntária.
- Webjornalismo: considerações gerais sobre jornalismo na webPublication . Canavilhas, JoãoO aparecimento de novos meios de comunicação social introduziu novas rotinas e novas linguagens jornalísticas. O jornalismo escrito, o jornalismo radiofónico e o jornalismo televisivo utilizam linguagens adaptadas às características do respectivo meio. Com o aparecimento da internet verificou-se uma rápida migração dos mass media existentes para o novo meio sem que, no entanto, se tenha verificado qualquer aliteração na linguagem. O chamado “jornalismo online” não é mais do que uma simples transposição dos velhos jornalismos escrito, radiofónico e televisivo para um novo meio. Mas o jornalismo na web pode ser muito mais do que o actual jornalismo online. Com base na convergência de texto, som e imagem em movimento, o webjornalismo pode explorar todas as potencialidades da internet, oferecendo um produto completamente novo: a webnotícia. Este artigo pretende identificar potencialidades do webjornalismo a partir de uma aproximação às linguagens utilizadas pelos actuais meios: jornal, rádio e televisão.
- A Internet como memóriaPublication . Canavilhas, JoãoNo dia em que a British Pathe1 colocou todo o seu arquivo na World Wide Web foi dado mais um importante passo no sentido da afirmação da Internet como memória colectiva da Humanidade. Cerca de quatro horas depois do lançamento do site já se registavam cerca de 15 mil acessos e 3500 downloads de filmes. Outro projecto que revela a importância da Internet como memória é o projecto MyLifeBits2, liderado por Gordon Bell. Este projecto, desenvolvido pelo Media Presence Research Group, recupera uma ideia de Vannevar Bush que, num artigo publicado em 1945, introduziu o termo "Memex" para designar um equipamento digital que permitiria arquivar livros, mensagens, gravações e comunicações pessoais, dispondo ainda de um sistema de pesquisa rápido e flexível. Um e outro caso são exemplos que se juntam às dezenas de fóruns de discussão, às centenas de bibliotecas e museus on-line e aos milhares de mass media que todos os dias colocam na web informações sobre os acontecimentos mais marcantes do dia. Mas esta enorme quantidade de informação disponível não é, só por si, uma marca distintiva da Internet em relação aos outros mass media. O que a distingue é a possibilidade desse arquivo ser imediato e global, reduzindo o espaço e o tempo a um momento.
- Blogues políticos em Portugal: o dispositivo criou novos actores?Publication . Canavilhas, JoãoNum curto espaço de tempo, os weblogs (ou blogues) passaram de uma simples aplicação informática, a um importante dispositivo de comunicação. No ensino, na literatura, na ciência ou na política, o recurso aos blogues cresceu rapidamente devido à simultaneidade de duas características: baixo custo e facilidade de manuseamento. Os blogues estabelecem relações privilegiadas com outros que abordam temáticas semelhantes, criando pequenas redes de interesses. Uma das comunidades mais interessantes é a dos blogues relacionados com actualidades políticas, grande parte dos quais produzida por desconhecidos no panorama mediático tradicional. Neste trabalho pretende-se averiguar se a blogosfera está a criar novos actores sociais e quais os motivos que levam à criação de um blogue político.
- A transfiguração espiritual do amor cortês em Bernardo de ClaravalPublication . Rosa, José Maria SilvaPermitam-me começar com uma pergunta: Será que havia amor na Idade Média? Será que se amava nesses «tempos sombrios»? Afinal, a Idade Média não é tão-só aquele Mar de Trevas, com o cortejo dos seus apocalípticos horrores, as invasões bárbaras, o obscurantismo, a bestialidade das procissões dos autoflagelantes, a brutalidade, a pobreza extrema e esgazeada, a caça às bruxas, as Cruzadas, a Inquisição? Enfim, em três palavras: Peste, Fome e Guerra?