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- Sacrifício, Rivalidade Mimética e “Bode Expiatório” em René GirarPublication . Rosa, José Maria Silva; Meruje, MárcioTendo como ponto de partida a obra de René Girard, o presente artigo pretende apresentar a dimensão antropológica presente na obra deste autor, destacando a sua originalidade e novidade ao pensar o homem como animal socialmente desejante. A teoria mimética, como Girard a formula, pretende ser uma teoria que, colocando no centro da sua reflexão o desejo e a imitação, permita compreender como se estruturam as sociedades arcaicas e actuais, partindo de mecanismos marcadamente antropológicos, para afirmar que as sociedades se estruturam a partir do desejo, do sacrifício e da necessidade de existência de «bodes expiatórios».
- O erro como recurso inventivo no exercício do desenho de estudoPublication . Neto, Sandra Morgado; Fernandes, Miguel João Mendes do Amaral SantiagoA presente Dissertação assenta no flanco da reflexão teórica sobre a imagem, o pensamento e o desenho que 'usam' o erro como recurso inventivo. Pretende-se expor algumas considerações sobre as forças visórias que comportam as dimensões sensível, concetual e corpórea da imagem, sem as quais a análise e a práxis do desenho não progride. Sintetiza-se, por isso, a ideia de que a imagem avançou na contemporaneidade para terrenos do foro mais 'fantasmático', tratando da problemática dos níveis do visível e da representação, sendo feita a tentativa de compreensão dos fenómenos em que a visualidade se transforma em (in)visibilidade. Para o efeito, é abordada a necessidade de conjugação dos níveis mental e material da imagem e, sobretudo, do espaço de interação destes que abriga a 'obscuridade' e oferece, em grande medida, o acesso ao repertório do 'desconcerto criativo’. Nesta linha, percorre-se o calibre da imagem que precede o movimento da mão intrinsecamente ligado ao erro, privilegiando novos modos que, mais do que 'certos' ou 'errados', motorizam positivamente os processos da invenção. Pretende-se dilatar a ideia de que o erro se compreende como recurso inventivo que implica cancelar a via do comum, no corolário das organizações formais e figurais primárias que podem primar as contingências, mas veiculam o final concreto, ao situar a representação e a expressão do pensamento no espaço e no tempo de atuação do olho que pode ver para fora, para dentro e ‘além’. Formula-se o ensaio da existência de uma 'terceira visão' a que a mão (gesto) recorre para, enfim, desenhar o novo. Nesse desenho livre onde a imagem singra, acoplada ou não, ao raciocínio, localizamos um fator ‘impostor’ não só do que se vê, sabe ou conhece, mas de uma ‘caixa negra’ de ‘absurdos’ que ‘tentam inovar’ e romper com a verdade. Assim, desinibe-se uma aceção ao desenho como pretensão titubeante além das suas adequações visória e material, e ao erro como escopo (in)evidente para chegar a esse terreno caro que é pertença do invisível e do indizível, porém, notável indutor do agenciamento do invento que lá, no habitat das ‘coisas erradas’, espera para ser decretado (visualizado). Só integrando o erro nos processos e nas lógicas, se permite analisar as maneiras como os conteúdos e matrizes do desenho de estudo reagem a ele, e se atualizam as condutas perante a necessidade da criação. Mas, porque 'dominar' uma anatomia específica do erro pressupõe controlar quer o seu desenho (ou essa possibilidade), quer os respetivos modos de ordenação e de encadeamento das camadas do pensamento com a materialidade física, houve que ponderar a inventividade ‘representável’ em dois campos de análise complementares. Importou fazer notar as classes impressivas do desenho, a fim de avaliar a respetiva legitimidade no âmbito da sua consagração, a par do desenho que efetivamente se desenha (expressivo). Trata-se de constatar o indeferimento do desenho também no seu próprio campo de ação, ou como traço (gestualidade) no plano de uma conduta em negativo. Enquanto objeto, realidade ou testemunho, verificou-se que o desenho pressupõe sempre uma escolha; uma escolha que só acontece no âmbito do leque dos atos ‘errados’; numa representação que se funda e fixa ordenadamente no ato simbólico e, eventualmente, se prolonga na metade luminosa que é a interpretação do outro. Conclusivamente atinge-se que, além de objeto, o desenho adota o caráter do sujeito como desenho que vem das virtualidades (ou do real imaterial) que estão próximas da expressão, junto do próprio ato manual, mas que não o empregam ou tocam no gráfico porque a escolha é (convenientemente) adiada, negada ou ‘distraída’ pelo erro, tratando-se de uma independência da atenção que se desloca para as periferias da consciência e se transfere, pelo movimento eterno, para o território entre a invisibilidade e a visibilidade.
- Serum biomarkers in elderly asthmaPublication . Rufo, João; Barata, Luis Taborda; Lourenço, OlgaAsthma is usually misdiagnosed and under-treated in the elderly population, resulting in complications and increased severity to the patient. In this review, we describe some of the most important serum markers of asthma studied so far, reporting their outcomes and possible prediction of asthma in the elderly population.
- Práticas participativas: estudo de caso sobre ações discursivas no Projeto Generosidade (Globo)Publication . Canavilhas, João; Moraes, FrancilaineAs tecnologias reforçam as práticas participativas nas diversas esferas da vida social, entre as quais o jornalismo. Os usos sociais das TIC abrem espaço para novas configurações das práticas de participação do público na mídia, e, por extensão, para as ações discursivas dos atores envolvidos. O objetivo deste artigo é discutir a forma como estas ações discursivas se localizam no atual ecossistema midiático. Nesse sentido, a questão de fundo neste trabalho é a seguinte: em que medida as TIC facilitam as práticas participativas no jornalismo? O cenário de observação desse debate é a série de reportagens Projeto Generosidade da Editora Globo. O suporte metodológico é a Análise de Discurso Crítica, especificamente na vertente da Análise Discursiva Textualmente Orientada. O corpus analítico é um conjunto de entrevistas realizadas com atores envolvidos nas práticas de participação em questão.
- The (in) communicability of corporate social responsibility – a Portuguese insightPublication . Gonçalves, GiselaFrom the perspective of a group of public relations consultants and communication directors operating in Portugal, this chapter discusses the complexity inherent to CSR communication. Some of the key questions to be addressed include: are so-called sustainable and socially responsible business strategies, in fact, indicators of genuine corporate change? Or is CSR per se insincere and should CSR communication be considered as a mere invention of PR? CSR will be equated, first, from the analysis of the dialectic relationship between activist movements, government regulation and business discourse and action. Then, some core principles for communicating CSR are highlighted, as well as the dangers and dilemmas in communicating CSR policies from a PR theoretical framework.
- Efeito de um programa de exercício físico no índice de massa corporal, percentagem de massa gorda e perímetro da cintura em alunos do 2º ciclo do ensino básicoPublication . Gonçalves, Carlos Manuel Brazeta; Martins, Júlio Manuel Cardoso; Costa, Aldo Filipe Matos Moreira Carvalho daA obesidade em geral e a obesidade infantil em particular é um grave problema de saúde pública. Esta doença afeta com maior incidência os países desenvolvidos e nos últimos anos temos assistido a um aumento significativo e preocupante da mesma. Em Portugal mais de 50 por cento da população tem excesso de peso. O principal objetivo deste trabalho foi compreender de que forma o programa de exercício físico “Pro-lúdico” inicialmente desenvolvido por Martins et al (2011) e adaptado por nós (anexo 1), influencia o Índice de Massa Corporal (IMC), a Percentagem de Massa Gorda (PMG) e o Perímetro da Cintura (PC) de crianças do 2º ciclo do ensino básico. Da amostra total (n=36), composta por alunos do Agrupamento de Escolas de São Miguel – Guarda, foram criados dois grupos: o grupo experimental total (GET) (n=18) e o grupo de controlo total (GCT) (n=18) – e dois subgrupos que fazem parte dos grupos anteriores respetivamente: o grupo experimental só com sobrepeso e obesidade (GESO) (n=5) e o grupo de controlo só com sobrepeso e obesidade (GCSO) (n=5). A média de idades da amostra é de 11,3 anos (± 1,12). O GET participou no programa de atividade física que teve a duração de 12 semanas com 2 sessões semanais de 45 minutos cada totalizando um total de 24 sessões. Para comparação das médias obtidas nos parâmetros avaliados foi utilizado o programa SPSS e os testes não paramétricos de Mann-Whitney-U e de Wilcoxon (p< 0,05). Os resultados mostraram que no GET houve diminuição da PMG e do IMC de forma significativa e o PC diminui, embora esta descida não seja significativa. No GCT não houve alterações significativas da PMG e por sua vez o IMC e o PC aumentaram significativamente. Quando analisamos só os alunos com sobrepeso e obesidade verificamos que acontece uma subida significativa do peso no GCSO, enquanto no GESO esse aumento não atinge significância estatística. No GESO em relação ao IMC, acontece uma descida significativa. No que concerne ao GCSO o IMC aumenta muito e de forma significativa. Nos restantes parâmetros não houve alterações significativas. Através dos resultados do presente estudo verificamos que o programa de exercício físico ”Pró-lúdico” contribuiu para a redução significativa de alguns fatores de risco para a saúde. Em síntese, este trabalho fortalece as atuais evidências acerca da importância da implementação de programas de atividade física com o objetivo de prevenção e tratamento de crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade.
- Ampliando novos domínios de marcaPublication . Mouta, Ana Catarina Terras; Ribas Gomez, Luiz Salomão; Mendes, António Manuel CamposO papel do consumidor tem vindo a adaptar-se à evolução dos mercados, tornando-se progressivamente mais esclarecido, mais exigente e com maior poder de decisão, criando uma maior imunidade aos estímulos criados pelas estratégias tradicionais das marcas. Desta forma, e frente à crescente necessidade encontrada pelas marcas de se destacarem dos actuais mercados saturados, eis que surge uma ferramenta muito comum nos dias que correm, a extensão de marca. As marcas compreendem esta estratégia como sendo uma ferramenta potenciadora no alcance dos seus objectivos, graças às vantagens que esta agrega, revelando-se através de custos de comunicação mais reduzidos e maiores probabilidade de aceitação no mercado. Assim, existem questões que necessitam de ser desenvolvidas sobre as estratégias das marcas, mais especificamente sobre a extensão de marca, de forma a compreender a sua validade, e os benefícios que podem ser usufruídos pelas mesmas, como será desenvolvido nesta investigação, com foco numa marca de moda portuguesa.
- À Mesa da Vida. Comunidade e comensalidade em Michel HenryPublication . Rosa, José Maria SilvaUma das mais recentes propostas de leitura dos textos bíblicos, em especial dos evangelhos, a chamada teologia narrativa, apresenta a comunidade e a comensalidade como lugares privilegiados de revelação e de relação evangélicas. Foi à mesa, durante as refeições, que Jesus proferiu algumas das suas mais significativas palavras e teve gestos absolutamente reveladores da Vida superabundante em que vivia. Foi também à mesa que operou a inversão entre uma hospitalidade formal, exterior e protocolar, de um fariseu como Simão (Lc 7, 36-50), gestos sociais exangues da vida, e a hospitalidade vital e originária das lágrimas e dos perfumes de Maria Madalena, ajoelhada aos pés dessa mesma mesa. E foi ainda à mesa – será preciso recordá-lo? – no pathos da Última Ceia, que Jesus enlaçou num único e mesmo logos de vida quer a narrativa de uma comunidade escatológica quer as realidades vitais por excelência do pão e do vinho de todos os dias: «Tomai e comei todos…; tomai e bebei todos…; fazei isto em memória de mim». É para nós significativa a comum orientação (apesar de tudo o que as separa, pois não ignoramos as críticas de Michel Henry às pretensões da Teologia Filosófica) entre «Palavras de Cristo»; e «Encarnação. Para uma Filosofia da Carne», leu ele próprio ainda mais radicalmente os evangelhos, muito em particular o evangelho de São João. M. Henry vê aí, 'in actu exercito', por antecipação e em abundância, o cumprimento da inversão da Filosofia tradicional, na sua matriz fenomenológica grega e husserliana.