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- Casuística de Epilepsia no CHCB nos últimos 5 anosPublication . Lima, António Manuel Fontes; Rosado, Maria Luiza ConstanteIntrodução: A Epilepsia é uma patologia neurológica crónica com grandes repercussões em termos de qualidade de vida para o doente. A sua prevalência e perfil epidemiológico variam bastante entre as várias regiões do mundo, não apenas devido às diversas etiologias, mas também devido aos diferentes métodos de investigação. Este estudo tem por objetivo determinar a Prevalência e Perfil Epidemiológico de Epilepsia na população da Cova da Beira a 31 de dezembro de 2012 e, posteriormente, comparar os resultados com os disponíveis na literatura, não existindo nenhum estudo realizado em Portugal neste âmbito. Materiais e Métodos: A identificação dos pacientes foi feita através da revisão dos doentes referenciados para realização de Eletroencefalograma no Laboratório de Eletrofisiologia do Centro Hospitalar da Cova da Beira complementada pela listagem de pacientes fornecido pelo Gabinete de Informação desse mesmo hospital com diagnóstico de Epilepsia pelo ICD-9, ambos no período compreendido entre 1 de janeiro de 2008 e 31 de dezembro de 2012. Posteriormente foram revistos todos os processos eletrónicos dos doentes. Resultados: A prevalência de Epilepsia na população da Cova da Beira foi de 3,38 casos/ 1000 habitantes. A prevalência foi ligeiramente superior em indivíduos do sexo masculino. A faixa etária com prevalência superior foi a dos 0 aos 20 anos de idade, de 4,45 casos/ 1000 habitantes. O grupo populacional com prevalência específica para idade mais elevada foi no sexo masculino dos 0 aos 20 anos, de 5,01 casos/ 1000 habitantes. Crises parciais foram encontradas numa percentagem superior de pacientes (48,6%) relativamente a outros tipos de crises, sendo o tipo mais frequente as crises parciais secundariamente generalizadas. A etiologia mais frequente foi a Sintomática, em 51% dos pacientes, estando os Distúrbios Cerebrovasculares e Traumatismos Crâneo-Encefálicos na base da maioria dos casos. Foi possível identificar diagnósticos sindrómicos em 17,9% dos pacientes, sendo que as síndromes mais frequentes foram a Epilepsia Rolândica Benigna e a Epilepsia Mioclónica Juvenil. De toda a população epilética, 14,1% não fazia medicação, e 26,2% da população fazia mais do que um fármaco antiepilético. Dos pacientes que faziam monoterapia, o Ácido Valpróico era o medicamento mais prescrito. Conclusão: Todos os achados são consistentes com os relatados noutros estudos, à exceção da baixa prevalência detetada em indivíduos com idade superior a 60 anos, de 2,53 casos/ 1000 habitantes. A Prevalência é similar à encontrada em estudos mais recentes realizados na Europa, mas inferior a países Asiáticos e Africanos.
- Formação médica pré-graduada sobre aleitamento materno nas escolas médicas portuguesasPublication . Pedro, Rita Meireles de Sousa; Rosa, Celina PiresIntrodução: O aleitamento materno tem importantes implicações na saúde pública. O seu impacto positivo na saúde das crianças e das mães que amamentam está bem fundamentado na evidência científica de numerosos estudos publicados. Dada a importância do leite materno, torna-se preponderante o papel do profissional de saúde na promoção do aleitamento materno. No entanto, tem-se verificado uma falta de preparação dos médicos nesta área, o que tem contribuído para a elevada taxa de abandono precoce do aleitamento materno encontrada em Portugal. Objetivos: Analisar os conhecimentos em aleitamento materno dos finalistas de Medicina das universidades portuguesas, averiguar em que altura do curso e de que forma esses conhecimentos foram adquiridos, e saber qual o nível de autoconfiança dos alunos para prestar assistência às mulheres que amamentam. Métodos: Estudo observacional transversal descritivo, com componente analítica, baseado na aplicação de um questionário online sobre aleitamento materno aos finalistas do Mestrado Integrado em Medicina das oito faculdades de Medicina portuguesas, do ano letivo 2012/2013. A técnica de amostragem foi não probabilística, com seleção de uma amostra de conveniência. Procedeu-se à análise descritiva quantitativa das variáveis contidas no questionário e também à análise bivariada para testar possíveis associações entre estas. Para tal, recorreu-se aos programas SPSS Statistics 19® e Microsoft Excel 2010®. Resultados: A amostra foi constituída por 261 alunos. A informação sobre aleitamento materno foi transmitida principalmente nos anos clínicos, essencialmente sob a forma de comunicações orais. 67% dos estudantes não contactaram mais do que duas vezes com o tema na prática clínica. Apesar de 75,1% dos inquiridos considerar muito importante o tema do aleitamento materno, 80,5% revelaram sentir-se insuficiente ou apenas razoavelmente preparados para prestar assistência às mulheres que amamentam, tendo-se detetado défices significativos ao nível dos seus conhecimentos nesta área. A média das classificações da avaliação global dos conhecimentos foi 42,4%, sendo que 74,3% dos alunos obtiveram classificação inferior a 50%. Quer a autoconfiança dos alunos na sua preparação, quer a frequência de observação de ações relacionadas com o tema, correlacionaram-se positivamente com o nível de conhecimentos. Métodos ativos de aprendizagem relacionam-se com um melhor desempenho ao nível dos conhecimentos. Discussão/Conclusão: As habilidades e competências relacionadas com o aleitamento materno são um aspeto importante mas negligenciado na formação pré-graduada dos médicos. As deficiências ao nível dos conhecimentos apresentadas neste estudo revelam a má preparação da maioria dos finalistas para prestar assistência às mulheres que amamentam. Poderá então este estudo ser um ponto de partida para propor a incorporação de um currículo em aleitamento materno adequado no Mestrado Integrado em Medicina.
- Síndrome de EncefalopatiaPublication . Geraldes, Rafael José Staudt; Geraldes, Tiago; Alvarez Pérez, Francisco JoséIntrodução: A síndrome de encefalopatia posterior reversível, anteriormente conhecida como leucoencefalopatia posterior reversível, é uma entidade clinico-radiológica do foro neurológico, descrita inicialmente em adultos e cada vez mais diagnosticada em crianças. Clinicamente manifesta-se através de cefaleias, alterações visuais, actividade convulsiva, náuseas, vómitos, comprometimento da consciência e alterações cognitivas. Radiologicamente, pesquisa-se através da tomografia computadorizada e, sobretudo, da ressonância magnética, considerada o exame gold-standard, que evidenciam edema cerebral de carácter vasogénico. Esta síndrome tem sido descrita maioritariamente em pacientes com eclâmpsia, sépsis, encefalopatia hipertensiva e pacientes que recebem terapia imunossupressora e/ou quimioterápica. A sintomatologia e as alterações radiológicas são normalmente reversíveis, quando corrigida atempadamente a causa subjacente, caso contrário podem resultar em sequelas permanentes, como, cegueira cortical; coma ou morte. Objectivos: Foram propostos dois objectivos distintos. Caracterizar de forma geral a síndrome de encefalopatia posterior reversível e investigar qual os principais fármacos responsáveis por induzirem a síndrome. Método: A pesquisa foi dividida em duas categorias relacionadas com os distintos objectivos. Foram pesquisadas publicações indexadas nas bases de dados Pubmed, Elsevier, Wiley e B-On, na biblioteca electrónica da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior. Utilizaram-se os seguintes termos no título: posterior reversible encephalopathy ou leukoencephalopathy, para a realização do primeiro objectivo e para o segundo acrescentouse o nome do fármaco em estudo às palavras mencionadas. Foram selecionados trinta e sete e cento e oito publicações para análise, para o primeiro e segundo objectivos, respectivamente. Conclusão: Considera-se que a etiologia primária da encefalopatia posterior reversível seja a neurotoxicidade farmacológica. Dentro dos fármacos, os quimioterápicos e os imunomoduladores/imunossupressores representam as classes farmacológicas mais associadas à síndrome. Através desta investigação, concluiu-se que os fármacos que apresentaram mais case reports foram, relativamente aos imunossupressores, a ciclosporina (vinte casos), bevacizumab (dezassete casos) e o tacrolimus (quinze casos) e, relativamente à quimioterapia, a cisplatina (nove casos), a oxiplatina (nove casos) e a gemcitabina (nove casos).
