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- Doppler transcraniano para avaliação hemodinâmica dos vasos cerebrais na comparação entre AVC hemorrágico e lacunarPublication . Marques, José Jorge Proença Varanda; Alvarez Pérez, Francisco JoséO acidente vascular cerebral é uma patologia bastante prevalente na população ocidental, sendo os principais grupos isquémico e hemorrágico. O isquémico divide-se em várias categorias, uma delas o enfarte lacunar. O hemorrágico inclui o profundo (também chamado de hipertensivo) e o lobar. O enfarte lacunar surge em pequenos vasos afetados por um processo de microangiopatia secundária principalmente à hipertensão arterial de longo prazo, ocorrendo habitualmente nos gânglios da base, tálamo, ponte e cerebelo, os mesmos locais onde a hemorragia intracerebral hipertensiva ocorre. Esta microangiopatia causa endurecimento e espessamento arterial com alterações hemodinâmicas que se repercutem a montante nas artérias donde derivam. Estudos recentes mostraram que parâmetros de fluxo cerebral, obtidos por doppler transcraniano, como o índice de pulsatilidade ou o de resistividade podem ser usados como marcadores de resistência vascular das artérias cerebrais distais para avaliação preventiva do acidente vascular cerebral isquémico. Surgiu assim a questão de se a mesma abordagem poderia também ser efetiva na hemorragia intracerebral. Este estudo é retrospetivo, com consulta de registos clínicos de pacientes internados no Centro Hospitalar Cova da Beira estando aprovado pela Comissão de Ética do mesmo. O objetivo é comparar entre os grupos com hemorragia intracerebral, enfarte lacunar e grupo de controlo, parâmetros de fluxo sanguíneo cerebral medidos na artéria cerebral média por doppler transcraniano. Alguns desses parâmetros são obtidos diretamente (velocidades sistólica e diastólica) enquanto outros são calculados (velocidade média, índice de pulsatilidade e índice de resistividade). Pretende-se tentar corroborar a base fisiopatológica semelhante desses dois tipos de acidente vascular cerebral e tentar compreender se o doppler transcraniano pode ser preditivo para um evento de hemorragia intracerebral. Foram também recolhidos dados epidemiológicos e analisado o grau de leucoaraiose cerebral presente em cada paciente. Os resultados indicam que as velocidades sistólica, diastólica e média não mostraram diferenças significativas entre qualquer grupo. Os índices de pulsatilidade e de resistividade não revelaram diferenças entre os grupos de enfarte lacunar e hemorragia intracerebral, mas ambos os grupos têm os valores desses índices elevados quando comparados com o grupo de controlo. Isto é sugestivo de uma base fisiopatológica semelhante entre o enfare lacunar e a hemorragia intracerebral pois ambos têm aumento dos marcadores de resistência vascular cerebral e abre-se a possibilidade para que futuros estudos prospetivos possam avaliar se o aumento dos índices de pulsatilidade e resistividade poderão efetivamente ser considerados um fator de risco preditivo para a ocorrência de hemorragia intracerebral secundária à hipertensão crónica.
- Polineuropatia desmielinizante inflamatória crónicaPublication . Costa, Fátima Raquel Monteiro Alves da; Alvarez Pérez, Francisco JoséA polineuropatia desmielinizante inflamatória crónica é uma neuropatia adquirida do sistema nervoso periférico. A incidência e a prevalência da patologia são baixas. Esta surge mais frequentemente em adultos e apresenta uma ligeira predileção pelo sexo masculino. A sua etiologia encontra-se pouco esclarecida, estando descritas inúmeras teorias acerca da origem dos mecanismos imunes, que cursam com envolvimento dos linfócitos B e T e culminam em desmielinização nervosa e resposta celular inflamatória. As manifestações clínicas caracterizam-se por fraqueza simétrica dos músculos proximais e distais, associada a comprometimento sensorial, num período igual ou superior a oito semanas. Poderá encontrar-se diminuição ou ausência dos reflexos tendinosos profundos e, raramente, envolvimento dos nervos cranianos. Encontram-se descritas diversas variantes clínicas da doença. O diagnóstico da patologia baseia-se na avaliação clínica do paciente e na realização de exames eletrofisiológicos, que revelam alterações na velocidade de condução nervosa, resultados compatíveis com áreas de desmielinização. A análise do líquido cefalorraquidiano encontra-se alterada, com aumento da concentração de proteínas. O tratamento de primeira linha envolve a administração de imunoglobulina intravenosa, de corticóides ou a realização de plasmaferese. No caso dos doentes refratários a estas terapias, é possível obter algum benefício no uso de fármacos imunossupressores; porém, a sua efetividade ainda permanece em estudo. Apesar de constituir uma realidade clínica rara, a polineuropatia desmielinizante inflamatória crónica é uma neuropatia tratável e com bom prognóstico. No entanto, esta está frequentemente associada a dificuldades no seu tratamento, o que justifica a pertinência na realização de uma revisão bibliográfica acerca deste tema. Os objetivos desta monografia cursam com a realização de uma revisão do estado da arte da polineuropatia desmielinizante inflamatória crónica, nomeadamente ao nível da sua epidemiologia, etiologia, fisiopatologia, apresentação clínica e critérios de diagnóstico, assim como a sistematização das abordagens terapêuticas disponíveis. A metodologia utilizada para a realização desta monografia baseia-se numa revisão bibliográfica exaustiva da informação mais atual existente sobre o tema polineuropatia desmielinizante inflamatória crónica nas bases de dados Pubmed, B-on, o motor de busca Google Académico e em livros de referência da área da neurologia. A pesquisa foi realizada com os critérios de seleção linguísticos português, inglês e espanhol e os critérios de seleção temporais datados dos últimos 10 anos. Os termos-chave de pesquisa utilizados foram “chronic inflammatory demyelinating polyneuropathy” e “CIDP”, combinados com os termos “epidemiology”, “etiology”, “physiopathology”, “clinical findings”, “diagnostic criteria”, “treatment”. A polineuropatia desmielinizante inflamatória crónica é uma das escassas neuropatias farmacologicamente tratáveis e, por isso, é crucial não estagnar o conhecimento acerca desta patologia. Assim, é essencial investir na investigação de marcadores de diagnóstico da doença, em escalas adequadas para a avaliação da incapacidade dos pacientes e no desenvolvimento de novas opções terapêuticas seguras e eficazes.
- Qualidade de vida dos doentes com Esclerose Múltipla do Centro Hospitalar Cova da BeiraPublication . Ribeiro, Maria João Batista; Rosado, Maria Luiza ConstanteIntrodução: A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença crónica do Sistema Nervoso Central (SNC), caracterizada por inflamação, desmielinização e perda neuronal. Sendo uma patologia incapacitante e que surge com maior frequência em pessoas jovens, ela contribui para uma diminuição da qualidade de vida (QV) dessas pessoas. Neste contexto, pretende-se, com este estudo, conhecer a QV dos doentes com EM do Centro Hospitalar Cova da Beira (CHCB) e determinar se as características sociodemográficas e clínicas desta população influenciam a sua QV. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, observacional, transversal e retrospetivo, com uma amostra de 60 doentes com o diagnóstico de EM assistidos na consulta externa de Doenças Desmielinizantes do CHCB. Foi aplicada uma escala de avaliação da QV - World Health Organization Quality Of Life - Bref (WHOQOL-Bref) - e um questionário para a obtenção de dados relativos às variáveis sociodemográficas e clínicas. Resultados: Estes doentes mostraram ter uma baixa QV, sendo o domínio global o mais afetado. Os indivíduos do sexo feminino, mais novos, com menor duração da doença e afetados pelo tipo de EM Recidivante-Remitente (RR) apresentaram melhor QV, em comparação com os indivíduos do sexo masculino, mais velhos, com maior duração da doença e afetados pelas formas progressivas da doença. No entanto, apenas as variáveis tipo de EM, idade e idade de diagnóstico evidenciaram diferenças estatisticamente significativas na QV (p<0,05). Conclusão: De acordo com este estudo e outros trabalhos já publicados, os doentes com EM apresentam, de fato, uma diminuição da QV em todos os seus domínios, sendo que neste, os fatores que se revelaram ser os mais fortes na predição da QV foram o tipo de EM e a idade de diagnóstico. Torna-se, portanto, necessário estabelecer programas de intervenção psicossocial, na tentativa de melhorar a QV destes pacientes.
- Adenomatoid tumour of myometriumPublication . Oliveira, Gabriela Fontes de; Moutinho, José Alberto FonsecaUm caso de tumor adenomatoide é apresentado. A paciente, uma mulher de 49 anos, foi submetida à uma histerectomia vaginal por dor pélvica severa renitente à terapia médica. O diagnóstico de tumor adenomatoide foi feito com base na histologia e imunohistoquímica. O tumor adenomatoide deve ser considerado como diagnóstico diferencial de leiomiomas em casos de pacientes com dores pélvicas severas e útero volumoso à palpação.
- Ablação simpática renal no tratamento da hipertensão arterial resistente: futuras aplicações e implicaçõesPublication . Saraiva, Ana Filipa Marques; Tjeng, RicardoIntrodução: A hipertensão arterial é umas das doenças mais prevalentes a nível mundial, com aproximadamente 1 bilião de pessoas acometidas e um aumento expectável para 1.5 biliões até 2025. Apesar do avanço no seu tratamento, uma proporção de pacientes permanecem resistentes à terapêutica convencional e sem um controlo adequado, podendo isso afectar adversamente os futuros eventos cardiovasculares e mortalidade. Este crescimento alarmante já se traduz num importante problema de saúde pública e num dos maiores encargos económicos da saúde, sendo necessárias novas abordagens e elaboração de diferentes estratégias para o seu combate. Objectivos: Esta revisão incidirá na definição da hipertensão arterial resistente e sua etiologia, assim como nas evidências contemporâneas que apoiam a utilidade da ablação simpática renal abordando concomitantemente os dispositivos actuais e emergentes, as potenciais indicações de tratamento no futuro e questões não resolvidas que precisam de ser abordadas antes desta técnica poder ser adoptada não apenas como último recurso exclusivo da hipertensão arterial resistente. Para finalizar será proposto um algoritmo de avaliação dos pacientes com possível hipertensão arterial resistente que deverá estar na base da decisão de implementação da ablação simpática renal. Resultados: A ablação simpática renal é uma das técnicas que possivelmente poderá ter implicações futuras na população com hipertensão arterial, nomeadamente naqueles com hipertensão arterial resistente verdadeira. Esta tem como objectivo reduzir a activação simpática renal (um dos factores na fisiopatologia da hipertensão arterial) através da destruição dos nervos simpáticos renais localizados na adventícia das artérias renais. Existem vários cateteres utilizados, cada um com as suas especificações e consequentemente com vantagens e desvantagens próprias, sendo que a sua selecção deve ser feita individualmente consoante o perfil do paciente. É no entanto de extrema importância uma avaliação pré-procedimento minuciosa de modo a excluir a grande percentagem de indivíduos com hipertensão arterial não controlada decorrente de vários factores que impossibilitam o seu controlo, mas que são passíveis de ser corrigidos e como tal devem ser primeiramente excluídos. Conclusão: Vários estudos têm demonstrado a eficácia e segurança desta técnica tanto na hipertensão arterial resistente como noutras co-morbilidades. No entanto, não existe nenhum marcador que avalie a sua eficácia, nem preditores robustos duma resposta mais acentuada em determinados pacientes. Adicionalmente existem vários factores que parecem influenciar diversos parâmetros relacionados com esta técnica, sendo portanto necessários mais estudos para consolidar os dados positivos já existentes relativos à ablação simpática renal.
- Demência frontotemporalPublication . Mendes, Rita Maria de Almeida Bouceiro; Alvarez Pérez, Francisco JoséA Demência Frontotemporal é uma alteração neurodegenerativa progressiva caracterizada por envolvimento selectivo do lobo frontal e temporal. Trata-se da segunda causa mais frequente de demência com início em idade precoce. Distinguem-se essencialmente duas formas clínicas, uma comportamental e uma relacionada com a linguagem que pode ainda ser subdividida em três variantes principais (afasia progressiva não-fluente, demência semântica e afasia logopénica progressiva). Estes diferentes quadros clínicos correlacionam-se com diferentes padrões de atrofia nos exames de imagem crânio-encefálicos o que é útil no diagnóstico. Frequentemente a Demência Frontotemporal coexiste com doença dos neurónios motores, características parkinsónicas e outras alterações de movimento. Para além da sua heterogeneidade clínica, a Demência Frontotemporal é também heterogénea a nível neuropatológico e genético envolvendo diferentes proteinopatias e mutações genéticas o que faz dela uma doença altamente complexa. Permanece sub-identificada e por vezes erroneamente diagnosticada, o que pode conduzir a tratamentos inapropriados e acarretar sofrimento para os pacientes e as suas famílias. Actualmente o diagnóstico assenta fundamentalmente numa história clínica pormenorizada, avaliação neuropsicológica e exame neurológico apoiados por estudos de imagiologia crânio-encefálica. O tratamento mantém-se essencialmente sintomático e baseia-se em intervenções não-farmacológicas e fármacos testados e aprovados no tratamento de outras patologias. A descoberta dos diferentes subtipos neuropatológicos e das mutações genéticas envolvidas traz consigo a possibilidade de novos tratamentos direccionados e com potencial de alterar o curso da doença. Este trabalho analisa a classificação clínica, patológica e genética da doença e o seu diagnóstico. Tendo em conta os actuais desafios diagnósticos, os principais diagnósticos diferenciais a considerar são abordados e é proposto um algoritmo de diagnóstico. É também apresentada uma breve descrição das alternativas terapêuticas actuais. Finalmente são introduzidos alguns casos clínicos recolhidos no Centro Hospitalar Cova da Beira numa tentativa de unir os conceitos estudados à prática clínica e também de ilustrar a complexidade e a diversidade que os clínicos enfrentam no seu dia-a-dia.
- DistrofinopatiasPublication . Vale, Cláudia Patrícia Sousa do; Rosado, Pedro SimõesAs distrofias musculares englobam um conjunto de distúrbios musculares herdados que se apresentam com perda progressiva de massa muscular e fraqueza muscular de distribuição e gravidade variável. (1) As alterações dos genes e dos seus produtos proteicos originam a maioria das patologias identificadas. Esta informação é essencial quer para estabelecer um diagnóstico preciso e confiável, quer para o aconselhamento genético e diagnóstico pré-natal. (1) O termo distrofinopatias refere-se a um conjunto de patologias neuromusculares debilitantes, resultantes de mutações no gene da distrofina, associadas a diversas complicações médicas. (2,3) Este conceito engloba três fenótipos distintos: Distrofia muscular de Duchenne, Distrofia muscular de Becker e Miocardiopatia dilatada associada ao cromossoma X. (3) Apesar de, atualmente, não se conhecer qualquer tratamento com efeito curativo para estas doenças, analisando os parâmetros qualidade de vida e sobrevivência, estes pacientes têm, hoje, melhores perspetivas de conviver de forma mais condigna com a sua doença. (3) Do ponto de vista epidemiológico, observa-se um aumento da incidência das miocardiopatias com o avançar da idade destes pacientes. De facto, verifica-se que sensivelmente todos os pacientes apresentam algum tipo de patologia cardíaca ao atingirem a idade adulta. (4) Apesar desta associação, a grande maioria dos pacientes não apresenta qualquer quadro sintomatológico de origem cardiovascular. Assim sendo, quando se pretende identificar as mesmas, é necessário uma equipa com uma atitude pró-ativa. (2) Logo, tendo em mente o aumento da esperança média de vida destes pacientes, a função cardíaca e a saúde cardiovascular são áreas cada vez mais indispensáveis na avaliação e tratamento dos pacientes portadores de distrofinopatias. (5)
- O teatro como elemento potenciador da aprendizagem nas artes visuais no ensino secundárioPublication . Pereira, António Manuel Faria; Vieira, Sónia Liliana da SilvaApesar de teoricamente os conceitos de Performance Art e o Happening surgirem nos manuais escolares de Desenho A compreendidos na tipologia de Materiais e Suportes Contemporâneos, a literatura é escassa quanto a propostas que articulem a importância do Teatro com a educação pelas Artes Visuais no Ensino Secundário, mesmo a nível internacional. Face a esta constatação, o presente relatório tem por objetivos: i) identificar e fundamentar as eventuais ligações que poderão acontecer entre o Teatro, como Criação Plástica do Espetáculo, incluindo as particularidades da Expressão Dramática e as denominadas Artes Visuais de modo a promover um desenvolvimento criativo, cognitivo, emocional, estético e social equilibrado dos estudantes; ii) apresentar, implementar e monitorizar propostas para Unidades de Trabalho Pedagógico-Didáticas onde o Teatro se articule com a disciplina de Desenho A. O relatório centra-se num estudo de caso realizado no Agrupamento de Escolas do Fundão (AEF), tendo por base a recolha de dados qualitativos e quantitativos a partir da colaboração de alunos e ex-alunos, Diretor, professores do grupo de Artes Visuais e ainda alguns intervenientes externos ao AEF. Os resultados evidenciam uma clara ligação entre o Teatro e as Artes Visuais. Esta ligação aparece refletida ao longo dos vários testemunhos recolhidos pelos diversos intervenientes envolvidos no estudo. Da participação dos alunos de Desenho A, numa Oficina Pedagógica sob o tema do corpo e dos media tecnológicos, verificaram-se estímulos nos alunos ao nível de uma maior fluidez no traço, e melhorado conhecimento da anatomia humana e do espaço visual. Para além disso, contatou-se a existência de testemunhos reveladores das mais-valias e competências que resultam da interdisciplinaridade entre as áreas artísticas (por exemplo, a comunicação, a criatividade, a interpretação, a criação plástica do espetáculo). Foi ainda possível classificar os incentivos para o desenvolvimento dos alunos em cinco tipos: criativo, cognitivo, emocional, estético e social. Constatou-se que o corpo docente do grupo de Artes Visuais revela uma opinião favorável relativamente à articulação entre as Artes Visuais e o Teatro Escolar demonstrando uma evidente aceitação da interdisciplinaridade entre estas duas áreas e de como esta relação pode ser potenciadora da aprendizagem dos alunos. Quanto à envolvente externa, os resultados demonstram um manifesto interesse em colaborar no aprofundamento de propostas de atividades, ligadas ao Teatro, a médio e longo prazo tanto ao nível formativo como profissionalizante. O presente relatório finaliza com a elaboração de propostas de Unidades de Trabalho Pedagógico-Didáticas de articulação do Teatro com a disciplina de Desenho A, como consequência dos resultados obtidos neste relatório e também tendo por base o trabalho e as experiências desenvolvidas neste âmbito.
- A Arte Urbana como Fator Motivacional: estratégias para um plano de açãoPublication . Lã, Lúcia Maria Martins Baptista; Vieira, Sónia Liliana da SilvaO presente estudo pretende investigar estratégias de motivação para as Artes Visuais, facilitadoras da escolha desta área como vocação profissional. Baseado num modelo de investigação-ação, o projeto procura compreender os níveis motivacionais dos alunos que frequentam as disciplinas de Educação Visual e de Desenho no Agrupamento de Escolas do Fundão, onde foi realizado. Procura ainda aferir o impacto que a concretização de uma Obra de Arte Urbana em Contexto Escolar pode trazer na motivação para as Artes Visuais (destes alunos), sob o ponto de vista dos próprios alunos, dos professores, da comunidade escolar (representada pelo diretor da escola) e da comunidade Fundanense em geral (representada pela vereadora da cultura da CMF). Os resultados corroboram os de estudos prévios: os níveis de motivação dos alunos para as Artes Visuais dependem, em muito, da interação entre fatores individuais, sociais e ecológicos e a natureza da atividade. Os alunos escolhem as Artes Visuais como curso vocacional porque acreditam que desenvolvem elevados níveis de concentração, a possibilidade de dominar um vasto leque de técnicas artísticas e de intervir ativamente na sociedade, pelo contributo que dão com a criação da sua obra. Um ambiente escolar e social que desvalorize as Artes Visuais enquanto saída profissional funciona como fator significativo de desmotivação. Atividades no âmbito das Artes Visuais, de que é exemplo o desenho em grande dimensão, que reflitam a forte ligação emocional e liberdade de expressão do aluno relativamente à sua obra, são determinantes na construção de autoeficácia do aluno enquanto artista. Face a estes resultados, este projeto continuará com a conclusão do segundo ciclo de investigação-ação, no sentido de efetuar uma aplicação prática do observado no primeiro ciclo de investigação-ação: realização de uma Obra de Arte Urbana no Edifício das Artes do Agrupamento de Escolas do Fundão como projeto catalisador de competências individuais e artísticas, desenvolvidas a partir do domínio de técnicas variadas, aplicadas em grande dimensão. Tal obra, ao criar um impacto visual a nível das comunidades escolar e Fundanense, poderá servir como incentivo na escolha de uma carreira artística nas Artes Visuais.
- Associação entre doença arterial coronária e doença arterial periféricaPublication . Santos, Francisco Queirós Simões; Rodrigues, Manuel de CarvalhoIntrodução: As doenças cardiovasculares são atualmente um dos maiores problemas de saúde pública, a doença coronária isquémica encontra-se no topo da lista em termos de mortalidade em todo o mundo. A doença arterial periférica é uma patologia muitas vezes não diagnosticada e negligenciada pela pessoa por não apresentar sintomas, um diagnóstico precoce é essencial para o desenvolvimento de estratégias de controlo e prevenção, principalmente quando falamos de uma população com antecedentes de doença aterosclerótica. Objetivos: Esta dissertação visa analisar artigos e/ou trabalhos publicados relativos à doença arterial periférica e sua relação com patologia coronária; pesquisar e enumerar os fatores de risco envolvidos nas duas patologias e a sua correlação; confirmar a correlação entre antecedentes de doença coronária e doença arterial periférica de forma a alertar para o seu rastreio e deteção numa fase precoce. Metodologia: Recolha e revisão de literatura científica relativa ao tema, artigos de investigação, artigos de revisão e meta-analises identificados na “PubMed” e outras plataformas de pesquisa usando os termos: “peripheral arterial disease”; “asymptomatic peripheral artery disease”;”coronary arterial disease”;” myocardial infarction”; “atheroesclerosis”. Resultados: Da análise dos sete estudos que incidem sobre a prevalência de doença arterial periférica em indivíduos com doença arterial coronária já documentada, um total de 3925 pacientes foram identificados, obtiveram-se prevalências de doença arterial periférica entre 12% e 54.8%. Também se constatou que a idade avançada e o tabagismo são fatores de risco significantes para o desenvolvimento de doença arterial periférica nesta população de risco. Discussão/Conclusão: As conclusões são transversais aos vários estudos analisados, a prevalência de doença arterial periférica numa população com antecedentes de doença arterial coronária é mais elevada em comparação à população geral, idade avançada e o consumo de tabaco demonstraram ser os fatores de risco mais significativos e prevalentes para o aparecimento e desenvolvimento de doença arterial periférica. Devido ao seu desenvolvimento insidioso, é de extrema importância um rastreio oportuno para doença arterial periférica com Índice Tornozelo-Braço na população com doença arterial coronária, um diagnóstico precoce permite um maior controlo da doença e permite evitar as suas complicações mais graves.