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- Fármacos antiulcerosos - avaliação do perfil de utilização, efeitos secundários e potenciais interações medicamentosasPublication . Garcia, Joana Margarida de Oliveira; Silvestre, Samuel MartinsEste relatório de estágio encontra-se dividido em dois capítulos, o primeiro relativo à vertente de investigação e o segundo relativo ao estágio em farmácia comunitária. No primeiro capítulo é abordado o perfil de utilização, efeitos secundários e potenciais interações medicamentosas de fármacos antiulcerosos pela população portuguesa. Para isso, realizou-se um estudo observacional em Farmácias Comunitárias de vários distritos de Portugal, e a amostra foi composta por 200 utentes que utilizavam ou utilizaram antiulcerosos. A informação foi obtida através de inquéritos individuais e anónimos. Para o tratamento de dados recorreu-se ao programa SPSS, versão 23 e do Excel. Dos 200 inquiridos, com idades compreendidas entre os 19 e os 90 anos, a média de idades foi 57 anos e 115 eram mulheres (57,5%). Os fármacos mais utilizados concomitantemente com os antiulcerosos foram os anti-hipertensores (18,84%), seguido dos anti-inflamatórios não esteróides (12,56%), dos antidislipidémicos (11,31%) e do ácido acetilsalicílico (6,79). Adicionalmente, verificou-se o uso de muitos suplementos como é o caso de associações de vitaminas (4,27%), ferro (1,01%), magnésio e cálcio (0,50% e 1,01%, respetivamente). A classe de antiulcerosos mais utilizados foram os inibidores da bomba de protões, sendo o omeprazol o mais usado dentro desta classe. Verificou-se, ainda, que 56,5% (87 pessoas) tomavam anti-ulcerosos diariamente, e, destes, 49% os tomavam há menos de 1 ano, e 30,5% há mais de 5 anos. Além disso, observou-se que em 40% dos inquiridos o medicamento foi prescrito pelo médico de família e que em grande parte da amostra foi por automedicação. De uma forma geral, não foram detetados efeitos adversos relevantes, e os que os destacavam eram principalmente os utentes que os utilizavam de toma incorreta. Assim, deste projeto de investigação, conclui-se que as mulheres utilizam mais fármacos antiulcerosos do que os homens e que os inibidores da bomba de protões são os fármacos mais prescritos. É importante realçar ainda que os antiulcerosos, após um longo período de tempo podem causar efeitos indesejáveis e, por isso, é uma mais valia o acompanhamento e monitorização da medicação, não só para o sucesso terapêutico, como para evitar a utilização excessiva dos mesmos. No segundo capítulo, pretendeu-se abordar as áreas de funcionamento de uma farmácia comunitária, bem como as responsabilidades de um farmacêutico nesse contexto. O estágio realizou-se na Farmácia Central entre 21 de janeiro e 12 de junho de 2015, perfazendo um período total de 800 horas. Esta experiência permitiu ter consciência do profundo dever social e conhecimento multidisciplinar de um farmacêutico, bem como o papel ativo e fundamental deste na vida de cada doente. A ciência está em constante mudança, sendo fulcral a constante atualização profissional nas diversas áreas científicas.
- Caracterização do uso de laxantes pela população portuguesa e determinação do papel do farmacêutico no aconselhamento do uso dos mesmosPublication . Rosa, Cláudia Sofia Teixeira; Silvestre, Samuel MartinsO presente documento está dividido em dois capítulos. O primeiro diz respeito à experiência profissionalizante na Farmácia Comunitária e o segundo é relativo ao projeto de investigação desenvolvido, através da realização de inquéritos, sobre o uso de laxantes pela população portuguesa e a determinação do papel do farmacêutico no aconselhamento do uso dos mesmos. O estágio na Farmácia Comunitária, realizado na Farmácia Crespo, decorreu no período de 26 de janeiro a 12 de junho de 2015, na Covilhã. Este período de estágio foi de grande aprendizagem a vários níveis, principalmente a nível científico e social, tendo contribuído para evoluir como profissional de saúde com a responsabilidade de providenciar ao utente o melhor serviço possível. Desta forma, este estágio possibilitou o contacto com as várias vertentes em que o papel do farmacêutico se destaca, nomeadamente no aconselhamento do uso correto e racional dos medicamentos, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos utentes. A componente de investigação do presente relatório tem como tema principal o uso de laxantes pela população portuguesa, o qual se reveste da maior importância. Neste contexto, a obstipação é uma desordem gastrointestinal muito comum que afeta sobretudo idosos e mulheres. Como primeira linha de tratamento, deve recorrer-se à terapia não farmacológica, Contudo, quando este tipo de terapia falha é necessário, muitas vezes, recorrer-se à terapia farmacológica, neste caso, ao uso de laxantes. No entanto, como a maioria destes não são sujeitos a receita médica, os utentes, ao automedicarem-se, incorrem, frequentemente, no uso incorreto e abusivo dos mesmos, desempenhando, assim, o farmacêutico um papel fulcral no aconselhamento do uso deste tipo de fármacos. Tendo toda esta informação em consideração, foi realizado um estudo observacional, do tipo descritivo e transversal, em 15 Farmácias Comunitárias, que abrangeu localidades como a Guarda, Castelo Branco, Coimbra, Vilar Formoso, Vila Nova de Foz Côa e Lisboa. O objetivo deste estudo foi determinar o uso de laxantes pela população portuguesa, assim como o papel do farmacêutico no aconselhamento do uso dos mesmos. A amostra obtida foi de 387 indivíduos e, para se obter a informação pretendida, utilizaram-se inquéritos. O tratamento estatístico realizado foi descritivo e inferencial. Da amostra total de inquiridos, constatou-se que 267 são do sexo feminino (69%) e 120 são do sexo masculino (31%). A média das idades foi de 51 anos, sendo a idade mais frequente a de 43 anos. Relativamente à idade, constatou-se que a maior percentagem dos indivíduos que reponderam obrar uma vez por semana correspondeu à faixa etária dos 65 ou mais anos. No que diz respeito à utilização de laxantes, verificou-se que 65% dos inquiridos responderam ter tomado e 68% afirmaram não tomar atualmente laxantes, e que as mulheres e os idosos tomam mais este tipo de medicamento. No que toca ao uso continuado deste tipo de fármacos, verificou-se a maior percentagem na faixa etária dos 65 ou mais anos, tendo sido indicada a toma de laxantes durante anos. Os inquiridos que referiram usar o laxante somente por um dia não reportaram quaisquer efeitos adversos, ao contrário dos que afirmaram tomar laxantes durante anos. O laxante mais usado, segundo este estudo, foi o Dulcolax®, tendo a maior parte dos inquiridos afirmado combinar o uso de laxantes com outros fármacos, principalmente com benzodiazepinas e antidepressivos, ocorrendo essa situação principalmente em mulheres. No que diz respeito ao papel do farmacêutico no aconselhamento, verificou-se que 66% dos inquiridos respondeu que os farmacêuticos informam o utente em relação ao uso adequado do laxante. No entanto, outro tipo de informações, igualmente importantes, designadamente a adoção de um estilo de vida saudável, a toma de laxantes como uma solução temporária para o problema da obstipação e as consequências de um uso abusivo de laxantes, foram menos referidas pelos inquiridos no aconselhamento pelo farmacêutico no ato da dispensa.
- Estudos sobre o ângulo de atrito em solos graníticos residuaisPublication . Rodrigues, Nuno Gonçalo Loureiro; Gomes, Luís Manuel FerreiraEste trabalho tem como seu auge a criação de uma equação para obtenção do ângulo de atrito de solos residuais graníticos a partir dos seus parâmetros de identificação. Assim, numa fase inicial efetuou-se uma pesquisa bibliográfica sobre a temática em estudo, num primeiro momento sobre a pesquisa de equações na literatura geotécnica que permitam obter o angulo de atrito de solos arenosos a partir de parâmetros mais fáceis de obter nomeadamente a partir de ensaios de laboratório, como é o caso de análises granulométricas, e num segundo momento pesquisaram-se aspetos geotécnicos de solos residuais uma vez que é sobre estes que incide o trabalho. Numa fase seguinte efetuaram-se amostragens de solos residuais na região da Covilhã, para as amostras serem posteriormente sujeitas a ensaios de laboratório, nomeadamente granulometrias, Limites de Atterberg e ensaios de corte direto. Após os resultados efetuaram-se estudos estatísticos no sentido de obterem correlações múltiplas que tivessem fiabilidade em termos de sua aplicação. No seguimento, as equações obtidas são aplicadas com os resultados do presente estudo no sentido de averiguar se os ângulos de atrito que se obtêm nas mesmas são similares aos obtidos experimentalmente pelo ensaio de corte, além de se compararem também os resultados das mesmas com os obtidos por equações de diferentes autores. Por fim, no último capítulo apresentam-se principais conclusões e tecem-se algumas considerações sobre a aplicabilidade das equações.
- Caracterização do currículo oculto do 4º ano de Medicina da FCS-UBIPublication . Queirós, Tiago Celestino Pinto; Neto, Isabel Maria FernandesIntrodução: O cuidado de saúde centrado no paciente é um aspeto da relação médico-paciente que tem sido implementado na prática médica na última década e recentemente os educadores em Medicina têm reconhecido a importância de o integrar no percurso académico das escolas médicas. O currículo oculto diz respeito à replicação da cultura médica entre tutores e alunos e irá influenciar a fundação formal dos estudantes quanto a comportamentos clínicos, científicos, académicos e profissionais. Objetivos: O objetivo principal deste estudo é caracterizar o currículo oculto dos alunos da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior. Material e Métodos: Utilizou-se o Instrumento C3, um questionário que caracteriza o currículo oculto quanto ao cuidado centrado no paciente para 5 blocos clínicos – Cardiocirculatório, Digestivo, Endócrino, Ginecologia e Respiratório. Foram de igual forma colhidos alguns dados sociodemográficos dos estudantes. Resultados: 115 estudantes responderam ao questionário. Todas as dimensões e áreas de conteúdo do Instrumento C3 revelaram uma boa consistência interna, ou seja que o questionário é fiável. Quando analisadas as 3 áreas de conteúdo do Instrumento C3, a área de conteúdo 1 – “Modelos de comportamento” mostrou para todos os blocos clínicos ser a área à qual os alunos atribuiram maior pontuação. No entanto houve uma diferenciação de pontuação entre os médicos especialistas/internos e os chefes de serviço, sendo que os últimos obtiveram pior pontuação. A área de conteúdo 3 – “Suporte aos comportamentos centrados no paciente” obteve as piores pontuações no questionário mostrando que os alunos não se sentem suficientemente encorajados pelos seus tutores a praticar os princípios do cuidado centrado no paciente. A área de conteúdo 2 – “Experiências do estudante” apresentou valores entre as outras áreas, com destaque no entanto, para os itens relacionados com dar más notícias a pacientes, os quais obtiveram a melhor pontuação de todo o questionário. Na análise entre os 5 blocos clínicos avaliados, foi notório que o bloco de Respiratório obteve a melhor pontuação para 2 das 3 áreas do questionário. Conclusão: O Instrumento C3 provou ser uma ferramenta útil para caracterizar o currículo oculto de uma escola médica quanto ao cuidado centrado no paciente, ao avaliar os pontos fortes e fracos dos blocos clínicos de Cardiocirculatório, Digestivo, Endócrino, Ginecologia e Respiratório relativamente a este aspeto. Perante as hipóteses colocadas para este estudo verificou-se que os estudantes têm uma perceção relativamente ao cuidado centrado no paciente variável segundo os parâmetros avaliados pelo Instrumento C3. Essas perceções são influenciadas pelo contexto e cultura médica em que os estudantes se inserem, já que, os resultados diferem entre os vários blocos clínicos avaliados.