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- As metaloproteinases, seus inibidores e os recetores do fator transformador de crescimento ß na insuficiência venosa crónica dos membros inferiores: estudo genético exploratórioPublication . João, Marina Adelina Delgado; Serralheiro, Pedro Miguel AzevedoIntrodução: A doença venosa crónica é uma patologia que desencadeia a remodelação estrutural anormal da parede venosa, o desenvolvimento de veias varicosas e alterações dermatológicas veno-específicas. Caracteriza-se por uma hipertensão venosa ambulatória contínua que parece contribuir para a síntese e libertação de várias citocinas, incluindo o fator transformador de crescimento ß1 (TGF-ß1), intervenientes no processo inflamatório. Este processo inflamatório origina a proliferação de fibroblastos que sintetizam metaloproteinases da matriz extracelular (MMPs) e seus inibidores (TIMPs). O desequilíbrio entre MMPs/TIMPs aparenta ser determinante na degradação e deposição desregulada de colagénio e elastina na parede venosa. Este processo fisiopatológico ainda não é totalmente compreendido. Objetivo: Comprovar uma variação na expressão genética de MMPs, TIMPs e recetores do fator transformador ß (TGFßRs) entre veias insuficientes de três regiões anatómicas distintas (inguinal, maleolar e colateral) dos membros inferiores, bem como entre veias insuficientes e saudáveis da região maleolar dos membros inferiores. Métodos: Foi realizado um estudo observacional, transversal, experimental de caso-controlo, com sete doentes com insuficiência venosa crónica (IVC) e 13 controlos (sem IVC) submetidos a bypass coronário. Foram colhidas amostras de veia grande safena das regiões inguinal, colateral e maleolar, no grupo com IVC, e amostras de veia grande safena da região maleolar no grupo de controlo. A expressão genética de MMP2, MMP9, MMP12, TIMP1, TIMP2, TIMP3, TIMP4, TGFßR2 e TGFßR3 foi determinada pela técnica quantitative real time-polymerase chain reaction (qPCR). Resultados: Os dados obtidos não permitiram comprovar a variação na expressão genética de MMPs, TIMPs e TGFßRs de veias insuficientes em função da região anatómica. No entanto, foi possível verificar a existência de expressões genéticas diminuídas de MMP2, TIMP3, TIMP4 e TGFßR2 nas veias do grupo com IVC comparativamente ao grupo controlo. Conclusão: Não obstante as evidentes limitações, os resultados verificados são de elevado interesse científico e sublinham a importância de replicar o estudo num conjunto significativamente maior de amostras. O conhecimento mais aprofundado da fisiopatologia inerente à IVC permitiria contrariar localmente a desregulação MMP/TIMP, cessando a evolução crónica e inevitável da doença.
- O Contributo do Repositório Digital do IPCB: As Opiniões e o Impacto da sua utilização na Investigação realizada na ESECBPublication . Ramos, Cecília da Conceição Reis; Gil, Henrique Manuel Pires Teixeira; Sardinha, Maria da Graça Guilherme de AlmeidaConhecer o contributo do Repositório Digital do IPCB (Instituto Politécnico de Castelo Branco), as opiniões e o impacto da sua utilização na investigação realizada na ESECB (Escola Superior de Educação de Castelo Branco), foi o que deu ‘corpo’ a aprofundado estudo, com recurso à realização de entrevistas aos Coordenadores de Mestrados a decorrer na ESECB (Escola Superior de Educação de Castelo Branco), no ano letivo 2015/2016; à aplicação de um inquérito por questionário, previamente validado pelo «método de juízes», distribuído aos Estudantes que frequentam os referidos Mestrados em 2015/2016, na mesma instituição. Os dados, referentes aos inquéritos, foram tratados estatisticamente com recurso ao programa SPSS, versão 23.0; quanto às entrevistas, foram realizadas as análises de conteúdo com o registo de ocorrências, apurando-se as inferências relativamente a cada categoria e respetivas subcategorias. Dos dados recolhidos das entrevistas e dos questionários, é possível concluir-se que as TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação) são recursos indispensáveis no contexto académico, quer para fins pessoais, quer para fins profissionais, tendo o RCIPCB (Repositório Científico do Instituto Politécnico de Castelo Branco) sido entendido como um recurso proporcionador e facilitador de atividades I&D (Investigação e Desenvolvimento). No âmbito desta investigação, foi possível validar-se o impacto positivo da investigação realizada na ESECB (Escola Superior de Educação de Castelo Branco), bem como a importância do contributo do RCIPCB (Repositório Científico do Instituto Politécnico de Castelo Branco) enquanto ‘janela/montra’ de incentivo à produção científica nacional e internacional, o qual mostrou ser um recurso de grande importância para os estudantes no sentido de lhes promover contextos para a implementação de projetos de I&D (Investigação e Desenvolvimento).
- Doença de Legg-Calvé-PerthesPublication . Nascimento, Cláudia Silvana de Sousa do; Nunes, Jorge Fernando PonA doença de Legg-Calvé-Perthes, também conhecida como osteocondrite deformante juvenil e descrita pela primeira vez no início do século XX, teve o seu nome em honra dos cirurgiões ortopédicos Arthur Legg, Jacques Calvé e Georg Perthes. Merecedora de destaque em idades pediátricas pela deformação femoral que provoca, a doença de Perthes permanece como uma das condições mais controversas em pediatria ortopédica, afetando principalmente crianças entre os 2 e os 12 anos de idade. Com uma etiologia provavelmente multifatorial, uma interrupção do aporte sanguíneo para a cabeça do fémur, a qual produz uma necrose isquémica, parece ser o evento catalisador das mudanças estruturais subjacentes à doença. Apesar do amplo debate acerca da sua abordagem diagnóstica e terapêutica idónea, sabe-se hoje que, se não tratada convenientemente, poderá resultar em perda da esfericidade da cabeça femoral, com possível desenvolvimento de dor, limitação da amplitude de movimentos, instabilidade da anca e, em última instância, osteoartrite precoce da anca. O seu tratamento consiste em evitar a deformação irreversível da cabeça femoral, mantendo-a centrada no acetábulo. Assim sendo, um diagnóstico precoce torna-se imperativo. Perante um quadro suspeito, a radiografia simples da anca em incidência ântero-posterior e lateral em posição de Lauenstein poderá ser suficiente para que se estabeleça um diagnóstico correto, permitindo também a estratificação do estágio e extensão da doença. Atualmente, o tratamento padrão baseia-se no método da contenção, seja cirúrgica ou não cirúrgica. Embora este método produza resultados satisfatórios, principalmente em crianças mais novas, a crescente compreensão no que respeita à fisiopatologia da doença tem tornado possível o debate acerca de novas abordagens terapêuticas que visam atuar em diferentes fases da história natural da doença. Para além de serem menos invasivas, estas novas abordagens poderão, no futuro, proporcionar um tratamento curativo para a doença de Legg-Calvé-Perthes.
- O efeito do Bikefit no desempenho de ciclistas e na prevenção de lesões não traumáticas associadas ao ciclismoPublication . Coelho, Telmo Borges; Nunes, Jorge Fernando Pon; Macedo, MarcoIntrodução e Objetivos: O Bikefit é uma técnica de adaptar uma bicicleta às dimensões e características de um determinado ciclista de forma a maximizar o seu desempenho e conforto diminuindo dores e lesões não traumáticas associadas a prática deste desporto. Para tal são realizadas várias medições ao atleta que depois são utilizadas para calcular o tamanho ideal dos vários componentes da sua bicicleta. Este estudo tem como objetivo: estudar os efeitos do Bikefit no desempenho de ciclistas; estudar os efeitos do Bikefit na prevenção de lesões não traumáticas associadas ao ciclismo; compreender possíveis associações entre as medidas dos diferentes componentes da bicicleta e queixas físicas habituais em praticantes de ciclismo; procurar identificar as lesões não traumáticas ligadas ao ciclismo mais prevalentes e analisar a taxa de sucesso do Bikefit avaliando a taxa de satisfação dos atletas. Critérios de inclusão: -Indivíduos que sejam praticantes regulares da modalidade (pelo menos uma vez por semana) -Indivíduos que tenham já previamente realizado um Bikefit Critérios de exclusão: -Indivíduos que não tenham realizado Bikefit Materiais e Métodos: A cada sujeito da amostra foi aplicado um inquérito relacionado com a sua prática de ciclismo, as suas queixas físicas com ele relacionadas e com o Bikefit já efetuado antes deste estudo. O nível de significância estatística foi assumido para um valor a=0,05. Resultados: A amostra deste estudo é constituída por 35 atletas que praticam ciclismo de forma regular, sendo todos os 35 do género masculino. As idades variam entre 20 e 51 anos, sendo a media de idades de 34,94±8,018anos. Entre as pessoas inquiridas houve um ligeiro predomínio de atletas federados, com 21 indivíduos perfazendo 60% dos inquiridos enquanto 14 eram atletas não federados, ou seja 40 % da amostra. Dos 35 atletas, 34 (97.14%) referiram pelo menos uma queixa física. Destacam-se as dores de coluna, sendo que 17 (48.57%) tinham queixas álgicas a nível da coluna dorso-lombar e 16 (45.71%) tinham dores cervicais. 23 (65.71%) dos atletas inquiridos tinham gonalgias, mais especificamente 7 (20%) na face externa do joelho, 6 (17.14%) na face anterior e 10 (28.57%) na face medial do joelho. 31 (88.6%) dos inquiridos referiram terem necessitado de ajustar a altura do selim que foi a O efeito do Bikefit no desempenho de ciclistas e na prevenção de lesões não traumáticas associadas ao ciclismo viii medida que mais vezes foi alterada. Após a realização do Bikefit os ciclistas inquiridos relatam melhorias a nível das suas queixas físicas, dos 16 ciclistas com dor cervical 13 (81.25%) referiram melhorias, dos 17 indivíduos com dores dorso-lombares, 15 (88.24%) afirmam ter melhorado após o Bikefit, todos os 23 atletas que relataram dores no joelho, anca ou sob os metatarsos tiveram melhoria das suas queixas. Discussão: No período pós-Bikefit, 34 (97.14%) dos inquiridos afirmaram sentir melhorias quer no desempenho quer nas suas queixas físicas pelo que se pode dizer que o Bikefit parece levar a melhoria quer no desempenho dos atletas quer das suas queixas físicas. A dor cervical e as dores dorso-lombares parecem estar associadas a um alcance não adequado ao ciclista. Parece haver uma correlação entre altura e posição do selim com queixas álgicas do joelho. Conclusão: O Bikefit parece produzir melhoria das queixas físicas dos atletas e também melhoria do desempenho dos ciclistas. As dores da coluna dorsal (dor cervical e as dores dorso-lombares) parecem estar relacionadas com um alcance desadequado ao ciclista enquanto que as dores no joelho parecem relacionar-se com a altura e posição do selim. Contudo serão necessários mais estudos com amostras maiores e isolar cada queixa física de forma a perceber com certezas com que medidas e componentes da bicicleta se relaciona cada queixa física.
- Hallux valgusPublication . Mendes, Ana Sofia Fernandes; Nunes, Jorge Fernando PonIntrodução: O Hallux valgus é uma deformidade estrutural do pé, com presumível elevada prevalência, que consiste no desvio lateral do primeiro dedo do pé em que a parte distal do primeiro metatarso se torna proeminente. Após a avaliação diagnóstica, através de parâmetros morfológicos e radiográficos, a decisão do tipo de tratamento poderá ser conservadora ou cirúrgica. Uma das técnicas cirúrgicas utilizadas é a osteotomia de Chevron. Objetivos e Metodologia: O principal objetivo deste trabalho é o estudo de indivíduos submetidos à osteotomia de Chevron no Centro Hospitalar Cova da Beira. Assim, foi realizado um inquérito, por via telefónica, aos indivíduos que tinham recebido tratamento cirúrgico através da técnica de Chevron, entre janeiro de 2012 e julho de 2015, onde era aferida a satisfação subjetiva do doente, através de parâmetros como a dor, a dificuldade em usar calçado e a estética do pé. Esta foi relacionada com a medição dos ângulos radiográficos do pré e pós-operatório (intermetatarsal angle, Hallux valgus angle e distal metatarsal articular angle), assim como com as fórmulas digitais e metatarsais. O tratamento estatístico das diferentes variáveis foi realizado utilizando os programas IBM SPSS Statistics 23® e Microsoft Excel 2010®. Foram utilizados os testes t-student e do qui-quadrado de Pearson, admitindo-se o nível de significância ? <0,05. Resultados: A amostra populacional é composta por 41 casos de intervenções em que foi aplicado a osteotomia de Chevron. No entanto, só 38 casos é que responderam ao inquérito, havendo ainda a exclusão de 3, que tinham o diagnóstico de doenças que levam a deformações articulares. Assim, dos 35 casos participantes, 85,71% eram do sexo feminino e 14,29% eram do sexo masculino. A média de idades foi de 55,63 anos e o índice de massa corporal foi de aproximadamente 26,69. Quanto às respostas dadas no inquérito, segundo a dor em repouso, a dor ao caminhar, a dificuldade em usar calçado e a estética do pé, em média, as pessoas consideram estar melhor nestes parâmetros. No que concerne à satisfação, 65,70% estão satisfeitos, 5,70% estão mais ou menos satisfeitos e 28,60% não estão satisfeitos, sendo que, a maioria dos casos que consideram estar satisfeitos, referem estar melhor nos restantes parâmetros inquiridos. Na avaliação anatómica do pé, para a fórmula digital verificou-se a frequência do pé egípcio em 21 casos, do grego em 11 e o quadrado em 3, sendo que em proporção os que têm pé tipo grego são os mais insatisfeitos. Para a fórmula metatarsal, 13 são índex plus minus, 20 são índex minus e 2 são índex plus. Os que se apresentam com fórmula índex minus, em proporção, são aqueles que se apresentam mais insatisfeitos. Para a medição dos ângulos radiográficos, apenas 23 casos dispunham de radiografias pré e pós-operatórias realizadas no Centro Hospitalar Cova da Beira. Assim, os ângulos pré e pós-operatório e a respetiva correção são, em média, para o intermetatarsal angle (normal quando =9º) 11,74º, 9,78º e 1,96º, para o Hallux valgus angle (normal quando =15º) são 30,87º, 21,04º e, aproximadamente, 10,00º e para o distal metatarsal articular angle (normal quando =15º) são 28,30º, 20,17º e 8,13º, respetivamente. Discussão: Segundo alguma bibliografia, a osteotomia de Chevron deve ser realizada em indivíduos com idade inferior a 50 anos, o que poderá explicar algum resultado negativo, uma vez que a média de idades foi de 55,63 anos. Quanto ao índice de massa corporal, a média foi de 26,69, o que pode pôr em causa os resultados da cirurgia devido ao excesso de carga sobre o pé no pós-operatório. Relativamente ao inquérito realizado a maioria dos indivíduos estão satisfeitos com a cirurgia e apresentam melhoria nos diferentes parâmetros avaliados. No entanto, quando comparados com alguma bibliografia estes resultados não são tão positivos quanto aparentam. A melhoria da dor na zona interna do pé ao nível da primeira articulação metatarsofalângica será o fator que mais contribui para a satisfação dos indivíduos. Na avaliação dos ângulos verificou-se que, na maioria dos casos, a cirurgia realizada diminuiu os três ângulos. Contudo, a média dos ângulos pós-cirúrgicos manteve-se acima do limite da normalidade para os ângulos em causa e as médias de correção do intermetatarsal angle e do Hallux valgus angle foram 1,96º e 9,83º, respetivamente, valores inferiores aos referidos em alguma bibliografia, podendo estes factos serem a explicação de alguns resultados de insatisfação. Outra explicação poderá ser o facto de o outcome cirúrgico não corresponder às expectativas criadas pelos indivíduos. Conclusão: A maioria dos participantes está satisfeita com a realização da osteotomia de Chevron. Para esta satisfação contribuíram a melhoria estética do pé, a melhoria da dor na zona da articulação metatarsofalângica, tanto em repouso como ao caminhar, assim como a diminuição da dificuldade em usar calçado. Quanto às fórmulas digital e metatarsal não se verifica a existência de um grupo que se relacione melhor com esta satisfação. Dos indivíduos inquiridos, a maioria dos que referem estar satisfeitos com a cirurgia apresentam diminuição ou manutenção dos ângulos radiográficos, não existindo relação clara entre a correção de um ângulo e a satisfação.
- Treino e destreino da força explosiva em basquetebolistas pré-púberes: estudo comparativoPublication . Campos, Ana Isabel Custódio; Marques, Mário António CardosoO objetivo deste trabalho foi examinar os efeitos do treino e destreino de força explosiva em basquetebolistas pré-púberes, comparando a diferença entre sexos. Dez crianças basquetebolistas (6 rapazes e 4 raparigas), com idades compreendidas entre os 11 e os 12 anos, foram divididas em 2 grupos tendo em conta o seu sexo. Os participantes foram avaliados no sprint de 25 metros, no sprint Zig-Zag (zz) 30 metros e no lançamento de bola medicinal (LBM) antes do início do treino de força de 8 semanas (T1), no final do mesmo (T2) e após um período de destreino de 4 semanas (T3). Os resultados deste estudo indicaram que um programa de treino de força explosiva aplicado durante 8 semanas oferece ganhos de performance em ambos os sexos no LBM. No grupo masculino verificaram-se melhorias consideráveis no sprint zz 30 metros. No grupo feminino os ganhos foram verificados no sprint de 25 metros. Após o período de destreino, não foram percebidas diferenças significativas entre rapazes e raparigas no que diz respeito ao comportamento da performance após esta fase. Sendo que 4 semanas não são suficientes para haver perdas significativas de performance.
- Relatório de Estágio Implementação de um programa de treino na modalidade de CrossfitPublication . Sotero, António Manuel Gomes; Marques, Mário António Cardoso; Neiva, Henrique PereiraO trabalho aqui apresentado expressa o quotidiano de um professor/treinador enquanto estagiário numa intervenção prática na modalidade de Crosstraining (CT), no CrossFundão. Dentro do estágio aplicou-se um ciclo de força, seguindo a estrutura do Texas Method com algumas adaptações que serão descritas posteriormente, no sentido de melhorar e complementar as capacidades atléticas dos praticantes e a frequência aos treinos. Bellovary (2014) considera o Crossfit (CF) como uma programação de condição física extrema, ou seja, de elevada intensidade, concebida para induzir uma resposta sobre várias valências atléticas. Recorre, sobretudo, a uma interação de exercícios gímnicos e de força tradicionais (movimentos olímpicos) e outros mais atléticos como a corrida, os saltos e os sprints. O trabalho de investigação foi desenvolvido na instituição de acolhimento, avaliando a implementação de um ciclo de treino da força em conjunto com as rotinas habitualmente programadas no CF. Assim, foi realizada uma avaliação inicial da força máxima dinâmica, através duma repetição máxima em 4 movimentos (Squat, Deadlift, Benchpress e Press), seguido dum período de treino com a duração de 8 semanas (3 vezes por semana), terminando com uma avaliação final. Foram verificadas melhorias em todos os movimentos avaliados, sugerindo que o programa de CF implementado parece ser um método eficaz para o ganho de força máxima dinâmica específica.
- The evolution of spinal fractures since the use of the HANSPublication . Marinho, Irene Beatriz Pinheiro Cardoso; Duby, Jean; Nunes, Jorge Fernando PonIntroduction HANS is the short form for Head and Neck Support and it is a device used by athletes in Motorsports competition. This system reduces the probability of head and neck injuries resulting from a crash in a racing car. The principle of the HANS is to prevent the back and forth movement of the head in a crash. This technology protects from fatal accidents. Goals Testing the rate of cervical fractures from the moment the device (HANS) was worn; the rate of dorsal and lumbar fractures since the use of the HANS; The relationship between the use of the HANS /type of HANS and the level of the fractures; the link between the lesion and the seat, the surface and the Championship. Methodology This is a retrospective, observational and analytical study of FIA´s athletes. It considers athletes who had an accident which resulted in a broken spinal column since 2010 to 2015 (inclusive). The collected data was carried out by a semi-structured survey. It was used a statistical, observational and descriptive analysis of the surveys. Results In this study the sample is N=14. These are the athletes who meet the two criteria: they are FIA´s high-priority athletes and they had a fracture in the spinal column resulting from an accident with a Motorsports racing car. They are mainly male athletes (78,6%), 64,3% are between 20-30 years old (inclusive) and most of them (85,7%) are European. Only N=1 had a spinal lesion before the accident. 41,7% of the athletes had a lumbar fracture and 50% a dorsal one. Only one athlete had a cervical fracture. 92,9% of the athletes were wearing the HANS in the moment of crash. Only N=1 wasn’t using it. The athlete that wasn´t using the HANS had a cervical fracture. The majority of the fractures were in drivers. Lumbar lesions are more prevalent in co-drivers (60%); however, dorsal lesions are commonly found in drivers (66,7%). Dorsal fractures are also common on gravel surface (50%); however, the lumbar fractures are more common in tarmac (60%). Both fractures are more common in Rally Championships (75%). Conclusions In this study, the rate of cervical fractures with the HANS is null as it was expected from previous studies. It can’t be extended to all athletes because there is only one case that had a cervical fracture without the HANS; however, it is possible because all others cases that were using the HANS didn’t have a cervical fracture. Learning from prevention in Motorsports is also betting on future areas of road safety. There are many other issues related to injury prevention in Motorsports that need to be studied.
- Reconstrução do Ligamento Cruzado Anterior no Centro Hospitalar Cova da Beira – Análise de Resultados CirúrgicosPublication . Pereira, Hugo Emanuel Ribeiro; Nunes, Jorge Fernando PonIntrodução e Objetivos: O ligamento cruzado anterior (LCA) é um dos principais ligamentos do joelho cujas funções são controlar a translação anterior da tíbia e inibir amplitudes extremas de rotação tibial. Assim, a sua rutura contribui significativamente para uma instabilidade do joelho que, por vezes, é tão marcada que transforma qualquer atividade simples do quotidiano num desafio. Este estudo tem como objetivo: compreender a epidemiologia, etiologia, diagnóstico e tratamento da rutura do ligamento cruzado anterior, bem como a reabilitação do doente após a reconstrução; percecionar a existência de recaídas pós-reconstrução e avaliar a perceção subjetiva do doente; perceber se existem alterações de parâmetros anatómicos através de exame objetivo e a correlação destes com a função do joelho lesionado; quantificar e qualificar o eventual regresso dos doentes ao desporto pós-cirurgia e conferir se a lesão do LCA é motivo frequente para o abandono da prática desportiva; avaliar o outcome cirúrgico através de escalas de avaliação funcional e comparar a realidade do Centro Hospitalar Cova da Beira (CHCB) aferida por este estudo com o descrito na literatura existente. Materiais e Métodos: A cada sujeito da amostra foi aplicado um inquérito (com ênfase primário na lesão e na avaliação da prática desportiva), aplicadas duas escalas funcionais: a Tegner Lysholm Knee Scoring Scale (TL) e a Modified Cincinnati Rating System Questionnaire (MC) e realizada uma avaliação física, com medição de alguns parâmetros anatómicos. O nível de significância estatística foi assumido para um valor a=0,05. Resultados: A amostra deste estudo é constituída por 15 indivíduos, 14 (93,3%) do sexo masculino e apenas 1 (6,7%) do sexo feminino. A idade média da amostra, à cirurgia, é de 22,40±5,96 anos e o tempo decorrido entre a cirurgia e a colheita de informação foi de 14,60±9,26 meses. De entre os 15 sujeitos inquiridos, 13 (86,7%) praticavam desporto antes da lesão. Destes 13, só 4 (30,8%) mantêm atualmente o mesmo desporto e o mesmo nível desportivo. Os participantes (n=9) que continuaram a praticar desporto após a cirurgia referem tê-lo feito, em média, 6,56±1,94 meses após a intervenção. Discussão: O período após a cirurgia parece ser o momento mais importante para a reabilitação e para a definição da funcionalidade futura. Verificou-se também que quem pratica desporto a um nível superior antes da lesão, regressa mais à prática após a cirurgia. Uma lesão do LCA leva a uma atrofia do grupo muscular proximal ao joelho, o que não se verifica no grupo distal. Por último, um maior tempo decorrido após a cirurgia relaciona-se com uma maior funcionalidade do joelho. Conclusão: Os doentes tratados no CHCB reportam resultados funcionais dos seus joelhos submetidos a intervenção muito bons, com a larga maioria a atingir pontuações elevadas nas escalas TL e MC. Para além disso, o tempo médio de regresso à prática desportiva após cirurgia é semelhante ao descrito na literatura atual. Contudo, as taxas de regresso ao desporto são inferiores às reportadas por outros centros.