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- Parto Pré-termo: Experiência do Centro Hospitalar Cova da Beira, E.P.E.Publication . Alves, Maria Flores Casteleiro; Moutinho, José Alberto Fonseca; Nunes, Renato Silva Martins; Sara Monteiro Morgado DiasIntrodução: o parto pré-termo continua a ser um problema sério em Portugal. Vários mecanismos têm sido apontados para a ocorrência do parto antes de estarem completas as 37 semanas de gestação, no entanto não se têm desenvolvido medidas eficazes para reduzir o número de partos pré-termo. Valorizar as condições de risco continua a ser a melhor atitude face a este problema. Objetivos: com este estudo pretendemos identificar os fatores, de risco acrescido para o parto pré-termo, nas mulheres da Cova da Beira. Assim, a finalidade desta investigação assenta na fundamentação de intervenções clínicas preventivas. Metodologia: procedemos a uma investigação observacional retrospetiva através da consulta de processos clínicos de utentes do Centro Hospitalar Cova da Beira, E.P.E. Foram incluídas todas a mulheres com parto pré-termo ocorrido entre 1 de janeiro de 2013 e 31 de dezembro de 2015, excluindo-se aquelas com gravidez múltipla. Para estudo comparativo, obteve-se um grupo controlo de mulheres com parto de termo no mesmo período e instituição. Consultando os registos clínicos, identificaram-se várias características (variáveis) maternas e gestacionais com potencial risco para parto pré-termo. Usando o SPSS Statistics versão 23.0, para cada variável fizemos análises comparativas entre os grupos, avaliando possíveis associações. Posteriormente, realizou-se um modelo de regressão logística para perceber quais os fatores de risco maternos que melhor explicam a ocorrência de parto pré-termo espontâneo. Resultados: no período considerado a percentagem de partos pré-termo foi aproximadamente 6,6%. As grávidas com parto pré-termo apresentaram associação estatística com: baixa escolaridade (p<0,001), ausência de trabalho assalariado (p<0,001), estado civil solteira (p=0,028); hábitos tabágicos (p=0,027); seguimento em consulta de psiquiatria (p=0,001); antecedente de parto pré-termo (p<0,001); antecedente de aborto (p=0,044); vigilância inadequada da gravidez (p<0,001); anemia na gravidez (p=0,001); infeção do trato urinário (p<0,001) ou infeção vaginal (p=0,048) durante a gravidez; doença hipertensiva na gravidez (p<0,001); pré-eclâmpsia (p=0,002) e ameaça de parto pré-termo (p=0,002). Considerando apenas os partos pré-termo espontâneos, o modelo de regressão logística, destaca a doença hipertensiva na gravidez e a baixa escolaridade como fatores de risco dominantes. Conclusões: no sentido de prevenir o parto pré-termo, na região da Cova da Beira, o diagnóstico precoce e controlo da doença hipertensiva na gravidez afiguram-se de grande importância, tal como a promoção de igualdade de acesso ao ensino. No entanto, na prática clínica, há que considerar que o parto pré-termo é um processo multifatorial, pelo que o médico deve estar atento e valorizar os múltiplos fatores de riscos.
- Stress Oxidativo e Doença de ParkinsonPublication . Elvas, Henrique Jorge Rijo Mendes Martins; Baltazar, Graça Maria FernandesA doença de Parkinson é um transtorno crónico e progressivo do movimento. Segundo dados da Associação Europeia de Doença de Parkinson, esta doença afeta mais de 1,2 milhões de pessoas em toda a Europa e está associada a um custo anual estimado de 13,9 mil milhões de euros. O maior fator de risco para a Doença de Parkinson é a idade. A idade média de início é de 60 anos, embora mais de uma em cada dez pessoas sejam diagnosticadas antes dos 50 anos. Esta patologia é predominantemente caracterizada por sintomas motores, mas também é acompanhada por uma ampla gama de sintomas não-motores que incluem disfunções do sistema nervoso autónomo e distúrbios comportamentais. Atualmente, não há cura ou tratamento capaz de retardar ou interromper a progressão da doença e, embora na fase inicial o tratamento da Doença de Parkinson traga um alívio sintomático marcado, ao longo do tempo os efeitos colaterais como discinesia, comportamento impulsivo e compulsivo, alucinações e delírios podem surgir. A Doença de Parkinson é uma doença idiopática que parece resultar de interações ambientais com fatores de predisposição genética. Até à data, os eventos iniciais subjacentes aos processos neurodegenerativos na doença não são bem compreendidos, contudo a desregulação do stress oxidativo é aceite como um dos processos precipitantes e/ou potenciadores da morte neuronal que ocorre nesta patologia. A presença de dopamina, os elevados níveis de ferro na substantia nigra ou a elevada suscetibilidade dos neurónios dopaminérgicos aos processos inflamatórios são exemplos de fatores geradores de stress oxidativo. Por outro lado, mutações associadas à doença em genes que codificam proteínas mitocondriais ou proteínas reconhecidas como antioxidantes são também possíveis contribuidores do stress oxidativo. Vários marcadores oxidativos, quer do tecido cerebral, quer em tecidos periféricos de doentes de DP comprovam o estado pró-oxidativo na doença. Alguns estudos sugerem ainda que este estado oxidativo pode ser favorecido pelas terapias que visam repor a transmissão dopaminérgica como a levodopa ou os agonistas dopaminérgicos. As evidências que mostram a relação entre elevados níveis de stress oxidativo e a Doença de Parkinson levaram vários grupos de investigação a avaliar o impacto de estratégias baseadas no uso de antioxidantes em controlar os marcadores oxidativos e em travar os sintomas da doença. A Coenzima Q10, Pioglitazona ou os Inibidores da mieloperoxidase são exemplos de compostos com atividade antioxidantes estudados neste âmbito. O presente trabalho teve como objetivo rever a informação existente sobre a relação entre o stress oxidativo e a Doença de Parkinson e analisar os dados existentes sobre o potencial dos antioxidantes como possível estratégia terapêutica nesta patologia.
- Status da Vitamina D em doentes com Artrite Reumatóide e correlação com a atividade da doençaPublication . Silva, Maria João das Neves Bento e; Abreu, Pedro Miguel Martins de AzevedoIntrodução: a Artrite Reumatoide (AR) é uma doença inflamatória crónica, caracterizada pela ativação auto-imune, particularmente, contra os tecidos sinoviais. A sua patogénese permanece em investigação, mas, suscetibilidade genética e fatores ambientais serão preponderantes. A vitamina D poderá ser um desses fatores ambientais. Um aporte reduzido de vitamina D tem sido associado a um maior risco de desenvolver AR e a sua deficiência parece ser prevalente em indivíduos com AR. Diversas investigações têm ainda demonstrado uma correlação inversa entre os níveis séricos de 25-hidroxivitamina D [25(OH)D] e os parâmetros da atividade da doença. Objetivo: postulando a hipótese que o status da vitamina D poderá ser um dos determinantes no controlo da severidade das manifestações da AR, este estudo foi delineado com o objetivo de determinar a prevalência da deficiência de vitamina D numa população de doentes com AR e avaliar a correlação entre o status da vitamina D e o score de atividade da doença. Materiais e Métodos: foi conduzido um estudo observacional transversal, incluindo 80 doentes com AR. As características demográficas, clínicas e laboratoriais dos doentes foram recolhidas através da consulta dos respetivos processos clínicos. A avaliação do status da vitamina D foi feita através da medição dos níveis séricos de 25(OH)D. Definiu-se deficiência como um nível sérico de 25(OH)D igual ou inferior a 20 ng/ml (50 nmol/L). O score DAS28-VHS foi o instrumento utilizado para calcular a atividade da doença. Foi aplicado o software SPSS para análise estatística dos dados obtidos e considerado estatisticamente significativo, um p<0.05. Resultados: a população em estudo apresenta 34 (42,5%) doentes com deficiência de Vitamina D. O valor médio do nível sérico de 25(OH)D é 26,86 ± 17,63 (4-100) ng/ml. Numa análise não ajustada, os níveis de 25(OH)D demonstraram-se significativa e negativamente associados com os parâmetros clínicos e laboratoriais de atividade da doença, incluindo o número de articulações tumefatas (p=0,015), o número de articulações dolorosas (p=0,017) e valor da VHS (p=0,000). Observou-se, ainda, uma correlação negativa e altamente significativa entre os níveis de 25(OH)D e o score DAS28-VHS (r=-0,415; p<0,00). Conclusão: demonstrou-se que a deficiência de vitamina D é prevalente na população de doentes com AR e, que o status da vitamina D estará inversamente correlacionado com a atividade e progressão da doença. Assim, os níveis de vitamina D devem ser avaliados e, a suplementação farmacológica de vitamina D considerada como adjuvante terapêutico, para controlo da severidade e alívio sintomático da doença, proporcionando uma melhoria na qualidade de vida dos doentes com AR.
- Associação entre a diabetes mellitus tipo 2 e a doença de ParkinsonPublication . Cunha, Deolinda Sofia Oliveira da; Lemos, Manuel Carlos Loureiro; Patto, Maria da Assunção Morais e Cunha VazIntrodução: A diabetes mellitus tipo 2 e a doença de Parkinson estão entre as doenças mais prevalentes na população em envelhecimento. Diversos estudos epidemiológicos têm analisado o papel da diabetes no desenvolvimento da doença de Parkinson tendo concluído, na maioria, que existe uma associação positiva entre as duas doenças. O objectivo deste trabalho foi sistematizar o conhecimento existente sobre os estudos epidemiológicos que avaliam a associação entre a diabetes mellitus tipo 2 e a doença de Parkinson, e avançar possíveis explicações biológicas para esta mesma associação. Métodos: Revisão com base na recolha de artigos que estudam a associação entre a diabetes mellitus tipo 2 e a doença de Parkinson, na base de dados bibliográficos PubMed, escritos em inglês. Os termos de pesquisa utilizados foram “Diabetes type 2” e “Parkinson disease”. Resultados: Foram identificados 91 artigos, dos quais 80 foram excluídos por não serem relevantes para o tema. Foram ainda seleccionados 6 artigos adicionais com base em referências citadas nos artigos seleccionados anteriormente. Assim, foram seleccionados 17 artigos, 16 estudos originais e 1 meta-análise. De entre os estudos seleccionados, 13 estudos demonstraram uma associação entre diabetes mellitus e doença de Parkinson, enquanto 4 estudos não demonstraram esta associação. Discussão: A associação entre as duas doenças parece acontecer através de factores genéticos, alterações mitocondriais, distúrbios na conformação de proteínas, stress oxidativo e neuroinflamação. Conclusão: O estudo das vias metabólicas envolvidas nas duas patologias tem permitido compreender melhor os mecanismos que explicam os resultados dos estudos epidemiológicos. Como tal, a fisiopatologia das doenças implicadas ficará melhor estudada, o que permitirá pesquisar novas abordagens terapêuticas que podem vir a dar resposta às dificuldades encontradas neste campo, especialmente no caso da doença de Parkinson.
- Associação da Disfunção Sexual no desenvolvimento de Doença Coronária em pacientes com DiabetesPublication . Gama, Leonor Soares Neves da; Correia, João José Santiago AlvesIntrodução: A Diabetes Mellitus é uma doença metabólica caracterizada por hiperglicemia inapropriada, sendo a doença metabólica mais conhecida.1,3 A ela associada, advêm complicações que se dividem em macrovasculares (das quais fazem parta a doença arterial coronária e cérebro-vascular) e as microvasculares (como a disfunção sexual, retinopatia, neuropatia e nefropatia).7 A prevalência da disfunção sexual está aumentada em pacientes com DM associada a outros fatores de risco tais como, hipertensão, dislipidémia, doença arterial coronária, idade avançada e um IMC elevado. Além disso, também o mau controlo glicémico e outras alterações microvasculares contribuem para o elevado risco desta complicação.6 Objetivo: Investigar se a disfunção sexual está associada a doença arterial coronária e avaliar qual o padrão característico que leva os doentes da consulta de diabetologia do Hospital Sousa Martins a terem ou não a dita disfunção. Métodos e Materiais: Dos 1205 pacientes inscritos na consulta de diabetologia no ano de 2016 do HSM, foram selecionas os que tinham antecedentes de DAC tendo em conta os critérios de inclusão e exclusão. Ficou-se com uma amostra de 148 doentes. Destes, 2 entraram diretamente para o estudo por terem relatos de disfunção sexual nos dados do processo. Dos restantes, 42 aceitaram responder ao questionário IIEF ou FSFI para avaliar a disfunção sexual. Foram recolhidos dados relevantes do processo como idade, IMC, HbA1c, presença de comorbilidades e alterações microvasculares, terapêutica antidiabética e o uso de fármacos que tenham como efeito adverso a disfunção sexual. Foi usado o software estatístico SPSS versão 23 para o tratamento estatístico. Resultados: Dentro da amostra de 44 doentes, 16 mulheres e 28 homens, 22,7% revelou ter disfunção sexual, 34,1% não apresenta esta complicação e 43,7% não têm atividade sexual. A maioria dos utentes pertencia ao escalão etário dos 60-69 anos. De todas as possíveis caraterísticas analisadas que poderiam ter associação com a disfunção sexual, apenas o sexo feminino, teve significância estatística (p-value 0,007). Conclusões: Assim, pode concluir-se que 22,7% de pacientes da amostra apresentam-se com disfunção sexual. Quanto às caraterísticas e após análise detalhada, apenas se conseguiu constatar que as mulheres sofrem mais desta complicação. Obviamente, e dada a reduzida dimensão da amostra, estas conclusões são apenas válidas para os doentes estudados e não podem ser extrapolados para a população em geral.
- Parto Vaginal após CesarianaPublication . Pestana, Diana Sofia da Silva Brito; Moutinho, José Alberto FonsecaO principal fator de risco de uma grávida vir a ter uma cesariana, é ter tido uma cesariana anterior, o que teoricamente vai aumentar exponencialmente o número de cesarianas. A principal estratégia para diminuir o número de cesarianas passa necessariamente pela redução de cesariana como primeiro parto. Promover o parto vaginal após uma cesariana é um objetivo consensualmente aceite. Afigura-se importante conhecer as condições associadas às indicações para cesariana, de modo a encontrar soluções para promover o parto vaginal após a cesariana. Objetivos: 1) Revisão descritiva da literatura sobre os fatores de risco para cesariana, e das condições necessárias para haver um parto vaginal após uma cesariana, e 2) Com base na literatura tentar definir estratégias para incentivar o parto vaginal após a cesariana. Metodologia: Pesquisa bibliográfica na plataforma Pubmed, de artigos escritos em inglês, nos últimos 10 anos. Resultados: São vários os fatores de risco para cesariana, tendo cada um deles diferente impacto na possibilidade de vir a ocorrer um parto vaginal após cesariana. Contudo, a existência de uma cesariana prévia, identifica-se como o principal fator de risco de uma grávida vir a repetir uma cesariana. A adoção de estratégias por parte dos profissionais de saúde, que visem incentivar o parto vaginal, torna-se bastante proveitoso à redução do número de cesarianas. Conclusão: O parto vaginal após a cesariana continua a ser uma ótima opção de via de parto, devendo este ser incentivado. Reconhece-se ainda a importância de uma boa seleção das candidatas a parto vaginal, e do conhecimento das condições necessárias para a sua realização.
- Incidência de fratura da extremidade proximal do fémur em mulheres pós-menopáusicas e a mortalidade pós-eventoPublication . Paiva, Sara Francisca Presas; Abreu, Pedro Miguel Martins de AzevedoIntrodução: A osteoporose (OP) é uma patologia que afeta sobretudo indivíduos do sexo feminino. Caracteriza-se pela diminuição da massa óssea e deterioração da microarquitetura óssea, elevando o risco de fraturas de baixo impacto, as quais ocorrem maioritariamente em mulheres após a menopausa e em idosos de ambos os sexos. A Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULS-CB) localiza-se numa região que apresenta um índice de envelhecimento significativo e uma prevalência dessa patologia de 10,9%. Com o aumento da esperança de vida e consequente envelhecimento populacional, prevê-se um aumento dessa prevalência e da incidência de fraturas de baixo impacto. Objetivo: Calcular as taxas de incidência de fratura da extremidade proximal do fémur (FEPF) de baixo impacto e de mortalidade pós-evento em mulheres pós-menopáusicas e avaliar a sua associação com parâmetros relativos à doente, ao quadro clínico e aos cuidados relacionados com a OP prestados antes, durante e após o evento. Materiais e métodos: Estudo observacional, retrospetivo, longitudinal e analítico de mulheres com idade igual ou superior a 65 anos, internadas por FEPF de baixo impacto no Serviço de Ortopedia da ULS-CB, entre janeiro 2014 e dezembro 2015. Recolheram-se os dados através da consulta de processos clínicos, foram analisados através de estatística descritiva e posteriormente realizaram-se testes estatísticos de correlação para determinar a associação entre variáveis. Resultados: Calculou-se uma incidência anual de FEPF, em mulheres com idade igual ou superior a 65 anos, de 922,4 por 100.000 habitantes. A idade média foi de 84,50 ± 6,44 anos. A hipertensão arterial foi a comorbilidade mais observada (69,0%) e 32,3% das doentes apresentava antecedentes de fratura. A maioria (63,3%) estava medicada com 5 ou mais fármacos. Apenas em 11,6% das doentes estava registado o diagnóstico prévio de OP, estando somente 7,8% previamente medicadas com tratamento anti-osteoporótico. Posteriormente à FEPF, foi prescrita medicação anti-osteoporótica a 11,3%. Um ano após fratura, a taxa de mortalidade foi de 16,3%. Não se verificaram correlações significativas entre a mortalidade e as restantes variáveis. Conclusão: O presente estudo demonstrou a importância da problemática que constituem as FEPF, sobretudo em mulheres pós-menopáusicas, onde as taxas de incidência e mortalidade associada são significativas. Aliando os restantes parâmetros estudados, verificou-se que, apesar de existir uma resposta pronta às FEPF, existe uma grande lacuna em termos de prevenção, diagnóstico e tratamento da OP.
- Oncogenetic counselling in PortugalPublication . Condé, Mariana de Oliveira Ribeiro e Sousa; Moutinho, José Alberto Fonseca; Almeida, Maria do Sameiro Lopes deIntroduction: Genetic counselling is an increasingly current subject area especially its branch of oncogenetics due to the prevalence of hereditary neoplastic syndromes. The scientific and technological evolution associated with this matter has made genetic testing available to the population, increasing the need and importance of introducing genetic counselling into the national health system (NHS) for appropriate guidance and support of patients and their families. However, this is still an area with little visibility and awareness by other medical professionals, which translates as few specialised professionals, and therefore, scarce specialised services. This portrays that the awareness for the inclusion of these services within the national health system (NHS) is present, however, there are still barriers that need to be overcome to fully reach all the patients and families in need. Objective: The main objective of this study is to understand how Portugal has developed its genetic counselling practice and how it is organised at a national level. As secondary objectives this review aims to Identify development of genetic counselling in Portugal, and how it has been able to reach all the patients and families in need of these services, identify new opportunities for development and enhancement of genetic counselling practice in Portugal and compare genetic counselling practice in Portugal with other European countries, through a descriptive literature review. Methods: Research of scientific articles in the Pubmed, ResearchOnly, Google Scholar and UpToDate databases, and use of bibliographic references. Results: Portugal has initiated this introduction by creating a master’s degree, having legislation related to the subject, having developed guidelines and recommendation for oncogenetic patients, and by having a national association of genetic counsellors (APPAcGen), as well as be part of international associations, such as the European Society of Human Genetics. Genetic counselling is integrated into some medical services and is part of the medical practice in Portugal, however, there is still a lack of specialised professionals and integration of these in multidisciplinary teams within the NHS. Conclusion: Portugal has initiated the development of this area within its services, however, as it still is an unrecognised medical profession, its inclusion within the NHS is hard and has shown to have many barriers. At a European level, Portugal is heading the right direction, accompanying many other European countries in the development of this subject area.
- Sexualidade nas mulheres com cancro da mamaPublication . Costa, Ângela Teresa de Figueiredo; Moutinho, José Alberto Fonseca; Nunes, SaraO cancro da mama continua a ser o tipo de cancro mais frequente na população feminina, vitimando inúmeras mulheres todos os anos, apesar dos avanços alcançados pela ciência. Em mulheres com cancro da mama, o acometimento de um órgão tão simbólico para o género feminino, bem como para o masculino, acarreta inúmeras consequências que afetam tanto a sua autoimagem, como também a sua sexualidade. Neste sentido, este trabalho de investigação tem como objetivo avaliar até que ponto o cancro da mama afeta o desempenho sexual dessas mulheres e compreender o efeito da terapêutica cirúrgica na sexualidade das mulheres tratadas por cancro da mama. Para tal, foi utilizado um questionário previamente validado para a população portuguesa, Índice de Funcionamento Sexual Feminino, composto por 19 questões que avaliam as diversas fases do ciclo de resposta sexual em mulheres, nomeadamente o Desejo, Excitação Subjetiva, Lubrificação, Orgasmo, Satisfação, e Dor. Neste estudo participaram 112 mulheres, 55 com cancro da mama e 57 sem cancro da mama (Grupo Controlo). Além do questionário foram também recolhidos dados sociodemográficos e no grupo de mulheres com cancro da mama foram ainda questionados: ano de diagnóstico, terapêutica realizada e se já suspendeu ou não a terapêutica hormonal. De um modo geral, as mulheres com cancro da mama deram respostas menos satisfatórias em todos os domínios comparativamente às respostas obtidas pelo grupo controlo. Quanto à importância do tipo de terapêutica cirúrgica realizada, apesar das respostas dadas não serem estatisticamente significativas, as mulheres sujeitas a mastectomia mostraram-se menos satisfeitas com o seu desempenho e vida sexual no geral. Em suma, tendo em conta os resultados obtidos é de extrema importância alertar os profissionais de saúde para esta temática, incentivando-os a falar abertamente sobre a sexualidade com estas mulheres e, além do disso, envolver o casal, para que juntos consigam ultrapassar qualquer vicissitude imposta pela doença ou até pela terapêutica em si.
- Sintomas osteoarticulares em pacientes com tiroidite autoimunePublication . Ferreira, Maria Inês de Melo; Abreu, Pedro Miguel Martins de AzevedoIntrodução: A patologia autoimune da tiroide é a forma mais comum de doença autoimune, com maior representação no género feminino. A sua associação com doenças reumatológicas está demonstrada, sugerindo a presença de fatores etiológicos, ambientais, genéticos e mecanismos patogénicos comuns. Esta relação tem sido documentada em doentes com Síndrome de Sj?gren, Artrite Reumatóide e Lúpus Eritematoso Sistémico. Evidências recentes demonstram que a tiroidite autoimune está também intimamente ligada às síndromes de dor crónica generalizada, incluindo a Fibromialgia, e que o défice de vitamina D poderá desempenhar um papel significativo no desenvolvimento de doenças autoimunes da tiróide. Objetivo: Determinar a prevalência de patologia reumatológica nos doentes codificados com o diagnóstico de Tiroidite Autoimune, na consulta externa de Reumatologia da ULS de Castelo Branco. Métodos: Estudo de coorte retrospetivo não controlado não aleatório, baseado na recolha de dados clínicos dos doentes com diagnóstico de Tiroidite Autoimune seguidos na consulta da Unidade de Reumatologia do Hospital Amato Lusitano, por diferentes condições reumatológicas, no período compreendido entre Março de 2011 e Agosto de 2016. Resultados: A população em estudo é composta por 94 indivíduos do sexo feminino e apenas dois do sexo masculino, com média de idades de 52,74±11,34 anos. Foi caracterizada a população em termos de anticorpos antitiroideus e outros anticorpos associados, com as seguintes frequências: 76,04% com valores de anti-TPO superiores a 60 U/ml, 56,25% com anti-TG superior a 60 U/ml, 46,88% com Anticorpo anti-nuclear positivo, 10,48% Fator Reumatóide positivo, 6,25% com positividade para anticorpo anti-dsDNA, 11,46% com algum dos anticorpos do painel ENA positivos, 2,08% de positividade para CCP. As patologias encontradas mais frequentemente associadas foram a Fibromialgia (28,13%), Conectivites (25%), Artrite Reumatóide (5,21%), e Espondilartropatia (4,17%). No grupo de doentes em estudo verificou-se, por ordem decrescente, os seguintes sinais e sintomas: poliartralgias (82,29%), dor muscular (41,67%), dor generalizada (33,33%), síndrome do túnel cárpico (12,5%), tendinopatia do ombro (8,33%) e artrite/sinovite (7,20%). Foram avaliados ainda os níveis de Vitamina D, sendo que 84,8% dos doentes têm níveis inferiores a 30 ng/mL. Discussão: As manifestações musculo-esqueléticas são manifestações cada vez mais importantes na doença autoimune da tiróide, existindo estudos que sugerem a sua avaliação e gestão precoces no contexto desta doença. Seria interessante aplicar a mesma metodologia noutros estudos a nível nacional, para se conseguir fazer uma caracterização mais precisa da doença reumatológica e sintomatologia musculoesquelética no contexto da tiroidite autoimune em Portugal, a fim de se poderem apresentar recomendações para a prática clínica baseadas em maior certeza e adequadas à população em causa.