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- PHDA no FemininoPublication . Lourenço, Daniela Antunes; Correia, Paula Cristina Moreira AntunesIntrodução: A perturbação de hiperatividade e défice de atenção (PHDA) é uma das perturbações do comportamento mais frequentes na infância e adolescência, com uma prevalência de cerca de 5,3%, em todo o mundo. Esta perturbação é tipicamente mais frequente no género masculino, no entanto, o rácio masculino:feminino (M:F) tende a apresentar maior disparidade em amostras clínicas do que em amostras comunitárias, o que sugere que a PHDA pode estar a ser subdiagnosticada no género feminino. Objetivos: Esta revisão da literatura pretende descrever a evidência científica existente no que concerne à psicopatologia da PHDA no género feminino, em comparação com o género masculino, de forma a contribuir para uma melhor identificação e diagnóstico desta perturbação nas raparigas, quer em contexto clínico, quer na comunidade, permitindo que estas jovens sejam acompanhadas e tratadas atempada e adequadamente. Métodos: A principal base de dados utilizada na pesquisa bibliográfica para esta revisão foi a PubMed. As palavras-chave utilizadas foram as seguintes: adhd AND girls AND (“gender differences” OR “sex differences”) AND (symptoms OR psychopathology). Esta pesquisa foi efetuada entre 6 de novembro de 2020 e 27 de janeiro de 2021, e incluiu estudos publicados a partir de 1 de janeiro de 2010 sobre a psicopatologia da PHDA no género feminino, em comparação com o género masculino, em crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram incluídos no presente trabalho um total de 32 artigos. Finda a extração dos dados dos artigos selecionados, procedeu-se à síntese narrativa e discussão dos principais resultados encontrados. Resultados: Os sintomas de PHDA são menos comuns no género feminino e este parece apresentar mais sintomas de desatenção, embora a hiperatividade/impulsividade também estejam frequentemente presentes quando é estabelecido o diagnóstico clínico. Os adultos de referência, em especial os professores, demonstraram subvalorizar os sintomas de PHDA neste género. As raparigas revelaram maior défice no raciocínio percetivo e no planeamento, bem como uma deterioração da capacidade de tomar decisões ao longo do tempo, em contraste com as raparigas com desenvolvimento típico (DT). O género feminino apresenta também mais comorbilidades e diagnóstico mais tardio. Não foram encontradas diferenças no tratamento farmacológico prescrito entre os dois géneros, com a exceção de mais fármacos prescritos para outras patologias psiquiátricas que não a PHDA e a administração de mais terapêutica não farmacológica, nas raparigas. O rácio M:F na prevalência de PHDA revelou-se inferior em amostras comunitárias comparativamente a amostras clínicas. Conclusão: A presente revisão da literatura veio salientar que a apresentação clínica da PHDA no género feminino, apesar de ter as suas particularidades, tem uma severidade comparável à perturbação no género masculino, quando o diagnóstico é estabelecido. Os estudos apontam para que a prevalência de PHDA seja maior no género feminino do que pensado anteriormente, pelo que é essencial o reconhecimento dos padrões de comportamento apresentados por estas crianças/adolescentes, bem como otimizar os critérios de diagnóstico e os instrumentos de avaliação, até agora mais específicos para a apresentação da perturbação no género masculino.
- Canábis e Sono: O que se sabe até à data?Publication . Mendes, Helena Raquel da Silva; Fontes, Maria Silvina SalvadoO consumo de canábis tem vindo a crescer exponencialmente, sendo a substância ilícita mais consumida a nível mundial. Além do uso recreativo, verifica-se um interesse crescente nas suas propriedades terapêuticas. Em Portugal foi, nesse sentido, legalizada e regulamentada a utilização da canábis para fins medicinais, sendo definida uma lista de indicações terapêuticas específicas para essa utilização. O consumo de canábis tem sido associado a efeitos ao nível do sono e, frequentemente, esta é usada empiricamente a fim de melhorar a qualidade do mesmo. Ainda assim, as perturbações do sono não integram a referida lista de indicações terapêuticas. Com base nestas observações, reconhecendo a elevada prevalência das perturbações do sono na população geral e identificando a necessidade de aprimorar o seu controlo, considera-se que compreender a relação entre a canábis e o sono é extremamente pertinente, podendo passar por aí o estabelecimento de medidas que contribuam para a melhoria da qualidade do sono e para o tratamento de perturbações específicas. Esta monografia tem, portanto, como objetivo clarificar a natureza da relação entre a canábis e o sono, esclarecendo o papel da canábis e dos seus constituintes na sua qualidade e arquitetura e avaliando a sua possível aplicabilidade em perturbações específicas do sono. Reunir-se-á, para isso, informação atualizada sobre o tema, através de uma pesquisa exaustiva em bases de dados e da seleção de estudos relevantes.
- Os efeitos negativos das redes sociais na adolescênciaPublication . Campos, Bárbara Morais do Amaral; Correia, Paula Cristina Moreira AntunesIntrodução: Nos últimos anos as redes sociais têm ganho cada vez mais popularidade mundial e adquirido um papel importante no dia-a-dia das pessoas. Existem várias plataformas, mas de um modo global estas permitem uma constante comunicação, criação de relações e partilha de conteúdo e ideias a qualquer hora e com pessoas de qualquer parte do mundo. Os adolescentes e os jovens constituem a geração que mais utiliza as redes sociais no dia-a-dia. No entanto, pouco é ainda falado sobre o impacto que as redes sociais têm efetivamente nesta faixa etária. Sendo a adolescência um período fulcral de desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial, torna-se necessário deste modo, avaliar que consequências é que o uso destas ferramentas pode ter na saúde e bem-estar dos adolescentes. Objetivo: A saúde mental é atualmente um dos temas mais discutidos na sociedade e afeta muitos adolescentes, pelo que a identificação de medidas preventivas revela ser essencial. Por este motivo e por se tratar de um assunto recente e pouco abordado, a presente dissertação constitui uma revisão alargada de literatura acerca dos efeitos negativos mais comuns que surgem com o uso das redes sociais na adolescência. . Métodos: Recorrendo aos motores de busca PubMed e b-on e através das palavras-chave “social networking”, “mental health” e “adolescence”, foram selecionados 29 trabalhos após uma aplicação de critérios de inclusão e exclusão específicos. . Resultados: Foram estudados os cinco temas mais prevalentes como “Depressão, Ansiedade, Suicídio e Comportamentos Autolesivos”, “Cyberbullying”, “Sono”, “Autoestima e Autoimagem” e “Comportamento Aditivo às Redes Sociais”. Conclusão: Apesar de terem sido encontrados poucos estudos relativos aos adolescentes, a maioria apresentou conclusões semelhantes, ou seja, reportavam uma associação entre o uso de redes sociais e a presença de algum indicador de mal-estar psicológico nas cinco temáticas estudadas. Deste modo, considero fulcral que se realizem mais estudos no futuro de forma a conseguirmos entender melhor as consequências que as redes sociais podem ter na adolescência e fases seguintes da vida.
