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- Topografia Corneana em Pacientes Diabéticos do Tipo 2Publication . Almeida, Ana Rita de Jesus; Monteiro, Pedro Miguel LourençoIntrodução: A diabetes mellitus é um importante problema de saúde pública que afeta cerca de 8.5% da população adulta mundial, sendo considerada uma das principais causas de morte e cegueira a nível mundial. A nível ocular, a córnea é uma das estruturas que sofre complicações sistémicas específicas em diferentes componentes, bem como alterações na topografia devido à diabetes mellitus. Objetivos: caracterizar a topografia corneana dos pacientes diabéticos tendo em conta os índices topográficos da córnea e verificar a existência de características específicas na topografia corneana de pacientes diabéticos, identificadas por estudos prévios como o queratocone. Métodos: Estudo retrospetivo e caso-controlo em que a amostra de estudo é portadora de diabetes tipo 2 e constituída por 810 pacientes (67,8±10,1 anos) e a amostra controlo por 59 (70,3±9,5 anos). Ambos os grupos realizaram as medições da topografia corneana com o OPD Scan III e analisaram a integridade da córnea com lâmpada de fenda. Foram comparados os índices entre as populações pelo teste t e estudou-se a prevalência de KC e SKC entre o grupo de estudo e controlo, tendo em conta o diagnóstico automático dado pelo “Corneal Navigator” e pela função discriminante KPI. Resultados: Observou-se que apenas 37,3% do grupo de controlo apresentavam índices alterados, assim como 40,4% dos pacientes diabéticos. Apenas os índices CVP, SDP, AA, CEI, SRI, SRC, SAI e EDD apresentavam diferenças estatisticamente significativas entre as duas populações (p= 0,05). Relativamente à prevalência de queratocone entre pacientes diabéticos e não diabéticos, verificou-se uma diferença não significativa entre as duas populações (p=0.9). O mesmo aconteceu ao comparar as proporções de pacientes com SKC de cada uma das populações (p=0,9). Conclusão: Apenas os índices CVP, SDP, AA, CEI, SRI, SRC, SAI e EDD apresentaram diferenças estatisticamente significantes entre as duas populações. Também concluímos que não existe associação entre a diabetes mellitus e o queratocone, no entanto, estudos mais completos devem ser feitos relativamente a esta temática.
- Prevalência da cegueira e deficiência visual moderada a severa por Catarata na Europa Ocidental: Uma Revisão SistemáticaPublication . Martins, Maria Hirminia Rodrigues; Ferreira, Francisco Miguel Pereira BrardoIntrodução: Considerando a esperança média de vida, todas as pessoas irão experimentar pelo menos um problema de saúde ocular durante a sua vida e que vão exigir tratamentos adequados. A deficiência visual pode ser induzida por outras condições relacionadas com a idade, tal como a catarata. Uma catarata é qualquer opacidade congénita ou adquirida, no cristalino ou na sua cápsula, que reduz a qualidade da visão. A maioria das cataratas está relacionada com o envelhecimento. Visto que as cataratas evoluem com o tempo, as pessoas que estão sem tratamento sofrem um agravamento da condição, que pode levar à cegueira e a outras limitações significativas. O presente trabalho tem como objetivo principal desenvolver uma revisão sistemática da literatura referente a prevalência da cegueira e deficiência visual moderada a severa por catarata na Europa Ocidental, para uma idade igual ou superior a 50 anos. Métodos: Para o desenvolvimento desta revisão sistemática recorreu-se a artigos científicos que exibem a prevalência de deficiência visual e cegueira por catarata na região da Europa Ocidental com idade superior ou igual a 50 anos, de ambos os sexos. Quanto a classificação da gravidade da deficiência visual e cegueira, os estudos deviam utilizar o critério de deficiência visual e cegueira de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Durante o processo de identificação, triagem e inclusão de estudos, foi utilizado o protocolo PRISMA - Preferred Reporting Items for Systematic reviews & Meta-Analysis (Principais Itens para Relatar Revisões Sistemáticas e Meta-Análises). Resultados: Durante a pesquisa inicial foram consultadas três bases de dados, resultando na aquisição de 1442 referências. Após a análise pormenorizada destas referências, restaram 6 artigos para serem incluídos neste trabalho de revisão. A seguir, dos artigos selecionados, analisou-se as prevalências da deficiência visual moderada a severa e cegueira, a prevalência da deficiência visual moderada a severa e cegueira por cataratas na amostra total do estudo. A prevalência da deficiência visual moderada a severa e cegueiras bilateral e por catarata na amostra total de cada estudo, variou num intervalo de [0.00– 11.66] e [0.00 – 2.12], respetivamente. Conclusão: Apesar dos vários tipos de intervenções a catarata continua a ser um problema de saúde pública. A cirurgia a catarata ainda é uma das mais importantes estratégias de intervenção para reduzir a prevalência de cegueira evitável. Deve ser dada prioridade os esforços para reduzir o atraso dos pacientes que necessitam de operações da remoção da catarata. Uma das limitações deste trabalho foi a escassa quantidade de informação compatível com o tema. Outra limitação que se destacou foi a difícil comparação de prevalências em estudos por causa de razões como o critério de classificação da condição, número de amostragem, modo de recolha da amostra, faixa etária em estudo, faixa etária mais predominante.