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- COFTA, a outra história de Alcobaça: Requalificação da zona industrial e da envolvente do rio AlcoaPublication . Tereso, Ricardo Mendes; Oliveira, Tiago de Almada Cardoso Proença deTorna-se cada vez mais evidente a importância de os municípios cultivarem a sua identidade, para que possam ser valorizados pelo que de melhor têm para oferecer. É por isso necessário cuidar do seu património cultural, já que o conhecimento do passado é fundamental para construir o futuro. Alcobaça conta com um importante legado dos monges da ordem de Cister, mas o seu acervo vai para além disso. A sua rica rede hidrográfica, reconhecida e aproveitada pelos monges, foi também utilizada, anos mais tarde, pelos fundadores da COFTA. A COFTA, uma antiga indústria de fiação e tecidos, foi fundada em 1875, e cessou o seu funcionamento em 1998. Esta companhia, que apostou constantemente na inovação e atingiu grande prestígio a nível nacional, foi uma das maiores empregadoras da região, chegando a ter mais de 1200 trabalhadores, sempre com reconhecida preocupação com o setor social. Após o seu encerramento pouco foi feito para preservar o seu espólio, o que resultou na degradação deste património e no seu desconhecimento por parte das novas gerações. Esta dissertação de mestrado propõe a reabilitação de alguns edifícios da COFTA. Estes edifícios são a Central elétrica, construída em 1926 para substituir os antigos motores a carvão que forneciam energia à Companhia, a converter num museu, o edifício da Assistência Araújo Guimarães, inaugurado em 1936, que alojava as atividades de apoio social, e que acolherá um café, residências artísticas e uma biblioteca, e o antigo Posto de Transformação, que será adaptado para um espaço versátil de exposições. Propõe-se ainda a criação de um parque de lazer, tirando partido da várzea do rio Alcoa que sem o qual resultaria desconexa a reabilitação dos edifícios. Este parque, com 9,23 hectares, acompanha o rio por mais de 1,4 km e procura atender às necessidades lúdicas da população citadina, recuperando um espaço atualmente devoluto. O projeto explora o potencial do sítio, criando estacionamento e acessos, aproveitando a rede hídrica, os açudes e levadas atualmente degradados. Este procuram tambem devolver aos alcobacenses o usufruto de um lugar que, para além das suas qualidades espaciais, é significativo para a sua cultura.
- The link between event-related potentials and cognitive dysfunction in Multiple Sclerosis: A systematic reviewPublication . Ferreira, Joana Filipa Almeida; Patto, Maria da Assunção Morais e Cunha Vaz; Pinto, Nuno Filipe CardosoIntroduction: Multiple Sclerosis is one of the most frequent causes of Central Nervous System disease in young persons. It is associated with cognitive impairment in 70% of cases, resulting in a diminished quality of life. This systematic review aimed to evaluate if event-related potentials (ERPs) can be a relevant diagnosis tool of cognitive dysfunction in MS. Methods: Four databases were consulted (PubMed, Embase, Scielo and Web of Science) until March 10th, 2021. The research was made combining keywords, MESH or EMTREE terms. The inclusion criteria were 1) = 18 years old, 2) diagnosis according to specific MS criteria, 3) with or without cognitive complaints, 4) independently of the time of diagnosis and usual medication, and 5) articles written in Portuguese, Spanish, English and French. Papers should use ERPs, compared with normative values, Scales of Cognitive Evaluation and/or healthy control groups. The expected outcome was ERPs amplitude and/or latency variation (P300, N400 and mismatch negativity – MMN). Results: 425 articles were obtained initially, with 26 articles in the end. P300 was the most discussed ERP (25 articles), demonstrating a reduced amplitude or an increased latency in 84% of those. N400 was evaluated in one and MMN was addressed in two articles. ERPs were compared with Mini-Mental State Exam in two of them and with Montreal Cognitive Assessment in three. Other scales were also compared with ERPs in twenty articles. Conclusion: MS patients with cognitive impairment demonstrated overall ERP abnormalities, suggesting that ERPs may be an appropriate diagnostic method for cognitive impairment in MS.
- Sobre a relação entre a atividade física e a microbiota intestinalPublication . Monteiro, José Fausto Lopes Ferreira Santos; Barata, José Luís Ribeiro Themudo; Patto, Maria da Assunção Morais e Cunha VazIntrodução A relação entre a Atividade Física e a Microbiota Intestinal encontra-se muito pouco definida e muito atomizada (pouco holística). O objetivo principal é identificar e, de alguma forma, estabelecer relação entre Atividade Física e a Microbiota Intestinal, sem deixar de ver esta mesma relação como integrante da promoção de completo bem-estar físico e mental. Metodologia No sentido de identificarmos e analisarmos a relação entre a Atividade Física e Microbiota Intestinal, realizámos uma revisão sistemática. Para tal, selecionámos quatro bases de dados – PubMed, Web of Science, Google Scholar and Cochrane Library - e as seguintes palavras-chave: human; biological organism; gut microbiota; physical activity. Definimos também critérios de inclusão: 1) artigos com base nos últimos 5 anos de publicação, ou seja de 2016-2021; 2) artigos focados em humanos independentemente da idade e sexo; 3) artigos que se debruçam sobre a atividade física e estabelecem relação com a microbiota intestinal; 4) artigos que incluem a intervenção de atividade física de curto, médio e longo prazo independentemente do tipo de atividade física; 5) artigos com base na revisão sistemática, revisão narrativa, testes randomizados controlados e testes não randomizados controlados; 6) idioma em inglês. Resultados Selecionámos 10 artigos e, com base nestes, identificámos uma clara associação entre a Atividade Física e Microbiota Intestinal independentemente do ano, país e metodologia utilizada. Conclusão É evidenciada uma associação entre a Atividade Física e a Microbiota Intestinal, uma vez que a sua composição se altera e melhora a saúde dos indivíduos, aumentando a função intestinal e imunológica e assegurando a homeostasia energética.
- Terapia anti-amilóide na doença de AlzheimerPublication . Ferreira, Inês Maria dos Reis; Pérez, Francisco José Álvarez; Gregório, Ana Rita CagigalA doença de Alzheimer (DA) é a causa mais comum de demência. Caracteriza-se por défice mnésico precoce seguido de deterioração progressiva dos restantes domínios cognitivos. Esta tese almeja rever literatura sobre terapias anti-amilóides, mais especificamente imunoterapia passiva e os novos desenvolvimentos acerca dos anticorpos monoclonais bem como a sua eficácia e segurança. A pesquisa foi realizada com recurso às bases de dados “Pubmed”, “Cochrane Library” e “MEDLINE”. O tratamento atual da DA é meramente sintomático e não há tratamento modificador de prognóstico. A hipótese amilóide defende que a DA depende da deposição de beta-amiloide no tecido cerebral. Tendo esta teoria como base, foram criadas em 1999 as primeiras vacinas contra beta-amilóide. No entanto, os seus efeitos adversos proeminentes levaram à investigação da imunização passiva como uma alternativa mais segura. A aprovação rápida do primeiro anticorpo monoclonal para o tratamento da DA (aducanumab) levantou algumas suspeitas acerca da sua eficácia e segurança. Na verdade, há uma falta de evidência quanto à eficácia de vários anticorpos monoclonais alternativos nos seus ensaios clínicos. Apesar das expectativas altas no que concerne ao aducanumab, não há evidência suficiente, quanto à sua eficácia clínica, que apoie o seu uso na prática médica. Além disso, este tratamento apresenta indicações restritas e efeitos adversos potencialmente danosos. De facto, outros anticorpos monoclonais não demonstraram benefício cognitivo em ensaios clínicos apesar de se verificar uma diminuição da deposição de placas amilóides in vitro, facto que sugere uma fisiopatologia multifatorial da DA.
- Estudos de imagem funcional no diagnóstico diferencial de distúrbios do movimentoPublication . Narciso, Tiago Miguel Ribeiro; Pérez, Francisco José ÁlvarezO parkinsonismo neurodegenerativo é caracterizado por uma grande heterogeneidade clínica e compreende diversas doenças neurodegenerativas tais como: doença de Parkinson, demência de corpos de Lewy, atrofia multissistémica, degeneração corticobasal e paralisia supranuclear progressiva. A sobreposição de sintomatologia, a heterogeneidade clínica na apresentação e progressão da doença e a variabilidade em resposta às medicações dopaminérgicas podem fazer o diagnóstico diferencial dos distúrbios parkinsonianos difícil, especialmente em fases iniciais da doença. O diagnóstico correto atempado é importante nestes doentes e os exames de imagem funcional têm um papel importante neste especto pois permitem visualizar in vivo as características funcionais e neuroanatómicas, assim como identificar biomarcadores específicos. Na atualidade, 18F-FDG PET é o método funcional superior no diagnóstico diferencial de doença de Parkinson e dos parkinsonismos atípicos. A imagem funcional com PET e SPECT, encontra-se neste momento num momento crucial, ocorrendo inúmeros avanços nesta área quer na elaboração de novos marcadores, quer no avanço na análise e na técnica de imagem. Espera-se que os exames de imagem funcional venham a desempenhar um papel mais importante no diagnóstico diferencial dos distúrbios do movimento, permitindo um diagnóstico mais exato e atempado. Nesta revisão bibliográfica com características sistemáticas pretende-se atualizar a evidência da utilidade dos exames de estudo funcional (nomeadamente PET/SPECT) no diagnóstico diferencial dos distúrbios do movimento, focando-se principalmente no diagnóstico diferencial entre a doença de Parkinson e os parkinsonismos atípicos, e propor um algoritmo clínico de diagnóstico diferencial destes distúrbios com estes exames.
- O uso de anti-inflamatórios não esteroides nas lesões musculares e ligamentares: Prós e ContrasPublication . Neves, Luís Miguel Pereira das; Barata, José Luís Ribeiro ThemudoIntrodução: Os anti-inflamatórios não esteroides são dos medicamentos mais consumidos a nível mundial para alívio sintomático da dor de intensidade leve a moderada, associada a um vasto leque de patologias, desde condições agudas autolimitadas como dismenorreias primárias, até quadros clínicos inflamatórios crónicos como a artrite reumatoide. Uma das suas múltiplas utilizações é em contexto de lesões agudas de tecidos moles, pese embora a evidência científica sobre os seus efeitos seja muito ambígua: se por um lado pode ser útil o uso destes medicamentos para evitar dano tecidual adicional decorrente de uma resposta inflamatória exacerbada, por outro lado a inibição da inflamação pode levar a um atraso ou a uma incorreta regeneração tecidual, com consequências a nível estrutural e funcional das estruturas lesionadas. Objetivos: Esta monografia tem como objetivo fazer uma revisão e análise crítica da literatura existente sobre os efeitos benéficos e prejudiciais do uso dos anti-inflamatórios não esteroides nas lesões agudas do músculo esquelético e dos ligamentos. Métodos: Para a elaboração desta monografia, procedeu-se a uma revisão de artigos indexados nas bases de dados Pubmed e ResearchGate entre setembro de 2020 e junho de 2021 utilizando os termos: "Non-steroidal anti-inflammatory drugs", "NSAIDs", "soft tissue healing"; “muscle injury” e “ligament injury”. A pesquisa foi efetuada sem restrição temporal, mas dando preferência à evidência científica mais recente. Após leitura de 102 abstracts foram escolhidos 42 artigos que mais se adequavam ao objetivo do trabalho. Foram também utilizados outros documentos como Normas de Orientação Clínica emitidas pela DGS e bibliografia relevante nas áreas de farmacologia, ortopedia, medicina desportiva e medicina física e de reabilitação. Resultados: De forma geral, os AINEs são eficazes na diminuição da dor, edema e dano tecidual decorrentes da lesão, permitindo um retorno mais precoce ao nível de atividade física pré-lesão, sendo esses benefícios alcançados através da interferência no processo natural de cicatrização tecidual, o qual pode cursar com consequências a nível estrutural e funcional dos tecidos afetados. Os benefícios dos AINEs na lesão muscular incluem a diminuição da dor muscular (aguda e subaguda), melhoria dos parâmetros funcionais e prevenção de algumas complicações como a miosite ossificante e têm como malefícios a inibição da migração e proliferação das células satélites, com consequências a nível histológico e funcional como aumento da fibrose muscular, diminuição da geração de força e menor contratilidade. Já nos ligamentos, apesar de levar a uma melhoria precoce dos parâmetros biomecânicos, como o aumento de força e síntese de colagénio, há evidência que aponta para o papel dos AINEs em potenciar consequências adversas como instabilidade crónica articular por aumento da laxidão da articulação. Conclusão: A literatura analisada é consensual ao afirmar que os efeitos benéficos que os AINEs possuem nos primeiros dias após a lesão são anulados pelas consequências que estes fármacos podem apresentar a médio-longo prazo. De forma geral, a primeira linha farmacológica para alívio da dor deve recair sobre um analgésico simples como o paracetamol, evitando o uso de AINEs dado os efeitos adversos que têm no processo regenerativo. Se o contexto clínico o justificar, os AINEs devem ser prescritos na menor dose eficaz e pelo menor período temporal possível.
- Distrofias associadas ao colagénio VI: discussão de um caso clínicoPublication . Oliveira, Luciana Carvalho; Pérez, Francisco José Álvarez; Almeida, Maria Manuela de Almeida Santos; Almeida, Pedro MaiaAs Distrofias associadas ao Colagénio VI constituem um subgrupo de Distrofias Musculares Congénitas raras. O colagénio VI é uma glicoproteína expressa na matriz extracelular, essencial para o normal funcionamento dos tecidos, nomeadamente tecido musculo esquelético e conjuntivo (pele e tendões). Este espectro associa-se a variantes clinicamente relevantes nos genes do colagénio VI (COL6A1, COL6A2 ou COL6A3) que resultam num défice de produção ou função do colagénio VI. As manifestações típicas são fraqueza muscular, hiperlaxidez distal, contraturas articulares e manifestações cutâneas, que refletem o défice de colagénio VI. Estas distrofias apresentam um espetro clínico, que pode variar de uma forma mais ligeira e mais tardia, conhecida como Miopatia de Bethlem, formas intermédias, até uma forma mais grave e mais precoce, denominada Distrofia Muscular Congénita de Ullrich. A suspeita diagnóstica pode ser confirmada molecularmente com a identificação de uma alteração patogénica num dos genes COL6A1, COL6A2 ou COL6A3. Normalmente, não há envolvimento cardíaco. Atualmente não existe uma cura definitiva para este grupo de patologias, no entanto, com a crescente evolução da genética e da ciência em geral, há uma maior esperança e interesse no desenvolvimento de novas técnicas terapêuticas, bem como novos alvos. Apresenta-se um caso clínico de uma criança, do sexo masculino, com três anos de idade, filho de pais consanguíneos (1/32), com diagnóstico clínico e molecular de Distrofia Muscular Congénita de Ullrich. O paciente apresenta hipotonia de início no período neonatal, hiperlaxidez das articulações distais, luxação bilateral da anca e do cotovelo esquerdo, envolvimento cutâneo, na forma de hiperqueratose folicular e atraso no desenvolvimento global. Com a presente revisão bibliográfica pretende-se reunir a informação mais atualizada sobre os aspetos mais relevantes relacionados com as Distrofias do Colagénio VI e apresentar um caso clínico da patologia em questão.