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- Relatório de Estágio: Clube de Natação do FundãoPublication . Monteiro, Ana Sofia Dias; Neiva, Henrique PereiraNo âmbito do mestrado em Ciências do Desporto, no ramo de Treino Desportivo, foi realizado um estágio na modalidade de natação, durante a época 2021-2022. Com o estágio que se desenrolou no Clube de Natação do Fundão, pretendeu-se desenvolver o conhecimento e competências inerentes ao treinador de natação pura desportiva para obtenção do Título Profissional de Treinador de Desporto, Grau II. A intervenção foi centrada em dois grupos, escalão de cadetes (pré-cadetes e cadetes) e o escalão de infantis. A intervenção envolveu tarefas de planeamento, organização e condução e avaliação do treino destes nadadores. Como por exemplo, estas tarefas envolveram planeamento, orientação e condução do treino do escalão de cadetes, observação, condução e posteriormente o planeamento do treino dos escalões de absolutos, correções de técnica, relatórios de assiduidade e de competições, tratar de inscrições de provas e participação nas reuniões de delegados das competições. Com a conclusão do estágio foi possível de desenvolver e adquirir novos conhecimentos dos cuidados e atenções que o treinador deverá ter em consideração no planeamento, orientação e condução do treino de todos os escalões. Durante a realização do estágio foi desenvolvido um trabalho de investigação com o objetivo principal de verificar o efeito de 12 semanas de treino de natação nos escalões de formação (cadetes e infantis), analisando variáveis de rendimento e técnicas no nado de crol e costas. Foram analisadas as variáveis de deslize, percurso subaquático, tempo aos 25 metros, frequência gestual, distância por ciclo de braçada, índice de nado e a técnica de nado. Os resultados demonstram diferenças significativas na variável de deslize e tempo aos 25 metros em crol e costas, não tendo sido encontradas diferenças nas restantes variáveis analisadas. Com estes resultados foi possível de verificar que o período de treino de 12 semanas nestes escalões levou à melhoria do rendimento em 25 m de nado, tendo sido notórias as melhorias no deslize em posição hidrodinâmica. A avaliação periódica dos nadadores pode ser uma mais-valia para a programação do treinador e para o rendimento dos nadadores. Realçamos ainda que, o estudo apresentado demonstra ser possível realizar avaliações em contexto real, acessíveis e pouco dispendiosas, que permitem analisar o desenvolvimento dos nadadores e a evolução em diferentes parâmetros.
- BioteCoviVac- registry among rheumatology patients followed in a Day Hospital of a Rheumatology UnitPublication . Sacramento, Maria Beatriz Guimarães; Abreu, Pedro Miguel Martins de Azevedo; Rocha, Ana Carolina dos Santos SilvaIntrodução: Quase dois anos após a emergência de um novo coronavírus, mantêm-se diversas incertezas e preocupações sobre esta estirpe (SARS-CoV-2) e a doença por si causada, a COVID-19. No que diz respeito à Reumatologia, um desafio particular passa pelos pacientes com Doenças Reumáticas Inflamatórias (DRI), cuja patologia e tratamento biotecnológico associado poderão ter impacto no curso da infeção por este vírus. Objetivos: Visto que a informação, relativamente a este tema, é ainda escassa, este trabalho visa a implementação de um sistema de registo de dados de todos os pacientes reumáticos seguidos e medicados com terapêutica biotecnológica, com foco na infeção por SARS-CoV-2 e sua vacinação, de modo a obter um melhor entendimento da repercussão que a COVID-19 tem em pacientes com DRI. Métodos: Dados referentes ao período de março de 2020 a dezembro de 2021 foram recolhidos através da consulta de processos clínicos de doentes sob tratamento biotecnológico e analisados no contexto de um estudo observacional e retrospetivo. Resultados: Foi desenvolvido um registo reumatológico com pacientes sob tratamento biotecnológico, com ênfase na COVID-19 e respetiva vacinação (registo BioteCoviVac). Os dados consistiram em informações demográficas, clínicas e relativas à infeção por SARS-CoV-2, em pacientes seguidos numa pequena unidade de Reumatologia. Conclusão: É esperado que este registo de dados facilite a avaliação dos pacientes em estudo e melhore os resultados obtidos após a exposição ao vírus SARS-CoV-2. Este registo poderá harmonizar a informação relativa ao tratamento, outcomes e bem-estar dos doentes seguidos ao longo do tempo, assim como identificar as melhores práticas e reforçar recomendações baseadas em evidência para a gestão deste grupo de pacientes, durante a pandemia.
- Caracterização da Doença Óssea de Paget em doentes seguidos numa Unidade do Centro de Portugal – Aspetos clínicos e demográficosPublication . Miranda, Tiago Miguel Rei; Abreu, Pedro Miguel Martins de AzevedoIntrodução: A Doença Óssea de Paget (DOP) ou Osteíte Deformante é uma doença óssea crónica focal, caracterizada por uma taxa de remodelação óssea acelerada que, por sua vez, leva à formação de um novo osso desorganizado, aumentado e com estrutura enfraquecida, propenso a deformidades e fraturas. Tanto a prevalência como a apresentação clínica e demográfica desta condição clínica podem variar consoante a população. Desta forma, face à morbilidade que esta doença pode causar, é importante conhecer as suas características. Objetivo: Este estudo tem como objetivo a avaliação e caracterização dos parâmetros demográficos, clínicos, bioquímicos, imagiológicos e tratamento de pacientes com o diagnóstico de DOP seguidos na Unidade de Reumatologia da Unidade Local de Saúde Castelo Branco (ULSCB). Metodologia: Para a concretização desta investigação, foi realizado um estudo observacional, retrospetivo e transversal dos utentes com DOP desde março de 2011 até setembro de 2021, na Unidade de Reumatologia da ULSCB. Foram recolhidos dados demográficos, ano de apresentação, sintomas, existência ou não de complicações à data de apresentação da doença e durante o período de follow-up. Também foi feita análise dos exames imagiológicos efetuados em todos os pacientes. Para a recolha de dados procedeu-se à consulta do processo clínico eletrónico e, posteriormente, o tratamento de dados foi realizado no programa Microsoft Excel®. Resultados: Este estudo sobre a DOP teve predominância masculina (90%) com uma idade média ao diagnóstico de 66.1 anos. Em nenhum dos casos foi reportada a existência de história familiar, bem como nenhum paciente se apresentou assintomático ao diagnóstico, tendo todos exibido um certo grau de dor óssea ou dor lombar. Não houve ainda nenhum registo da ocorrência de alguma fratura patológica. A forma monostótica da doença foi a mais prevalente, sendo observada em 80% dos pacientes. Os ossos afetados foram o sacro (30%), o ilíaco (50%) e o fémur (30%). Relativamente à Fosfatase Alcalina (FA) sérica, 50% dos doentes apresentaram este parâmetro aumentado ao diagnóstico, com uma média de 150.2 IU/L. Importante acrescentar que todos os casos foram sujeitos a uma avaliação por cintigrafia óssea para estudo da extensão da doença. Em termos de tratamento, 80% dos pacientes foram sujeitos ao tratamento com Ácido Zoledrónico com resultados muito satisfatórios tanto no controlo dos sintomas como na redução dos níveis de FA. Apenas em um caso foi necessário um segundo ciclo de tratamento, após 5 anos, por nova elevação dos níveis de FA. Conclusão: O presente estudo demonstrou tanto a existência como as manifestações clínicas da DOP na Unidade de Reumatologia de Castelo Branco, revelando que esta é uma condição clínica muito rara entre a população portuguesa. Dentro da amostra analisada há uma maioria masculina e da doença monostótica, sem história familiar significativa. Tanto as características clínicas como bioquímicas clássicas apresentaram uma boa resposta à terapêutica com bifosfonato. No entanto, as características demográficas e de apresentação clínica diferem da maioria dos estudos realizados em vários países, o que pode ter sido causado pelo reduzido tamanho da amostra utilizada.
- Exercício Físico e Espondiloartrite Axial – RevisãoPublication . Pereira, Bernardo Manuel Pinheiro; Abreu, Pedro Miguel Martins de AzevedoIntrodução: A Espondiloartrite Axial é uma doença reumatológica que impacta profundamente a qualidade de vida dos utentes dado o seu caráter progressivo. É caracterizada por ser uma forma de artrite inflamatória e dolorosa que afeta principalmente a coluna, podendo atingir também outras articulações, tendões e ligamentos. Após estabelecido o diagnóstico, os principais focos do tratamento da Espondiloartrite Axial são a redução das suas complicações, através da atenuação álgica e rigidez, da prevenção da imobilização total ou parcial da coluna e da ajuda na manutenção das atividades da vida diárias. A farmacoterapia tem-se mostrado eficaz no controlo da doença, no entanto sabese que o exercício físico é um importante coadjuvante no seu tratamento. Estudos atuais têm vindo a reforçar a relevância que o exercício físico, individualizado e direcionado para a Espondiloartrite Axial, tem no prognóstico desta doença. Esta dissertação pretende, através de uma revisão sistemática, explorar a relação entre o Exercício Físico e a Espondiloartrite Axial de forma aprofundada, utilizando artigos científicos dos últimos 10 anos. Métodos: A pesquisa foi realizada no motor de busca PubMed, entre Setembro de 2021 e Outubro de 2021. As palavras-chave utilizadas foram “Axial Spondyloarthritis”, ”Exercise” e “Physical Activity”. Após uma fase de avaliação dos artigos recolhidos, foram selecionados 19 para uma análise comparativa. Resultados: Os estudos apontam que agudizações da doença afetam a quantidade de EF nestes doentes, diminuindo-a. O EF de alta intensidade mostrou-se capaz de reduzir sintomas da EA, bem como melhorar a saúde cardiovascular. Comprovou-se que motivadores e barreiras ao exercício, sendo os principais “nível de sintomas” e “conhecimento de benefícios para o estado de espírito”, precisam de ser trabalhados para atingir melhores prognósticos. Precisam de se otimizar tecnologias que facilitem o EF nestes pacientes. Conclusão: É importante a criação de guidelines atualizadas que contemplem orientações específicas relativas à intensidade, ao tipo de exercício e à sua frequência, de forma a homogeneizar e incentivar a prescrição de EF nos doentes com EA, tendo sempre em consideração as características individuais e capacidade funcional de cada utente. Convém utilizar novas tecnologias para auxiliar no cumprimento destes objetivos com vista de ganhos em saúde.
- Workplace Experiences of LGBTQIA + Individuals in PortugalPublication . Beatriz, Colleen; Pereira, HenriqueAlthough Portuguese Labour Code forbids discrimination based on sexual orientation and gender identity, 20% of LGBTQIA+workers report workplace discrimination, potentially because non-discrimination policies do not protect against more covert types of discrimination. This study aimed to characterize workplace discrimination and support among Portuguese LGBTQIA+workers using online surveys to capture workplace satisfaction and support and discrimination in the workplace. Quantitative results were computed using STATA, Version 17.0. Qualitative data was analysed using NVivo 12. The sample included 60 participants who self-identifed as a sexual or gender minority. Although only 31.9% of participants reported experiencing LGBTQIA+-based discrimination at work, only 30% of participants reported being completely out at work. Qualitative fndings revealed two main themes regarding adverse workplace experiences (overt discrimination and covert discrimination), two main themes regarding neutral and positive workplace experiences (acceptance and support and liberation after disclosure at work), and two main themes regarding participants’ vision of a truly inclusive and supportive workplace (instrumental changes and changes in values). These fndings indicate that discrimination attributable to sexual orientation and gender identity still exists in Portuguese workplaces despite antidiscrimination protections and that more legal, institutional, and social support is needed to ensure a safe workplace for LGBTQIA+people.
- Avaliação dos efeitos da pandemia Covid-19 na intenção de participação, expetativas e barreiras à prática desportiva de estudantes universitáriosPublication . Silva, Maria João Pires Vaz Cardoso da; Esteves, Maria Dulce LealCom o início da pandemia de Covid-19, uma das estratégias de saúde pública foi a realização de confinamentos para reduzir contágios, sendo que a prática desportiva foi amplamente afetada. No desporto universitário, o encerramento de muitas instalações desportivas e a suspensão do regime presencial de aulas, foram fatores decisivos para a quebra significativa do número de praticantes envolvidos nas atividades promovidas pelos clubes da Federação Académica do Desporto Universitário (FADU). O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da pandemia de Covid-19 (i) nos hábitos durante o confinamento, nomeadamente relativamente ao treino desportivo, às horas de sono e ao tempo gasto nas diferentes atividades diárias; (ii) na intenção de participação, nas expectativas e nas barreiras à prática desportiva e (iii) no estado geral de saúde dos estudantes universitários. Pretende ainda avaliar possíveis diferenças de sexo, ensino superior universitário/politécnico e modalidades individuais/coletivas na intenção de manter a prática de desporto universitário após o confinamento. Realizou-se um estudo transversal, não experimental, descritivo, tendo como base a disseminação de um questionário através da plataforma Google Forms por todos os alunos inscritos na FADU. Dos resultados obtidos destacamos: a) 71% dos respondentes afirmaram ter sentido que diminuíram a aptidão física; b) 85% afirmaram ter intenção de se manter no desporto universitário; c) apenas 7% dos respondentes referiram ter intenção de abandonar a prática desportiva; d) a intenção de continuar no desporto universitário é maior nos respondentes que frequentam universidades; e) a intenção de manter a participação no desporto universitário é maior nos praticantes de modalidades individuais do que nos praticantes de modalidades coletivas; f) a manutenção de treinos durante o confinamento, ocorreu predominantemente no sexo feminino, nos praticantes de modalidades individuais e nos alunos das universidades. Estes dados permitem concluir que, embora a pandemia de Covid-19 tenha alterado os hábitos de prática desportiva nos estudantes universitários, houve manutenção da intenção destes atletas se manterem na prática de desporto universitário.
- Influência sazonal na Polimialgia ReumáticaPublication . Costa, Fernando David Granjeia; Abreu, Pedro Miguel Martins de AzevedoA polimialgia reumática é uma doença reumática inflamatória que afeta principalmente pessoas a partir dos cinquenta anos de idade, tratando-se da segunda patologia reumática inflamatória mais comum em idosos. Ainda assim, trata-se de uma patologia de etiologia desconhecida, embora se julgue provável que exista influência genética, imunológica e ambiental. Relativamente à influência ambiental, têm sido relatados picos de incidência coincidentes entre a polimialgia reumática e diversos vírus. Essas observações levaram a que fosse investigada uma possível etiologia viral para esta patologia, bem como a existência de um padrão sazonal na sua incidência ou nas suas recaídas. Para a realização desta dissertação foram reunidos artigos através do motor de busca pubmed, consultado de agosto de 2021 a abril de 2022. Procedeu-se, primeiro, à caraterização da doença nos seus aspetos mais relevantes, abordando-se, de seguida, a evidência existente em relação à influência sazonal na polimialgia reumática. Dos dez estudos incluídos neste trabalho, cinco apresentaram um padrão sazonal, enquanto os restantes negarem a sua existência. No entanto, mesmo entre os estudos que identificaram um padrão sazonal as observações não foram concordantes, já que alguns descreveram um pico de incidência no verão e outros descreveram um pico de incidência no inverno. Assim sendo, a evidência atual parece sugerir a inexistência de um padrão sazonal na polimialgia reumática, embora os estudos apresentem resultados muito heterogéneos. No futuro seria relevante, portanto, a condução de um estudo, preferencialmente prospetivo e de maior escala, que possa produzir observações mais robustas, reduzindo, dessa forma, a atual incerteza que rodeia esta temática.
- O Papel das Alianças Estratégicas na Servitização de PME: Um estudo qualitativoPublication . Pombo, Diogo Ramos; Franco, Mário José BaptistaOs processos de inovação, em modelos de negócio, permitem às empresas sustentar e desenvolver as suas vantagens competitivas. Nos últimos anos, empresas de manufatura têm vindo a adotar estratégias de incorporação de serviços nos seus modelos de negócio, como forma de agregar valor aos seus produtos e para os seus clientes. Este movimento é conhecido por “Servitização”. No entanto, a transição de uma estratégia focada no produto para uma estratégia de serviços é um processo gradual e que requer a definição de novas práticas, o que no contexto das pequenas e médias empresas (PME) pode ser mais desafiante, derivado da sua escassez de recursos, conhecimentos e capacidades organizacionais. Neste sentido, este tipo de empresas pode abrir portas à formação de alianças como estratégia para acelerar seus processos de inovação e, por sua vez, alcançar sucesso na servitização. A literatura permanece pouco explorada no que toca à contribuição das alianças estratégicas para a servitização de PME. Deste modo, o objetivo deste trabalho foca-se em compreender qual o papel das alianças estratégicas na servitização de PME, nomeadamente, identificar quais os motivos, benefícios, desafios, bem como os riscos que as PME enfrentam e, ainda, quais os resultados das alianças na servitização. Para dar resposta a estas questões/objetivos, neste estudo adotou-se uma abordagem qualitativa, através de um estudo de casos múltiplos, tendo sido elaborado um guião de entrevistas semiestruturadas e aplicado a seis proprietários-gestores de PME portuguesas e espanholas. Com base na análise de conteúdo e com o auxílio do software NVivo, chegou-se à conclusão de que a servitização e as alianças são duas estratégias que se encontram ligadas, exercendo uma relação complementar, através da partilha de recursos e conhecimentos, bem como criando vantagens competitivas e agregando valor aos seus modelos de negócio, melhorando, também, a experiência do cliente final. Este trabalho pretende contribuir com mais insights para a superação das barreiras da servitização e providenciar aos proprietários-gestores das PME resultados da combinação das duas estratégias aqui analisadas: alianças e servitização. Mais precisamente, pretende-se mostrar aos responsáveis das PME como é aplicado a interface entre estas duas estratégias e a forma como ambas se complementam. Desta forma, desenvolveu-se um framework/modelo que pode apresentar uma solução às empresas de menor dimensão, para a superação das barreiras ligadas à servitização e alcançar as vantagens competitivas extraídas da formação de alianças estratégias.
- Vantagens da suplementação com vitamina D na fadiga, em doentes com fibromialgia: revisão sistemáticaPublication . Sousa, Horácio Pereira de; Ferreira, Joana Catarina Fonseca; Patto, Maria da Assunção Morais e Cunha VazA Fibromialgia (FM) é uma doença crónica caracterizada por dor difusa associada a elevados níveis de fadiga cuja intensidade é muito variável. Sintomas semelhantes são encontrados em pacientes com baixos níveis de vitamina D, uma vitamina que se comporta como uma hormona com múltiplos recetores espalhados em vários tecidos. Embora o seu papel na fisiopatologia da fibromialgia permaneça obscuro, estudos apontam para uma correlação entre a deficiência de vitamina D e a gravidade dos sintomas da fibromialgia. Portanto, realizámos uma revisão sistemática da literatura para determinar o valor da suplementação de vitamina D na fibromialgia. As bases de dados Medline, EMBASE e Cochrane foram pesquisadas, de dezembro de 2021 a janeiro de 2022, usando os descritores “Fibromialgia”, “Fadiga” e “Vitamina D”. Foram selecionados ensaios clínicos randomizados e de controle incluindo pacientes com fibromialgia nos quais a suplementação de vitamina D foi feita. Os dados incluíram descrição sociodemográfica, critérios de diagnóstico, sintomas de fibromialgia, Questionário de Impacto da Fibromialgia (FIQ), formulário curto de saúde de 36 itens (SF36) e protocolo de suplementação de vitamina D. Dos 2.480 artigos iniciais, 4 foram elegíveis para análise final. Num dos estudos não se observou nenhuma melhora significativa do FIQ com a suplementação de vitamina D. Os três restantes observaram melhorias significativas nas pontuações do SF-36 e FIQ, mas em graus diferentes. Um demonstrou apenas melhorias em componentes específicos do SF-36, demonstrando também melhorias em relação à fadiga matinal. Outro demonstra melhoria em todos os parâmetros do SF-36, exceto no nível de dor. Por fim, o último estudo observou melhoria em ambas as escalas. A nossa revisão mostra resultados dissonantes sobre o papel do uso de suplementação de vitamina D na melhoria da qualidade de vida dos doentes com fibromialgia. Estes resultados podem ser explicados por diferentes protocolos de suplementação e também por diferentes níveis basais de vitamina D para os quais se decidiu suplementar. No entanto, a suplementação de vitamina D parece ter um benefício na fadiga e qualidade de vida em pacientes com FM. Estudos maiores, com maior duração e com protocolo de suplementação mais uniforme, são necessários para confirmar os resultados desta revisão.
- O perfil antropométrico e de atividade física das crianças e adolescentes da ilha do PicoPublication . Paulico, Sérgio Gabriel Rito; Neiva, Henrique PereiraO objetivo deste estudo foi verificar as características antropométricas, nomeadamente a estatura, a massa corporal, o índice de massa corporal (IMC), a massa gorda, a massa muscular e o perímetro abdominal, das crianças e adolescentes das escolas da ilha do Pico nos Açores. De forma adicional, com o presente estudo pretendemos verificar o nível de atividade física diária desta amostra. Assim, pretendemos caracterizar as crianças e jovens das escolas da ilha do Pico, no que se refere a estas idades, compara ndo diferentes faixas etárias e sexo e, desta forma, contribuir para o desenvolvimento de estratégias de melhoria das práticas de exercício físico e saúde publica ao nível regional e/ou nacional. No presente estudo participaram 658 indivíduos, com idades c ompreendidas entre os 10 e os 18 anos (13.64 ±0.09 anos, 1.61 ± 0.04 m de altura, 58.47 ± 0.63 kg de massa corporal) pertencentes às escolas básicas e secundárias da ilha do Pico teve uma duração total de 5 meses, durante os quais foram Açores. O estudo aplicados os questionários com o objetivo de perceber os hábitos de atividade física, avaliadas características antropométricas e monitorizar através de uma aplicação móvel (Google fit®), os passos e distâncias diárias percorridas. Os adolescentes apresent aram maiores valores de estatura, massa corporal, perímetro abdominal, massa gorda, massa muscular e metabolismo basal. Nas crianças, a massa gorda foi significativamente superior no sexo feminino, contrariamente à massa muscular e ao metabolismo basal que demonstraram ser inferiores do que no sexo masculino. No que se refere aos adolescentes, os participantes do sexo feminino demonstraram menores valores na maioria das variáveis, com exceção da massa gorda. Verificouse que nas crianças, o valor de sobrepe so e obesidade ronda os 18% enquanto que nos adolescentes ronda os 25% da amostra estudada. Da amostra analisada, foram percorridos 270.53 ± 30.00 km, num total de 426883.54 ± 23241.61 passos, em 94.25 ± 2.42 dias de monitorização, perfazendo uma média de 2.88 ± 0.33 km por dia, 4416.18 ± 217.23 passos por dia, com um dispêndio médio de 1779.24 ± 66.34 Kcal por dia. A realçar que a maior percentagem dos inquiridos demonstrou realizar atividades vigorosas 2 vezes por semana ou nenhuma, sendo que 83.7% dos pa rticipantes ficam sentados mais de 50 min por dia. Apesar das medidas antropométricas se encontraram no espectro normal, os níveis de atividade física demonstraram ser abaixo do que é recomendado.