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- A concordância de número no sintagma nominal: uma análise das produções orais de falantes angolanosPublication . Lumessi, Rosa Cassinda; Carrilho, Ana Rita de Sousa Aguiar; Undolo, Márcio Edu da SilvaO sintagma nominal no português angolano apresenta algumas variantes com marcas explícitas de plural -s e outras com variante zero -0. Neste sentido, a presente dissertação analisa a concordância de número no SN nas produções orais de falantes angolanos, sob a perspetiva da teoria Sociolinguística Variacionista desenvolvida por William Labov (1972), segundo a qual a língua é heterogénea, defendendo que ela não pode ser estudada isoladamente, mas, sim, tendo em conta as relações entre as estruturas linguísticas, aspetos sociais e culturais no seu uso real, sendo marcada por alterações. Desta forma, foram recolhidos dados sociolinguísticos e um corpus, constituídos a partir de entrevistas a 33 informantes a fim de investigar e analisar variáveis linguísticas e extralinguísticas que condicionam a presença/ausência das marcas formais de plural nos constituintes do SN. A escolha dos informantes foi motivada pelo facto de serem também falantes de uma língua autóctone, sendo que tinham idades compreendidas entre os 12 e os 24 anos.
- A Importância do Calão Mwangolé na Formação da Identidade Sociolinguística e Cultural dos Falantes de AngolaPublication . João, João Paulino; Osório, Paulo José Tente da Rocha Santos; Guilherme, Pedro Miguel Lavajo NatárioEntre as diversas línguas espalhadas pelo mundo, podemos afirmar que nenhuma delas é regrada na sua plenitude, devido a fatores extralinguísticos; consideravelmente, constituem dentro dos seus repertórios palavras que saltam a corda da regularidade, principalmente em contextos ou ambientes informais. Quanto às línguas, pela heterogeneidade que as caracterizam e as variedades que as distinguem, a probabilidade de total cumprimento normativo tornou-se inverosímil; afinal, utiliza-se léxico de calão no dia-dia. Sempre que a conceitualização do desvio for vista como sinónimo de sair do bom caminho, não estaremos simplesmente a deixar de acertar, mas a criar tendências de coagir a outras maneiras de comunicar. Por isso, prontificamo-nos em defender um assunto pertinente e real, porém frequentemente criticado pelos puristas linguísticos e por uma sociedade estandardizada, que procura circunscrever e banalizar o calão como uma linguagem alienada utilizada por uma agremiação excêntrica. A valorização do calão funcionará como um desvio ipsis litteris dos rótulos, das normas impostas à língua, atribuindo-o à voluntariedade de se fazer uso e livrefuncionamento de acordo com as realidades e necessidades comunicativas dos falantes, neste caso angolanos, que têm moldado as suas posições linguístico-comportamentais desde que a angolanidade tirou o véu de uma nação inovadora em questões de criatividades; a circulação do calão vem ganhando espaço de suplente modalidade de identificação, cultura, símbolo de pertença e unificação. Angola e Portugal têm uma relação vetusta, especialmente em vertentes linguísticas. Por isso, preferimos cruzar as duas realidades linguísticas informais para averiguarmos o nível de similitude e discrepâncias porque, de acordo com o trabalho de campo realizado, foi possível constatar a partir dos 144 inquiridos que o calão angolano tem influenciado mais o calão português, sobretudo pelo impacto de respostas recolhidas das expressões em calão selecionadas no inquérito: quase todas eram conhecidas, exceto a expressão “diamba”, que significa maconha ou estupefaciente, assinalado como o vocábulo com maior percentagem de desconhecimento de significação por parte dos inquiridos portugueses, pois em Portugal é mais frequente os termos erva, weed, ou ganza. Correspondendo a 72,7% dos 33 inquiridos portugueses, 24 desconheciam-na.