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- Efeitos adversos dos esteróides androgénicos a nível cardiovascularPublication . Assunção, Geraldo Miguel Pires; Oliveira, Maria Elisa Cairrão Rodrigues; Matias, José Pedro TeixeiraIntrodução: Sendo competição e desporto ambos parte integrante das nossas culturas desde os primórdios da humanidade, a necessidade de acompanhar a evolução dos tempos e da ciência por parte dos atletas leva a que, por vezes, estes recorram a substâncias exógenas de forma a aumentarem o seu rendimento desportivo. Esta busca por uma melhor performance desportiva, associada à atual influência das redes sociais e dos media na conceção da imagem das pessoas, levam a uma procura crescente destes produtos que proporcionem resultados visíveis o mais rapidamente possível, não só por atletas profissionais, mas também por desportistas amadores. Uma das substâncias mais usadas atualmente neste contexto são os esteróides androgénicos anabólicos (anabolic androgenic steroids). Assim, esta revisão bibliográfica tem como principal objetivo analisar as principais consequências cardiovasculares causadas pela toma destas substâncias, e alertar os consumidores das mesmas para os riscos a longo prazo aquando destes consumos. Objetivos: Alertar a população geral, mas principalmente entidades reguladoras do deporto, treinadores e inclusive médicos, para a globalização do doping; Sensibilizar para o uso cada vez mais comum dos esteróides anabolizantes androgénicos, não só por atletas de alta competição e bodybuilders, como também pelo simples frequentador de ginásio ou desportista amador; Dar a conhecer, principalmente aos consumidores, os diversos efeitos adversos do consumo de EAA, com especial enfoque num dos tipos de complicações mais relatadas, as cardiovasculares; Abordar formas de prevenir e melhorar a deteção destes consumos nos diversos contextos quer profissionais quer amadores, preferencialmente antes das suas consequências se tornarem irreversíveis. Metodologia: A presente dissertação foi realizada procedendo-se à pesquisa bibliográfica de artigos científicos através das bases de dados PubMed, b-on, EBSCO HOST e ClinicalKey. A seleção dos mesmos foi feita consoante a sua relevância para o tema em questão e foi dada preferência àqueles publicados na última década. Ao longo desta leitura foram ainda selecionados outros artigos e referências que constavam nestes. Conclusão: Como foi possível comprovar pela bibliografia revista, a patologia cardiovascular com associação aos EAA mais bem documentada é a hipertrofia cardíaca (mais concretamente do ventrículo esquerdo) associada à disfunção cardíaca geral (sistólica e diastólica, maioritariamente esquerda). Os casos de morte súbita por paragem cardíaca são também inúmeros, sendo que por vezes o mecanismo que origina esta paragem não é descrito. As arritmias de diversos tipos (algumas fatais), os eventos resultantes do estado de hipercoagulabidade/pro-trombótico induzido, e a fibrose cardíaca, têm todos algum suporte bibliográfico e cada vez mais são relatados. A hipertensão arterial e as alterações no metabolismo lipídico parecem ser eventos potencialmente mais curtos e reversíveis, sendo que em consumos crónicos muito longos podem ter outra apresentação. Outras consequências, nomeadamente a calcificação vascular e a cardiomiopatia dilatada, foram também descritas, apesar de menos apoiadas pela literatura. Como podemos perceber, apesar da literatura disponível nos dar já uma boa perceção das consequências cardiovasculares do EAA, este tema continua em estudo e muitas das associações mencionadas ainda necessitam de um melhor suporte científico.
- Efeitos moleculares da cafeína sobre os cardiomiócitosPublication . Freitas, Eduardo Daniel Lima; Oliveira, Maria Elisa Cairrão RodriguesA cafeína é a substância psicostimulante mais consumida a nível mundial, estando estabelecida no dia a dia de grande parte da população; o que, pela sua natureza estimulante, possui diversos efeitos no corpo humano. A nível cardiovascular e de forma mais macroscópica, esta substância já foi associada ao aumento do risco de doença coronária, enfarte agudo do miocárdio, arritmias, entre outras variantes patológicas. Contudo os mecanismos moleculares e celulares associado a estes efeitos nefastos a nível cardiovasculares continuam sobre intensa investigação, como o seu efeito na contração muscular, na fisiologia do cálcio, a sua influência nos recetores de rianodina tipo 2 e nos mecanismos de repolarização. Neste sentido, o objetivo desta dissertação será fazer uma revisão de literatura sobre os efeitos moleculares e celulares da cafeína nos cardiomiócitos, de maneira a explorar como tudo se processa intricadamente a um nível mais microscópico, que posteriormente poderão a vir originar os mais sobejamente conhecidos outcomes cardiovasculares supramencionados.
- Melhorar a qualidade da teleconsulta ao doente hipertenso: Revisão da literaturaPublication . Ferreira, Ana Cândida Padrão; Sousa, Miguel Castelo Branco Craveiro de; Rodrigues, Manuel de CarvalhoIntrodução: A Hipertensão Arterial é a doença cardiovascular mais comum em todo o mundo. Constitui o principal fator de risco para complicações cardiovasculares como acidente vascular cerebral hemorrágico ou isquémico, enfarte agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca e, também, doença renal crónica e doenças degenerativas, como demência vascular e doença de Alzheimer. A hipertensão é das principais causas de morbilidade, mortalidade e incapacidade precoces. A Hipertensão Arterial constitui um fator de risco modificável através do seu controlo com a medição regular dos valores de pressão arterial, com a adoção de medidas de estilo de vida e adesão a terapêuticas farmacológicas, estando provado que é possível tratar eficazmente esta condição. O avanço na tecnologia proporcionou uma crescente disponibilidade de intervenções aplicadas na saúde. Atualmente, a telemedicina é cada vez mais usada na gestão de doenças crónicas, nomeadamente na hipertensão arterial. A teleconsulta é uma forma de consultas à distância que veio melhorar a qualidade dos cuidados de saúde, a sua acessibilidade e o controlo da hipertensão. Objetivo: O objetivo deste trabalho é fazer uma revisão da literatura sobre a telemedicina aplicada à gestão da hipertensão arterial, com ênfase na teleconsulta de forma a melhorar a qualidade da mesma. Materiais e Métodos: A presente dissertação constitui uma revisão sistemática da literatura. Para a sua elaboração, foi feita uma pesquisa de literatura científica nas bases de dados PubMed, ScienceDirect e GoogleScholar. A pesquisa foi limitada a artigos completos grátis. Os termos de pesquisa utilizados foram: “telemedicine”, “teleconsultation”, “hypertension”, “blood pressure”, “high blood pressure”, “patient satisfaction” e “effectiveness”, miscigenando os termos em diversas combinações. Dos resultados das várias pesquisas, foram selecionados os artigos pelo título e, mais tarde, pelo resumo. Desenvolvimento: Este trabalho foi divido em quatro capítulos. O primeiro capítulo é a Introdução com um breve enquadramento do tema. No segundo capítulo – A Hipertensão Arterial – define-se e classifica-se a hipertensão, aborda-se a epidemiologia da mesma e evidencia-se a importância do controlo da hipertensão. O capítulo três – Telemedicina – aborda o que é a telemedicina e conceitos relacionados, o impacto que a pandemia Covid-19 teve no desenvolvimento da telemedicina e os benefícios e limitações que apresenta. No quarto capítulo – Telemedicina no manejo da hipertensão arterial – pretende-se evidenciar a utilização da telemedicina na gestão da hipertensão, nomeadamente a teleconsulta. Conclusão: Devido à elevada prevalência e importância da hipertensão arterial, esta torna-se um alvo relevante para a telemedicina. Verifica-se melhorias nos níveis de pressão arterial, maior envolvimento, conhecimento e controlo da doença por parte dos pacientes, assim como altos níveis de satisfação na utilização da teleconsulta. Contudo, são necessários mais estudos para criar evidencias mais fortes sobre o tema.
- Cirurgia de Bypass no Síndrome Coronário Agudo: A realidade do Centro Hospitalar Universitário Cova da BeiraPublication . Cabano, Miguel Garrôcho; Rodrigues, Manuel de CarvalhoIntrodução: As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte a nível nacional e mundial, representando 17 milhões de mortes, todos os anos. Destes, a grande maioria é consequência de síndrome coronária aguda (SCA), que compreende a angina instável e enfarte agudo do miocárdio (EAM). Apesar de a deteção precoce ter ajudado na melhoria dos indicadores de prognóstico da SCA, o facto de alguns pacientes não manifestarem alguns dos sintomas típicos, como a dor torácica, atrasa a procura dos cuidados de saúde, afeta a eficácia do tratamento e, consequentemente leva a uma maior mortalidade a nível intra-hospitalar. A cirurgia de revascularização do miocárdio (CABG) é um dos procedimentos invasivos mais realizados em todo o mundo, no tratamento da doença arterial coronária, contudo o seu uso tem vindo a diminuir em contexto agudo, representando cerca de 5-10% dos casos de EAM. Objetivo: Neste estudo, pretende-se averiguar quais as estratégias terapêuticas mais utilizadas no Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira (CHUCB) e estudar a aplicação da CABG no SCA, nesta população. Métodos: A investigação consistiu num estudo observacional, transversal e retrospetivo, através da consulta de processos clínicos de utentes do CHUCB. No período entre 1 de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2021, houve 209 casos diagnosticados de SCA que recorreram ao serviço de urgência do CHUCB. Resultados: Dentro desta amostra, cerca de 23 pacientes foram encaminhados para CABG (11,00%). Destes, a maioria apresentou antecedentes de hipertensão, dislipidemia e diabetes. O principal diagnóstico que motivou a escolha do CABG foi a doença multivaso, em que a artéria mamária interna foi o enxerto arterial mais utilizado. Conclusão: A abordagem médica varia consoante a estratificação do risco do paciente e sempre que possível, opta-se por uma estratégia de reperfusão. Este estudo reforça a importância de uma abordagem multidisciplinar no tratamento do SCA, tendo a CABG um papel importante no algoritmo de tratamento desta condição complexa e potencialmente fatal.
- Estudo da Prevalência de Hipertensão Arterial em Jovens Adultos UniversitáriosPublication . Geraldes, Ricardo António Andrade; Rodrigues, Manuel de CarvalhoIntrodução: A hipertensão arterial (HTA) é o fator de risco que mundialmente mais contribui para mortes anuais por todas as causas a partir dos 15 anos. O surgimento precoce desta patologia aumenta o risco de complicações cardíacas adicionais, quando comparado com o desenvolvimento tardio de HTA, o que salienta a necessidade de uma vigilância e controle desta patologia logo desde o início da idade adulta. Objetivos: A presente dissertação prende-se com a necessidade de melhor compreender qual a prevalência de hipertensão arterial em jovens adultos dos 18 aos 25 anos, uma vez que os poucos estudos que existem nesta faixa etária não chegam a um consenso. Procurou-se avaliar quais os fatores de risco que, quando presentes desde a juventude, aumentam o risco de desenvolver HTA. Finalmente, foi também um objetivo aferir se os participantes teriam por hábito vigiar a sua tensão arterial (TA), assim como avaliar quantos estariam já medicados com anti-hipertensivos. Materiais e Métodos: Este estudo observacional, descritivo e transversal foi realizado medindo a TA a estudantes dos 18 aos 25 anos com um esfigmomanómetro digital calibrado, seguindo normas da Sociedade Europeia de Cardiologia. Com o auxílio de um questionário, foram recolhidas informações sobre consumo de sal, prática de exercício físico, horas de sono, hábitos tabágicos, história pessoal de Diabetes Mellitus e de dislipidemia, história de familiar em 1º grau com HTA, sexo, altura e peso [para o cálculo do índice de massa corporal (IMC)]. Posteriormente, realizou-se uma análise estatística que procurou relações entre estas variáveis e o perfil tensional de cada individuo utilizando o teste exato de Fisher, além de ter sido estabelecido o grau de associação dessas relações estatísticas através do coeficiente V de Cramer. Adicionalmente, os participantes foram também inquiridos acerca dos seus hábitos de autovigilância da TA, bem como sobre a toma de medicamentos anti-hipertensivos. Resultados: Dos 246 participantes, 23 (9,3%) apresentaram valores de pré-hipertensão, 9 (3,7%) de hipertensão grau 1, 4 (1,6%) de hipertensão grau 2 e 6 (2,4%) de hipertensão sistólica isolada. Verificaram-se relações estatisticamente significativas (com grau de associação moderado) entre valores de TA elevados e história de familiar em 1º grau com HTA (p=0,005), IMC acima do considerado normal (p=0,001), dislipidemia (p=0,027) e hábitos tabágicos (p=0,001). As variáveis sexo, consumo de sal, exercício físico e horas de sono não apresentaram relação significativa com a HTA. Quanto à vigilância da tensão arterial, 218 (88,6%) participantes afirmaram que não medem frequentemente a TA. Apenas um participante declarou estar atualmente medicado para a hipertensão arterial. Conclusões: A presente investigação sugere que a prevalência de pré-hipertensão e hipertensão em jovens adultos seja já bastante considerável. É de destacar que o IMC elevado, a dislipidemia e os hábitos tabágicos são os fatores modificáveis que mais significativamente se relacionaram com a HTA e que poderão servir como ponto de partida para a elaboração de planos preventivos para esta doença. Este estudo sugere ainda uma despreocupação por parte desta faixa etária para com a HTA, assim como um controlo insuficiente desta patologia em idades jovens. Será importante apostar não só em estudos prospetivos que consolidem o conhecimento sobre quais os fatores de risco para a HTA no jovem adulto, como também em estudos que explorem se de facto existe um subdiagnóstico desta patologia em jovens e uma gestão ineficaz da mesma por parte dos cuidados de saúde primários que promovam um baixo controlo da doença.