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- Ocupação espacial e comportamento tático no futebol de formação: Implicações para a manipulação e controle de jogos reduzidosPublication . Coito, Nuno Ricardo Gonçalves do; Travassos, Bruno Filipe Rama; Folgado, Hugo Miguel Cardinho AlexandreA presente tese teve como objetivo uma melhor compreensão do efeito da idade na variação do espaço de jogo dos jogadores e implicações para a manipulação das tarefas de treino. Para isso, procurámos em primeiro lugar, através de uma revisão sistemática descrever e analisar sistematicamente os sistemas de rastreamento, as variáveis e os métodos estatísticos usados para avaliar o comportamento tático de jogadores e equipas nos jogos reduzidos condicionados (JRC); em segundo lugar descrever a área individual por jogador, de acordo com a idade, relações numéricas e a zona do campo no futebol de formação (sub 15, sub 17 e sub 19), e posteriormente caracterizar os padrões de passe que suportam o comportamento tático coletivo nos jogadores de futebol de diferentes idades (sub 15, sub 17 e sub 19) nas diferentes zonas do campo. Os resultados do primeiro estudo, revelaram que os GPS são os sistemas de rastreamento mais utilizados para avaliar o comportamento tático através de diferentes métricas espaciais que derivam do posicionamento dos jogadores. Os resultados do segundo estudo mostraram, em todas as relações numéricas, que as áreas de jogo foram superiores nas zonas próximas das balizas e no escalão sub 15. Outro dado interessante, as diferenças tiveram maior expressão entre escalões etários quando as relações numéricas incluíram dez ou mais jogadores. No terceiro estudo, os resultados revelaram que os passes médios foram mais utilizados nas zonas próximas das balizas e os passes curtos na zona média do campo em todas as idades. A análise da distância relativa entre o portador da bola e o receptor indicou que os jogadores mais velhos (sub 17 e sub 19) utilizaram jogadores mais distantes para passar a bola nos passes médios e longos. Em suma, a presente tese contribuiu para aumentar o conhecimento do comportamento tático individual e colectivo do jogo no futebol jovem para auxiliar os treinadores a desenhar os jogos reduzidos condicionados de acordo com o ambiente competitivo.
- Outcomes do Transplante Pancreático na Diabetes Tipo 2Publication . Oliveira, Catarina Patrícia Alves de; Oliveira, Maria Elisa Cairrão RodriguesA Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crónica com elevada prevalência mundial, caracterizada pela insuficiente produção pancreática de insulina ou pela incapacidade de o organismo utilizar esta hormona, levando a um estado hiperglicémico persistente. A DM Tipo 2 (DMT2) é um dos principais tipos de diabetes, acometendo 90-95% dos casos. A hiperglicemia persistente a que estes pacientes estão sujeitos resulta em inúmeros efeitos lesivos, originando complicações das quais se destacam a nefropatia, a neuropatia e a retinopatia diabéticas. A nefropatia diabética é a principal causa de Doença Renal Crónica Terminal (DRCT), correspondendo a uma diminuição progressiva da função renal. Assim, pacientes selecionados, com DRCT e diabetes concomitante, podem beneficiar de transplante simultâneo do pâncreas e do rim [SPKT] restabelecendo eficazmente a função endócrina e renal. Para além deste tipo de transplante, esta revisão também abordará os seguintes, menos comuns: PBKT [Transplante Pancreático Prévio ao Renal], PTA [Transplante Isolado do Pâncreas], SPLKT [Transplante Simultâneo de Pâncreas, Fígado e Rim], PAKT [Transplante Pancreático Após Transplante Renal], PALT [Transplante Pancreático Após Transplante Hepático] e FPSCT [Transplante de Células-Tronco Pancreáticas Fetais]. Se, por um lado, é consensual a realização criteriosa do transplante pancreático em diabéticos tipo 1, o mesmo não se verifica ainda na diabetes tipo 2, onde a sua aplicabilidade ainda é questionada. Deste modo, esta revisão tem como objetivo analisar quais os outcomes principais associados ao transplante pancreático nos diabéticos tipo 2 e aferir a sua viabilidade. Para isso, realizamos uma pesquisa bibliográfica na PubMed, Scopus e ISI Web of Science, da qual resultaram 17 artigos posteriormente incluídos nesta revisão. Estes artigos descrevem transplantes realizados entre 1995 e 2020, em pacientes com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos, onde se verificou uma notória discrepância geográfica da intervenção em causa, sendo que 53% dos estudos são referentes aos Estados Unidos da América. Nesta revisão de literatura, inferiu-se ainda que o transplante pancreático em pacientes com Diabetes Mellitus Tipo 2 é uma prática em expansão contínua e que o SPKT é o mais comummente realizado. Em relação aos outcomes, verificou-se que o nível de HbA1c, a glicose média e a necessidade diária de insulina sofreram uma evolução positiva significativa após o transplante. O nível de péptido-C subiu na maioria dos estudos, demonstrando a evolução positiva da produção endógena de insulina. Quanto às complicações associadas ao transplante, as taxas de rejeição variaram entre os 10% e os 36%, e as restantes complicações cirúrgicas (tais como infeções, abcessos, hemorragias e leaks pancreáticos) variaram de 0% a 83%. A taxa de sobrevivência dos pacientes foi superior a 90%, 1 ano após o transplante, mas com posterior decréscimo para 75%-90% 5 anos após o procedimento. Em relação aos enxertos, estes apresentaram uma taxa de sobrevivência inferior, variando de 80% a 90% após 1 ano de transplante e, posteriormente, de 60% a 70% aquando dos 5 anos pósintervenção. Concluindo, verificou-se uma tendência positiva nos outcomes do transplante pancreático em diabéticos tipo 2, com taxas de sobrevivência e indicadores analíticos de manutenção da doença a demonstrarem o sucesso da abordagem. Assim, demonstrou-se a necessidade de ponderar o transplante pancreático como um novo método terapêutico, e eventual cura, de uma das mais preponderantes epidemias do século XXI.
- Hipertiroidismo na gravidez: implicações clínicas e tratamentoPublication . Silva, Ana Patrícia Cachata Leite da; Oliveira, Maria Elisa Cairrão RodriguesIntrodução: O hipertiroidismo na gravidez, apesar de pouco prevalente, tem sido associado a diversas complicações no decorrer da gestação, para a mãe e para o recémnascido. Daí o seu diagnóstico e tratamento serem fundamentais. Objetivos: O presente trabalho tem como objetivo definir as principais complicações associadas ao hipertiroidismo na gravidez, tanto maternas como fetais, esclarecer qual a influência do tratamento nas mesmas, assim como perceber qual a terapêutica ideal para esta patologia na gravidez. Métodos: Para a elaboração desta monografia, procedeu-se à pesquisa de artigos nas plataformas PubMed e Elsevier, com as seguintes palavras-chave: hyperthyroidism, pregnancy, treatment, outcomes. Foram também utilizados 2 operadores booleanos “AND” e “OR” nas diversas combinações. Resultados: Foram analisados 14 artigos que abordavam as complicações clínicas do hipertiroidismo na gravidez, o seu rastreio, diagnóstico e as opções de tratamento. No geral foram identificadas várias consequências, particularmente, o parto prétermo, pré-eclampsia, hipertensão gestacional, restrição do crescimento intrauterino, baixo peso à nascença, hipertiroidismo neonatal e doenças neurocognitivas na criança, entre outras. Não existe um consenso quanto ao rastreio desta patologia na gravidez nem ao tipo de tratamento a usar, contudo a maioria dos estudos considera que o tratamento deve ser feito com fármacos antitiroideus, nomeadamente propiltiouracilo no primeiro trimestre e metimazol nos restantes. Conclusão: O hipertiroidismo está associado a diversas implicações clínicas e resultados adversos na gravidez. O tratamento com fármacos antitiroideus é fundamental e deve ser discutido com todas as grávidas diagnosticadas com esta doença. Assim, a utilização de propiltiouracilo e metimazol, como fármacos nestas grávidas, ainda não é consensual. A realização de rastreio universal ou direcionado desta patologia na gravidez também não é consensual, mas poderá ser importante para a saúde destas grávidas. Sendo assim, devem ser realizados mais estudos, de modo a promover práticas clínicas uniformes e baseadas na evidência científica.
- Modeling the Envelope Curves of Reinforced Concrete Membrane Elements under Cyclic ShearPublication . Sadieh, Saffana; Bernardo, Luis Filipe AlmeidaShear walls and shell type reinforced concrete structures can be viewed as a combination of smaller two-dimensional membrane elements, or panels. It is possible to predict the global behavior of the referred structures under cyclic loadings by predicting the individual behavior of the membrane elements (panel elements). To predict the full response of structural concrete panel elements under in-plane monotonic stresses, a smeared truss model based on a modified version of the rotatingangle softened truss model (RA-STM) was proposed in earlier studies. Known as the "efficient RA-STM procedure", this model was validated against experimental results of various types of reinforced and prestressed concrete panels, and was proven to provide high numerical efficiency and stability. The model incorporates equilibrium and compatibility equations, in addition to smeared constitutive laws for the materials. The equations were implemented with an efficient algorithm to carry out the calculation procedure, and compute the solution points without using the classical trial-and-error technique. In this study, the effective RA-STM procedure is revised, and its predictions are compared to an experimental study found in literature. The study involves a set of reinforced concrete panels tested under in-plane cyclic shear until failure. The predictions from the model are compared against the experimental envelope curves of the hysteretic shear stress-shear strain loops. It was shown that the predictions for the shape of envelope curves (at least until the peak load is reached), and for the important key shear stresses (namely, cracking, yielding, and maximum shear stresses) are in a reasonably good agreement with the experimental envelopes. Based on these results, it can be concluded that the efficient RA-STM procedure can be considered a good and reliable model to predict a number of significant characteristics of the response of reinforced concrete panels under cyclic shear, at least up until the peak load Is reached, and can be used for predesigning or precheck analysis.
- Implicações clínicas da disfunção tiroideia na insuficiência cardíacaPublication . Fernandes, Sara Leal; Oliveira, Maria Elisa Cairrão RodriguesIntrodução: O papel da glândula tiroide na homeostasia é vital para o ótimo funcionamento do sistema cardiovascular. Sabendo que as hormonas tiroideias desempenham um impacto significativo na função cardíaca, alterações na mesma são expectáveis na presença de distúrbios tiroideus, sendo estes um fator de risco para o desenvolvimento de insuficiência cardíaca, importante problema de saúde a nível mundial Objetivos: Esta revisão tem como objetivo principal analisar os dados bibliográficos atuais sobre o impacto e as implicações clínicas da disfunção tiroideia em doentes com insuficiência cardíaca. Métodos: Para a elaboração desta monografia, procedeu-se à pesquisa de artigos na plataforma PubMed (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov), com as seguintes palavraschave: thyroid AND heart failure AND outcomes. Resultados: Foram analisados 12 artigos que abordavam a relação entre a presença de hipotiroidismo e hipertiroidismo (clínico ou subclínico) e síndrome de triiodotironina baixa e desfechos adversos em pacientes com insuficiência cardíaca (aguda ou crónica, descompensada ou não). Na generalidade, a síndrome de triiodotironina baixa e o hipotiroidismo subclínico foram associados a piores prognósticos, como maior taxa de mortalidade e rehospitalização. Relativamente aos restantes casos de hipotiroidismo e de hipertiroidismo os resultados são díspares, reportando-se tanto a presença, como a ausência de associação com eventos adversos. Um dos estudos não encontrou nenhuma relação entre o diagnóstico de patologia tiroideia e risco aumentado de morte. Conclusão: Os estudos analisados apresentaram resultados divergentes quanto ao papel prognóstico da disfunção tiroideia na insuficiência cardíaca, pelo que são necessários mais estudos relativamente a esta problemática, de modo a esclarecer o conhecimento científico acerca deste tema e, consequentemente, reduzir a variabilidade dos dados publicados. Contudo, esta pesquisa permitiu concluir que níveis reduzidos de triiodotironina livre e síndrome de triiodotironina baixa são preditores de desfechos adversos, em doentes com insuficiência cardíaca, pelo que a triiodotironina livre pode desempenhar um papel útil enquanto marcador de prognóstico nestes pacientes. O hipotiroidismo subclínico, parece também associarse a um mau prognóstico na insuficiência cardíaca.
- Vigas de Betão de Ultra Elevado Desempenho Reforçado com Fibras Metálicas Sujeitas à Torção: Evidência Experimental e Metodologia para Extensão do Modelo GSVATMPublication . Lopes, Renato José Marmelo Santana; Bernardo, Luis Filipe AlmeidaNeste trabalho é estudado o comportamento teórico de vigas de betão de ultra elevado desempenho reforçado com fibras metálicas sujeitas à torção, demonstrando evidências experimentais e introduzindo uma nova metodologia para a extensão do modelo GSVATM unificado, proposto e validado por Bernardo e Andrade [1]. Para que isso aconteça, são descritas as evidências experimentais ensaiadas à torção por Yang et al [2] e Zhou et al [3], as quais contam com vigas de ensaio que tem determinadas características que são importantes e que serão alvo de referência. Será determinada a lei constitutiva das fibras metálicas, determinadas as novas equações de equilibro e compatibilidade, que farão parte do algoritmo proposto.
- Impacto do desconfinamento na sintomatologia depressiva de adultos idosos residentes numa ERPIPublication . Barata, Raul Manuel Alves; Patto, Maria da Assunção Morais e Cunha Vaz; Afonso, Rosa Marina Lopes Brás MartinsA pandemia SARS-Cov2 impôs-se como uma ameaça à saúde e ao normal funcionamento da sociedade. Para o seu combate foram criadas várias medidas. Um dos grupos mais afetados por estas medidas e pela própria patologia foram os adultos idosos, nomeadamente os residentes em Estruturas Residenciais para Adultos Idosos (ERPI). O impacto destas medidas, bem como da própria patologia na população geral não estão completamente esclarecidos, contudo, estudos existentes realçam que tiveram um impacto negativo na qualidade de vida dos idosos, pelo aumento da perceção de solidão e incidência de depressão. O objetivo do nosso estudo é analisar possíveis fatores desencadeantes, preditores e protetores, para o desenvolvimento de sintomas depressivos, bem como avaliar retrospetivamente o impacto da pandemia por SARS-Cov2 na prevalência de solidão e depressão, numa ERPI. Participaram no estudo 32 utentes residentes numa ERPI, dos quais 27 concluíram o seguimento de 10 meses do estudo. Foram realizados 3 momentos de avaliação onde foram aplicadas as seguintes escalas: escala de depressão geriátrica (GDS) de Yesavage; a escala de Solidão UCLA; a escala de Deterioração Global; a escala de Katz; o teste de Hand-Grip; o teste de marcha TUG-Time up and Go; o Mini Exame do Estado Mental (MMSE) e a fluência verbal de Isaac, bem como recolhidos dados sociodemográficos, dados de saúde e dados de interação social. Estudou-se o papel da solidão, desempenho cognitivo e físico, funcionalidade e dados demográficos como desencadeantes, preditores e protetores no desenvolvimento de sintomas depressivos. Os resultados revelaram que apenas a coabitação na ERPI com familiares foi identificada como um fator protetor na evolução de sintomas depressivos. Este tema requer pesquisas futuras, com amostras maiores, para aprofundar o entendimento dos fatores que predizem, protegem ou desencadeiam a sintomatologia depressiva neste grupo etário a viver nestas circunstâncias, a fim de possibilitar uma melhor gestão de uma patologia muitas vezes silenciosa, que apresenta uma morbilidade significativa.