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- O despertar do Ártico no panorama geopolítico: A militarização russa como ameaça à estabilidade regionalPublication . Figueiredo, Ana Laura Marnoto; Ferreira, Liliana Domingues ReisDesde o final da Guerra Fria que o Ártico permaneceu uma região na qual as tensões políticas tinham um valor muito residual, havendo uma enorme primazia pela manutenção da estabilidade, cooperação e paz. Esta particularidade do Ártico ser, aparentemente, uma região imune às tensões políticas que marcam a natureza anárquica do sistema internacional foi conotada com o termo Excecionalismo Ártico. Quando, a propósito da expedição científica russa Arktika 2007, a Federação Russa decide implantar uma bandeira de titânio no fundo do Oceano Ártico, muito próximo do Pólo Norte, foi um claro sinal para o sistema internacional que a era em que o Ártico detinha a capacidade de resistir às ambições estratégicas dos Estados podia estar perto do fim. A abundância de recursos naturais, nomeadamente petróleo e gás natural; o acesso à Northern Sea Route que conecta a Ásia Oriental com a Europa Ocidental de uma forma muito mais eficiente do que qualquer outra rota marítima e o facto de ser a única região que reúne fisicamente os EUA, a Federação Russa e a China, têm contribuído para o retorno do Ártico como prioridade estratégica dos Estados. A Federação Russa enquanto o maior Estado Ártico tem assumido uma postura particularmente assertiva e, em algumas circunstâncias, fraturante com o status quo da região. A presente investigação pretende realizar uma análise à militarização russa no Ártico enquanto objeto das preocupações securitárias dos restantes sete Estados Árticos (em breve todos Estados Membros da Aliança Atlântica). Mesmo que as capacidades militares russas alocadas ao Ártico sirvam propósitos defensivos, a sua capacidade de rapidamente se converterem em meios ofensivos constituem uma ameaça à estabilidade da região. Realisticamente, um conflito no Ártico não é, aparentemente, um prospeto desejável pelo Kremlin. Contudo, determinadas atividades militares desenvolvidas no Ártico mostram algum revisionismo, assim como um instrumento de projeção de poder e uma afirmação da Federação Russa enquanto grande potência e ator dominante na região. Esta investigação conclui que um conflito militar no Ártico pode ocorrer fruto de tensões internas ou pelo alastramento de tensões exógenas à região. Uma escalada vertical de tensões políticas e militares pode surgir através da disputa territorial para garantia do acesso a reservas de hidrocarbonetos; do aumento da navegabilidade da Northern Sea Route, e a tensão política decorrente da sua internacionalização, ou devido à tensão dilemática que encerra o dilema de segurança. Já uma escalada horizontal veria um conflito que surge fora do Ártico chegar à região através do alastramento de tensões políticas para a região e ativação das capacidades militares in situ. Neste segundo cenário, a região do Báltico poderá ser o ground zero para o primeiro conflito militar no Ártico, sensivelmente 30 anos após o fim da Guerra Fria.
- (Re)pensar o lugar museológico ao ar livre na exploração dos sentidos Ensaio propositivo de um museuPublication . Mota, Catarina Isabel Soares; Garcia, Andreia Sofia OliveiraO tema desta dissertação - (Re)pensar o lugar museológico ao ar livre na exploração dos sentidos – surge com a curiosidade e vontade de compreender a relação humana na perceção do meio arquitetónico, através da experiência sensorial. Ao considerar a inquietação sobre como os museus ainda são muito limitados e clássicos em design, surge a necessidade de repensar o espaço museológico. Nesse sentido, foram realizadas visitas in situ a dois museus que se mostraram fundamentais na projeção do espaço museológico, e que proporcionaram uma compreensão mais aprofundada do tema em questão, foram eles: o Museu Chillida-Leku e o Museu Insel Hombroich. Para uma melhor compreensão, propõe-se como enquadramento a arquitetura sensorial e os sentidos do ser humano, no contexto da perceção da imagem. Além disso, a abordagem da arquitetura como escultura também se faz presente ao longo de todo o estudo, por meio de vários exemplos práticos, alguns deles inseridos no espaço museológico. Com esse enfoque, pretende-se repensar o espaço museológico, proporcionando uma experiência sensorial única aos visitantes num ensaio propositivo de um museu, localizado em Penafiel. A arquitetura, a paisagem e os sentidos entrelaçam-se, criando uma atmosfera envolvente e transformadora, onde cada indivíduo é convidado a explorar, questionar e se conectar de forma significativa com o ambiente museológico. Este museu utópico busca superar barreiras tradicionais e oferecer uma experiência mais imersiva, estimulando os sentidos e despertando sensações.
- Ouro Preto e Mariana: Arquitetura Religiosa e Civil no ocaso do Ciclo do OuroPublication . Araújo, Júlia Castro de Melo Franco; Nepomuceno, Ana Maria Tavares Ferreira MartinsEm 1674, eram descobertas por bandeirantes paulistas as terras que mais tarde seriam chamadas de Minas Gerais. Durante a primeira metade do século XVIII a Vila Rica de Albuquerque, atual Ouro Preto e a Vila de Ribeirão do Carmo, atual Mariana, encontravam-se imersas no “Ciclo do Ouro”, período do ápice da exploração deste metal marcado por um regime patriarcal com trabalho escravizado e pela forte presença da religiosidade e da vida política. Enquanto a ocupação de Vila Rica ocorreu sem planejamento, seguindo o relevo, Vila de Ribeirão do Carmo foi a primeira cidade planejada de Minas Gerais e primeira sede do bispado. Entretanto, com o passar do tempo, Vila Rica tornou-se a nova capital e consequentemente a cidade mais importante da capitania. A partir de 1750, iniciou-se o período de escassez do ouro e da decadência das cidades exploradas, precedendo a “Inconfidência Mineira”, movimento elitista que buscava pela independência de Vila Rica de Portugal. Neste contexto, existia um Brasil colônia marcado pela segregação socioespacial, que culminou na construção de espaços destinados à elite e aos escravizados. Com isso, esta dissertação parte da proximidade geográfica entre Ouro Preto e Mariana para discutir, analisar e comparar seis casos de estudo, as Casa de Câmara e Cadeia, Igrejas de São Francisco de Assis, e as Igrejas de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos de Mariana e Ouro Preto, construídos entre os séculos XVIII e XIX, hoje tombados como patrimônio pelo Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), com o intuito de entender como a proximidade entre as cidades influenciaram na construção de edifícios de diferentes tipologias com o caráter público, nos âmbitos político e religioso, na organização programática interior, nos alçados principais e quais as alterações ou manutenção de usos, na atualidade.
- A performance da Análise Técnica em Mercados de FuturosPublication . Borges, Pedro Martinho; Silva, Pedro Miguel Ramos Marques daA volatilidade do mercado refere-se ao grau da variação na cotação de um ativo com o passar do tempo. Esta flutuação de preço, que depende de um conjunto de fatores externos ao mercado, poderá ser rápida e imprevisível, tornando a tarefa do investidor de abrir uma posição rentável complicada. Surge, então, a Análise Técnica que, através do estudo do comportamento da cotação de um título ou índice, procura prever a tendência do mesmo. Nesta tentativa de perceber até que ponto a Análise Técnica consegue prever o dinamismo de diversos mercados especulativos, surge esta dissertação. A presente investigação tem como objetivo analisar a performance de uma estratégia de investimento ativa baseada na Análise Técnica em mercados de futuros. Para o efeito, foram selecionados, e estudados de forma isolada, diversos indicadores e osciladores técnicos, amplamente utilizados em mercados financeiros, para encontrar o melhor timing de abertura e fecho de posições nos mercados Crude Oil WTI Futures (CL), Bitcoin Futures CME (BMC) e o índice Euro Stoxx 50 Futures (FESX).