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- Etiqueta têxtil como contributo para a interpretação da cor pelos deficientes visuaisPublication . Sena, Madalena Duarte Craveiro; Lucas, José Mendes; Esgalhado, Maria da Graça ProençaNeste trabalho pretende-se analisar se existe uma preocupação por parte dos invisuais e deficientes visuais em relação à cor em geral e também à cor do vestuário, e se faz sentido criar um objecto têxtil que possibilite uma rápida e fácil forma de identificação das cores do vestuário para esse grupo de indivíduos. A cor é algo indissociável do aparelho visual pois a percepção da cor é realizada apenas pelos órgãos da visão mas isso não significa que os indivíduos com baixa visão ou sem visão não tenham preocupações com a cor e, neste caso particular, com a cor do vestuário. Os indivíduos privados de percepcionar a cor através do órgão da visão habitualmente recorrem a ajudas externas para conseguir conjugar as cores no acto da compra e posteriormente no acto de vestir. Assim, este projecto visa dar um contributo a todos os indivíduos que, com maior ou menor grau de acuidade visual para que possam ser autónomos no acto da compra e no acto de vestir peças e acessórios de vestuário. Para tal, cria-se uma etiqueta em tecido agregada à peça de vestuário, com o nome da cor escrito em Braille a colocar de forma permanente na peça de vestuário num local acessível e que permita de uma forma rápida a identificação da cor. Na mesma etiqueta podem constar um símbolo que fará parte de um conjunto de símbolos criados propositadamente, para permitir o reconhecimento da cor dessa peça aos invisuais que não conhecem o alfabeto Braille. Para o desenvolvimento deste estudo foram percorridas várias etapas: A etapa inicial consistiu em elaborar um inquérito para perceber se existia ou não uma preocupação com a cor por parte dos indivíduos com deficiência visual e/ou com baixa visão, e em segundo lugar para perceber se, para os indivíduos da amostra o produto têxtil a desenvolver seria um veículo de simplificação na identificação da cor do vestuário. Uma segunda etapa teve como finalidade a análise dos dados resultantes das respostas ao inquérito e a elaboração de mapas e gráficos para ajudar a apurar resultados obtidos através do mesmo. A terceira etapa teve como objectivo a elaboração de um protótipo táctil, em forma de etiqueta, agregado à peça de vestuário de forma permanente, resistente às lavagens e ao uso. Na quarta e última etapa realizou-se a experimentação do protótipo tendo-se verificado que a etiqueta é um óptimo veículo para a identificação da cor, pois esta permite que qualquer invisual conhecedor do alfabeto Braille, consiga identificar as cores das peças de vestuário.
- Persuasão visual: perceção da embalagem de cereais pelos públicos infantis pré-escolaresPublication . Sena, Madalena Duarte Craveiro; Cunha, Tito Cardoso e; Azevedo, Susana Maria Palavra GarridoA embalagem, hoje, desempenha um importante papel comunicativo e publicitário que se sobrepõe à função estrutural primária de conter e conservar o produto. Essa função comunicativa acontece a dois níveis diferentes, contudo é o nível 2 (N2), o nível publicitário, atrativo e persuasor, o grande responsável por chamar a atenção do consumidor. Os elementos cor, marca e imagem do produto, são os elementos responsáveis pela sedução dos públicos, e as mascotes de marca, presentes principalmente nas embalagens destinadas ao consumo infantil, detêm também uma quota-parte na responsabilidade de atração desses targets. Os elementos visuais da embalagem são assim os comunicadores do conteúdo da embalagem que embora silenciosos, atuam como poderosas ferramentas de marketing que atraem, seduzem, e diferenciam a embalagem da concorrência de modo a conduzir o consumidor à compra. Os consumidores infantis, particularmente em idade pré-escolar, devido à sua ainda incapacidade de ler ou escrever, obtêm a informação sobretudo através dos elementos visuais não textuais. Contudo, os elementos marca, cores, imagem do produto e mascotes partilham o espaço da face da embalagem, em infinitas conjugações de cores e formas gráficas que não deixam perceber a força persuasiva de cada um. Assim, o objetivo primordial deste trabalho consistiu em perceber a força individual de cada um desses elementos, perante o público infantil pré-escolar. A desconstrução necessária do nível 2 com a análise independente a cada um dos elementos conduziu a primeira parte da investigação que culminou num estudo empírico construído a partir da revisão de literatura e da principal questão de investigação. Enveredámos por uma metodologia qualitativa, com estudo exploratório resultante de observações e entrevistas. Os dados resultantes, quantitativos, foram tratados estatisticamente e os resultados finais foram obtidos através de inferência estatística. Conseguimos, com este estudo, entender a importância individual de cada um dos elementos de N2 em termos persuasivos. Fortalecemos a ideia de que a cor é um elemento importante para as crianças e que, estas tendem a preferir embalagens com a sua cor predileta. Também entendemos que a marca se revela importante contudo, é facilmente preterida pelas crianças a favor de outros elementos. A mascote manifesta-se como o elemento mais persuasivo da embalagem de cereais pois as crianças demonstram conhecer mais mascotes que marcas. Despistámos a ideia de que o produto da embalagem atua como elemento decisor nas escolhas das crianças pois estas são mais facilmente persuadidas pelo aspeto visual da embalagem. A principal conclusão desta investigação é que uma imagem nova de uma embalagem pode demolir a fidelidade por uma marca conhecida. Consolidamos assim com este trabalho a sobrevalorização que as crianças em idade préescolar detêm pelo aspeto visual da embalagem, e portanto sobrelevamos a responsabilidade que a imagem da embalagem e a conjugação dos vários elementos podem ter na decisão de compra desses targets.