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- The Poetic Prism: personification of nature and vegetalization of humans in the poetry of walt whitman and Eugénio de AndradePublication . Mancelos, João deIn the poetry of Walt Whitman (1819-1892) and of his Portuguese belated disciple, Eugénio de Andrade (1923-2005), elements of nature are frequently personified or occupy the center of delicate and inspired metaphors. In the verses of the Brooklyn poet, the ocean becomes “a fierce old mother”; earth reveals itself as a “voluptuous lover”; islands are compared to human breasts, etc. Similarly, in the poetry of Eugénio, certain elements of the landscape resonate with an erotic tonality: the archetypical Mother Earth is pregnant with “fruits and bodies”; fountains are the mouth of the soil, horses become rough lovers, like ancient fauns. While nature is personified, humans are seen as possessing characteristics belonging to the vegetal world. In the American bard’s poetry, chest hair is compared to grass; strong arms are “branches of live oak”; and, not surprisingly, Whitman advises: “Grow as the flower grows, unconsciously, but eagerly anxious to open its soul to the air”. In Eugénio’s oeuvre, lovers are frequently compared to penetrable forests; hands are “open flowers”; mouths are roses; children are associated with blackberries and other woody plants, symbols of renewal; and the poet confesses he wants to “become, one day, a tree”. It is of little wonder that humans are “vegetalized”, since both Andrade and Whitman share a telluric love and a strong belief in the unity of humans and the cosmos. In this context, Whitman attempts to read nature, “the substantial words [that] are in the ground and sea” and, following his example, Andrade tries to decode the language of the open landscape of Beira Baixa, where he spent his childhood, incorporating flora and fauna, rivers and fountains, sunlight and shadows, into his verses, charging these elements with symbolic and mythic meanings. In this paper, my goal is to prove that in Whitman and Andrade’s poetic prism, nature becomes not what is outside the realm of culture, but what constructs our humanity, and ultimately, the strength that pervades and eternalizes poetry. In order to accomplish my objective, I resort to examples extracted from poems of both writers and to the work of specialists in the areas of literature, archetypical theory and eco-criticism.
- Pelo jardim de Eugénio de Andrade: o significado de árvores, flores e frutos na sua poesiaPublication . Mancelos, João deA obra de Eugénio de Andrade (1923-2005) é rica em alusões a diversas árvores, frutos, flores, e folhas de erva. Neste artigo, examino esta curiosa recorrência na poesia eugeniana, realçando: a) o significado simbólico e a ressonância mítica de certas plantas; b) a associação destes vegetais às idades do ser humano; c) a ligação intertextual com plantas mencionadas em obras de outros autores. O meu objetivo é provar que os elementos vegetais na obra do escritor português não só refletem uma paixão telúrica, como também apresentam um significado endoliterário e exoliterário, e cultural.
- O avesso da alma: a dignificação do corpo em Eugénio de Andrade e em Walt WhitmanPublication . Mancelos, João deNeste artigo, analiso e exemplifico as estratégias usadas para dignificar o corpo em Walt Whitman e em Eugénio de Andrade, numa abordagem comparativa. Ambos os poetas: a) Denunciam os preconceitos sexuais nas respetivas épocas; b) Defendem o direito às diferentes opções sexuais; c) Exaltam o ser humano na sua unidade, contestando a dicotomia que opõe o corpo ao espírito; d) Rejeitam o conceito de pecado original e reconstroem, na sua poesia, uma espécie de paraíso na terra. Na minha análise, recorro não apenas à poesia, mas também às reflexões sobre literatura de ambos os autores, e sirvo-me de estudos de diversos ensaístas reputados.
- 'Walt Whitman e os pássaros': a presença do autor de Leaves of Grass num texto de Eugénio de AndradePublication . Mancelos, João deEugénio de Andrade homenageou Walt Whitman, de forma implícita e explícita, em diversos textos. Desses, “Walt Whitman e os Pássaros” é um dos mais conseguidos, pela riqueza de imagens e capacidade evocativa. Neste artigo, proponho-me analisá-lo, numa perspetiva intertextual, desvendando as relações que tece com a obra e a vida de um dos mais marcantes poetas de todos os tempos. O meu objetivo é mostrar como Eugénio homenageia Whitman, com conhecimento profundo do seu trabalho literário e biografia, de forma imaginativa e sensível. Para tanto, recorro à obra de ambos os autores, a bibliografia crítica e, naturalmente, à minha opinião.
- O poeta chega sempre tarde: a ansiedade da influência e a busca da originalidade em Wallace Stevens e em Eugénio de AndradePublication . Mancelos, João deEugénio de Andrade (1923-2005) é um confesso admirador de Wallace Stevens (1879-1955), tal como se prova por inúmeras alusões, implícitas e explícitas, em poemas, crónicas e entrevistas. Neste ensaio, debruço-me sobre a ansiedade da influência em Stevens e em Eugénio. Analiso também duas estratégias utilizadas por estes poetas para tentarem chegar à originalidade e, assim, revelarem o seu potencial criativo: a) Buscar na natureza uma visão original; b) Procurar no sábio uso da imaginação uma voz distinta. Para tanto, recorro aos textos literários dos escritores em causa, bem como às reflexões metapoéticas que ambos teceram. Completo e escoro as minhas ideias evocando ensaístas reputados deste e do outro lado do Atlântico.
- Walt Eugénio de Whitman Andrade: somos feitos de pó de estrelasPublication . Mancelos, João deSomos feitos de pó de estrelas: esta é uma verdade científica, pois o organismo humano incorpora elementos químicos idênticos aos que compõem os astros (cálcio, carbono, nitrogénio, silicone). Antes dos astrofísicos revelarem este facto, já os escritores o tinham pressentido. Walt Whitman, Ralph Waldo Emerson e vários outros transcendentalistas intuíram que o corpo, a natureza e o cosmos estão interligados, não apenas porque a sua composição química é a mesma, mas também por existir uma interdependência entre todos os seres vivos e não vivos. Na esteira de Whitman, o poeta Eugénio de Andrade acreditava nesta visão inclusiva, aspeto que exploro no presente ensaio.
- Uma palavra preocupada: a escrita como ofício de cidadania em Eugénio de AndradePublication . Mancelos, João de“Temporal, por excelência, a palavra do poeta é uma palavra preocupada”, afirma Eugénio de Andrade. Na poesia, nas entrevistas e nos volumes de meditações que nos deixou (Os Afluentes do Silêncio, Rosto Precário e À Sombra da Memória), Eugénio debruça-se, diversas vezes, sobre a escrita como um ofício de cidadania. Neste breve estudo, refiro e analiso passos que apresentam o poeta como um cidadão comprometido com as causas do anti-belicismo e da ecologia. Para tanto, recorro à obra eugeniana, ao corpus crítico e à minha opinião.
- O poeta é um artesão: a arte da escrita nas crónicas de Eugénio de AndradePublication . Mancelos, João deNos volumes À Sombra da Memória, Rosto Precário e Os Afluentes do Silêncio, Eugénio de Andrade apresenta diversas crónicas sobre o ato criativo, de suma importância para compreender a sua poesia e poética. Por que razão equiparava o escritor a um artífice? Valorizava mais a epifania ou o trabalho árduo? Como se relacionou com as influências literárias? Quais as principais características estilísticas da sua poesia? De que modo a sua escrita lembra a música? Onde buscou matéria para acender o fogo da poesia? Na minha pesquisa, recorro à análise de excertos das crónicas de Eugénio e às opiniões especialistas nos estudos literários, para compreender o fazer poético num dos nossos mais importantes escritores.
- Artes Comparadas: o toque da música em Eugénio de Andrade e em Wallace StevensPublication . Mancelos, João deTanto na poesia de Eugénio de Andrade como na do escritor norte-americano Wallace Stevens (uma das principais influências do autor português), a arte da música desempenha um papel de grande relevo. Andrade e Stevens: a) Utilizam termos musicais em títulos de obras e poemas; b) Comparam o ofício do poeta e o do músico, ao nível do processo criativo e da função do artista; c) Usam um estilo ritmado e melodioso. Nesta comunicação exemplifico e comento, numa perspetiva comparativa, essa ressonância simultaneamente exoliterária (entre poesia e música), e intertextual (entre Eugénio e Stevens). O meu objetivo é mostrar como a linguagem musical é apropriada pela literária, com imaginação. Para tanto, recorro à obra dos dois autores, citando alguns dos seus principais poemas; refiro meditações de carácter ensaístico (com particular relevo para Rosto Precário e Os Afluentes do Silêncio, no caso de Andrade, e para The Necessary Angel, em Stevens); e convoco a opinião de críticos reputados.
- "Era um Deus que passava": mitologia celta e romantismo inglês no poema ‘Green God’, de Eugénio de AndradePublication . Mancelos, João de“Green God” é um dos poemas líricos mais conhecidos e perfeitos de Eugénio de Andrade (1923-2005), incluído na obra As Mãos e os Frutos (1948). Neste artigo, proponho uma nova leitura do texto, à luz da mitologia e dos estudos de influência. Para tanto: a) Relaciono a figura central do poema com o Deus Verde dos celtas (divindade pagã associada à natureza, e ao renascer primaveril, arquétipo da ligação do homem ao ambiente); b) Enquadro o texto na temática da “vegetalização” do corpo, frequente na poesia eugeniana; c) Analiso o significado de termos como “fonte” e “flauta”, no contexto do romantismo em geral, e inglês, em particular; d) Exploro a intertextualidade com “She Walks in Beauty”, de Lord Byron (1788-1824), e sugiro explicações para a inversão dos papéis masculino e feminino que o poeta português faz em relação ao texto do inglês. Para tanto, recorro a lendas celtas, à obra de Andrade, Byron e outros escritores, ao trabalho de ensaístas reputados na área do romantismo inglês e, naturalmente, à minha opinião.
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