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- Pessoas que sofrem de hipertensão arterial: implicações na atividade médica das diferenças entre os controlados e os não controladosPublication . Martins, Ricardo; Santiago, Luiz Miguel de Mendonça Soares; Reis, Maria Teresa; Roque, Ana Carolina; Pinto, Mariana; Simões, José Augusto Rodrigues; Rosendo, InêsObjetivos: Comparar características clínicas, de atividade médica e de caracterização familiar e social entre populações sofrendo de hipertensão arterial segundo estejam ou não controladas. Metodologia Estudo observacional em amostra aleatória por ordem alfabética e representativa com reposição em população de cuidados de saúde primários de 25 médicos especialistas em medicina geral e familiar de três unidades de cuidados de saúde primários no centro de Portugal, em 2018, pela análise dos registos clínicos informáticos das pessoas com a classificação ICPC‐2 de hipertensão arterial. Estudaram‐se variáveis epidemiológicas, clínicas, familiares, sociais e de atividade médica terapêutica. Realizou‐se estatística descritiva e inferencial. Resultados Num universo de 8750 pessoas com a classificação hipertensão arterial estudou‐se uma amostra de n = 387 (tamanho calculado para IC 95% e margem de erro de 5% em n = 369). Hipertensão arterial não controlada em 56,1% da amostra, significativamente mais frequente em quem vive só (p = 0,024), vive em família nuclear (p = 0,011), em situação de mais baixa classificação social (p = 0,018), com prescrição concomitante de AINE (p = 0,018). O risco cardiovascular calculado é não significativamente mais elevado no não controlo (p = 0,116). A inércia terapêutica não se verifica em número de associações e em número médio de medicamentos (p = 0,274) não se verificando igualmente diferença para as restantes variáveis estudadas. Viver só, pertencer a famílias com mais baixa classificação social e viver em família nuclear representam 9,6% da responsabilidade de não haver controlo. Conclusões A atividade médica no ambiente de medicina geral e familiar, e não só, deve assim aliar as competências terapêuticas com as habilidades de estudo individual e social para a melhoria do controlo da HTA em Portugal.
- Ensino e aprendizagem de competências de comunicação no Curso de Medicina da UBIPublication . Roque, Ana Carolina; Vitória, Paulo dos Santos Duarte; Nunes, Célia Maria Pinto; Sousa, Miguel Castelo Branco Craveiro deIntrodução: O ensino da Medicina tem sido alvo de grandes mudanças ao longo do tempo e tem, atualmente, como finalidade, preparar os alunos com um conjunto de aptidões no domínio do conhecimento, das habilidades sensitivo-motoras e, também, do relacionamento interpessoal. As competências de comunicação concretamente têm ganho um crescente relevo no ensino da medicina e na prática clínica. Objetivos: Confrontar um esquema proposto por especialistas para o Ensino/Aprendizagem da Comunicação no Curso de Medicina com o plano de estudo vigente no curso da FCS/UBI, através de: 1) Análise da avaliação das competências essenciais de comunicação clínica realizada pelos alunos do 5º e 6º ano do curso de Medicina da FCS-UBI, do ano letivo 2014-2015; 2) Análise do currículo dos estudantes de Medicina da FCS-UBI. Materiais e Métodos: Estudo de investigação, observacional e transversal. Participaram neste estudo 181 alunos, do 5º e 6º ano de Medicina da FCS-UBI, com uma média de 24,2 ± 2,2 anos de idade. A maioria dos participantes era do sexo feminino (65,2%), frequentava o 6º ano de Medicina (52,5%) e tinha preferência pelas áreas médicas (54,7%). Foi aplicado um questionário online construído a partir de uma adaptação das competências comunicacionais descritas e avaliadas no “European consensus on learning objectives for a core communication curriculum in health care professions”. [1] A análise estatística foi realizada com base nos programas Statistical Package for the Social Science® versão 22.0 e Microsoft Office Excel 2010®. Para a análise exploratória dos dados foram aplicados alguns conceitos da estatística descritiva e algumas técnicas de inferência estatística considerando-se um nível de significância de 5%. Resultados: 1) Os alunos reconhecem a importância das competências de comunicação no exercício da Medicina e consideram, na generalidade, que o curso de Medicina da UBI dá a devida importância a estas competências. 2) A maioria dos alunos concorda apenas parcialmente que se sente preparada relativamente ao domínio das competências de comunicação. 3) A avaliação dos alunos sobre a sua preparação para utilizar competências de comunicação clínica está relacionada com o ano curricular que frequentam. 4) Existe uma associação significativa (p<0,05), na maioria dos casos forte, entre o modo como as competências comunicacionais em estudo foram lecionadas ao longo do curso e o domínio destas pelos alunos. 5) A escolha de uma das 5 competências nucleares definidas no Licenciado Médico em Portugal como a “competência mais importante” na formação médica obteve resultados muito heterogéneos; os alunos consideram os Conhecimentos a competência mais importante na educação médica pré-graduada, seguida pelas Aptidões interpessoais de comunicação. Conclusão: Os estudantes reconhecem a importância das competências de comunicação na prática médica, mas nem todos se sentem preparados para as aplicar. Foi também demonstrada a existência de uma relação entre o modo como as competências comunicacionais são ensinadas e a perceção do domínio das mesmas pelos estudantes de medicina, o que sugere que adaptações no ensino destas competências poderão moldar a opinião dos alunos sobre o seu domínio.