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- Está o capitalismo em vias de extinção? As condições de sustentação do capitalismo dentro do quadro da Crítica do ValorPublication . Borges, David Gonçalves; Santos, David Geraldes; Jappe, AnselmEsta tese baseia-se na teoria crítica do valor, que é um desdobramento dos estudos de Marx e de diversos marxistas a respeito da formação de valor por meio do trabalho. Os teóricos da crítica do valor afirmam que a 3ª revolução industrial provocou modificações profundas na extração de mais-valia, tornando cada vez mais desnecessário o trabalho humano. Isto teria levado o sistema capitalista ao seu limite histórico, uma vez que para diversas correntes o trabalho humano é o único elemento criador de valor novo em termos econômicos. Deste modo, segundo a crítica do valor, o capitalismo está próximo de sua extinção; os autores desta corrente costumam apontar cada nova crise econômica como aquela que provocará o fim do modelo socioeconômico vigente. O fato de que tais previsões nunca se concretizaram levanta questões relativas a quão correta a teoria está. A tese busca demonstrar que, a despeito dos elementos observados por estes autores, ainda há valor novo sendo agregado à massa que compõe a economia mundial, o que permite a sobrevida do sistema capitalista – ao contrário do que era previsto inicialmente. Isto leva à necessidade de revisar algumas das categorias marxistas (e, por extensão, as da própria crítica do valor) no que diz respeito a como o trabalho humano é essencial para a geração de valor nas mercadorias. A tese explora a ideia de redefinir trabalho e valor, em sentido econômico, para uma conceituação mais próxima das ciências naturais – o que permite compatibilizar os dados estatísticos atuais com elementos das teorias econômicas não marginalistas. Este raciocínio deve conduzir a um deslocamento de perspectiva nos estudos de economia política: a conclusão defendida na tese é de que o sistema capitalista seria melhor compreendido se fosse estudado como fenômeno estocástico e modo de organização logística, em contraposição ao foco tradicionalmente dado em seus aspectos lógicos, éticos ou metafísicos.