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Serra, Joaquim Mateus Paulo

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Now showing 1 - 10 of 19
  • Informação e sentido. Uma abordagem problemática do conceito de informação
    Publication . Serra, Paulo
    Grande parte dos teorizadores da "sociedade da informação" - que partilha, com os iluministas, da crença optimista de que o conhecimento tem um carácter auto-formador e emancipatório -, tende a pensar que mais informação leva, necessariamente, a um acréscimo de conhecimento. No entanto, e a acreditarmos em autores como Postman e Baudrillard - que podemos considerar, neste aspecto, como paradigmáticos -, o acréscimo de informação não só não acarreta um acréscimo de conhecimento como conduz, mesmo, ao seu decréscimo; assim, e para citarmos a conhecida fórmula de Baudrillard, "estamos num universo em que existe cada vez mais informação e cada vez menos sentido", em que "à "inflação da informação"corresponde uma "deflação do sentido". [...]
  • Retórica e argumentação
    Publication . Serra, Paulo
    É um lugar comum, hoje em dia, dizer-se que o século XX é o "século da linguagem". Factores como o desenvolvimento das novas tecnologias de informação e comunicação (mediante as quais toda a experiência humana tende a tornar-se linguagem e comunicação), a consolidação dos regimes democráticos (em que a palavra, e não a violência ou a força, se assume como instrumento da actividade política), a "crise de fundamentos"que sacudiu as Matemáticas nos princípios do século, o desenvolvimento científico e técnico em geral, vêm trazer para primeiro plano a necessidade de estudar os fenómenos da comunicação e da linguagem. Como resultado desta necessidade, a problemática da linguagem "invadiu as ciências humanas e a filosofia."(Meyer, 1992: 5). […]
  • A transmissão da informação e os novos mediadores
    Publication . Serra, Paulo
    Se o mestre e o enciclopedista aparecem como as figuras típicas, que não exclusivas, da mediação da informação entre os Antigos e os Modernos, o jornalista aparece como a figura típica, mais uma vez não exclusiva, dessa mesma mediação na sociedade contemporânea. A nossa tese, a este respeito é a de que, numa sociedade em que a informação se tornou cada vez mais complexa e especializada, confinando os cidadãos a “círculos informativos” cada vez mais restritos, colocando a sociedade perante o risco da fragmentação absoluta e, no limite, da sua própria destruição - lembremos, a este respeito, a posição de Tocqueville acerca da importância dos jornais na democracia americana –, coube ao jornalista assumir o papel que o enciclopedista traçara para si próprio nos alvores da Modernidade mas que o desenvolvimento das ciências e das tecnologias tornaria, a breve trecho, totalmente impossível: o da selecção, organização e transmissão de uma informação mais ou menos geral, acessível a todos e a todos dirigida. O problema é, no entanto, e para recorremos a categorias postas em circulação pelos autores da Encyclopédie, o de saber se é possível tornar acessível, a todos, uma informação destinada a “conservar o memorável” e a “instruir” e, simultaneamente, a contribuir para o cumprimento das exigências de transparência da coisa pública e de participação política que são as exigências básicas da democracia e do político. […]
  • O design na era da informação
    Publication . Serra, Paulo
    Talvez a maneira mais geral de definir o design seja dizer que ele é a actividade que consiste em projectar uma “forma”, para a corporizar numa determinada “matéria”, em vista de uma certa “função”, mediante a “técnica” adequada. Mas uma tal definição dá como evidentes significados que estão em questão pelo menos desde os gregos: “forma”, “matéria”, “função”, “técnica”. Dos autores contemporâneos que procuraram interrogar uma tal evidência, Heidegger ocupa, sem dúvida, um lugar especial. Por isso mesmo, a nossa interrogação sobre o que é design começa por uma análise da reflexão heideggeriana sobre a técnica – indissociável, ela própria, de uma reflexão sobre a natureza.2 Essa análise acaba por nos conduzir à cibernética como apogeu da técnica, como o momento em que a técnica se torna manipulação da informação e, reciprocamente, o “real” se transforma em informação manipulável. O que acontece, em tal situação, aos significados acima referidos, e por extensão, ao próprio conceito de design? Porque se torna um tal conceito tão decisivo precisamente em tal situação? […]
  • Informação e Sentido. O estatuto epistemológico da informação
    Publication . Serra, Paulo
    Para de algum modo justificarmos a escolha do tema da informação gostaríamos de, à semelhança do prefácio de As Palavras e as Coisas!, começar esta introdução dizendo que o presente trabalho se inspira num texto de Jorge Luís Borges - mais concretamente, numa das suas "novas inquirições" - em que o escritor argentino refere a história do imperador chinês Shih Huang Ti que, tendo vivido no século III a.C. e tendo-se auto-cognominado "O Primeiro", ordenou, por um lado, a edificação da Muralha da China e, por outro lado, que se queimassem todos os livros que mencionassem os imperadores que o tinham antecedido. Na dupla ordem do imperador vê Borges a tentativa de controlar, simultaneamente, o espaço e o tempo, reduzindo a realidade a um aqui e agora imune à corrupção das coisas e à mortalidade dos homens - numa palavra, a toda e qualquer mudança; reconstituir-se-ia, assim, de certa forma, o mundo como era, como deveria ter sido, no seu início. [...]
  • Lévinas e o repensar do estatuto da sensibilidade
    Publication . Serra, Paulo
    Na tradição filosófica e científica ocidental, que também aqui segue a doxa mais elementar, a visão tem funcionado não só como metonímia dos sentidos - percepcionar é ver - mas também como metáfora do conhecimento - conhecer é ver - e, por isso mesmo, em ultima análise como fundamento do próprio ser - esse est percipi, segundo o conhecido dito de Berkeley. Não faltam exemplos ilustrativos deste predomínio epistemológico e ontológico da visão, deste verdadeiro “oculocentrismo”.
  • Internet e interactividade
    Publication . Serra, Paulo
    Apesar do downsizing que, neste momento, afecta a generalidade das dot-coms, o número de utilizadores da Internet não tem deixado de aumentar de forma gradual e sustentada, criando uma audiência potencial cada vez mais significativa, em que se destaca, claramente, população mais jovem. Ao mesmo tempo, a qualidade dos conteúdos presentes na Internet – texto, imagem fixa ou em movimento, grafismo, som – não tem parado de crescer, tanto no que se refere à sua matéria como à sua forma. Não admira, assim, que a Internet tenha vindo a tornar-se um meio de comunicação cada vez mais importante, a anos-luz da velha Arpanet dos anos 70, limitada a meia dúzia de investigadores e ao texto escrito. […]
  • Informação e democracia: o sentido da crítica rousseauniana da informação
    Publication . Serra, Paulo
    A aceitarmos a tese de Hegel segundo a qual, e sendo que “a verdade é o todo”, toda a afirmação contém a sua própria negação, podemos ser tentados a ver a obra de Rousseau como a negação da afirmação iluminista e enciclopedista, ao denunciar a “corrupção dos costumes” como o resultado necessário a que conduz “o restabelecimento das ciências e das artes” – mais correcto seria dizer a difusão generalizada da informação sobre elas - e ao exigir o regresso ao “conhece-te a ti mesmo” e à essencialidade das verdades éticas em detrimento do saber científico e da informação em geral. O interesse da posição de Rousseau, que ultrapassa em muito o próprio Rousseau – de facto, ela prenuncia e inspira subterraneamente a posição de muitos dos que, como Heidegger, Adorno e Horkheimer, Baudrillard e Postman, para só referirmos alguns, têm feito a crítica da cultura contemporânea -, reside primariamente no facto de ela corporizar, ainda hoje, a crítica mais radical a uma certa forma de entender a informação - Baudrillard fala, a propósito, em “mito” - que se prolonga na actualidade. [...]
  • A informação como utopia
    Publication . Serra, Paulo
    O problema da informação - a informação como problema - não é de hoje. Tal problema remonta, pelo menos, a Platão que, no Fedro, citando um velho mito egípcio, alerta para o perigo de, com a escrita, a mera informação (considerada, pelo filósofo, como “uma aparência de sabedoria”) ir, progressivamente, substituindo a educação (sem a qual não pode existir “a sabedoria em si mesma”). [...]
  • Jornalismo Online
    Publication . Fidalgo, António; Serra, Paulo