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Da Fealdade e da Beleza no/do Mundo. Gnose, Antignose e Monstros em Santo Agostinho

dc.contributor.authorRosa, José Maria Silva
dc.date.accessioned2016-03-22T16:46:45Z
dc.date.available2016-03-22T16:46:45Z
dc.date.issued2015-12-15
dc.description.abstractÉ bem conhecido o arreigado esquema gnóstico-maniqueu que, para valorizar a salvação da alma, tem de demonizar e tornar má a criação do mundo. O jovem Agostinho, em Cartago, ávido ouvinte dos “mistérios do acerca do princípio, do meio e do fim”, conheceu bem o mito maniqueu e as consequências que este tinha no que respeita ao estatuto ontológico do mundo (globus horribilis), fabricado pela astúcia de um “Pai das Luzes” apanhado de surpresa e incapaz de derrotar as Trevas num combate singular. Produzido assim a partir de uma mistura espúria (Contra Fort., 1: de cuius commixtione cum malo et tenebrarum gente mundus sit fabricatus), a natureza material está aí como prisão da alma, véu denso que a impede de reconhecer a sua origem luminosa e celeste, e de regressar à sua pátria. Em vez de espelho cristalino e trampolim, a natureza é opacidade e armadilha. É igualmente bem conhecido o esforço ingente do Agostinho convertido para, contra manicheos, recuperar a bondade ontológica de toda a criação (v.g., De ordine, De Natura Boni, De Genesi ad litteram, Contra Epistulam quam vocant “Fundamenti”, etc.). Mas nem por isso deixam alguns de observar que Agostinho, por supostamente “nunca ter lavado as mãos dos mistérios de Manés”, ficou de tal modo abismado na soteriologia da alma, que se desinteressou pelo mundo (Sol., I,2,7: Deum animam scire cupio. - Nihilne plus? - Nihil omnino). Ora, importa reavaliar a justeza deste remoque à luz não só daqueles textos de Agostinho, mas inclusive dos que mais colocam o drama da alma no centro, como é o caso de Confessiones. Não é aqui precisamente (X, 66, 9) que Agostinho coloca a beleza do mundo como correlato primeiro da ‘intencionalidade’ da alma? «Interrogatio mea, intentio mea, responsio eorum, species eorum.»pt_PT
dc.identifier.citation«Da fealdade e da beleza do/no mundo. Gnose, antignose e monstros em Santo Agostinho», In: FUERTES HERREROS José Luis y PONCELA GONZÁLEZ Ángel (Eds.), De Natura. La naturaleza en la Edad Media, Volumen I, Instituto de Filosofia da Universidade do Porto, Edições Húmus, Lda., V.N. Famalicão, 2015, pp. 183-209pt_PT
dc.identifier.issn978-989-755-160-4
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.6/4152
dc.language.isoporpt_PT
dc.peerreviewedyespt_PT
dc.publisherHúmus Editorapt_PT
dc.relation.publisherversionhumus@humus.com.ptpt_PT
dc.subjectGnosept_PT
dc.subjectFilosofia Medievalpt_PT
dc.subjectMonstros
dc.subjectAgostinho
dc.subjectNatureza
dc.titleDa Fealdade e da Beleza no/do Mundo. Gnose, Antignose e Monstros em Santo Agostinhopt_PT
dc.typebook part
dspace.entity.typePublication
oaire.citation.conferencePlaceLocal da Edição: V.N. Famalicãopt_PT
oaire.citation.titleIn: De Natura La naturaleza en la Edad Mediapt_PT
oaire.citation.volumeVolumen Ipt_PT
person.familyNameRosa
person.givenNameJosé Maria da Silva
person.identifier.ciencia-id4E1D-CEFA-C1F9
person.identifier.orcid0000-0001-6282-8063
rcaap.rightsopenAccesspt_PT
rcaap.typebookPartpt_PT
relation.isAuthorOfPublicationfd08c643-c47e-4f35-bb6c-313ae00dd7c9
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