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Drug-induced prerenal acute kidney injury

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Abstract(s)

Acute kidney injury is a heterogeneous disorder that is common in hospitalized patients and associated with short- and long-term morbidity and mortality, as well high healthcare costs. It is defined as a rapid decrease in the glomerular filtration rate, occurring over a period of hours to days and by the inability of the kidney to regulate fluid and electrolyte homeostasis appropriately. Approximately 70% of community-acquired cases of acute kidney injury are attributed to prerenal causes, which include severe hypotension, sepsis, dehydration, heart failure, liver failure, narrowing of renal arteries and exposure to a large number of drugs. Prerenal acute kidney injury results from glomerular hemodynamic alterations leading to reduced glomerular filtration rate with no parenchymal compromise. Autoregulatory mechanisms can partially compensate renal perfusion reduction in order to maintain glomerular filtration rate. Non-steroidal anti-inflammatory drugs, renin-angiotensin system inhibitors and diuretics - a combination also known as “triple whammy” - can reduce the glomerular filtration rate and lead to prerenal acute kidney injury. A number of different mechanisms are involved, including inhibition of both prostaglandin-mediated control of glomerular afferent arteriolar tone and angiotensin control of efferent arteriolar tone, as well as volume depletion, all contributing to reduced renal plasma flow. This literature review intends to systematize the different pathophysiological mechanisms by which the different drugs promote prerenal acute kidney injury and, on the other hand, to compare the different groups of drugs in relation to their potential to induce prerenal acute kidney injury.
A lesão renal aguda é um distúrbio heterogéneo, comum em pacientes hospitalizados, associado a elevada morbilidade e mortalidade a curto e longo prazo, assim como a elevados custos em saúde. É definida por uma diminuição rápida na taxa de filtração glomerular, durante um período de horas a dias, e pela incapacidade do rim para regular adequadamente a homeostase dos fluídos e eletrólitos, resultando na retenção de produtos azotados. Essa acumulação é acompanhada por distúrbios metabólicos, como acidose metabólica e hipercalemia, alterações no equilíbrio de fluídos corporais e efeitos em muitos outros sistemas orgânicos, dependendo da gravidade e da duração da disfunção renal. A gravidade da lesão varia de leve a grave e requer, em alguns casos, terapia de substituição da função renal. Ao longo dos anos, a ausência de consenso em relação aos critérios para a definição e classificação da lesão renal aguda fez emergir a necessidade de padronizar conceitos. Com o progresso do conhecimento médico diversos critérios foram propostos sendo que os mais recentes preconizam que a lesão renal aguda deve ser diagnosticada quando ocorre um aumento da creatinina sérica de pelo menos 0,3 mg/dL (num período de 48 horas) ou quando ocorre um aumento da creatinina sérica em 1,5 vezes em relação ao seu valor basal (documentada ou presumida a sua ocorrência nos 7 dias anteriores) ou ainda, quando for quantificado um volume de urina inferior a 0,5 ml/kg/h em 6 horas. Clinicamente, a lesão renal aguda pode ser dividida em três categorias principais: pré-renal, renal (ou intrínseca) e pós-renal. A forma pré-renal resulta de alterações hemodinâmicas glomerulares que conduzem à diminuição da perfusão renal, porém sem causar danos estruturais ao parênquima renal. A forma pós-renal é despoletada pela obstrução do fluxo urinário por massas intrínsecas ou extrínsecas, como cálculos ureterais ou tumores ginecológicos ou urológicos. Os restantes casos enquadram-se na forma renal, na qual várias estruturas do nefrónio são afetadas, incluindo glomérulos, túbulos, vasos ou interstício. Aproximadamente 70% dos casos de lesão renal aguda adquiridos na comunidade são atribuídos a causas pré-renais, as quais incluem hipotensão grave, sépsis, desidratação, insuficiência cardíaca, insuficiência hepática, estenose das artérias renais e exposição a um variado número de fármacos. Mecanismos autorregulatórios podem compensar parcialmente a redução da perfusão renal com o objetivo de manter uma taxa de filtração glomerular apropriada e de evitar o desenvolvimento de lesão renal aguda. Anti-inflamatórios não esteróides, inibidores do sistema renina-angiotensina e diuréticos - uma combinação conhecida como “triple whammy” - podem reduzir a taxa de filtração glomerular e conduzir a lesão renal aguda pré-renal. Vários mecanismos diferentes estão envolvidos, incluindo a inibição do controle mediado pelas prostaglandinas do tónus glomerular arteriolar aferente, a inibição do controle mediado pela angiotensina do tónus glomerular arteriolar eferente, bem como a depleção de volume, todos contribuindo para a redução do fluxo plasmático renal. Esta revisão da literatura pretende sistematizar os diferentes mecanismos fisiopatológicos pelos quais os diferentes fármacos promovem a lesão renal aguda pré-renal e, por outro lado, comparar os diferentes grupos de fármacos em relação ao seu potencial para induzir lesão renal aguda pré-renal.

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Anti-Inflamatórios Não Esteróides Diuréticos Inibidores do Sistema Renina-Angiotensina Lesão Renal Aguda Nefrotoxicidade

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