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Medição do diâmetro pupilar binocular na pseudofaquia em função da distância ao objeto

datacite.subject.fosCiências Médicas::Ciências da Saúde::Ciências da Visãopor
dc.contributor.advisorFiadeiro, Paulo Torrão
dc.contributor.advisorSerra, Pedro Miguel Fernandes da Nave
dc.contributor.authorGomes, Renato André da Silva
dc.date.accessioned2019-12-16T16:45:39Z
dc.date.available2019-12-16T16:45:39Z
dc.date.issued2017-7-17
dc.date.submitted2017-6-27
dc.description.abstractIntrodução: A pseudofaquia é uma condição na qual um indivíduo foi submetido a uma cirurgia para remoção do cristalino, sendo este substituído por uma lente intraocular de câmara posterior. No entanto, os olhos pseudofáquicos perdem a capacidade de acomodar devido ao facto da lente intraocular não alterar a sua curvatura como resposta à ação do músculo ciliar ao contrário do que acontece com o cristalino, especialmente em indivíduos mais jovens. Contudo, existem alguns indivíduos pseudofáquicos que apresentam bons níveis de visão de perto após o implante de lentes intraoculares monofocais, fenómeno este chamado de pseudoacomodação, e assume-se que o diâmetro pupilar é uma das principais características responsáveis. Objetivo: O objetivo deste estudo consistiu em medir, analisar e modelar a variação do diâmetro pupilar em função da distância ao estímulo visual (vergência do estímulo) num grupo de indivíduos pseudofáquicos implantados bilateralmente com uma lente intraocular monofocal. Métodos: Participaram neste estudo 59 indivíduos pseudofáquicos com erro refrativo não compensado, com idades compreendidas entre os 40 e os 90 anos, que foram recrutados durante um exame ocular de rotina. Os diâmetros pupilares de ambos os olhos foram medidos através de um sistema de Eye-Tracker binocular durante a observação de um estímulo visual (cruz de Malta) às distâncias de observação de 300, 100, 66, 50, 40 e 33 cm e que correspondem às vergências de 0.33, 1.00, 1.50, 2.00, 2.50, 3.00 D. Estas medições foram realizadas com a área iluminada na retina constante e o fluxo luminoso no plano corneal também constante. Resultados: Um estudo comparativo entre os dois olhos (OD e OS) demonstrou que não existem diferenças estatisticamente significativas entre os diâmetros pupilares de longe (p = 0.430) e que a variação dos diâmetros pupilares ocorre de igual forma nos dois olhos (p = 0.997). Analisando o OD de todos os participantes, verificou-se um diâmetro pupilar médio de 4.44 mm para a vergência de 0.33 D e um diâmetro pupilar médio de 3.84 mm para a vergência de 3.00 D, mostrando assim uma miose de cerca 0.60 mm com o aumento da vergência. Uma análise de agrupamento hierárquico revelou a existência de 3 grupos na amostra. O grupo 1 apresenta diâmetro pupilar médio pequeno (4.09 mm) com uma miose média pequena ( -0.18 mm/D), o grupo 2 apresenta diâmetro pupilar médio grande (5.47 mm) com miose média grande (-0.58 mm/D), e por sua vez o grupo 3 apresenta diâmetro pupilar médio grande (5.89 mm) com uma miose quase inexistente (-0.11 mm/D). Foi também encontrada uma curva de ajuste linear (declive e ordenada na origem) para cada grupo de participantes que modela a resposta de cada grupo à vergência do estímulo visual. Conclusões: Concluiu-se que os diâmetros pupilares variam de forma significativa com o aumento da vergência do estímulo visual (p < 0.001). Através da análise por grupos, verifica-se que a grande proporção dos participantes está inserida no grupo 1, sendo que este se caracteriza por ter diâmetros pupilares pequenos combinados com uma miose igualmente pequena resultante do aumento da vergência do estímulo visual. Concluiu-se ainda que um modelo de regressão linear pode ser usado para descrever a variação do diâmetro pupilar em função da vergência do estímulo visual. Isto possibilita assim uma forma simples de estimar o diâmetro pupilar para distâncias de observação comuns, o que é importante uma vez que as relações existentes entre o diâmetro pupilar e a posição do estímulo visual podem ser usadas para prever o desempenho visual de olhos pseudofáquicos.por
dc.description.abstractIntroduction: Pseudophakia is a condition in which an individual has undergone surgery to remove the lens, which is replaced by a posterior chamber intraocular lens. However, pseudophakic eyes lose the ability to accommodate because the intraocular lens does not change its curvature in response to ciliary muscle action as opposed to the lens, especially in younger individuals. However, there are some pseudophakic individuals who present good levels of vision from far and near after the implantation of monofocal intraocular lenses, a phenomenon known as pseudoaccommodation, and it is assumed that the pupillary diameter is one of the main responsible characteristics. Objective: The objective of this study was to measure, analyze and model the variation of pupillary diameter as a function of distance to the visual stimulus (stimulus vergence) in a group of pseudophakic individuals implanted bilaterally with a monofocal intraocular lens. Methods: 59 pseudophakic individuals with uncompensated refractive error with ages between 40 to 90 years were recruited during a routine ocular examination. The pupillary diameters of both eyes were measured through a binocular Eye-Tracker system during observation of a visual stimulus (Maltese cross) at the observation distances of 300, 100, 66, 50, 40 and 33 cm and corresponding to the vergencies of 0.33, 1.00, 1.50, 2.00, 2.50, 3.00 D. These measurements were performed with the illuminated area in the constant retina and the luminous flux in the corneal plane also constant. Results: A comparative study between two eyes (OD and OS) showed that there are no statistically significant differences between farrowing diameters (p = 0.430) and pupillary diameters vary in both eyes (p = 0.997). Analyzing the OD of all participants, a mean pupillary diameter of 4.44 mm was found for the vergency of 0.33 D and a mean pupil diameter of 3.84 mm for the vergency of 3.00 D, thus showing a miosis of about 0.60 mm with the increase of the vergence. A hierarchical grouping analysis revealed the existence of 3 groups in the sample. Group 1 had a small mean pupillary diameter (4.09 mm) with a small mean miosis ( -0.18 mm / D), and group 2 had a large mean pupillary diameter (5.47 mm) with a large mean miosis (-0.58 mm / D), and Group 3 has a large mean pupillary diameter (5.89 mm) with an almost nonexistent miosis (-0.11 mm / D). A linear fit curve (slope and order at origin) was also found for each group of participants that models the response of each group to the visual stimulus vergence. Conclusions: It was concluded that the pupillary diameters vary significantly with the increase of vergence of the visual stimulus (p <0.001). Through the analysis by groups, it is verified that the great proportion of the participants in group 1, which is characterized by small pupillary diameters combined with an equally small miose resulting from the increase of vergence of the visual stimulus. It was also concluded that a linear regression model can be used to describe the pupil diameter variation as a function of visual stimulus vergence. This allows a simple way of estimating the pupillary diameter for common observation distances, which is important since the relationships between the pupillary diameter and the position of the visual stimulus can be used to predict the visual performance of pseudophakic eyes.eng
dc.identifier.tid202337650
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.6/7880
dc.language.isoporpor
dc.subjectMiosepor
dc.subjectProfundidade de Focopor
dc.subjectPseudoacomodaçãopor
dc.subjectPseudofaquiapor
dc.subjectPupilapor
dc.titleMedição do diâmetro pupilar binocular na pseudofaquia em função da distância ao objetopor
dc.typemaster thesis
dspace.entity.typePublication
rcaap.rightsopenAccesspor
rcaap.typemasterThesispor
thesis.degree.name2º Ciclo em Optometria Em Ciências da Visãopor

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