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Injustiça Intergeracional: A Perpetuação da Menoridade

dc.contributor.authorCabrita, Maria João
dc.date.accessioned2020-01-20T11:46:50Z
dc.date.available2020-08-01T00:30:21Z
dc.date.issued2018
dc.description.abstractHoje as sociedades democratas ocidentais estão sujeitas a influxos e poderes que extravasam as suas fronteiras físicas, culturais e históricas, que destabilizam as suas estruturas básicas, os seus alicerces institucionais; e, consequentemente, atalham a emancipação das novas gerações. Agrilhoadas a várias obsessões - como a do desenvolvimento incessante da economia que sacrifica a maioria da população à precariedade, pobreza e exclusão, descora a comensurabilidade dos recursos naturais e a deterioração ambiental – e arbitrariedades morais que, tácitas às suas políticas sociais, minam a dignidade humana, as sociedades democratas ocidentais entraram em colisão com a base da sua estabilidade: a conciliação entre indivíduo e comunidade. Neste contexto de crise existencial, a falta de expectativas dos jovens é tão gritante que estes arriscam permanecer na menoridade muito para além do que é desejável, a usufruírem de um valor mínimo das liberdades autenticadas aos membros da sociedade. Resta saber se, uma vez obstruída a sua emancipação enquanto pessoas, os jovens de hoje lograrão assumir-se algum dia como cidadãos plenos. Com o intuito de analisar o vínculo entre justiça intergeracional e emancipação das novas gerações terei por moldura teórica o liberalismo igualitário rawlsiano. Nos termos desta teoria, “a cada geração cabe não só salvaguardar os ganhos de cultura e civilização e manter intactas as instituições justas estabelecidas, mas também pôr de lado uma quantidade adequada de acumulação real” (Rawls, 1971: 252). Esta poupança assume várias formas - investimento líquido em maquinaria e outros meios de produção, investimento no saber e na educação, etc – e permite às gerações seguintes usufruírem de uma vida melhor numa sociedade mais justa. Neste sentido, uma vez que se disponha de um princípio de poupança justa determinar-se o nível do mínimo social. É imperativo que os benefícios da geração presente não ceifem o bem-estar da geração futura, pois uma sociedade em que os sujeitos tiram partido da sua situação no tempo em prol dos seus interesses é por definição injusta.pt_PT
dc.description.versioninfo:eu-repo/semantics/publishedVersionpt_PT
dc.identifier.citationCabrita, Maria João (2018), • “Injustiça Intergeracional: A Perpetuação da Menoridade”, in André Barata, André Miguel do Carmo, Catarina Sales Oliveira (Org), Emancipação. O Futuro de Uma Ideia Política, Lisboa: Documenta, 2018, pp. 125-137.pt_PT
dc.identifier.issn978-989-8902-27-6
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.6/8501
dc.language.isoporpt_PT
dc.peerreviewednopt_PT
dc.publisherDocumentapt_PT
dc.subjectJustiça intergeracionalpt_PT
dc.subjectLiberalismo igualitário rawlsianopt_PT
dc.subjectEmancipaçãopt_PT
dc.subjectPoupança justapt_PT
dc.titleInjustiça Intergeracional: A Perpetuação da Menoridadept_PT
dc.typebook part
dspace.entity.typePublication
oaire.citation.conferencePlaceLisboapt_PT
oaire.citation.endPage137pt_PT
oaire.citation.startPage125pt_PT
person.familyNameCabrita
person.givenNameMaria João
person.identifier.ciencia-id9C13-7655-F962
person.identifier.orcid0000-0001-8718-9472
rcaap.embargofctCopyright cedido à editora no momento da publicaçãopt_PT
rcaap.rightsopenAccesspt_PT
rcaap.typebookPartpt_PT
relation.isAuthorOfPublicationfb3b0e93-5834-45d8-a2d1-37a2ae9d7076
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