Faculdade de Artes e Letras
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- O Realismo da Fenomenologia de MuniquePublication . Fidalgo, AntónioA crescente investigação científica de que a fenomenologia de Munique tem sido objecto nas duas últimas décadas, e que se tem manifestado num considerável aumento da sua bibliografia secundária, tem vindo a desfazer a imagem de fenomenologia menor que desde muito cedo se fez desta corrente fenomenológica. Herbert Spiegelberg foi o primeiro a fazer em 1960 na obra The Phenomenological Movement uma apresentação de conjunto dos fenomenólogos de Munique e, assim, a lançar os fundamentos para toda a investigação posterior. Spiegelberg distingue na primeira geração de fenomenólogos os círculos de Göttingen e Munique e o grupo de Friburgo. Com a designação de “círculos” Spiegelberg visa salientar a coesão dos primeiros discípulos de Husserl em torno de uma acepção comum de fenomenologia, coesão essa que já não se encontra em Friburgo.
- O Domínio apriorístico da Comunicação na Transformação da Filosofia (K.-O. Apel)Publication . Amaral, AntónioA “novidade” do pensamento apeleano não reside tanto na filiação explícita numa linhagem filosófica cujas raízes mergulham no pensamento de Wittgenstein, Heidegger e Peirce, mas sobretudo no propósito de sondar a possibilidade, a validade e os limites da mediação linguística, em ordem a uma “transformação da filosofia”. De acordo com esse desígnio crítico, trata-se de indagar acerca da consistência das apologias linguisticistas” da “morte da filosofia”, reconduzindo a crítica da linguagem a um vínculo transcendental, constituidor e legitimador da possibilidade do discurso científico e ético. Esta investigação propõe-se dar conta do modo como se opera no pensamento de Apel essa “viragem transcendental” da linguagem, algumas décadas depois de ter sido consumada pela analítica, pela hermenêutica e pela pragmática a “viragem linguística” da filosofia.
- Em Torno do AgnosticismoPublication . Rosa, José Maria SilvaEste artigo procura determinar em que consiste propriamente a atitude agnóstica face à questão da existência ou não existência de Deus, demarcando-a de outras (gnóstica, fideísta, ateia, etc.) na medida que o agnóstico, por definição, recusa responder à questão alegando a impossibilidade de o espírito humano lhe poder responder. Nesse sentido, o Agnosticismo incorpora elementos do antigo Epicurismo e Cepticismo. Ao longo do artigo rastreia-se o percurso histórico dessa atitude, com o momento especial em Kant e a sua «Crítica da Razão Pura», onde a Filosofia Moderna conclui a impossibilidade de demonstrar tanto a existência como a inexistência de Deus, já que o intelecto humano é um «intelecto éctipo», incapaz de intuição intelectual.
- Retórica e argumentaçãoPublication . Serra, PauloÉ um lugar comum, hoje em dia, dizer-se que o século XX é o "século da linguagem". Factores como o desenvolvimento das novas tecnologias de informação e comunicação (mediante as quais toda a experiência humana tende a tornar-se linguagem e comunicação), a consolidação dos regimes democráticos (em que a palavra, e não a violência ou a força, se assume como instrumento da actividade política), a "crise de fundamentos"que sacudiu as Matemáticas nos princípios do século, o desenvolvimento científico e técnico em geral, vêm trazer para primeiro plano a necessidade de estudar os fenómenos da comunicação e da linguagem. Como resultado desta necessidade, a problemática da linguagem "invadiu as ciências humanas e a filosofia."(Meyer, 1992: 5). […]
- Speaking Franco: An Interview with Michael FrancoPublication . Mancelos, João deAn interview with writer Michael Franco, focusing on his views on poetry: the importance of sound, meaning, recurring images and motifs, influences and daily life.
- Karl-Otto Apel, Sur le problème d' une fondation rationnelle de l' Éthique à l' Âge de la SciencePublication . Amaral, AntónioA pertinência e relevância filosóficas do Ensaio de Karl-Otto Apel residem, em nosso entender, na colocação em jogo de um modelo de racionalidade científica cuja discursividade se baseia num princípio a priorístico de responsabilidade ética quer "perante-o-outro", no horizonte de uma comunicação actuante, quer "com-o-outro", no contexto de uma acção comunicativa.
- Proslogion de Santo AnselmoPublication . Rosa, José Maria Silva; Pereira, Maria Helena ReisA estrutura interna deste opúsculo de Santo Anselmo (1033-1109), «Fides quaerens intellectum» ou «A fé em busca de inteligência» organiza-se segundo um ritmo diádico, ritmo que modula a vida, sístole e diástole do agostiniano «coração inquieto», «hálito de uma respiração interior» que, pendularmente, vai da existência à essência e desta àquela, como melodia onde a nota ou o trecho anterior requer e supõe a nota ou o trecho seguintes. A sua estrutura argumentativa divide-se em duas partes fundamentais. A primeira, que vai até ao capítulo IV, põe a questão «se Deus existe» e responde-lhe afirmativamente com a asserção de que ele é «um ser maior do que o qual nada pode ser pensado», pelo que existe tanto na mente como na realidade. A segunda...
- Análise semántica-formal das últimas obras lexicográficas en lingua galegaPublication . Vázquez Diéguez, IgnacioSempre que se pretende facer unha crítica a calquera tipo de traballo, débese partir dunhas premisas claras para que o resultado da revisión sexa coherente e entendible, quero dicir con isto que a presente comunicación, que vai versar sobre a crítica ás últimas obras lexicográficas en galego baséase nuns criterios preelaborados e estudiados polo equipo de redacción do diccionario VOX bilingüe ESENCIAL galego-castelán-galego. [...]
- Peirce e o signo como abduçãoPublication . Serra, PauloVivemos no século da comunicação. Para alguns, como McLuhan, o nosso mundo constituiria já uma autêntica "aldeia global", habitada por uma "tribo planetária- possibilitadas, uma e outra, pelas novas tecnologias de informação e comunicação da "galáxia Marconi"... Para outros, a sobrecarga de "informação" e "comunicação" não se traduz, necessariamente, em maior aproximação e solidariedade entre os homens, conduzindo antes a novas formas de individualismo e etnocentrismo. Seja como for, vivemos seguramente no século das Ciências da Comunicação. […]
- O problema da técnica e o ciberespaçoPublication . Serra, PauloO Cogito cartesiano representa a recusa de fundamentar o saber em qualquer tradição, e a exigência de o fundamentar no Sujeito, entendido como "substância pensante"(é a esse processo que Kant chama "autonomia"). Mas o Cogito cartesiano já é, ele próprio, o "herdeiro"(e, em parte, o contemporâ-neo) filosófico da Ciência e da Técnica emergentes. Sem a nova Física Matemática de Kepler e Galileu, o telescópio de Galileu e as oficinas do Renascimento, seria impensável o "Eu penso, logo existo" de Descartes. Foram a Ciência e Técnica emergentes que, destruindo a concepção antiga e medieval de natureza (o "mundo fechado", para utilizarmos uma expressão de Koyré), fundada na Filosofia de Aristóteles e na Teologia cristã, obrigaram Descartes à procura de um novo fundamento (para o saber, para a acção, para a natureza, para o homem...). […]