Browsing by Issue Date, starting with "2021-07-13"
Now showing 1 - 10 of 12
Results Per Page
Sort Options
- Patologias que mimetizam AVCPublication . Figueiredo, Ana Raquel Fontes; Alvarez Pérez, Francisco JoséO AVC é um distúrbio neurológico súbito, associado a isquemia ou hemorragia no cérebro. Atualmente, o AVC é a principal causa de mortalidade e incapacidade em Portugal e uma das cinco maiores nos países desenvolvidos de todo o mundo. A frequência de diagnóstico de outras condições (mimetizadores) como AVC chega a atingir 25 a 30% da totalidade de diagnósticos de AVC e está associada ao uso inadequado de instalações destinadas aos cuidados de doentes com AVC e a despesas com tratamentos desnecessários. O eficaz e célere diagnóstico de AVC é fundamental para minimizar os riscos de saúde que lhe estão associados e, em última análise, salvar vidas e otimizar a gestão de recursos humanos e financeiros. Assim, o presente trabalho reúne um levantamento de informação sobre os mimetizadores de AVC, a fim de informar para uma prática baseada em evidências robustas e recentes que permita a realização de diagnósticos mais precisos e potencie a gestão adequada dos recursos disponíveis. Os mimetizadores clínicos de AVC mais frequentes em adultos são: convulsões, enxaqueca, vertigem, neoplasia, trombose venosa, PRES, hematoma subdural, infeção, alterações metabólicas e MELAS. Conclui-se que o uso de scores padronizados na prática clínica para discriminar mimetizadores e AVC pode ser benéfico. Além disso, o desenvolvimento de pontuações e ferramentas de suporte à decisão clínica específicos para determinados mimetizadores é também uma via promissora. O investimento neste âmbito deve direcionar-se para os mimetizadores mais frequentes, como as convulsões. Por outro lado, a neuroimagem avançada também pode melhorar a precisão do diagnóstico, nomeadamente no que respeita à imagem 3D e à ressonância magnética.
- Utilidade clínica da oxitocina no controlo do apetite e na obesidadePublication . Mezias, Maria Inês Pereira; Lemos, Manuel Carlos Loureiro deIntrodução: A oxitocina é uma hormona classicamente conhecida pelos seus efeitos no parto e na amamentação, sendo a sua aplicação mais conhecida na prática clínica em Obstetrícia para induzir o trabalho de parto. Atualmente têm-se descoberto novas funções. Vários ensaios pré-clínicos documentaram propriedades anorexígenas da oxitocina, tanto a nível da ingestão calórica, do dispêndio energético e do peso corporal. Atualmente, a obesidade é bastante prevalente a nível mundial, acarretando inúmeros problemas de saúde associados. Existem inúmeras terapêuticas propostas para o seu tratamento, sendo a oxitocina uma solução potencial, ainda em pesquisa. O objetivo deste trabalho foi analisar a evidência científica da utilidade da oxitocina no controlo do apetite e do peso. Materiais e métodos: O presente trabalho foi realizado através da pesquisa bibliográfica de artigos científicos na base de dados “PubMed/MEDLINE” com recurso às palavras-chave “oxytocin”, “obesity”, “food intake” e “appetite”. Foram selecionados preferencialmente ensaios clínicos randomizados. Resultados: Foram identificados 18 ensaios clínicos randomizados que foram alvo de uma análise mais detalhada. A generalidade dos estudos revelou benefícios a nível da ingestão alimentar, de parâmetros metabólicos e do controlo cognitivo perante a visualização de estímulos alimentares. No entanto, a globalidade dos estudos não revelou diminuições significativas de peso. Discussão: Os dados nesta temática são ainda incertos. Amostras pequenas, heterogéneas, tempos reduzidos de estudo, desenhos diferentes das investigações, dosagens distintas e falta de conhecimento das propriedades farmacológicas da oxitocina poderão explicar esta incerteza. Conclusão: No futuro, é importante continuar a realizar mais estudos, com amostras maiores e durante um intervalo de tempo mais prolongado, para obter resultados mais fidedignos, sempre atentando à ocorrência potencial de eventos adversos.
- Impacto das barreiras à inovação nas empresas industriais portuguesasPublication . Teixeira, Diana Fernandes; Madeira, Maria José AguilarA presente investigação visa identificar e analisar a influência das principais barreiras sobre a capacidade inovadora empresarial das empresas da indústria transformadora de Portugal, designadas nesta investigação por empresas industriais portuguesas. Mais concretamente, pretende-se identificar as barreiras que influenciam a inovação do produto, processo, marketing e organizacional. Para tal, são utilizados os dados secundários recolhidos pelo Inquérito Comunitário à Inovação 2016 (CIS 2016 - Community Innovation Survey), referentes às atividades de inovação desenvolvidas pelas empresas industriais portuguesas no período de 2014 a 2016. Neste sentido, foi desenvolvido um modelo de regressão logística para cada um dos tipos de inovação mencionados acima. Os resultados obtidos da análise empírica realizada evidenciam que a única barreira à inovação percebida pelas empresas industriais portuguesas, durante o período de 2014 a 2016, é a falta de crédito ou capital privado ao nível da inovação do produto. Além disso, conclui-se também que a inovação é positivamente influenciada pelos seguintes fatores: incerteza na procura do mercado (ao nível da inovação do produto e de marketing), custos com inovação demasiado elevados e falta de parceiros para colaborar (ao nível da inovação de marketing e organizacional) e a demasiada concorrência no mercado (ao nível da inovação de marketing).
- Decentralized Control of Electromagnetic ChipSat Swarm FormationsPublication . Gondar, Rui Manuel Gomes; Guerman, Anna; Ivanov, DanilSmall satellite formation missions offer new options for space exploration and scientific experiments. Groups of satellites flying within short relative distances allow various important applications, such as spatially distributed instruments for atmospheric sampling or remote sensing systems. The ability to independently control the relative motion of each satellite is crucial to establish a swarm formation, using a large number of satellites moving along bounded relative trajectories. This type of mission poses several constraints on mass, size, and energy consumption; therefore, an autonomous and selfsufficient approach is necessary to assure relative motion control. A novel concept of miniaturized satellites, referred to as ChipSats, consists of a single printed circuit board which can be equipped with different sets of microelectronic components including power and communication systems, a variety of sensors, and a microcontroller. This study considers a swarm of ChipSats equipped with magnetorquers, operating at extremely short relative distances, and using the electromagnetic interaction force for relative motion and attitude control, assuming the absolute position and relative state of each unit is known. Despite the limitations imposed by using magnetorquers as the sole actuators onboard, the dipole interaction between drifting satellites can be used to achieve bounded relative trajectories, and to establish and maintain a compact swarm. Following a decentralized approach, the ChipSats are periodically linked in interchangeable pairs in order to apply the Lyapunov-based control algorithm and prevent relative drift between all satellites in the swarm. The magnetic dipole moments are used for angular velocity damping when orbit control is not required, and a repulsive collision avoidance electromagnetic control force is applied when two ChipSats are within dangerously close proximity to each other. The performance assessment is conducted through Monte Carlo simulations using MATLAB, by analyzing operational parameters and the effect of initial conditions after deployment.
- Intolerância à Incerteza, Ansiedade e Comportamentos de Evitamento face à COVID-19 nos Estudantes do Ensino SuperiorPublication . Bordadágua, Ana Júlia Guerrinha; Alves, Marta Sofia Lopes PereiraOs estudos sobre o impacto da COVID-19 nos estudantes do ensino superior têm vindo a ganhar importância na literatura. O presente estudo tem como principal objetivo compreender o possível efeito preditor da intolerância à incerteza (intolerância à incerteza prospetiva e intolerância à incerteza inibitória) nas variáveis de ansiedade e comportamentos de evitamento face à COVID-19 nos estudantes do ensino superior. Para a realização do estudo empírico recorreu-se a uma amostra de 309 estudantes do ensino superior pertencentes a instituições públicas e privadas em Portugal. A recolha de dados foi feita através do método de inquérito por questionário, tendo sido analisados posteriormente a nível individual, através do cálculo de modelos de regressão linear múltipla. Por um lado, os resultados apontam para o efeito preditor positivo da intolerância à incerteza, quer prospetiva quer inibitória, da sintomatologia ansiógena. Por outro lado, a intolerância à incerteza não mostrou predizer os comportamentos de evitamento face à COVID-19. O trabalho permitiu dar um contributo para o estudo do impacto da pandemia nos estudantes do ensino superior.
- Estudo dos efeitos dos aditivos di(2-etilhexil) ftalato e metilparabeno em astrócitos corticais.Publication . Soares, Joana Neto; Baltazar, Graça Maria FernandesA presente dissertação de mestrado, realizada no âmbito da unidade curricular Estágio do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas, encontra-se dividida em três capítulos correspondentes às componentes de investigação e estágios curriculares realizados em Farmácia Hospitalar e Comunitária. O primeiro capítulo, intitulado “Estudo dos efeitos dos aditivos di(2-etilhexil) ftalato e metilparabeno em astrócitos corticais”, diz respeito ao trabalho de investigação laboratorial levado a cabo no Centro de Investigação em Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior. Os compostos alvo do estudo consistem em duas substâncias incluídas na formulação de múltiplos produtos, que são diariamente utilizados pela população em geral. Apesar do seu longo historial de aplicação, até ao momento e de que se tenha conhecimento, parecem ainda existir zonas cinzentas relativamente à sua toxicidade, em particular à sua neurotoxicidade, nomeadamente, em astrócitos, o que justifica a concretização do presente trabalho. Assim, procurou-se avaliar os efeitos da exposição às substâncias mencionadas em termos de viabilidade celular, assim como ao nível de alterações de reatividade glial induzidas pelos tratamentos efetuados. Deste modo, foi possível concluir que, tanto di(2-etilhexil) ftalato como metilparabeno, exercem efeitos em astrócitos, sumarizados nos seguintes pontos: di(2-etilhexil) ftalato encontra-se na origem de proliferação celular de astrócitos, ao passo que metilparabeno provoca a morte celular; e ambas as moléculas demonstraram conduzir a um estado de reatividade astrocitária. Não obstante, atendendo às limitações presentes, revela-se imperativo realizar estudos futuros complementares, no sentido de melhor compreender e aprofundar com maior robustez os efeitos provocados pelos compostos. O segundo capítulo deste documento inclui o resumo da experiência profissionalizante em Farmácia Hospitalar. Nesta secção apresenta-se uma descrição intensiva dos Serviços Farmacêuticos do Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira, E.P.E., das várias etapas do circuito dos medicamentos e outros produtos de saúde e ainda uma abordagem às inúmeras vertentes do farmacêutico hospitalar. O terceiro e último capítulo diz respeito ao mesmo tipo de conteúdo incluído no anterior, direcionando-se, contudo, para a valência de Farmácia Comunitária, abordando tópicos como: descrição da Farmácia Sant’Ana, componente técnicocientífica associada, etapas do circuito dos medicamentos e outros produtos de saúde, serviços farmacêuticos e outros serviços de promoção da saúde e bem-estar prestados e contabilidade e gestão inerentes.
- Qualidade de Vida e Performance Status após Ressuscitação CardiorrespiratóriaPublication . Pratas, Cláudia Raquel Rodrigues; Coxo, Cristina Maria Veiga doIntrodução: A paragem cardiorrespiratória (PCR) associa-se a morbilidade e mortalidade elevadas, tendo um vasto espectro de sequelas. Diversos estudos têm foco na sobrevivência, no entanto, para uma ressuscitação bem sucedida é necessário ainda que haja uma qualidade de vida aceitável. Objetivo: Estudar a qualidade de vida e performance status dos doentes que sobrevivem a paragem cardiorrespiratória, tal como o tempo de sobrevida e perda de autonomia. Métodos: É um estudo retrospetivo que incluiu os adultos tratados na UCI do CHUCB após PCR entre 2015 e 2019. Procedeu-se à análise de dados do processo clínico de todos os doentes e à aplicação de um questionário aos que estavam vivos, o qual incluiu o questionário EQ-5D-3L da EuroQoL e o score de performance status da ECOG. Resultados: Obteve-se um total de 97 doentes, com idade média de 75,74 anos. A taxa de sobrevivência à alta hospitalar foi de 32,0% e a sobrevivência global a um ano foi de 20,6%. O tempo de sobrevida médio nos doentes com alta foi de 31,26 meses, sendo que 64,3% estavam vivos um ano após PCR. Depressão prévia(p=0,041), tempo de internamento (p=0,030), dependência para atividades da vida diária após PCR (p=0,014) e institucionalização após PCR (p=0,001) associaram-se a uma menor sobrevivência a um ano. Verificou-se uma mudança significativa no nível de autonomia (p=0,000) e institucionalização (p=0,004), havendo perda de autonomia em 50% dos previamente autónomos. Na perda de autonomia, destaca-se o papel da diabetes mellitus (OR 33,519; p=0,012) e tempo de internamento (OR 1,077; p=0,073). Já na institucionalização, destacase o sexo feminino (OR 19,016; p=0,048) e tempo de internamento (OR 1,052; p=0,052). Dos doentes com sobrevida superior a um ano, 65% eram autónomos e 88% estavam no domicílio. À data do estudo, 12 doentes estavam vivos e 9 participaram no questionário de qualidade de vida. Apesar da maioria reconhecer uma diminuição da qualidade de vida, o índice EQ-5D era comparável ao da população portuguesa com mais de 30 anos (p=0,762). Os domínios mais afetados foram “Dor/mal-estar” e “Ansiedade/Depressão”. A maioria destes doentes(78%) tinha uma boa performance status. Conclusões: Apesar da baixa taxa de sobrevivência após ressuscitação, os doentes sobreviventes apresentaram uma qualidade de vida semelhante à da restante população e uma boa performance status. Além disso, uma grande porção dos doentes que sobrevivem a longo prazo têm autonomia para as atividades da vida diária.
- Inibidores SGLT-2: uma nova classe farmacológica no tratamento da Insuficiência CardíacaPublication . Ladeira, Natacha Cardoso; Lito, Pedro Filipe Roque MartinsA insuficiência cardíaca (IC) é uma doença muito prevalente em doentes com diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Nos últimos anos procurou entender-se a eficiência dos inibidores do co-transportador de sódio e glicose 2 (SGLT-2) na população com DM2, verificando que esta classe farmacológica tinha elevada influência na redução do risco de morte por causas cardiovasculares e na hospitalização por IC. Os mecanismos e efeitos dos inibidores SGLT-2 ainda não são totalmente compreendidos, no entanto, dos já conhecidos podem destacar-se 4 categorias, de acordo com a sua ação no organismo: efeitos vasculares, pela redução da pressão arterial e melhoria da função endotelial e hematócrito; efeito renais, pelo seu benefício na pressão intraglomerular e na preservação da função renal; efeitos cardíacos, por contribuir para um metabolismo do coração mais eficaz e reduzir o seu stress oxidativo; e efeitos metabólicos, pela perda de peso e redução do tecido adiposo visceral. Estudos como o DAPA-HF e EMPEROR-Reduced comprovaram recentemente que a redução do risco de mortalidade e hospitalização por IC em doentes com IC em tratamento com inibidores de SGLT-2, era independente da presença de DM2. Atualmente estão várias investigações em curso, sendo uma delas com o propósito de entender se esta classe farmacológica pode ser também ser usada em doentes com IC com fração de ejeção preservada, um tipo de IC com limitadas opções farmacológicas.
- Resiliência e Distress Psicológico em Doentes OncológicosPublication . Monteiro, Lúcia Pessegueiro; Silva, Cláudia Maria Gomes Mendes daObjetivo: O presente estudo teve como principal objetivo analisar os fatores associados à resiliência e a sua relação com o distress psicológico em doentes oncológicos adultos. Método: Realizou-se uma revisão sistemática da literatura (RSL) seguindo os princípios do PRISMA para organizar, documentar e justificar todos os passos ao longo do processo de RSL. A pesquisa, realizada na Web of Science e na Scopus, visou encontrar artigos que cruzassem as duas variáveis, resiliência e distress psicológico, publicados entre 2015 e 2021. Resultados: Após a pesquisa e análise dos estudos, foram incluídos 7 estudos quantitativos publicados em revistas científicas. A resiliência associou-se a uma redução no risco de ansiedade, depressão e distress psicológico, atenuando o impacto emocional da doença oncológica. Verificou-se, ainda, que a resiliência estava relacionada com a regulação emocional, o aumento de estratégias de coping, o aumento da autoeficácia e da perceção do suporte social. Conclusão: A resiliência desempenhou um papel protetor sobre os efeitos patológicos do distress psicológico, revelando-se, ainda, um preditor de melhor QdV nos doentes oncológicos.
- Determinantes da Qualidade de Vida no Trabalho em adultos portuguesesPublication . Morgado, Gavi Maria Gomes; Esgalhado, Maria da Graça ProençaEste estudo visa: (1) avaliar os níveis de autoestima, de autoeficácia e de QVT e das suas dimensões na amostra; (2) avaliar os níveis de autoestima, de autoeficácia e de QVT e das suas dimensões em função do género e do estatuto socioeconómico; (3) comparar os níveis nas variáveis referidas entre estudantes e trabalhadores; (4) analisar a relação entre AE, AEO, QVT, estatuto socioeconómico, situação profissional; e (5) elaborar um modelo preditivo da QVT. Participaram 868 indivíduos, entre os 18 e os 67 nos de idade (M=32.38; DP=12.63), dos quais 34.7% são do género masculino e 65.2 % são do género feminino. Os resultados mostram que os homens têm maiores níveis de qualidade de vida no trabalho, autoeficácia ocupacional e autoestima do que as mulheres. O grupo dos trabalhadores apresenta valores médios mais elevados em todas as variáveis do que o grupo dos estudantes. Encontram-se correlações fortes, positivas e estatisticamente significativas entre a AE e QVT (r=.523; p=.000), e entre AEO e QVT (r=.543; p=.000), e a análise de regressão mostrou que o estatuto socioeconómico, a AE e a AEO se associaram significativamente à QVT, explicando 37% da variância total. Estes resultados são importantes para os profissionais de saúde, profissionais da saúde ocupacional e para os que trabalham na gestão de recursos humanos, mostrando que variáveis afetam a qualidade de vida no trabalho.