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- Prevalência da cegueira e deficiência visual moderada a severa por Glaucoma na Europa Ocidental: Revisão SistemáticaPublication . Maurício, Inês Sofia Nabiça; Ferreira, Francisco Miguel Pereira BrardoIntrodução: Estima-se que a nível mundial, pelo menos 2,2 mil milhões de pessoas apresentam deficiência visual ou cegueira, das quais pelo menos mil milhões têm uma deficiência visual que pode ser evitada ou resolvida. A deficiência visual ocorre quando uma condição ocular afeta o sistema visual e uma ou mais das suas funções visuais, tendo consequências graves para o indivíduo ao longo da vida. A visão é importante para muitos aspetos da vida e a deficiência visual pode afetar profundamente os pacientes, as famílias e a sociedade. O glaucoma é uma das causas mais frequentes da cegueira irreversível a nível mundial. Caracterizado por uma neuropatia ótica progressiva e perda de campo visual associada, pode progredir para uma grave deficiência visual ou cegueira. O objetivo principal deste trabalho consistiu na revisão sistemática de literatura referente à prevalência da cegueira e deficiência visual moderada a severa por glaucoma na europa ocidental, na população com uma idade igual ou superior a 50 anos. Métodos: Realizou-se uma revisão sistemática de estudos observacionais de base populacional que estudaram a prevalência da cegueira e DVMS por glaucoma na Europa Ocidental. Recorreu-se a três bases de dados bibliográficos, o “PubMed”, “ScienceDirect” e “Web of Science”. O protocolo PRISMA foi a linha orientadora na presente revisão. Foram selecionados estudos realizados na Europa Ocidental, com populações, de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 50 anos e que usaram a classificação de deficiência visual da Organização Mundial de Saúde. Resultados: Foram incluídos 6 artigos, que cumpriram todos os critérios de elegibilidade, realizados em diferentes países da Europa Ocidental com datas de publicação entre 1995 e 2019. Analisou-se a prevalência da cegueira e DVMS, a da cegueira e DVMS especifica por sexo e a prevalência da cegueira e DVMS por glaucoma. A prevalência de DVMS bilateral variou entre 0.96% e 25.09% e a prevalência de cegueira bilateral entre 0.47% e 5.48%. Em relação à prevalência de DVMS bilateral por glaucoma, na amostra total, os resultados variaram entre 0.10% e 2.83% e os de cegueira bilateral entre 0.00% e 0.88%. Conclusão: A realização deste estudo deixa claro a necessidade da realização de mais estudos, principalmente na Europa Ocidental, com o propósito de se conhecer uma prevalência mais próxima da realidade e o impacto que esta tem na sociedade. Nos próximos anos, a população envelhecida tem tendência a aumentar, tendo como consequência o aumento das prevalências de deficiência visual e de patologias relacionadas com a idade, que é o caso do glaucoma. A deteção e tratamento precoce é essencial e para isso é fundamental haver serviços adequados disponíveis e a sociedade ter conhecimento e acesso a essa informação.
- Análise do diâmetro pupilar em crianças e adolescentes: Influência da idade, sexo e erro refrativoPublication . Marques, Mónica Isabel Jorge; Nunes, Amélia Maria Monteiro FernandesAlterações no tamanho da pupila podem estar relacionados com diversas patologias, e o conhecimento das características da pupila normal ajuda os profissionais de saúde na separação de achados benignos de patológicos. A idade, o sexo e o tipo de erro refrativo têm sido correlacionados com o diâmetro pupilar (DP), no entanto, nem todos os autores corroboram da mesma opinião. Objetivo: Pretende-se estimar o valor médio do diâmetro pupilar (DP) e a diferença interocular (anisocoria) em crianças e adolescentes saudáveis. É ainda objetivo deste trabalho explorar associações com o diâmetro pupilar, averiguando se existe relação entre o DP o sexo, o ciclo de estudos, uso de correção ótica e erro refrativo. Metodologia: Participaram 644 crianças com idades compreendidas entre os 5 e os 16 anos, das quais 349 são do sexo masculino e 295 do sexo feminino. O estudo foi aprovado pela Comissão de Ética da Universidade da Beira. Os dados das pupilas foram recolhidos em ações de rastreio em ambiente escolar, através do auto refratómetro pediátrico plusoptiX A09. Calcularam-se médias e desvio padrão para as variáveis em análise e estudaram-se diferenças entre grupos, pelos testes One-Way ANOVA e teste t student ou em alternativa o teste não paramétrico Kruskal Walis. Resultados: Não se encontraram diferenças estatisticamente significativas para o diâmetro pupilar entre os olhos. O valor médio do DP foi de 5,8±0,8mm para o olho direito. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas no DP segundo o sexo, mas encontraram-se diferenças significativas entre ciclos de estudo (p<0,001; OW ANOVA), onde se detetou um aumento com o avanço dos ciclos de estudo. Verificouse que existem diferenças estatisticamente significativas (p=0,001) entre sujeitos com e sem correção ótica, maiores DP para quem usa correção ótica. Segundo o tipo de erro refrativo encontraram-se DP maiores em míopes. A partir do teste de Bonferroni verificamos que existe diferenças significativas entre o grupo dos míopes e dos hipermetropes e entre emetropes e míopes. Quanto à anisocoria, esta variou entre 0,03 e 0,90mm, com um valor médio de 0,2±0,17mm. Registaram-se 581 (90,22%) casos com anisocoria =0,4mm, 80 (12,42%) de casos com uma anisocoria entre 0,4 e 1,0mm e não foi detetado nenhum caso com anisocoria=1,0mm. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas da anisocoria segundo o sexo, segundo o ciclo de estudos ou tipo de erro refrativo. Conclusão: Para a amostra em estudo verificou-se que o diâmetro pupilar aumenta com o aumento do ciclo de estudos. O uso de correção ótica também influencia o diâmetro pupilar. Diâmetros pupilares maiores foram encontrados em míopes e menores em hipermetropes, a amostra em analise apresentava ametropias corrigidas e não corrigidas. Ao falarmos da anisocoria encontrou-se uma taxa na ordem dos 12,5% de crianças com anisocoria entre os 0,4 e 1 mm, não se registando casos com valores de anisocoria superiores. Nenhum dos fatores em análise mostrou associação com a anisocoria.
- Prevalência da cegueira e deficiência visual moderada a severa por Retinopatia Diabética na Europa Ocidental: Revisão SistemáticaPublication . Roberto, Maria José Gil; Ferreira, Francisco Miguel Pereira BrardoIntrodução: De acordo com a Classificação Internacional de Funcionamento, Deficiência e Saúde, uma "deficiência" é um termo geral utilizado para descrever um problema na função ou estrutura do corpo de uma pessoa devido a uma condição de saúde. Consequentemente, uma deficiência visual resulta quando uma condição ocular afeta o sistema visual em uma ou mais das suas funções. A diabetes mellitus é um problema importante de saúde pública a nível mundial, e mais de 75% dos pacientes que têm DM há mais de 20 anos terão alguma forma de retinopatia. A retinopatia diabética é uma complicação microvascular tanto do tipo 1 como do tipo 2 da DM. A RD é uma das principais causas de cegueira recente nos países industrializados e uma causa cada vez mais frequente de cegueira nos países de rendimento médio. O objetivo deste trabalho consiste na revisão de literatura referente à prevalência da cegueira e deficiência visual moderada a severa por Retinopatia Diabética na população com uma idade igual ou superior a 50 anos, residente na Europa Ocidental. Métodos: Através de uma pesquisa nas bases de dados Pubmed, Science Direct e Web of Science, realizou-se uma revisão sistemática de literatura de 5 estudos observacionais de base populacional transversais, que analisaram a prevalência da cegueira e da deficiência visual moderada a severa por retinopatia diabética na região da Europa Ocidental. Foram incluídos estudos com participantes com idade igual ou superior a 50 anos, de ambos os sexos e referentes aos países e regiões pertencentes à Europa Ocidental. Foi ainda critério de inclusão os estudos que usaram a classificação da gravidade da deficiência visual definida pela OMS. O protocolo PRISMA foi utilizado como linha orientadora na revisão sistemática de literatura. Resultados: Foram incluídos 5 estudos publicados entre 1998 e 2019, com o total de 12855 indivíduos, com idades igual ou superior a 50 anos. Os estudos abordaram a prevalência da cegueira e DVMS por RD e que respeitaram todos os critérios de elegibilidade pré-estabelecidos. Através da informação, foram analisadas as prevalências de cegueira e DVMS, a de cegueira e DVMS especifica por sexo e a prevalência da cegueira e da DVMS por retinopatia diabética na amostra total. A prevalência da cegueira variou entre 0.47% e 5.48% e a prevalência da DVMS variou entre 0.96% e 25.09%. Em relação à prevalência da cegueira por RD, esta foi de 0.06% e 0.18%, por fim, a prevalência da DVMS por RD foi de 0.14% e de 0.53%. Conclusão: É necessário a realização de mais estudos sobre a cegueira e DVMS na Europa Ocidental, pois a informação é muito escassa. A deteção precoce é crucial para prevenir a deficiência visual relacionada com a diabetes, assim é importante que a RD continue a ser prevenida através de controlo regular e intervenção atempada. A promoção do envelhecimento ativo e saudável em Portugal regista várias iniciativas, contudo há ainda um caminho a percorrer para que essa abordagem se reflita na saúde e na qualidade de vida das pessoas idosas, garantindo a realização plena da sua dignidade.
