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- A Autocompaixão e a Síndrome de Burnout em Estudantes de Medicina e PsicologiaPublication . Santos, Isabel Cristina; Vitória, Paulo dos Santos DuarteEmbora a incidência da Síndrome de Burnout (SB) seja predominante no contexto laboral, esta não é exclusiva do mesmo. Diversos investigadores sugerem que os estudantes universitários, em virtude das pressões sociais e académicas a que estão sujeitos, apresentam-se como uma população suscetível ao desenvolvimento desta síndrome. Por essa razão, denota-se uma grande preocupação em atuar na diminuição da sua prevalência, com alguns pesquisadores a indicar que a autocompaixão revela-se como um ponto-chave na mitigação das altas taxas de burnout. O presente estudo tem como objetivos descrever e analisar a situação da SB em estudantes da Universidade da Beira Interior, procurando diferenças entre grupos e analisar a relação entre a autocompaixão e o burnout nos alunos de medicina e psicologia. A amostra final foi constituída por 213 estudantes universitários, dos quais 161 (75,6%) eram do curso de medicina e 52 (24,4%) do curso de psicologia, com idades compreendidas entre os 18 e os 64 anos (média=22,61, DP=5,05), sendo a maioria mulheres (N=174, 81,7%). Os dados foram recolhidos mediante um questionário aplicado online entre os meses de novembro de 2021 e janeiro de 2022. Utilizaram-se a Escala de Burnout de Maslach para Estudantes (MBI-SS) e a Escala de Autocompaixão (EAC). A maior parte da amostra apresentou valores elevados nas dimensões Exaustão Emocional e Descrença e baixos na dimensão Eficácia. Além disso, 63 (29,6%) estudantes preencheram os critérios estabelecidos para o diagnóstico tridimensional da SB. Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas nas dimensões de burnout para o género (valores mais elevados de exaustão emocional nas raparigas), o curso (valores mais baixos de eficácia no curso de medicina) e o ciclo de estudos (valores mais altos de exaustão emocional no 2º ciclo de Psicologia). Confirmou-se a existência de correlações entre as dimensões do burnout e diversas variáveis independentes. Mais especificamente, observou-se que a autocompaixão apresenta uma correlação negativa com as dimensões Exaustão Emocional e Descrença e positiva com a dimensão Eficácia. Constatou-se, a partir da regressão logística, que a autoavaliação do desempenho académico, o estado de saúde psicológica/mental e a autocompaixão são preditores significativos da presença da SB. Em suma, confirma-se a relação entre a autocompaixão e o burnout e o papel da autocompaixão como fator protetor da SB. Dado o potencial impacto negativo desta síndrome na saúde e bem-estar da comunidade estudantil e no sucesso das universidades, enfatiza-se a necessidade urgente de implementar medidas eficazes de prevenção e tratamento, onde a promoção e o reforço da autocompaixão pode desempenhar um papel importante.
- A Auto-Compaixão e a Síndrome de Burnout nos estudantes de medicina e médicos: Uma revisão sistemática da literaturaPublication . Vaz, Beatriz Guedes Gonçalves Afonso; Vitória, Paulo dos Santos DuarteIntrodução: A Síndrome de Burnout tem uma prevalência elevada nos estudantes de medicina e nos médicos. A investigação tem indicado a auto-compaixão como um fator protetor da Síndrome de Burnout. Este trabalho consiste numa revisão sistemática da literatura, que tem como objetivo perceber o papel da auto-compaixão na prevenção da Síndrome de Burnout nos estudantes de medicina e nos médicos. Metodologia: A revisão foi realizada de acordo com o protocolo PRISMA. Procedeu-se à pesquisa de artigos em 4 bases de dados eletrónicas, obtendo-se 448 resultados, dos quais 17 foram incluídos nesta revisão. Resultados: Em treze dos dezassete estudos foram realizadas análises de correlação, onde, na sua maioria, foram estabelecidas relações negativas e estatisticamente significativas entre a auto-compaixão ou as suas componentes e o burnout ou as suas componentes. Análises de regressão efetuadas em sete estudos concluem que valores reduzidos na autocompaixão são um fator preditor de burnout. Apenas dois estudos não apresentam resultados significativos nesta análise. Um estudo sobre a direção da relação em sentido contrário indica que o burnout também prevê a auto-compaixão. Discussão: É importante realizar mais estudos longitudinais para compreender melhor como se comportam estas duas variáveis ao longo do tempo e a direção dos efeitos. No entanto, já existem evidências suficientes sobre o efeito protetor da auto-compaixão no burnout e para apoiar a integração desta variável nos programas de prevenção e tratamento do burnout.
- Impacto do uso de dispositivos digitais em idade pré-escolarPublication . Lamego, Ana Isabel Neves; Jorge, Arminda Maria Miguel; Ferreira, Dário Jorge ConceiçãoA primeira infância é um período fundamental para o desenvolvimento físico, cognitivo e socio-emocional da criança. Tendo em consideração o aumento das atividades lúdicas e educativas num mundo cada vez mais digital, assim como a preocupação crescente entre os pais, educadores e profissionais de saúde, torna-se relevante o estudo da influência dos media na saúde e desenvolvimento das crianças. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o uso de dispositivos digitais em idade pré-escolar, assim como as suas implicações nos padrões de sono, obesidade, visão e comportamento. Neste contexto, foi realizado um estudo observacional, descritivo, analítico e transversal com 107 crianças com idades compreendidas entre os 6 meses e os 6 anos, que ainda não tinham iniciado o 1º ano de escolaridade. Foram recolhidos dados sociodemográficos, dados sobre o uso de dispositivos digitais, padrões de sono, Índice de Massa Corporal, queixas ou problemas visuais e alterações comportamentais. Os resultados mostraram que a televisão (80,4%) e o telemóvel (67,3%) foram os dispositivos digitais mais utilizados pelas crianças e que 50,5% das crianças utiliza os dispositivos digitais diariamente. O início do seu uso ocorreu predominantemente entre os 12 e os 24 meses de idade (48,6%). Em dias úteis, 43,0% das crianças apresentou um tempo de exposição de ecrã entre 30 minutos a 60 minutos. Por outro lado, aos fins-de-semana, 17,8% das crianças apresentou um tempo de exposição de ecrã entre 3 a 5 horas. As circunstâncias de utilização mais reportadas foram em 40,2% como passatempo e em 29% como tempo de lazer em família e durante as refeições. Verificou-se que 34,6% das crianças está exposta a dispositivos eletrónicos nos 60 minutos prévios à hora de adormecer, não havendo associação estatisticamente significativa com um maior tempo para adormecerem. Neste estudo, demonstrou-se que o tempo de exposição de ecrã aumenta com a idade, tanto em dias úteis (coeficiente de Spearman=0,271; p=0,011), como aos fins-desemana (coeficiente de Spearman=0,345; p<0,001). Verificou-se ainda, que as crianças que mais utilizam dispositivos digitais durante a semana, também os utilizam com maior frequência aos fins-de-semana (coeficiente de Spearman=0,644; p<0,001). Além disso, concluiu-se que 72,2% das crianças com idade inferior a 2 anos apresenta um tempo de exposição de ecrã excessivo face à idade, à semelhança de 53,9% das crianças com idade superior ou igual a 2 anos. Verificou-se ainda que o tempo de exposição de ecrã não mostrou associação estatisticamente significativa com os problemas visuais, o Índice de Massa Corporal, o comportamento ou os padrões de sono. Em suma, constatou-se que as crianças têm acesso a dispositivos digitais de forma precoce e que o tempo de ecrã recomendado facilmente é excedido, principalmente aos fins-de-semana. É importante sensibilizar os cuidadores e profissionais de saúde no que diz respeito a esta temática e promover diferentes atividades lúdicas e educativas alternativas ao uso de dispositivos digitais.
- Plano de Negócio para a Criação de uma Microempresa Digital “Veggie Saab”Publication . Coutinho, Sabrina Ferreira; Paço, Arminda Maria Finisterra doO empreendedorismo digital tem vindo a crescer significativamente nos últimos anos. A internet apresenta várias oportunidades para os negócios nascerem e crescerem. As redes sociais permitem criar bases de potenciais clientes rapidamente e com custos reduzidos, sendo que a presença continuada em redes sociais potencia a criação de laços duradouros com a comunidade digital. Este projeto pretende avaliar a viabilidade económica e financeira da criação de um negócio digital baseado em redes sociais, o Veggie Saab. O projeto baseia-se num caso real de uma micro-influencer, sendo projetada a utilização das redes sociais como alavanca para a criação de uma empresa. Este projeto insere-se no nicho da alimentação saudável de base vegetal, visando promover este tipo de alimentação. Com este projeto foi possível determinar que o plano de negócios do Veggie Saab é viável a nível económico e financeiro. O projeto tem um Valor Atual líquido de 31 200€, uma Taxa Interna de Rendibilidade de 41,47% e um Período de Recuperação do Investimento de 3 anos, o que demonstra a sua viabilidade.