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Abstract(s)
Oscilando entre o clássico estigma de uma inocência perdida da unidade, e uma “ontoscopia” heideggeriana que lhe destina uma determinação fundamental do nosso modo de ser aquém da totalidade, a “ocidental” incidência da culpa desafia-nos a reconduzir a culpabilidade à sua matriz eminentemente filosófica, posto que só neste domínio é possível recuperar as anteriores e ulteriores significações dos dados que aí se manifestam. É certo que o indelével signo de um estar-em-culpa pode, em múltiplos domínios e em diversos graus, servir – e tem servido, de facto – de sombrio viés de manipulação e alienação social, política, económica, religiosa, etc. Todavia, em lugar do pessimismo ou cinismo que tal diagnóstico pode induzir, a culpabilidade deverá apresentar-se não tanto como momento (cronológico) de patética justificação de fobias, revoltas ou desesperos, mas antes como oportunidade (cairológica) de poiética realização dos infinitos sentidos da vida.
Description
Keywords
Ética Fenomenologia Patologia da Culpabilidade Psicoterapia e Psicanálise Hermenêutica Alphonse De Waelhens Martin Heidegger Paul Ricoeur René Girard
Pedagogical Context
Citation
Amaral, António (2018) .Da Queda e Endividamento como figurações onto-éticas da culpabilidade . In:. CULTUM. Excursos de Hermenêutica, Política e Religião. Covilhã: Editora LabCom.IFP, 43-62
Publisher
Editora LabCom.IFP