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Now showing 1 - 10 of 71
  • A filosofia e a personalização ética da moral em contexto educativo
    Publication . Amaral, António
    A preocupação com uma verdadeira educação para a cidadania passa pela preparação do aluno já não para ler o mundo que o rodeia de forma moralmente prescritivista como outrora, mas para se ler no mundo com o qual a sua situação se vê entrelaçada nas mais diferenciadas interdependências, apetrechando-o eticamente com uma capacidade de avaliação crítica (discernimento) e interacção discursiva (argumentação) que, verdade seja dita, só a Filosofia continua em condições históricas e culturais de garantir enquanto saber (trans)formativo.
  • A Arquitectónica em Kant: Uma leitura comentada do Prefácio à 1ª edição da Crítica da Razão Pura
    Publication . Amaral, António
    «A filosofia transcendental é a idéia de uma ciência para a qual a crítica da razão pura deverá esboçar arquitetonicamente o plano total, isto é, a partir de princípios, com plena garantia da perfeição e solidez de todas as partes que constituem esse edifício.» [KANT, KrV, Prefácio 2ª edição, B 27] É de crucial importância a compreensão deste excerto no projecto crítico da filosofia transcendental kantiana: ele constitui a chave-mestra para entender a configuração arquitectónica do racionalismo critico de Kant, tal como este o delineia no Prefácio à 1ª edição (1781) da Crítica da Razão Pura.
  • Doutrina social da Igreja, socialismo democrático e democracia cristã: raízes históricas e transposições ideológicas
    Publication . Amaral, António
    Ao arrepio das desfigurações totalitárias do comunismo e das contrafacções predatórias do neoliberalismo, o que se designa de Doutrina Social da Igreja assenta num vasto património textual cujo teor reflexivo de matriz cristã e personalista procura instaurar o difícil e desejável equilíbrio entre social-democracia (centrada na liberdade de iniciativa privada), socialismo democrático (centrada no bem comum público) e sociedade civil (centrada na interacção e cooperação dos agentes sociais intermédios).
  • Memorando da homenagem a Artur Morão
    Publication . Amaral, António
    Das traduções da lavra do Professor Artur Morão não beneficiam apenas, por conseguinte, os leitores que não dominam as línguas originais em que os grandes textos foram plasmados, beneficia desde logo a própria língua portuguesa na infinita urdidura das suas possibilidades criativas.
  • Lúcio CRAVEIRO DA SILVA
    Publication . Amaral, António
    Nascido em Tortosendo, Covilhã, a 27 de novembro de 1914, Lúcio Craveiro da Silva obtém a licenciatura em Filosofia na Faculdade de Filosofia de Oña (Burgos), depois de ter cursado a mesma área disciplinar no Instituto de Filosofia de Braga, entre 1934 e 1938. Convidado, em 1944, pela Faculdade de Filosofia de Braga para assumir docência académica no âmbito da Ética Económica, Social e Política, dirige-se para Bilbau, onde se licencia, na Universidade Comercial de Deusto, em Ciências Económicas, deslocando-se de seguida para a Bélgica para concluir, em 1949, na Universidade Católica de Lovaina, nova licenciatura em Ciências Políticas e Sociais. Assente em sólida base filosófica, económica e político-social, o seu percurso académico atinge na Faculdade de Filosofia de Braga público reconhecimento com a obtenção, em 1951, de doutoramento em Filosofia Social com a tese A Idade do Social. Ensaio sobre a evolução da sociedade contemporânea, sendo desde logo convidado pela mesma Faculdade a lecionar Ética e Filosofia Social na qualidade de professor ordinário. Entretanto, a sua docência trilhará outros domínios epistemológicos, designadamente a Filosofia do Direito e a História da Filosofia em Portugal. Intimamente ligado à fundação da Universidade do Minho, da qual foi membro da Comissão instaladora, e dela posteriormente Reitor, Lúcio Craveiro da Silva não revelou apenas dotes de coordenação e liderança dos projetos académicos (muitos deles inovadores ao tempo) em que se envolveu. Também acalentou e promoveu uma certa ideia de Universidade: entendeu-a em fidelidade ao presente como lugar de crise fecunda, de luta construtiva, de permanente busca de inovação, de criação incessante de saber; perspetivou-a em demanda do futuro como núcleo vital e vivificante da Cultura, em anelo constante pelos valores da dignidade pessoal, da liberdade de investigação e de ensino e da discussão crítica da investigação produzida.
  • Teologia Filosófica e Filosofia da Religião: uma discreta e tangível (des)continuidade na Metafísica de Aristóteles
    Publication . Amaral, António
    O esforço aristotélico por compaginar o horizonte epistemológico da enunciação do problema do movimento com o quadro fenomenológico dos atributos divinos, não acompanha o circuito hermenêutico inter-remissivo segundo o qual não basta que Deus seja explicado epistemologicamente (no caso vertente, por causa do movimento), mas é necessário que Deus se destaque como fundamento ôntico da própria possibilidade discursiva da causalidade. Nesse sentido, parece-nos relevante salientar que a concepção teológica de Aristóteles escamoteia o critério e o horizonte hermenêutico de onde extrai o atributo de “divino” com que qualifica o motor imóvel, de tal forma que tudo se conjuga, no Livro XII da Metafísica, para a constituição de uma teologia onde, em bom rigor, a primazia metafísica da substância divina depende mais de uma analítica epistemológica do movimento do que propriamente de uma fenomenologia da experiência religiosa ou da vivência do sagrado, à sombra da qual pudesse germinar e vingar uma filosofia da religião.
  • Ética e Moral: o (im)pertinente desafio de uma diferenciação
    Publication . Amaral, António
    A conexão da norma moral e do desígnio ético é requerida pelos conflitos suscitados pela aplicação normativa dos princípios formais à materialidade situacional dos casos particulares.
  • Deus e Movimento no Livro XII (Λ) da Metafísica de Aristóteles. A teologia na encruzilhada da filosofia primeira e da epistemologia
    Publication . Amaral, António
    Tudo o que se move tem de ser movido por outra coisa. Todavia, incorrer-se-ia num absurdo ao perpetuar essa cadeia de movimentos, remetendo a busca das causas para o infinito. Um processo deste tipo não só frustraria a exequibilidade do próprio conhecimento, como inviabilizaria inclusive a própria possibilidade ôntica do movimento. É justamente por isso que, para Aristóteles, faz todo o sentido pensar a existência de motores imóveis como causas dos múltiplos movimentos singulares, como ainda se lhe afigura legítimo requerer a existência de um Primeiro princípio motor absolutamente imóvel que seja a causa suprema de todos os movimentos do universo. A solução aristotélica é convincente, mas não suprime um embaraço, na medida em que, mesmo postulando a imobilidade da auto-intelecção divina, a mesma não nos oferece qualquer indício hermenêutico para discernir se Deus é causa do puro acto de inteligir e da pura imobilidade, ou então se é por causa da intelecção do inteligir e da imóvel mobilidade que o intelecto é divino. Como desembaraçar-se da aporia?
  • D. António Ferreira Gomes e o pensamento social cristão
    Publication . Amaral, António; Henriques, Mendo
    Sem uma dimensão profética, a interpretação do pensamento que nutre o magistério episcopal de D. António Ferreira Gomes ficaria condenada a ser feita à luz do que no presente convém justificar ou legitimar, precisamente ao contrário do que se pretende: ser lidos por ele, deixando-nos provocar pelo que ele desenha para o futuro. Por todas as razões, importa não usar a figura de D. António como pretexto de um optimismo ingénuo e deslocado nos tempos actuais. A sociedade portuguesa levou a cabo uma decisiva transição para a democracia. Mas a democracia ficaria defraudada sem a vigilância de quem sabe que esse regime é por definição, uma tarefa incumprida. É a própria estabilidade das instituições políticas que exige uma permanente renovação da vida democrática – quer na política, quer na sociedade civil. Abusando das palavras do poeta, falta cumprir a democracia em Portugal, e é neste contexto que adquire relevo histórico e societário a intrépida acção eclesial do Bispo do Porto.
  • Monotheism(s) and Violence: from the power of the sacred to the sacralisation of powers
    Publication . Amaral, António
    The article seeks to address the origin of the ambivalent (and ambiguous) relationship between religion and violence, asking, on the one hand, to what extent the force of the sacred determines and is determined by the “sacralization” of power, and discussing, on the other hand, the extent to which the devices for legitimizing political power tend to absorb the “strength” of religious power and vice versa, in a circularity whose feedback often insinuates and infiltrates a latent “inter-monotheistic” rivalry and, from this, narratives capable of inducing unimaginable levels of conflict and belligerence. Can interreligious dialogue overcome the impasses that fideisms (whether of a Jewish, Christian or Islamic nature) multiply and amplify at the heart of human communities, regardless of the societal or cultural ecosystem in which they occur?