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Enquanto cineasta, António Campos (Leiria, 29 de Maio de 1922 - Figueira da Foz, 7 de Março de 1999) segue o seu caminho afastado dos movimentos e movimentações do cinema português, estando a sua filmografia situada entre 1957 e 1993 . António Campos faz um percurso solitário, seja por dificuldades em aceder a materiais e equipamentos para os quais não possuía recursos financeiros, seja por dificuldade de diálogo com os centros urbanos por onde circulavam as influências e as tomadas de decisão. Qualquer que seja a razão, temos sempre de acrescentar uma boa dose de preservação da sua própria autonomia. Nas palavras do próprio: "Escolhi o caminho da marginalidade. Gostei das minhas luzes, do meu “charriot”: da câmara, o tripé - a independência ... "António Campos fazia questão em ter liberdade de movimentos para poder fazer o que bem entendia, assumindo-se como único responsável das suas decisões. O seu percurso foi feito à sua própria custa, ultrapassando dificuldades, em especial, financeiras. A falta de apoios a que várias vezes se referiu era feita num tom misto de queixa e de orgulho. Afirma o realizador: "gosto de liberdade no meu trabalho. E, se é certo que fui aprendendo com os meus erros, o que me deixa tranquilo é que fui eu próprio quem os pagou.”
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Citation
Penafria, Manuela. António Campos, o paradigma do documentário, Panorama, 3ª Mostra do documentário português, s/nº, 80-89, 2009.