FC - DQ | Dissertações de Mestrado e Teses de Doutoramento
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Browsing FC - DQ | Dissertações de Mestrado e Teses de Doutoramento by advisor "Almeida, Sofia Isabel de Aguiar"
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- Caracterização epidemiológica da população com suspeita de infeção por Vírus SARS-CoV-2 na Beira InteriorPublication . Rodrigues, Janise Giselle Caetano; Almeida, Sofia Isabel de Aguiar; Rodrigues, Débora Silvestre Gonçalves; Sousa, Ângela Maria Almeida deAs pandemias são surtos de doenças infeciosas em grande escala que podem aumentar a morbilidade e mortalidade numa ampla área geográfica. Em Dezembro de 2019, na cidade de Wuhan, surgiram os primeiros casos de uma pneumonia inexplicável, consequência de infeção por um coronavírus. O novo coronavírus foi classificado como SARS-CoV-2 e a doença causada por ele foi designada de COVID-19. No que diz respeito à origem zoonótica do SARS-CoV-2, os morcegos (assim como no SARS-CoV e no MERS-CoV) são os hospedeiros naturais do vírus. Contudo, ainda não foi definido com certeza qual é o hospedeiro intermediário do SARS-CoV-2. O período de incubação do SARS-CoV-2 varia de um a quatorze dias e a transmissão pessoa a pessoa ocorre por inalação de gotículas respiratórias ou aerossóis provenientes de uma pessoa infetada, que podem ser gerados durante espirros, tosse e exalação. As pessoas infetadas podem não desenvolver manifestações da doença (serem assintomáticas) ou desenvolverem infeção respiratória grave (pneumonia), que em alguns casos culmina em morte. Os sinais e sintomas típicos da COVID-19 são febre, tosse seca, fadiga, expetoração, falta de ar e dor de garganta. Pessoas de todas as idades são suscetíveis ao novo coronavírus, sendo que os idosos e os indivíduos com doenças crónicas, são mais vulneráveis. Até ao momento não existe nenhum medicamento específico que permita curar a COVID-19, nem vacina eficaz que previna a infeção por SARS-CoV-2. A RT-PCR é, atualmente, considerada como o método de diagnóstico laboratorial de eleição da COVID-19. O presente trabalho teve como objetivos fazer a caracterização demográfica da população com suspeita de infeção por SARS-CoV-2 (por género, idade e proveniência geográfica) e a caracterização clínica dos casos estudados em contexto hospitalar no CHUCB (sintomas de infeção respiratória, alterações hematológicas, renais e hepáticas). Os resultados obtidos demonstraram que a média de idades da população estudada (n=8609), foi de 57,9 ± 22,4 anos para o sexo masculino e de 55,8 ± 22,4 anos para o sexo feminino. Do total de casos positivos,16 foram do sexo masculino e 17 do sexo feminino. De entre os positivos, apenas 4 foram “casos importados” e 1 veio a óbito. Do ponto de vista clínico, a febre foi o sintoma mais frequentemente observado. No que se refere ao estudo analítico realizado nos doentes positivos, os parâmetros de avaliação da função hepática (AST e ALT) mostraram que, estes doentes, apresentaram alteração dos valores de normalidade das enzimas hepáticas. Os resultados revelaram também que estes doentes apresentavam níveis elevados de PCR, principalmente ao diagnóstico. Contudo, seria necessário uma amostragem maior, para que pudéssemos afirmar com maior certeza estas e outras conclusões. De uma forma global, o presente estudo mostrou que a região da Cova da Beira foi pouco afetada pela primeira vaga da pandemia COVID-19.
- Detecção do bocavírus humano em crianças com infecção respiratóriaPublication . Pinhanços, Sandra Sofia Mimoso; Domingues, Fernanda da Conceição; Almeida, Sofia Isabel de AguiarAs infecções respiratórias são a principal causa de morbilidade e mortalidade em crianças, sobretudo nos meses de Inverno (Muñoz, 2006). Os vírus, nomeadamente, o vírus sincicial respiratório (VSR), o vírus parainfluenza (VPI), o rinovírus, o adenovirus (AD), o coronavírus, e os vírus influenza A (IA) e B (IB), são os principais responsáveis por este tipo de infecções (Kesebir et al., 2006). Apesar dos aspectos clínicos das doenças respiratórias serem facilmente reconhecidos, o agente etiológico responsável, muitas vezes não é identificado (Kahn, 2007). No entanto recentemente, com o uso de métodos de biologia molecular, têm sido descobertos vários agentes virais associados a infecções respiratórias, nomeadamente o metapneumovírus humano (MPvH), vários coronovírus, e por último o bocavírus humano (HBoV). O HBoV pertence à família Parvoviridae e foi descrito pela primeira vez em 2005, em Estocolmo, por T. Allander e sua equipa, que verificaram a presença do vírus em 17 num total de 540 amostras de crianças com infecção respiratória (Allander et al., 2005). Desde então, várias equipas de investigadores têm procurado estudar o seu papel nas infecções respiratórias.
- Diagnóstico da infecção congénita pelo vírus citomegálico humano a partir de urinas colhidas em papel de filtroPublication . Carrilho, Alexandra Filipa Candeias; Domingues, Fernanda da Conceição; Almeida, Sofia Isabel de AguiarO Citomegalovirus Humano (HCMV) é a causa mais frequente de infecção congénita infectando 1% (0,2% - 3%) de todos os recém-nascidos. Apesar de 90% das crianças infectadas congenitamente pelo HCMV não possuírem sinais clínicos ou sintomas à nascença, o diagnóstico desta infecção é importante uma vez que 5 a 15% das crianças com infecção congénita assintomática irá desenvolver sequelas neurológicas mais tarde, e 10% nascem com sintomas graves que no entanto não são exclusivos de uma infecção por HCMV, devendo a sua etiologia ser esclarecida. O método de referência para o diagnóstico de infecção congénita pelo HCMV nos recém-nascidos é a cultura celular. No entanto, este método apresenta algumas limitações, que podem reduzir significativamente a sensibilidade da técnica. Assim, este trabalho teve como objectivo estudar a possibilidade de aplicar um método de nested PCR ao diagnóstico de infecção congénita por HCMV, utilizando amostras de urina colhidas em papel de filtro, para tal 273 amostras foram obtidas a partir de recém-nascidos entre a 1ª e a 3ª semana de vida. O diagnóstico de infecção congénita por HCMV foi demonstrado pela cultura celular. Das 273 amostras de urina colhidas em sacos, dezoito (7%) foram positivas para o HCMV e 255 foram negativas. As 18 urinas positivas e 100 negativas foram aplicadas em papel de filtro e testadas por nested PCR, tendo-se verificado uma correlação total entre o método de referência e o método em estudo. Assim, a pesquisa do DNA do HCMV em urina colocada em papel de filtro revelou uma sensibilidade e especificidade de 100% em comparação com a cultura celular. Como se verificou uma correlação total dos resultados, testou-se um total de 155 urinas, colhidas em papel filtro colocado directamente nas fraldas de recém-nascidos. De todas as urinas testadas não foi possível confirmar a detecção de nenhum positivo uma vez que não se obteve nenhum, no entanto não se detectou nenhum falso positivo. Os resultados sugerem que o método é um teste confiável para o diagnóstico de infecção congénita por citomegalovírus, quando utilizado em amostras de urina colhidas nas três primeiras semanas de vida. Assim, este procedimento poderá constituir uma alternativa prática, rápida e económica ao método de cultura celular, podendo as amostras serem facilmente transportadas e guardadas à temperatura ambiente.
- Estudo da associação dos níveis séricos de homocisteína, alguns factores vitamínicos, hormonais e de alguns factores genéticos com a patologia tipo AlzheimerPublication . Gonçalves, Mónica Rafaela Correia; Cascalheira, José Francisco da Silva; Almeida, Sofia Isabel de AguiarA doença de Alzheimer é uma disfunção neurodegenerativa multifactorial que é caracterizada pelo declínio progressivo das funções cognitivas e a prevalência da doença tem aumentado como consequência do aumento da esperança média de vida na sociedade moderna. No presente estudo avaliaram-se os níveis séricos de homocisteína, algumas vitaminas e hormonas, e de alguns parâmetros bioquímicos, bem como a prevalência de algumas mutações em 17 doentes de Alzheimer e 25 controlos do Centro Hospitalar Cova da Beira. A relação entre alguns dos parâmetros analisados foi também investigada. Este estudo evidenciou níveis mais elevados de homocisteína, colesterol e estradiol (apenas nas mulheres) em doentes com patologia tipo Alzheimer relativamente aos controlos. Observou-se uma correlação positiva entre a homocisteína: e o cortisol (s=0,406; 0,010); a creatinina (s= 0,359; P=0,023), ácido úrico (s=0,461;P= 0,003) e testosterona (s=0,324 ; P=0,041). Na análise genética observou-se uma correlação positiva (P<0,05) na mutação do TCN2 num só alelo (genótipo CG), podendo estar associada negativamente à DA, podendo constituir um factor protector de DA.