FCS - DCM | Dissertações de Mestrado e Teses de Doutoramento
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Browsing FCS - DCM | Dissertações de Mestrado e Teses de Doutoramento by advisor "Adragão, Pedro"
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- A evolução dos desfibrilhadores implantáveis vantagens e limitaçõesPublication . César, Paulo Ricardo Pernadas Marchante; Adragão, PedroIntrodução: O Cardioversor-Desfibrilhador Implantável foi inventado em 1970, por Mirowski e Mower. Apresenta as capacidade de monitorizar constantemente o ritmo cardíaco, detectar episódios de Fibrilhação ou Taquicardia Ventricular e cessar estas actividades arrítmicas potencialmente fatais. Estes dispositivos médicos estão em contínua evolução, passando de grande sistemas abdominais com eléctrodos epicárdicos, para pequenos sistemas transvenosos e, mais recentemente, para aparelhos totalmente subcutâneos. Na base das permanentes inovações estavam as limitações terapêuticas iniciais, como também as consequências, agudas e crónicas, associadas às abordagens cirúrgicas. Actualmente, é uma terapia aceite na Prevenção Primária e Secundária da Morte Súbita Cardíaca. Objectivos: A presente dissertação pretende realizar uma revisão na evolução dos Cardioversor-Desfibrilhadores Implantáveis, observando as vantagens e limitações correspondentes a cada modelo. Para uma melhor compreensão do tema, é inicialmente abordado os factores envolvidos na Morte Súbita Cardíaca e os mecanismos que permitem a Desfibrilhação do coração, como também as directrizes mais actuais para o uso desta terapêutica. São também apresentados dois casos clínicos para possibilitar uma visão mais prática desta da realidade. Métodos: Para a elaboração deste trabalho efectuou-se a pesquisa de artigos científicos em bases de dados, como Pubmed, The New England Journal of Medicine, ResearchGate e B-on. Resultados: Constatou-se que os primeiros modelos de Desfibrilhadores Implantáveis, com eléctrodos epicárdicos, possibilitavam com grande sucesso a Desfibrilhação e o regresso ao ritmo cardíaco normal. No entanto, estavam associados a graves co-morbilidades devido à complexidade cirúrgica que requeriam. Para colmatar estes factos, desenvolveu-se os sistemas de eléctrodos transvenosos, que mantinham a eficácia terapêutica e adicionavam novas capacidades de tratamento com pacing. Este novo sistema apresentou vários efeitos adversos correlacionados com os eléctrodos intracardíacos e endovasculares. Como alternativa viável, criou-se recentemente, os Desfibrilhadores Subcutâneos, com implantação simples e livre de acessos venosos. Sendo adequado para doentes jovens e casos que não necessitam de tratamento com pacing. Conclusão: A análise, inferida ao longo desta dissertação, permitiu averiguar que a utilização de Desfibrilhadores Implantáveis significa uma melhoria na sobrevivência e diminuição da mortalidade de pacientes com alto risco para Morte Súbita Cardíaca. Conclui-se também, que estes dispositivos apresentam uma elevada capacidade de inovação tecnológica, o que permitirá mantê-los na linha da frente do combate às arritmias ventriculares fatais.
- Seguimento remoto de doentes com cardioversor-desfibrilhadores implantadosPublication . Nabais, Inês Lousa Manso Meirinho; Adragão, Pedro; Bragança, Gisela Ana PaulaIntrodução: Os doentes (D) com dispositivos implantáveis requerem um seguimento rigoroso que inclui várias consultas anuais. O número crescente de doentes com CDI e CRT-D dificulta a manutenção do número de consultas habitual. Este estudo retrospectivo pretende avaliar se o sistema de monitorização à distância e consequente redução do número de consultas presenciais é eficaz e oferece segurança e qualidade de vida aos doentes. Material e Métodos: Foram estudados 120 D consecutivos (média de idades, 63,9 anos; sexo masculino 80%; CDI 54,2%; CRT-D 45,8%) que tiveram, pelo menos, 1 ano de seguimento entre a implantação do dispositivo (CDI ou CRT-D) e o início da monitorização remota (MR) e, pelo menos, 1 ano de follow-up de MR. O seguimento foi efectuado através da consulta dos processos clínicos e da base de dados Patient Management da plataforma online da Boston Scientific e, quando necessário, através de contacto telefónico. Avaliaram-se os seguintes parâmetros: número de consultas presenciais; tempo entre a ocorrência de eventos geradores de alertas e a avaliação hospitalar; detecção de eventos, como, TV e/ou FV; número de internamentos e número de dias por internamento e satisfação dos doentes. Resultados: A MR permitiu reduzir o número de consultas presenciais em 65,7%, p<0,001. O tempo máximo entre a ocorrência de eventos e a avaliação hospitalar diminuiu significativamente, p=0,001 - no período de MR foi de 4 dias (média de 1,9 dias) comparativamente com o tempo máximo no período pré-MR de 120 dias (média de 30,5 dias). Houve detecção de taquicardia ventricular (TV) e/ou fibrilhação ventricular (FV) em 73 D no período de MR versus 63 D no período pré-MR, registando-se 1637 TV no período pós-MR vs 394 no período pré-MR e 68 FV no período pós-MR vs 57 no período pré-MR. Houve uma redução de 33,3% na taxa de internamentos e uma redução média no número de dias por internamento de 4,67 dias (pré-MR) para 2 dias (pós-MR), p=0,007. Durante o seguimento, 100% dos D consideram que é fácil utilizar o sistema de MR, estão satisfeitos e sentem-se confortáveis com esta forma de follow-up; 96,3% têm confiança no sistema e consideram-no seguro; 7,4% esquecem-se esporadicamente de transmitir os seus dados para a central; e 3,7% preferem a consulta hospitalar à MR. Conclusões: O sistema de MR permite avaliar um número alargado de doentes, reduzindo o número de consultas presenciais e internamentos, sendo eficaz na detecção de eventos e aumentando a rapidez de resposta face a eventos geradores de alertas que exigem uma intervenção precoce. O aparente aumento no número de eventos detectados revela que o sistema Latitude permite um armazenamento da informação mais fidedigno. A grande maioria dos doentes considera este sistema uma mais-valia para a melhoria da sua qualidade de vida. É, por isso, expectável que os dispositivos de MR venham a ser aplicados a todos os aparelhos a implantar.