FC - DF | Dissertações de Mestrado e Teses de Doutoramento
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- Reconhecimento do Padrão Óptico da Estrutura da Folha de PapelPublication . Pereira, Mário José Teixeira; Fiadeiro, Paulo TorrãoDevido ao processo de fabrico o papel apresenta uma estrutura anisotrópica da orientação da distribuição das fibras de celulose. A maior parte dessa anisotropia resulta da orientação da distribuição das fibras na superfície da folha de papel. A resistência mecânica dos produtos papeleiros depende fortemente dessa distribuição de orientação das fibras. Variações na orientação das fibras na folha de papel contribuem para a instabilidade dimensional para diferenças na porosidade e rugosidade e para a diminuição das suas propriedades mecânicas. Devido à importância da distribuição de orientação das fibras no papel métodos quantitativos para medir o grau e o ângulo de orientação das fibras são fundamentais para a indústria papeleira. Tendo em atenção este facto o método proposto e desenvolvido nesta tese pretende ser uma contribuição importante para um melhor conhecimento das estruturas fibrosas. O método está baseado na análise de padrões de difracção produzidos por réplicas transparentes das superfícies da folha de papel. Os padrões de difracção obtidos com as réplicas das superfícies da folha de papel apresentam uma forma elíptica característica da estrutura da rede de fibras com uma elipticidade e orientação específicas relativamente ao eixo maior da elipse o qual é perpendicular à orientação principal da distribuição das fibras. Com o método implementado para a produção de réplicas é possível produzir simultaneamente e portanto nas mesmas condições réplicas de ambas as superfícies da folha de papel. Através das imagens obtidas por microscopia óptica e por microscopia electrónica de varrimento é possível avaliar a qualidade das réplicas obtidas e concluir-se que são cópias fiéis embora negativas das superfícies da folha de papel. O método aqui proposto mostra a existência de boas correlações com os resultados obtidos por outros métodos para a quantificação da orientação da distribuição de fibras. Este método foi ainda aplicado com sucesso na quantificação da anisotropia e ângulo de orientação em folhas clivadas em materiais não-tecidos e na detecção de anomalias na distribuição de orientação das fibras à superfície do papel.
- Estudo no âmbito RAMS sobre a fiabilidade e conceito de manutenção aplicável ao sistema UAV SkyguardianPublication . Cardoso, Marcelo António Machado; Saúde, José Manuel Mota Lourenço daUma das várias missões desempenhadas pelos UAVs é a de reconhecimento e vigilância florestal. Com a introdução destes aeronaves não tripuladas no espaço aéreo civil, certas medidas de segurança deverão ser cumpridas de forma a que outras aeronaves, que partilham o mesmo espaço aéreo, não sejam postas em perigo. A utilização do UAV Skyguardian, projecto que tem vindo a ser desenvolvido pela UBI/DCA e que serve de base de estudo ao presente trabalho, tem como objectivo executar missões de reconhecimento e vigilância florestal. Para que o UAV Skyguardian possa executar esta missão de forma segura é incorporado o processo RAMS com o objectivo de desenvolver um modelo de fiabilidade e conceito de manutenção. A implementação do processo RAMS durante a fase inicial do projecto permite definir, de forma estruturada, os parâmetros necessários para o projecto de desenvolvimento detalhado do UAV Skyguardian e construir as instrucções de aeronavegabilidade continuada. No âmbito RAMS foi definida uma configuração de sistemas e um perfil de exploração da aeronave. O modelo de fiabilidade desenvolvido permitiu obter uma estimativa de fiabilidade para a aeronave Skyguardian. No conceito de manutenção são identificados alguns parâmetros de grande importância para a exploração sustentada da aeronave e futura construção das instruções da aeronavegabilidade continuada. Durante a implementação do modelo de fiabilidade e conceito de manutenção, foram também detectadas dificuldades relativamente à falta de informação para estimar a fiabilidade da aeronave e para definir, de forma mais detalhada, o conceito de manutenção. Conclui-se que para superar esta falta deverão ser implementados programas de recolha de informação necessária que permitam actualizar o modelo de fiabilidade e desta forma obter um valor de fiabilidade mais realista. O conceito de manutenção proposto define linhas de orientação, permitindo estabelecer posteriormente um plano de manutenção e suporte logistico que permita manter e operar a aeronave durante o seu ciclo de vida.
- Estágio hospitalar em Optometria em Ciências da VisãoPublication . Macário, Daniel Fernando Bartolomeu; Garcia Hernández, SantiagoRealizado o primeiro ano do Mestrado em Optometria em Ciências da Visão, onde varias vezes abordamos o paciente de optometria sob uma perspectiva diferente, surge então a oportunidade de realizar um estágio hospitalar de forma a estar um pouco mais dentro do dia-adia desse campo que varias vezes tinha ouvido falar mas que ainda me era desconhecido. Com a aprovação e o apoio do Dr. Santiago Garcia, médico oftalmologista do Hospital Universitário de Salamanca, tive a oportunidade de conhecer esse novo mundo na cidade onde resido, Salamanca. O Hospital Universitário de Salamanca está dividido em duas secções principais, sendo que cada uma presta cuidados de atenção primária a metade da cidade (organizada geograficamente) e cuidados extras a toda a província de Salamanca. Uma dessas partes, denomina-se Hospital Clínico Universitário de Salamanca. A outra dá pelo nome de Hospital Universitário Virgen Vega e funciona apenas em regime ambulatório, transferindo qualquer caso que requeira cuidados especiais ou internamento ao H.C.U.S. O facto de estarem assim divididos traz várias vantagens a população em termos de efectividade e velocidade na atenção primária, mas aumenta os custos de manutenção e adaptação a nível técnico do hospital. Em consequência disso, há algumas provas em que temos de enviar o paciente ao H. C. U. S. pelo facto de não existirem meios técnicos no serviço do Virgen Vega, como por exemplo Tomografia de Coerência Óptica (O.C.T.). O meu estágio decorreu no serviço do Hospital Universitário Virgen Vega (Salamanca), de Outubro de 2008 a Maio de 2009, acompanhando o Dr. Santiago Garcia todas as segundasfeiras, no serviço de urgências oftalmológicas ou nas suas consultas diárias (1ª consulta e consultas de seguimento). A secção (2º andar do Centro de Especialidades da dita unidade hospitalar) dispõe de uma sala de espera, sete consultórios médicos, um gabinete de gestão da secção, um corredor interno para comunicação com enfermeiras e entre médicos, uma pequena sala para refractometria e uma sala com equipamentos extra e comuns a todos os médicos, onde se efectuam provas como biometria, biomicrofotografia, retinografia, campimetria, laser, angiografia, etc. A esta sala também se transladam pacientes suspeitos de problemas de visão binocular, pois dispõe de um foroptero que torna mais fácil o calculo de vergências, forias, acomodações relativas e outras funções. Cada consultório dispõe de um projector e caixa de prova, teste de leitura, computador, lâmpada de fenda com tonómetro de contacto integrado, oftalmoscópio directo, oftalmoscópio indirecto binocular com lente “Oculus”, lente de Volk para fundoscopia, lente de Goldmann “fundus camera” (Gonioscopia) e todo os consumíveis oftálmicos, como midriáticos, cicloplégicos, gotas anestesiantes, outras gotas ou pomadas oftálmicas para tratamentos primários, agulhas, compressas, etc. As consultas iniciavam às nove (9:00) e terminavam por volta das quinze (15:00) horas continuadamente. Os pacientes, exceptuando os dias de urgências, estavam organizados da tarde anterior e avisados, com consultas de quinze em quinze minutos. Quando entravam na sala de espera, os pacientes eram encaminhados por uma enfermeira que lhes fazia refractometria utilizando um auto-refractómetro TOPCON KR 8100P. Quando o paciente entra no consultório, o médico dispõe já de antemão a sua ficha com todo o historial oftalmológico e/ou clínico. Para a elaboração deste relatório de estágio decidi seleccionar alguns casos que me pareceram mais interessantes e descrever um pouco a forma como o mesmo foi abordado, as possibilidades terapêuticas e em alguns os resultados. Este relatório esta composto em duas partes distintas, a primeira onde se descrevem os referidos casos de maior interesse e uma segunda parte, composta pela analise de um caso clínico escolhido por mim e pelo orientador principal, onde se pode observar que a acção do oftalmologista compensada com a ajuda do optometrista, poderá aumentar sensivelmente a qualidade de vida do doente.
- Relatório de estágioPublication . Azevedo, Gustavo Vilhena de; Leite, Eugénio Óscar Luiz BatistaUma senhora de 60 anos apresentou-se na clínica Leite&Leite para realizar uma consulta de rotina de controlo ao Glaucoma. Não referiu qualquer tipo de queixas. Apresentava uma acuidade visual de longe de 1.0 no OD e 1.0 no OE na escala decimal, com a melhor compensação refractiva. O fundo ocular apresentava ligeira palidez das papilas ópticas, em ambos os olhos, e a relação Cup/Disk era de aproximadamente 0.7 no OD e 0.6 no OE. A regra ISNT não se cumpre no OE. Suspendeu a medicação, de ambos os olhos, com Combigan e Alphagan e foi-lhe prescrito Xalatan e Cosopt.
- Distorção luminosa em condições escotópicas com sistemas multifocais presbiopiaPublication . Escandón García, Santiago; González Méijome, José Manuel; Fiadeiro, Paulo TorrãoA presbiopia é a alteração visual relacionada com a idade mais comum e afecta a totalidade dos seres humanos. O envelhecimento da população e as perspectivas demográficas para o futuro fazem com que a prevalência desta anomalia esteja em aumento. Este facto revela-se na grande quantidade de recursos que investe anualmente a indústria oftálmica na pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias para a sua compensação e reabilitação. Uma das alternativas para a correcção da presbiopia são as lentes de contacto (LC) multifocais de visão simultânea que embora estejam disponíveis no mercado ainda representam uma pequena parte das adaptações realizadas mundialmente. Os pacientes que utilizam estes sistemas multifocais, têm reportado a existência de imagens fantasma e perdas de qualidade na imagem percepcionada devido a fenómenos de distorção luminosa principalmente em condições de baixa iluminação. Esta informação subjectiva aporta muitos dados sobre a qualidade da visão e resulta necessário quantificá-la com métricas objectivas para além da simples descrição feita pelo paciente. O objectivo principal deste trabalho é avaliar a distorção luminosa com sistemas multifocais utilizados para compensar a presbiopia e comparar a distorção obtida com diversas geometrias disponíveis no mercado e a combinação binocular das mesmas. Para isso foi realizado um estudo clínico prospectivo no Laboratório de Investigação em Optometria Clínica e Experimental da Universidade do Minho (Braga, Portugal) no que participaram 18 voluntários emétropes aos que foram adaptadas LC multifocais e LC esféricas do mesmo material de um modo aleatório para quantificar o índice de distorção luminosa (IDL) mediante o sistema Starlights®-Halo v0.91 (Novosalud, Valencia, Espanha) em condições de iluminação escotópica; também foi medida a acuidade visual com uma escala logarítmica em condições de alto contraste (LogMAR100%) e baixo contraste (LogMAR10%), e os parâmetros aberrométricos e topográficos da superfície anterior com e sem LC. Os principais resultados obtidos permitem afirmar que as LC multifocais provocam um aumento do IDL que é diferente para cada tipo de lente multifocal sendo particularmente significativo para as LC com geometria centro-longe (geometria dominante) quando comparadas com as lentes com geometria centro-perto (geometria não dominante). Foi verificado também um efeito de somação binocular que reduz o IDL quando comparado com os valores monoculares e que é mais evidente quando respeitadas as recomendações dadas pelo laboratório fabricante das lentes (LC dominante no olho dominante e não dominante no outro olho). A origem do IDL não consegue ser explicada de um modo consistente nem pelas aberrações, nem pelos parâmetros topográficos da superfície anterior (com ou sem lentes de contacto). Em conclusão, este trabalho mostra que o IDL é uma métrica que permite objectivar a sensação subjectiva manifestada pelos pacientes, proporcionando informação para além da fornecida pela aberrometria da superfície anterior do olho e que potencialmente está mais relacionado com as queixas subjectivas reportadas pelos usuários deste tipo de soluções. Este modelo de estudo poderá também ser aplicado a outras áreas de desenvolvimento como é o caso das lentes intra-oculares multifocais.
- Avaliação do segmento anterior do olho na cirurgia da alta miopia com implante de lente fáquicaPublication . Mendes, Paula Alexandra dos Santos; Cardoso, Alberto; Leite, Eugénio Óscar Luiz BatistaCada vez mais, a opção da correcção da alta miopia, associada ou não a astigmatismo, passa pela cirurgia por implante de lente fáquica. Cientificamente provado por vários estudos, esta técnica tem vindo ao longo dos últimos anos, a minimizar sinais e sintomas de risco para a saúde ocular, aumentando o conforto visual, ansiado por todos os pacientes, com características semelhantes aos que foram incluídos no nosso estudo. A nossa população foi constituída pelos pacientes, com altas miopias, associadas ou não a astigmatismo, submetidos a cirurgia refractiva com implante de lente fáquica, no período compreendido entre Julho de 2008 e Maio de 2009, no Hospital de Egas Moniz (HEM) do Centro Hospitalar de Lisboa ocidental (CHLO), em Lisboa, que frequentaram a consulta de Implanto refractiva do Serviço Universitário de Oftalmologia (SUO). Propusemo-nos investigar as alterações sofridas pelo segmento anterior do olho, com o implante de lente intra-ocular fáquica (lentes de câmara anterior vs câmara posterior), com repercussões na melhoria da acuidade visual. Comparámos dados no pré e pós-operatório, assim como os factos que podem advir da sua alteração, posteriormente à cirurgia. A variação da acuidade visual foi baseada nos resultados do teste de acuidade visual com a melhor correcção possível (óculos ou lentes de contacto) utilizada pelo paciente, antes da cirurgia e a acuidade visual obtida após o implante da lente fáquica. A amostra foi constituída por 39 indivíduos, correspondendo 79% ao género feminino e 21% ao género masculino. Verificou-se que as lentes que proporcionaram melhor acuidade visual foram o grupo das lentes Artiflex/Veriflex (aumento de 22%), seguida da lente ICL Tórica (aumento 15%), ainda que o maior aumento tivesse sido nas lentes Artisan/Verisyse (32%). A lente mais implantada foi a ICL Tórica, com representação de 46,15%. Sem registo de complicações.
- Caracterização da função visual de sujeitos com esclerose múltiplaPublication . Lopes, Patrícia Raquel Vaz; Monteiro, Pedro Miguel LourençoEsta doença foi descrita pelo neurologista Jean-Martin Charcot nos finais do séc. XIX. (Ferro e Pimentel, 2006). A esclerose múltipla (EM) é caracterizada por uma tríada de inflamação, desmielinização e gliose. (Fauci et al, 2008) A esclerose múltipla (EM) é também conhecida por esclerose em placas é uma doença inflamatória crónica, desmielinizante do sistema nervoso central (SNC). (Whitaker e Mitchell, 1997) citado por (Sibinelli et al, 1999), (Stadelmann et al, 2008) Afecta predominantemente jovens adultos e leva a que uma porção de pacientes experimente incapacidade e perda da função neurológica. A sua etiologia real é ainda desconhecida, presume-se que seja de origem auto-imune, com baínhas de mielina e oligodendrócitos sujeitos a ataques inflamatórios (Whitakere Mitchell, 1997) citado por (Sibinelli et al, 1999), (McFarland e Martin, 2007) citado por (Stadelmann et al, 2008) O Curso clínico e o resultado final da EM é extremamente heterogéneo, não é previsível, varia desde relativamente benigna, mediamente incapacitante até dano neurológico severo, podendo mesmo levar à morte dentro de semanas após inicio da doença ou só ser descoberta acidentalmente numa autópsia. (Cocco e Marrosu, 2000), (Bennett e Gross, 1999) Apresenta diversas manifestações clínicas como diminuição das funções motoras, sensitivas, cerebelar, cognitiva, urogenital, mental e visual. (Sergott et al, 1996) citado por (Sibinelli et al, 1999). Actualmente, devido ao avanço de técnicas laboratoriais (especialmente na área da imunologia) houve um surgimento de novas hipóteses quanto à causa desta patologia podendo passar por um agente viral, processo auto-imune ligado à expressão de factores genéticos e ambientais. (Whitaker e Mitchell, 1997) citado por (Sibinelli et al, 1999). A distribuição mundial da doença é dispersa e acomete várias nações, embora alguns povos sejam raramente afectados. É comum em indivíduos de raça branca especialmente do norte dos EUA, Europa, Canadá e sul da Austrália. (Sergott et al, 1996) citado por (Sibinelli et al, 1999) Estudos epidemiológicos mostram baixa incidência entre negros e orientais e populações aparentemente resistentes a doença como os esquimós, Maoris da Nova Zelândia, os Lapões e os índios da América do Norte (Fernández e Fernández, 1997; Oliveira, 1997) citado por (Moreira et al, 2000). É também raramente encontrada em grupos étnicos como Batuns, Inuit, Mongóis e Húngaros, bem como a presença de neurite óptica. (Sergott et al, 1996) citado por (Sibinelli et al, 1999). A prevalência da EM no mundo é um estudo antigo e de difícil concretização devido às diversas variáveis em causa bem como o complexo tratamento dos dados obtidos e ainda a efemeridade dos valores obtidos. A este nível de complexidade de variáveis e com a quantidade de pessoas a nível mundial, de migrações, de natalidade e de mortalidade em constante mutação, a tarefa de reunir toda esta informação e trabalha-la torna-se bastante difícil de concretizar. Atinge principalmente jovens adultos, onde pelo menos 75% dos casos em idades compreendidas entre os 15 e 50 anos de idade. O sexo feminino é mais frequente acometido pela patologia, em relação ao sexo masculino. (Ests et al, 1990; Malinovisky et al, 1993) citado por (Sibinelli et al, 1999) O predomínio da doença no sexo feminino é relatado por vários autores, havendo apenas diferenças de incidência de uns estudos para outros. (Oliveira, 1997; Callegaro, 1989; Callegaro, 1992; Papais-Alvarenga, 1990; Lana-Peixoto, 1992; Leite, 1990; Rolak, 1996; Tilbery, 1995) citado por (Moreira, 2000), alguns valões de exemplo são Lana-Peixoto e Lana-Peixoto encontraram 1M: 2,3F; Callegaro 1M: 1,6F; Leite et al. 1M: 2,1F e ainda 1M:1,7F (Ests et al, 1990; Malinovisky et al, 1993) citado por (Sibinelli et al, 1999). Existe um aumento significativo da sua incidência em membros da mesma família. (Ests et al, 1990; Malinovisky et al, 1993) citado por (Sibinelli et al, 1999). Apesar da EM poder afectar qualquer parte do SNC, muito frequentemente o primeiro sinal, em portadores da doença, é a nível ocular sendo estas alterações de forma súbita ou de forma silenciosa. (Sergott et al, 1996) citado por (Sibinelli et al, 1999). Achados oculares incluem neurite óptica (principal manifestação ocular), retinites, vasculites periféricas, comprometimentos da mobilidade ocular (diplopia, nistagmo e pars planitis). (Sergott et al, 1996) citado por (Sibinelli et al, 1999). A manifestação mais frequente de EM é neurite óptica, experimentada por cerca de 75% de todos os pacientes com EM. (Glaser, 1998 citado por Bennett e Gross, 1999). Pode ocorrer como um sintoma que precede o diagnóstico clínico e definitivo de EM em 27% dos pacientes. (Optic Neuritis Study Group, 1997) citado por Bennett e Gross, 1999). Pode também existir comprometimento do campo visual (CV) sem alteração típica. O escotoma pode apresentar várias formas, no entanto é infrequente que o escotoma seja cecocentral. (Keltner e Spurr, 1992) citado por (Sibinelli et al, 1999). O diagnóstico da doença é basicamente clínico, embora sejam necessários exames como ressonância magnética, análise do fluido cerebro-espinhal e estudos de potencias evocados, para a Na minha relativamente recente prática clínica deparei-me directamente com dois casos que posteriormente se confirmaram portadores de EM e um que me chegou indirectamente e que também se veio a confirmar que o diagnóstico era o mesmo. Percentualmente estes 3 casos de entre o número total de todos os que observei é um valor baixo, no entanto não deixa de ter alguma importância clínica, uma vez que estes são os que foram detectados e confirmados, o meu objectivo com este trabalho é aumentar o conhecimento desta patologia para que o número de casos de EM que não são devidamente encaminhados ou que passem despercebidos por entre as outras condições baixe para os níveis mínimos possíveis. Uma vez que é frequente que os primeiros sintomas sejam a nível ocular e que o encaminhamento seja feito de forma correcta e o mais célere possível.
- Cirurgia refractiva-TICL: relatório clínicoPublication . Moura, Daniela Patrícia Ferreira de; Leite, Eugénio Óscar Luiz BatistaO presente trabalho insere-se no 2º ano do Mestrado em Optometria em Ciências da Visão no âmbito da Dissertação e tem como base o estágio de natureza profissional desenvolvido no presente ano lectivo. No contexto do Mestrado Integrado, desenvolveu-se um estágio clínico na Clínica Leite & Leite, Microcirurgia Ocular, Lda, sob a monitorização e orientação do Prof. Doutor Eugénio Leite. O referido estágio decorreu durante o ano lectivo 2008/2009 com início no mês de Setembro com visitas semanais/quinzenais à referida clínica. Durante este tempo foi possível acompanhar a realização de exames complementares de diagnóstico oftalmológico, tais como: Topografia Cornena, Paquimetria, Micoscopia Especular, Ecografia A+B, Perimetria, Optical Coherence Tomography, Angiografia Fluoresceínica Digital e Angiografia Indocianina, Retinografia Digital, Pentacam, Biometria com cálculo de potência de lente intra-ocular, e Avaliação Sensório-Motora. Foi, igualmente, possível o acompanhamento de cirurgias oculares no bloco operatório, das quais se destaca a observação da cirurgia refractiva com a técnica laser. Assim, com esta etapa de aprendizagem foi possível interligar conhecimentos, capacidades e competências adquiridas, durante o primeiro ano do mestrado, para a realização da actividade profissional. Permitiu consolidar e aprofundar conhecimentos teóricos já adquiridos, numa íntima relação com a observação e desenvolvimento prático de competências na área da promoção da saúde e educação para a saúde. O presente relatório reflecte um caso clínico observado durante o tempo de estágio e inicia-se com uma introdução teórica com o objectivo de fundamentar conceitos e procedimentos efectuados.
- Oclusão unilateral da veia central da retinaPublication . Santos, Andrea; Leite, Eugénio Óscar Luiz BatistaDoença obstrutiva venosa é uma afecção comum da retina. Usualmente as obstruções venosas são reconhecidas facilmente e as suas opções terapêuticas têm sido muito investigadas. As oclusões venosas retinianas são a segunda causa mais comum de patologias vasculares da retina, atrás apenas da Retinopatia Diabética A classificação é feita de acordo com a obstrução; se ela é da veia central da retina ou se é apenas de um dos seus ramos. A obstrução da veia central da retina (OVCR) e a obstrução do ramo central da retina (ORCR) diferem na sua fisiopatologia, associação com doenças sistémicas, aspectos clínicos e tratamento. A oclusão da veia central da retina é diagnosticada quando o doente se apresenta com hemorragias nos quatro quadrantes da retina; as veias estão visualmente dilatadas e tortuosas e há a presença de manchas algodonosas. Na maioria dos casos, a oclusão da veia central da retina, ou de um dos seus ramos, deve-se à trombose venosa local, em regiões em que as artérias esclerosadas comprimem as veias: Oclusão da Veia Central da Retina, o trombo situa-se na lâmina crivosa; Oclusão de um Ramo, o trombo situa-se nos cruzamentos arteriovenosos. Com uma oclusão total da veia central da retina, sendo esta a única fonte de drenagem venosa da retina, toda a circulação a montante ficará lesada. Isto provoca, inicialmente, um aumento da pressão venosa, mais tarde capilar, arteriolar e arterial, podendo, inclusivamente, perturbar a circulação arterial e levar à isquémia do tecido retiniano. Por este motivo, a oclusão da veia central da retina divide-se em oclusão isquémica e não-isquémica. A diferença clínica e as manifestações patológicas influenciam o prognóstico visual.
- Degenerescência macular relacionada com a idade: relatório clínicoPublication . Lopes, Sabrina Mateus; Leite, Eugénio Óscar Luiz BatistaFrancisco Buzzi in Milan, foi o primeiro a definir anatomicamente a mácula no fim do séc. XVIII (1782-1784). Ele descreveu a mácula como uma porção amarela da retina posterior, lateral ao nervo óptico, com uma depressão no centro.[2] A mácula é considerada a zona nobre da retina; é formada por milhões de células sensíveis à luz, que proporcionam acentuada e pormenorizada visão central, responsável pela melhor acuidade visual. Neste trabalho, vão ser apresentados alguns aspectos anatómicos da mácula normal, a fim de perceber e relacionar com a Degenerescência Macular Relacionada com a Idade.