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- Sintomatologia depressiva e eficiência no n-backPublication . Silva, Mariana Costa; Rodrigues, Paulo Joaquim Fonseca da Silva Farinha; Nascimento, Carla Sofia Lucas do; Simões, Maria de Fátima de JesusA memória de trabalho diz respeito a uma pequena quantidade de informação que é armazenada e mantida na mente apenas pelo tempo que for necessário. Neste estudo em particular, pretende-se explorar a influência que a sintomatologia depressiva tem sobre um componente específico da memória de trabalho, o executivo central, através da realização de uma tarefa, a n-back task. Esta última tarefa é uma das mais utilizadas na avaliação da memória de trabalho. Foi avaliado o desempenho dos participantes através de possíveis diferenças estatísticas na velocidade de resposta e nas taxas de acerto relativamente à n-back task. Foi utilizada uma amostra por conveniência, de pessoas entre os 18 e os 52 anos, um questionário sociodemográfico, o BSI – inventário de sintomas breves e a n-back task. De uma maneira geral, não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos com níveis mais altos e níveis mais baixos de sintomatologia, relativamente à taxa de acertos e dos tempos de resposta na realização da n-back task, e, assim, nenhumas das hipóteses deste estudo se comprovou.
- Memória de trabalhoPublication . Afonso, Ana Filipa Gonçalves; Rodrigues, Paulo Joaquim Fonseca da Silva Farinha; Nascimento, Carla Sofia Lucas do; Simões, Maria de Fátima de JesusA Memória pode ser descrita como a capacidade que os Humanos têm de obter, armazenar e relembrar informações. Baddeley e Hitch decidiram evidenciar o papel das funções cognitivas inerentes à Memória de Curto Prazo, surgindo assim a Memória de Trabalho. Esta pode ser definida com um sistema cerebral que manipula e armazena temporária e simultaneamente informações necessárias para a realização de tarefas cognitivas complexas e é composta por quatro componentes, sendo que o componente estudado nesta investigação é o esboço visuoespacial, que armazena e processa informações de cariz visual e espacial. A sintomatologia de ansiedade surge perante situações em que se perceciona a aproximação de perigo, podendo expressar-se através de sintomas de ordem biológica, cognitiva e comportamental. Nesta investigação, comparou-se a prevalência de sintomatologia de ansiedade em homens e em mulheres e concluiu-se que as mulheres apresentaram níveis mais elevados de sintomatologia de ansiedade do que os homens. Para além disto, pretendia-se perceber se participantes com elevado nível de sintomatologia de ansiedade tinham pior desempenho na tarefa do esboço visuoespacial, o que nesta amostra acabou por não se verificar, ou seja, não existe uma relação significativa entre o elevado nível de sintomatologia de ansiedade e o desempenho na tarefa.
- Comorbilidades e Medicação em doentes avaliados num Centro de Ligação de FraturasPublication . Nazaré, Francisco José Pereira de Almeida; Ferreira, Joana Catarina Fonseca; Santos, Filipe Martins CunhaIntrodução: A Osteoporose é uma das doenças mais comuns em todo o mundo e espera-se que aumente de prevalência nos próximos anos com o envelhecimento populacional. O seu maior risco são fraturas de fragilidade que resultam em significativa morbilidade e mortalidade. Essas fraturas resultam na maioria dos casos de quedas. O risco de queda também aumenta com a idade. Múltiplas comorbilidades e fármacos contribuem tanto para diminuição da massa óssea como para quedas. Neste estudo avaliou-se sistematicamente o risco de fratura associado a comorbilidades e medicação crónica em doentes seguidos num centro de ligação de fraturas entre 1 de janeiro de 2017 e 31 de agosto de 2020. Métodos: Estudo observacional, transversal e retrospetivo de um centro de ligação de fraturas. As comorbilidades foram classificados de acordo com o International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems – 10 e a medicação crónica de acordo com a classificação Anatomic Therapeutic Chemical e foram categorizados como associados a diminuição da massa óssea ou a risco de queda. Resultados: Dos 189 doentes referenciados ao centro de ligação de fraturas, foram incluídos 154 doentes. 89% eram do sexo feminino, com uma média de idade de 77,4 ± 10,0 anos, com 81,8% com =70 anos. 91,6% apresentam pelo menos um fator de risco ósseo, 92,2% pelo menos um fator de risco relacionado com queda e apenas um doente sem qualquer fator de risco (0,6%). 87% tinham pelo menos uma comorbilidade relacionada com queda e 77% estavam medicados com pelo menos um fármaco potenciador de quedas. A média do total de fatores de risco identificados é 6.13 ± 3,4. Os doentes com = 2 fraturas apresentam mais comorbilidades relacionadas com a queda (pvalue = 0,029). Discussão e Conclusão: Identificaram-se múltiplos fatores de risco, com sobreposições heterogéneas e uma infinidade de combinações. Isto aponta para a necessidade de uma avaliação integrada de todos os fatores de risco relacionados com queda, além da avaliação de fatores de risco ósseo num centro de ligação de fraturas. Reforça ainda a importância de incluir a avaliação sistemática do risco de quedas nesta população, e subsequente implementação de estratégias de prevenção de quedas.
- Osteoporose induzida por glucocorticoides: estamos a tratar adequadamente?Publication . Nunes, Mara Raquel Coelho Dias; Ferreira, Joana Catarina Fonseca; Pinto, Ana SofiaIntrodução: Os glucocorticoides (GC) têm um papel importante no tratamento de várias doenças, nomeadamente nas doenças inflamatórias reumáticas. Apesar da sua utilidade terapêutica, estes fármacos são uma causa importante de efeitos adversos como a osteoporose induzida por glucocorticoides (GIOP). Embora seja uma complicação clinicamente bem conhecida há vários anos, a GIOP permanece uma doença largamente subdiagnosticada e, portanto, subtratada. Em 2017, a American College of Rheumatology (ACR) publicou recomendações para a prevenção e tratamento da GIOP, sintetizando a evidência científica sobre os benefícios e riscos da sua prevenção e opções de tratamento. Em Portugal, não existem recomendações específicas para a prevenção e tratamento da GIOP. Objetivo: Avaliar as práticas de tratamento da GIOP nos doentes seguidos em consulta de reumatologia na Unidade de Saúde Local da Guarda (ULSG). Material e métodos: Realizou-se um estudo de coorte retrospetivo em doentes seguidos em consulta externa de reumatologia na ULSG, entre 1 de junho de 2019 e 31 de dezembro de 2019. Foram incluídos doentes com patologia inflamatória reumática, sob terapêutica com GC durante =3 meses, numa dose =2,5mg/dia. A partir de registos clínicos, recolheu-se dados sociodemográficos, clínicos e medidas implementadas de prevenção e tratamento da GIOP. Com base nas recomendações da ACR de 2017, avaliou-se individualmente a adequação do tratamento e identificaram-se os preditores de prescrição de tratamento farmacológico. Resultados: Dos 676 doentes seguidos em consulta de reumatologia naquele período, 103 foram incluídos no estudo. A idade média amostra era de 60,9 (±13,3) anos e 68% eram do sexo feminino. Sete doentes tinham <40 anos, 1 dos quais foi considerado como estando subtratado, segundo as recomendações da ACR de 2017. Dos 96 doentes com =40 anos, 20,8% estavam adequadamente tratados e 40,6% subtratados. Nenhum doente foi considerado sobretratado. Os fatores associados à prescrição farmacológica do tratamento da GIOP foram a idade mais avançada, a maior probabilidade de fratura major ou da anca, calculadas através do Fracture Risk Assessment Tool, e a história de fratura de fragilidade. Os fatores determinantes da prescrição de tratamento eram uma pontuação FRAX para fratura da anca =3% e um T-score de densidade mineral óssea vertebral <-2,1. Conclusão: Tendo em conta as recomendações da ACR de 2017, uma grande proporção de doentes com patologia inflamatória reumática medicados cronicamente com GC estavam subtratados para a GIOP. Estas recomendações têm, no entanto, limitações na sua aplicação à população portuguesa, sendo necessário criar orientações clínicas nacionais para a prevenção e tratamento da doença.
- Efeito da hospitalização prévia em doentes com fratura da anca na mortalidade aos 12 mesesPublication . Factori, Gustavo Vieira; Ferreira, Joana Catarina Fonseca; Pinto, André PereiraIntrodução: As fraturas da anca tem um elevado custo social e económico, com significativa morbilidade e mortalidade, prevendo-se um aumento da sua incidência com o envelhecimento. As fraturas, assim como as hospitalizações, são fatores que contribuem para o síndrome de fragilidade, e ambas contribuem sinergicamente para o aumento de mortalidade. Será que hospitalizações nos 3 meses prévios a fratura resulta num aumento de mortalidade nos 12 meses subsequentes à fratura? Objetivos: Avaliar a mortalidade aos 12 meses após fratura associada a hospitalização prévia. Materiais e Métodos: este é um estudo de cohort retrospetivo de doentes internados no serviço de Ortopedia do Hospital Sousa Martins com Fratura da Anca de fragilidade entre 1 de janeiro 2017 a 30 de junho 2018 (18 meses). Os dados, colhidos através da revisão de processos, incluíram dados sociodemográficos, tipo de fratura e seu tratamento, mortalidade geral e aos 6, 12 e 24 meses, internamentos nos 3 meses prévios à fratura, comorbilidades e medicação habitual. A amostra foi divida em 2 grupos (com e sem internamento pré-fratura), e foram as avaliadas as diferenças quanto aos dados/ fatores colhidos. A mortalidade foi avaliada relativamente à existência de internamento préfratura, bem como para cada especialidade deste. Resultados: De 538 doentes com fratura da anca, identificou-se 501 doentes com fraturas de fragilidade, dos quais 75,25% do sexo feminino, com idade média de 83,88 ±8,53 anos; destes 71,66% sem fraturas prévias. A mortalidade aos 12 meses foi de 23,15%, não havendo associação significativa relativa ao internamento pré-fratura (23,68%; p=0,936). Uma árvore de classificação identificou a idade, sexo e medicação associada a quedas como fatores determinantes da mortalidade aos 12 meses. Através de uma regressão logística (controlada para idade, sexo e medicação associada a quedas), foi encontrada uma associação significativa entre internamento pré-fratura em Ortopedia e mortalidade aos 12 meses (p=0,042), com odds ratio de 5,145 (CI 95% 1,061 – 24,948). Conclusões: doentes com internamento em Ortopedia prévio a fratura da anca estão em cerca de 5 vezes maior risco para a mortalidade aos 12 meses após fratura.
- A Sintomatologia Depressiva na Memória de TrabalhoPublication . Almaça, Mafalda Maria Matos Correia; Rodrigues, Paulo Joaquim Fonseca da Silva Farinha; Simões, Maria de Fátima de Jesus; Nascimento, Carla Sofia Lucas doA memória de trabalho refere-se ao armazenamento temporário e à manipulação de informações que são necessárias para o desempenho de atividades cognitivas. O esboço visuoespacial é um subsistema visual paralelo, da memória de trabalho, que serve para armazenar e manipular a informação visual e espacial. A sintomatologia depressiva é marcada, maioritariamente, por sintomas como a tristeza, choro, insónia, irritabilidade e desânimo. Este estudo procura perceber se existe alguma diferença entre sexos em relação à sintomatologia depressiva e aferir se índices de sintomatologia depressiva elevados influenciam o desempenho dos indivíduos na tarefa RCBTT do esboço visuoespacial. Método: o estudo foi constituído por 109 participantes, de ambos os sexos, de nacionalidade portuguesa e com idades compreendidas entre os 18 e 52 anos. Todos os participantes preencheram um questionário sociodemográfico; responderam a uma pergunta para avaliar o seu nível de fadiga, sonolência e alerta no momento; e por fim, iniciaram a tarefa RCBTT. Resultados: não encontrámos diferenças significativas de sintomatologia depressiva entre o sexo feminino e masculino, nem do score da tarefa RCBTT com o BSI. Conclusões: os resultados deste estudo sugerem que não existe, nesta amostra, uma relação direta entre a sintomatologia depressiva e o sexo, nem do score da tarefa com o BSI.
- As alternativas à Medicina Convencional no Interior de PortugalPublication . Dias, Ricardo Ferreira; Patrício, Francisco António Franco; Geraldes, Manuel TomásIntrodução: A Medicina Tradicional e Complementar surge como um novo paradigma na Medicina, evocando raízes a várias culturas e tradições de forma a garantir a abordagem total aos seus doentes. Porém, muitas dúvidas ainda pairam sobre este tema, quer por parte dos seus seguidores, bem como dos seus opositores. Estas temáticas tornam-se mais evidentes quando abordamos as regiões do Interior de Portugal com problemas a níveis demográficos, económicos e médicos. Desenvolvimento: Esta dissertação explorou vários fatores referentes à Medicina Tradicional e Complementar, como a sua denominação, os seus terapeutas e praticantes, a sua evolução histórica e os marcos e metas alcançados, quer a níveis legislativos ou educacionais, bem como as suas características clínicas e propostas futuras. Por outro lado, foi referenciada a temática do Interior de Portugal, o que comprime, as suas dinâmicas e especificidades face ao restante país, e os seus fatores de interesse face à utilização e expansão da Medicina Tradicional e Complementar. Conclusão: Conclui-se que ainda é escassa a avaliação e caracterização da Medicina Tradicional e Complementar a nível nacional, sendo essa debilitação mais evidente em regiões mais interiores do território nacional. Se por um lado é cada vez mais discutida a importância científica e clínica destas práticas, ainda se encontra bastante fraca a abordagem holística do impacto da Medicina Tradicional e Complementar nos nossos territórios, quer a níveis económicos, sociológicos ou culturais. É importante compreender não só a utilização desta, mas também a sua influência na dinâmica própria do Interior de Portugal, garantindo, tal como na saúde, que a Medicina Tradicional e Complementar apenas opera em prol do melhor para o cidadão.
- A zeroshot learning method for recognizing objects using lowpower devicesPublication . Patrício, Cristiano Pires; Neves, João Carlos Raposo; Proença, Hugo Pedro Martins CarriçoZeroShot Learning (ZSL) has been a subject of increasing interest due to its revolutionary paradigm that simulates human behavior in recognizing objects that have never seen before. The ZSL models must be capable of recognizing classes that do not appear during training, using only the provided textual descriptions of the unseen classes as an aid. Despite the vast benchmarking around the ZSL paradigm, few works have assessed the computational performance of the developed strategy regarding inference time. Furthermore, no work has evaluated the effects of using different CNN architectures, such as lightweight architectures, apart from the de facto standard ResNet101 architecture, and the feasibility of deploying zeroshot learning approaches in a realworld scenario, particularly when using lowpower devices. Consequently, in this dissertation, we carried out an extensive benchmarking toward analyzing the impact of using lightweight CNN architectures on ZSL performance, allowing us to perceive how the ZSL methods perform in realworld scenarios, mainly when run in lowpower devices. Our experimental results demonstrate that the impact on the ZSL accuracy is not significant when a lightweight architecture is adopted, indicating the effectiveness of such lowpower devices in performing ZSL methods.
- Eficácia da Terapia de Pressão Negativa no Pé DiabéticoPublication . Jesus, Bárbara Margarida de Almeida; Lemos, Manuel Carlos Loureiro deIntrodução: Nas últimas décadas, a prevalência da diabetes mellitus tipo 2 aumentou explosivamente, acompanhando o drástico crescimento da obesidade. No espetro das complicações associadas à diabetes, destaca-se o pé diabético, definido como o conjunto de alterações estruturais ou funcionais do pé, incluindo a ulceração, infeção e/ou gangrena, que precede cerca de 85% das amputações de membro inferior. A sua etiologia é multifatorial, coexistindo, geralmente, neuropatia periférica, doença vascular periférica, anomalias biomecânicas e exposição a traumatismos repetidos. O diagnóstico precoce é fundamental para a estratificação do risco, bem como a sua prevenção. O tratamento convencional engloba o desbridamento, o uso de pensos, a diminuição da pressão local, antibióticos, na presença de infeção e revascularização, nos casos de isquemia. Recentemente, têm surgido uma variedade de terapêuticas adjuvantes, entre as quais a terapia de pressão negativa, um método não invasivo, que promove a cicatrização de feridas, através de vários mecanismos: estimulando a formação de tecido de granulação, removendo o exsudado, melhorando a oxigenação tecidual e reduzindo a carga bacteriana. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia da terapia de pressão negativa, no tratamento das úlceras de pé diabético, comparativamente aos tratamentos tópicos convencionais. Metodologia: Foi efetuada uma pesquisa bibliográfica no motor de busca PubMed para identificar ensaios clínicos sobre a terapia de pressão negativa, nas úlceras de pé diabético, utilizando os termos “diabetic foot” com “negative pressure”, “negative pressure wound therapy” ou “VAC therapy”. Foram, ainda, consultadas as listas de referências bibliográficas dos artigos identificados. Resultados: Foram identificados 14 ensaios clínicos. A maioria destes revelou uma superioridade da terapia de pressão negativa face à terapia tópica convencional, destacando-se, nomeadamente, uma maior taxa de encerramento, um menor tempo até ao encerramento completo da úlcera, uma diminuição mais significativa das dimensões da lesão, bem como uma formação de tecido de granulação saudável mais rápida. Alguns estudos atestaram, ainda, a segurança deste método, não se demonstrando uma maior taxa de eventos adversos, comparativamente aos pensos tradicionais. Discussão/Conclusão: A terapia de pressão negativa apresenta uma eficácia superior aos pensos utilizados convencionalmente, pelo que pode desempenhar um papel adjuvante de destaque na gestão das úlceras diabéticas neuropáticas, já que nas isquémicas a sua utilização necessita de ser estudada mais extensamente. Porém, os estudos analisados apresentam limitações, nomeadamente amostras pequenas, pelo que são necessários estudos de maiores dimensões para o estabelecimento de um benefício definitivo da aplicação de pressão negativa nas úlceras de etiologia diabética.