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- Contraceção Hormonal Masculina: avaliação do impacto no planeamento familiarPublication . Pinto, Maria Rivera Ferreira Silva; Moutinho, José Alberto FonsecaApesar de existir uma ampla variedade de opções contracetivas para as mulheres, os métodos contracetivos masculinos estão limitados ao preservativo e à vasectomia. No entanto, estes não constituem métodos contracetivos ideais, quer pela elevada taxa de falha contracetiva, no caso do preservativo, quer pela reversibilidade nem sempre assegurada com a vasectomia. Assim, é possível aferir a necessidade de novos métodos contracetivos masculinos. Os progressos observados nos últimos anos evidenciam o potencial promissor da contraceção hormonal masculina, nomeadamente da formulação combinada de um androgénio e um progestativo, tratando-se de um regime hormonal eficaz, reversível e seguro a curto-prazo. Tal como sucede na contraceção hormonal feminina, os regimes hormonais masculinos não estão desprovidos de riscos para a saúde dos homens, incluindo o ganho ponderal, alteração da líbido, acne; porém, também concedem benefícios para a saúde dos mesmos. Vários estudos demonstram o interesse crescente perante o surgimento de novos contracetivos masculinos, tanto por parte dos homens, como das mulheres. Contudo, o apoio financeiro da indústria farmacêutica tem sido escasso e as preocupações relativamente à segurança a longo-prazo destes métodos e à supressão incompleta da espermatogénese em alguns homens são algumas das barreiras no desenvolvimento de métodos contracetivos hormonais masculinos. A contraceção hormonal feminina confere às mulheres a possibilidade de controlarem a sua fertilidade, dispondo de diversos métodos eficazes na prevenção da gravidez. A contraceção hormonal masculina poderá vir a conceder ao homem um papel mais ativo, relativamente ao planeamento familiar, na medida em que, ao dispor de mais opções contracetivas eficazes, o homem poderá ter a capacidade de prevenir a gravidez, de forma independente da intervenção feminina. Em última instância, uma contraceção hormonal masculina eficaz capacitará o homem de um poder de decisão equivalente ao da mulher, reforçando a paridade que deve existir entre homens e mulheres, no que toca à fertilidade do casal.
- Schoolbag Weight Carriage in Children: The Analysis of Ground Reaction Forces during Walking, Running and JumpingPublication . Barbosa, João Agostinho Sequeira Pires; Marinho, Daniel Almeida; Marques, Mário António CardosoPublic society and international scientific community have shown concern about the heavy scholar backpacks carried by children. The possible adverse effects on children’s health of carrying those heavy loads have been in the base of that concern. Thus, the purpose of this thesis was to improve the understanding of school backpacks problem and to contribute to a solution. Specifically, it was our aims: (i) review the existing evidence concerning the characterization of backpack carrying, the known impacts and the solutions; (ii) characterize the loads that students in Portugal carry on their backpacks; (iii) understand how those loads influences the GRF acting on subjects and; (iv) propose modifications on backpack design that do not significantly modifies the main design but can attenuate the GRF magnitude increments. The main conclusions were: (i) scientific community still couldn’t clearly and consistently identified the effects of carrying backpack loads on children health. There are several body structures been studied as they could be affected. Also, there are not a consensus around the load limit that children should carry, however, the limit that seems to be more often recommend is the 10% of the body weight; (ii) the population analysed, students in Portugal, often carried more load than the recommended 10% of body weight. 5th grade students carry more absolute load than the 9th grade students; (iii) the load carried influenced the ground reaction forces. That influence was different in function of the mean of locomotion and the age/school grade, and (iv) with the backpack modification, the introduction of elastic material on the backpack straps, were verified changes on the influence of the backpack carrying in GRF, mainly the decrease of force peaks and loading rate. The main findings of this study confirmed the idea that children in Portugal may be carrying heavier loads on their backpacks than they should, especially the younger ones, and that it influences the ground reaction forces acting on them. However, we saw that is possible to introduce discrete modifications on typical backpacks than can attenuate that effect. It is needed to study, in the future, the way that benefits can be maximized and should not be forgiven the organization/pedagogical measures that may reduce the backpack load.
- Mutilação Genital Feminina: Uma perspetiva médica holísticaPublication . Ferreira, Catarina Ribeiro Fernandes Gomes; Moutinho, José Alberto Fonseca; Tlemçani, Inês FernandesIntrodução: A Mutilação Genital Feminina, ou MGF, coloca em risco, todos os anos, mais de dois milhões de mulheres. Torna-se, por isso, necessário erradicar esta prática que a ONU considera uma violação dos Direitos Humanos. Objetivos: A presente dissertação teve por foco principal o levantamento das possíveis complicações resultantes da MGF. Pretendeu-se reunir informação que permita identificar os casos de MGF, abordar clinicamente as suas consequências imediatas ou de longo prazo e contribuir para a sua prevenção e erradicação. Metodologia: A presente monografia foi desenvolvida com base numa pesquisa bibliográfica realizada entre os meses de fevereiro e setembro de 2021 nas plataformas PubMed, ScienceDirect (Elsevier) e RCAAP. Resultados e Conclusões: Foram identificadas as principais complicações resultantes da MGF que se podem agregar nos tipos genito-urinários, obstétricos, psicológicos e sexuais. Concluiu-se que os profissionais de saúde desempenham um papel fundamental na prevenção da MGF, que deve assentar em cinco pilares: criação de legislação, estabelecimento de diretrizes de orientação clínica, investigação, educação, e intervenção comunitária.
- Contracetivos Orais Combinados: Comparação entre o Regime Cíclico Clássico e os Regimes Alargados Planeado, Flexível e ContínuoPublication . Lopes, Alexandra Maria do Carmo; Moutinho, José Alberto FonsecaDevido às pressões socioculturais e religiosas do final dos anos 50, os contracetivos orais combinados foram inicialmente aprovados com um regime o mais parecido possível ao ciclo menstrual natural das mulheres. Este regime cíclico clássico consiste na toma diária de uma pílula, que contenha hormonas ativas, durante 21 dias, seguida de um intervalo livre de hormonas de 7 dias. Atualmente sabemos que não há qualquer fundamento biológico para este tipo de regime e que a hemorragia de privação mensal não tem qualquer benefício para a saúde das mulheres. Posto isto, vários regimes alargados foram surgindo ao longo dos últimos anos, inicialmente como forma de tratar distúrbios agravados pelo ciclo menstrual, mas também de modo a evitar sintomas relacionados à menstruação. Estes novos regimes dividem-se em três categorias: um regime planeado define-se pela toma de uma pílula ativa durante um número pré-determinado de dias, sempre superior a 21, seguido de um intervalo livre de hormonas de 7 dias; um regime flexível verifica-se quando há a toma de uma pílula ativa durante um período mínimo de 28 dias, após o qual, caso ocorra uma hemorragia espontânea, a mulher faz um intervalo livre de hormonas; por último, um regime contínuo pressupõe a toma diária de uma pílula ativa, independentemente da ocorrência ou não de hemorragias espontâneas, durante o tempo que a mulher desejar. Este tipo de regimes, além de serem mais convenientes, vieram melhorar a qualidade de vida das mulheres do século XXI. O objetivo desta revisão de literatura é fazer uma comparação entre o regime cíclico clássico e os diversos regimes alargados. Alguns dos parâmetros a considerar são a eficácia contracetiva, os perfis de segurança e efeitos adversos, o padrão de perdas hemorrágicas, a eficácia no tratamento de distúrbios relacionados com o ciclo menstrual, os benefícios não contracetivos, o impacto na endometriose e na dismenorreia, o retorno à fertilidade após descontinuação e o grau de satisfação e a taxa de descontinuação. Para a pesquisa bibliográfica recorreu-se à base de dados PubMed, onde se selecionaram artigos relevantes para o objetivo final desta revisão de literatura que cumprissem os seguintes critérios: artigos em inglês, publicados nos últimos 10 anos e com a populaçãoalvo constituída por humanos do sexo feminino. Posteriormente, complementou-se a pesquisa com artigos adicionais identificados através de referências bibliográficas das publicações selecionadas inicialmente. Após análise da bibliografia proposta, considerou-se que regimes alargados/contínuo de COC são uma abordagem razoável quando comparados com o regime cíclico clássico, já que apresentam inúmeros benefícios contracetivos e não contracetivos, sem aumentar o risco clínico devido à exposição hormonal adicional.
- A Saúde da Comunidade LGBTQ+: Especificidades e Disparidades nos Cuidados de SaúdePublication . Mendes, Rita Sofia Tomé; Moutinho, José Alberto FonsecaA comunidade LGBTQ+, por ser uma comunidade historicamente discriminada, tanto de um ponto de vista sociocultural como político-legal, enfrenta ainda hoje desafios específicos, sendo que os cuidados de saúde não são exceção. O principal objetivo desta investigação foi, neste âmbito, efetuar uma revisão descritiva acerca dos conhecimentos científicos atuais sobre a saúde e a prestação de cuidados de saúde à comunidade LGBTQ+, nomeadamente a respeito das especificidades da saúde, acessibilidade e inclusividade da população LGBTQ+ nos cuidados de saúde. Na realidade, desigualdades em saúde, comparativamente à população heterossexual e cisgénero, são particularmente notórias no contexto da saúde sexual e reprodutiva, saúde mental e consumo de substâncias. Em intersecção, estas áreas interagem sinergicamente, cada uma exacerbando a vulnerabilidade às outras, o que resulta num impacto adverso na saúde das pessoas LGBTQ+. Em conformidade, esta população apresenta taxas mais elevadas de uma panóplia de problemas de saúde relacionados, como o VIH e as doenças sexualmente transmissíveis, a depressão e o suicídio, e a dependência de tabaco, álcool e substâncias ilícitas. Também as taxas de procura de cuidados preventivos, como a contraceção ou os rastreios, estão diminuídas. A potenciar estas desigualdades está a falta de acesso por parte desta população a cuidados de saúde não discriminatórios, inclusivos, competentes e adaptados às suas necessidades, por sua vez motivados pela falta de formação dos alunos e profissionais de saúde em saúde LGBTQ+, e o ambiente heteronormativo e exclusivo dos serviços de saúde onde estes cuidados são prestados. Sendo este o panorama atual, é imperativo repensar os serviços de saúde com o objetivo de os tornar mais inclusivos e mais humanos, através da educação e sensibilização dos alunos e profissionais da área da saúde e da reestruturação dos princípios organizativos das instituições de saúde, com vista a dissipar estas desigualdades e a consagrar o direito esta população ao acesso à saúde.