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  • Pelo jardim de Eugénio de Andrade: o significado de árvores, flores e frutos na sua poesia
    Publication . Mancelos, João de
    A obra de Eugénio de Andrade (1923-2005) é rica em alusões a diversas árvores, frutos, flores, e folhas de erva. Neste artigo, examino esta curiosa recorrência na poesia eugeniana, realçando: a) o significado simbólico e a ressonância mítica de certas plantas; b) a associação destes vegetais às idades do ser humano; c) a ligação intertextual com plantas mencionadas em obras de outros autores. O meu objetivo é provar que os elementos vegetais na obra do escritor português não só refletem uma paixão telúrica, como também apresentam um significado endoliterário e exoliterário, e cultural.
  • O avesso da alma: a dignificação do corpo em Eugénio de Andrade e em Walt Whitman
    Publication . Mancelos, João de
    Neste artigo, analiso e exemplifico as estratégias usadas para dignificar o corpo em Walt Whitman e em Eugénio de Andrade, numa abordagem comparativa. Ambos os poetas: a) Denunciam os preconceitos sexuais nas respetivas épocas; b) Defendem o direito às diferentes opções sexuais; c) Exaltam o ser humano na sua unidade, contestando a dicotomia que opõe o corpo ao espírito; d) Rejeitam o conceito de pecado original e reconstroem, na sua poesia, uma espécie de paraíso na terra. Na minha análise, recorro não apenas à poesia, mas também às reflexões sobre literatura de ambos os autores, e sirvo-me de estudos de diversos ensaístas reputados.
  • Fui quase todas as mulheres de Modigliani, de Graça Pires
    Publication . Mancelos, João de
    Recensão à obra Fui quase todas as mulheres de Modigliani, de Graça Pires, na perspetiva da intertextualidade exoliterária (a poesia e a obra do célebre pintor).
  • 'Walt Whitman e os pássaros': a presença do autor de Leaves of Grass num texto de Eugénio de Andrade
    Publication . Mancelos, João de
    Eugénio de Andrade homenageou Walt Whitman, de forma implícita e explícita, em diversos textos. Desses, “Walt Whitman e os Pássaros” é um dos mais conseguidos, pela riqueza de imagens e capacidade evocativa. Neste artigo, proponho-me analisá-lo, numa perspetiva intertextual, desvendando as relações que tece com a obra e a vida de um dos mais marcantes poetas de todos os tempos. O meu objetivo é mostrar como Eugénio homenageia Whitman, com conhecimento profundo do seu trabalho literário e biografia, de forma imaginativa e sensível. Para tanto, recorro à obra de ambos os autores, a bibliografia crítica e, naturalmente, à minha opinião.
  • O poeta chega sempre tarde: a ansiedade da influência e a busca da originalidade em Wallace Stevens e em Eugénio de Andrade
    Publication . Mancelos, João de
    Eugénio de Andrade (1923-2005) é um confesso admirador de Wallace Stevens (1879-1955), tal como se prova por inúmeras alusões, implícitas e explícitas, em poemas, crónicas e entrevistas. Neste ensaio, debruço-me sobre a ansiedade da influência em Stevens e em Eugénio. Analiso também duas estratégias utilizadas por estes poetas para tentarem chegar à originalidade e, assim, revelarem o seu potencial criativo: a) Buscar na natureza uma visão original; b) Procurar no sábio uso da imaginação uma voz distinta. Para tanto, recorro aos textos literários dos escritores em causa, bem como às reflexões metapoéticas que ambos teceram. Completo e escoro as minhas ideias evocando ensaístas reputados deste e do outro lado do Atlântico.
  • Walt Eugénio de Whitman Andrade: somos feitos de pó de estrelas
    Publication . Mancelos, João de
    Somos feitos de pó de estrelas: esta é uma verdade científica, pois o organismo humano incorpora elementos químicos idênticos aos que compõem os astros (cálcio, carbono, nitrogénio, silicone). Antes dos astrofísicos revelarem este facto, já os escritores o tinham pressentido. Walt Whitman, Ralph Waldo Emerson e vários outros transcendentalistas intuíram que o corpo, a natureza e o cosmos estão interligados, não apenas porque a sua composição química é a mesma, mas também por existir uma interdependência entre todos os seres vivos e não vivos. Na esteira de Whitman, o poeta Eugénio de Andrade acreditava nesta visão inclusiva, aspeto que exploro no presente ensaio.
  • Tem calma! O barco é grande!
    Publication . Mancelos, João de
    Realizado por Roland Emmerich, 2012 (2009) constitui um filme-catástrofe, um subgénero do cinema de ação que teve o seu esplendor nos anos setenta. O argumento, seguindo o paradigma de Syd Field, é linear: o núcleo do planeta aqueceu, os terramotos ameaçam a Humanidade e as águas oceânicas subiram. Para sobreviver ao dilúvio e à extinção em massa de pessoas, fauna e flora, os cientistas construíram arcas gigantes. Nesta comunicação, o meu objetivo é analisar como o mito de Noé surge simultaneamente aproveitado e subvertido neste filme de culto. Na minha análise, recorro à teoria da adaptação cinematográfica, à transposição intersemiótica e à intertextualidade.
  • Artes Comparadas: o toque da música em Eugénio de Andrade e em Wallace Stevens
    Publication . Mancelos, João de
    Tanto na poesia de Eugénio de Andrade como na do escritor norte-americano Wallace Stevens (uma das principais influências do autor português), a arte da música desempenha um papel de grande relevo. Andrade e Stevens: a) Utilizam termos musicais em títulos de obras e poemas; b) Comparam o ofício do poeta e o do músico, ao nível do processo criativo e da função do artista; c) Usam um estilo ritmado e melodioso. Nesta comunicação exemplifico e comento, numa perspetiva comparativa, essa ressonância simultaneamente exoliterária (entre poesia e música), e intertextual (entre Eugénio e Stevens). O meu objetivo é mostrar como a linguagem musical é apropriada pela literária, com imaginação. Para tanto, recorro à obra dos dois autores, citando alguns dos seus principais poemas; refiro meditações de carácter ensaístico (com particular relevo para Rosto Precário e Os Afluentes do Silêncio, no caso de Andrade, e para The Necessary Angel, em Stevens); e convoco a opinião de críticos reputados.
  • O ensino da escrita criativa em Portugal: preconceitos, verdades e desafios
    Publication . Mancelos, João de
    A Escrita Criativa, que como disciplina académica existe nos EUA e em Inglaterra há mais de um século, constitui ainda uma novidade no nosso país. Restrita a algumas universidades, clubes do ensino secundário e cursos realizados fora do sistema de ensino oficial, a EC nem sempre é lecionada por pessoas com habilitação ou experiência nas áreas da narrativa ficcional, poesia e guionismo. Daqui têm resultado preconceitos e distorções do que realmente é esta área do saber. Na presente comunicação, procuro clarificar, com brevidade, determinados aspetos basilares para a compreensão da EC: O que é? A escrita literária pode ser ensinada? Quais os objetivos, conteúdos e métodos da EC? A quem se destina? Como se pode e deve articular, interdisciplinarmente, esta cadeira com o ensino da Língua Portuguesa e da Teoria da Literatura? Qual o seu papel no incentivo à leitura. Para responder a estas dúvidas e ansiedades, parto da minha experiência como aluno de EC na Universidade de Luton, em Inglaterra; como escritor; como docente de EC e orientador de dissertações de mestrado nessa área, na Universidade Católica Portuguesa, em Viseu.
  • "Era um Deus que passava": mitologia celta e romantismo inglês no poema ‘Green God’, de Eugénio de Andrade
    Publication . Mancelos, João de
    “Green God” é um dos poemas líricos mais conhecidos e perfeitos de Eugénio de Andrade (1923-2005), incluído na obra As Mãos e os Frutos (1948). Neste artigo, proponho uma nova leitura do texto, à luz da mitologia e dos estudos de influência. Para tanto: a) Relaciono a figura central do poema com o Deus Verde dos celtas (divindade pagã associada à natureza, e ao renascer primaveril, arquétipo da ligação do homem ao ambiente); b) Enquadro o texto na temática da “vegetalização” do corpo, frequente na poesia eugeniana; c) Analiso o significado de termos como “fonte” e “flauta”, no contexto do romantismo em geral, e inglês, em particular; d) Exploro a intertextualidade com “She Walks in Beauty”, de Lord Byron (1788-1824), e sugiro explicações para a inversão dos papéis masculino e feminino que o poeta português faz em relação ao texto do inglês. Para tanto, recorro a lendas celtas, à obra de Andrade, Byron e outros escritores, ao trabalho de ensaístas reputados na área do romantismo inglês e, naturalmente, à minha opinião.