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- Human Being as a Communication Portal: The construction of the Profile on Mobile PhonesPublication . Canavilhas, João; Fidalgo, António; Correia, João Carlos; Carvalheiro, José Ricardo; Serrano Tellería, AnaThe incorporation of mobile phones in the daily life of human being not only alters space and time dimensions, but it also changes the perception and the way we relate with the ecosystem. Methodology. The state of the art is analyzed from the technological concept of intimacy, used by Boyce and Hancock, which describes the levels of interaction between man and technology. Then, a methodology to explore issues increasingly pressing is proposed, especially, concerning the delimitation of public and private spheres and the interaction in the common space. Results and conclusions. Following in particular the theories of Castells, Heidegger, Meyrowitz and Habermas; a set of categories for deepening the concepts of spatialization, willingness and profile are articulated. These concepts are identified as key elements in this first stage of the project for the analysis of the human being as a communication portal.
- A mulher do espectador implícito: a audiência feminina nos primórdios da TV portuguesaPublication . Carvalheiro, José RicardoEste artigo é um subsídio para a história das ideias de audiência. Com base na imprensa da época, procura-se compreender qual a concepção de audiência feminina proposta nos discursos públicos durante a fase inicial da televisão portuguesa (de 1957 a meados dos anos 60). O contexto de ditadura e a cultura patriarcal vigente enquadram a construção ideológica da mulher como receptora subalterna, mais no papel de esposa e mãe do que de pessoa autónoma, e dão ao conjunto de espectadoras o caráter de nicho de audiência, mas não de público.
- Elementos sobre a ideia de audiência nos inícios da TV portuguesaPublication . Carvalheiro, José RicardoO processo histórico de construção de uma audiência televisiva inclui as representações e os discursos que sobre ela se publicam. Este artigo observa o período inicial da televisão portuguesa, em busca de compreender qual a concepção de audiência que vigorava no salazarismo. Com base na imprensa televisiva da época, cruzamos discursos com origens diversas: nos círculos oficiais e na RTP; nos observadores jornalísticos; nas elites intelectuais; nos próprios telespectadores, que por um momento emergem como público interventivo. Num cenário em que os profissionais dos media tendem a dizer aos espectadores como se deviam comportar e os espectadores tendem a dizer aos produtores como a televisão devia ser, assiste-se a uma competição e a uma negociação entre duas concepções de audiência.
- Género e receção mediática no Estado NovoPublication . Carvalheiro, José Ricardo; Silveirinha, Maria JoãoBaseado em testemunhos femininos relativos ao período entre as décadas de 1940 e 1960, este texto procurar dar um contributo para a compreensão da forma como a receção mediática por parte das mulheres portuguesas foi obrigada a encontrar o seu espaço de articulação com a vida quotidiana no interior do contexto constrangedor e da cultura patriarcal no Portugal do Estado Novo, nos termos da sua hegemonia moral e das rígidas fronteiras que impunha aos papéis de género. Através de entrevistas biográficas com mulheres nascidas nas primeiras décadas do regime salazarista, abordamos alguns modos de receção da rádio e da televisão na medida em que eles configuravam uma adaptação dos então ‘novos media’ a regimes censórios profundamente interiorizados no que respeita a comportamentos e relações de género.
- “O Povo Desliga, Vai à Procura do Fado” - A Rádio e a Resistência Fadista ao Estado Novo na Década de 1930Publication . Carvalheiro, José RicardoMuito longe da consagração atual e mesmo antes da sua domesticação pelo salazarismo, o fado atravessou fases dilemáticas da sua existência. Entre elas, estão os tempos iniciais da sua mediatização, em particular, as complexas articulações com a rádio na década de 1930, com o Estado Novo e os preconceitos de classe a tentarem ostracizar o fado ou, pelo menos, travar a legitimação nacional da cultura popular urbana. As tensões que já antes rodeavam o fado renovaram-se e agudizaram-se face ao contexto simultâneo de estabilização da ditadura e de implantação da rádio em Portugal, colocando o novo meio de difusão sonora no centro das lutas simbólicas em torno da “canção nacional”. Envolvendo dilemas entre o estigma e a legitimação fadista, entre a sua origem e a propagação, entre a difusão pública e o controlo estético ou moral, constitui-se uma zona de articulação da rádio com o fado onde diversos atores sociais se posicionaram, com diferentes objetivos e estratégias, e em que se jogaram questões de programação, discursividade e status social. O objetivo deste artigo é identificar esse conjunto de articulações ao longo dos anos 30, tentando perceber de que maneira a formação do campo radiofónico, com as suas várias estações e matizes, se tornou palco e participante num processo cultural que, em alguns aspetos, já o precedia. A pesquisa baseia-se na imprensa coeva, especificamente nos jornais de fado (Guitarra de Portugal; Canção do Sul) e nos periódicos dedicados à rádio (Rádio Semanal; Rádio Revista; Boletim da Emissora Nacional; Rádio Nacional).
- Receção mediática e história oral: operárias da Covilhã no Estado NovoPublication . Carvalheiro, José Ricardo; Tomás, Diana GonçalvesO período do Estado Novo (1933-1974), caracterizado por um sistema social fortemente patriarcal, assistiu também à entrada de novos meios de experiência simbólica, a rádio e da televisão, na vida das mulheres. Recorrendo à história oral, este artigo procura pistas acerca da forma como decorreu essa implantação da receção mediática entre o operariado têxtil da Covilhã, recorrendo a memórias femininas sobre a articulação dos media com os espaços domésticos e os lugares públicos, e sobre os modos como as interações sociais se foram acomodando ou transformando nesse processo. O texto propõe um quadro teórico para analisar a história da receção numa perspetiva de género, partindo dos conceitos de receção mediática, hegemonia e dominação para explorar dados empíricos provenientes de entrevistas biográficas.
- Por um prisma histórico na sociologia da imprensa: Recordando Robert ParkPublication . Carvalheiro, José RicardoValorizando o conhecimento de teorias e autores clássicos na história da comunicação, este artigo revisita Robert Park pelo prisma do historicismo que caracteriza o seu pensamento acerca da imprensa e examinando, em particular, o texto “A história natural do jornal”, publicado há cem anos, em 1923. Ao propor uma articulação fundamental entre história e teoria social e ao ser, em simultâneo, pioneiro a colocar a comunicação no centro da análise, este sociólogo da Escola de Chicago merece um lugar de relevo na história dos estudos históricos sobre os media. Nascido no século XIX, a sua própria biografia, jornalística e académica, se entrelaça significativamente com as mudanças sociais da época.
- Agenda dos Cidadãos: jornalismo e participação cívica nos media regionais portuguesesPublication . Correia, João Carlos; Canavilhas, João; Morais, Ricardo; Sousa, João Carlos; Carvalheiro, José RicardoSinopse O campo do jornalismo tem vindo a ser atravessado, nas últimas décadas, por reflexões teóricas e experiências que visam melhorar o relacionamento entre os públicos e a vida comunitária, tentando incentivar esses mesmos públicos a participar no debate das questões de interesse colectivo. Sob a influência de elementos teóricos projectados pela teoria da democracia deliberativa, pela reflexão comunitarista e pela obra de John Dewey e também das transformações tecnológicas que incentivam a interactividade, o jornalismo implica hoje uma referência ao reforço da participação dos públicos na cidadania e ao papel que o jornalismo pode desenvolver no reforço dessa participação (Dewey, 2004; Mesquita, 2003; Dahlgren & Sparks, 1991). Simultaneamente, o jornalismo público tem-se afirmado como um movimento que visa ultrapassar alguns contextos de crise que dificultaram o relacionamento entre o jornalismo e a vida cívica, nomeadamente a orientação exclusivamente dirigida para o mercado, o reforço da tendência conhecida pela fusão do entretenimento com a informação (infotainment), o incremento das soft news, e a excessiva dependência de fontes oficiais e de rotina. Neste contexto, o projecto “Agenda dos Cidadãos: jornalismo e participação cívica nos media portugueses”1 surgiu com o objectivo fundamental de identificar, fomentar e experimentar práticas jornalísticas que contribuam para reforçar o compromisso dos cidadãos com a comunidade e a deliberação democrática na esfera pública, numa perspectiva de fortalecimento da cidadania, seguindo o exemplo do chamado jornalismo público e, eventualmente, outras formas de jornalismo comunitário (Glasser, 1999; 2002). A ideia orientadora fundamental do projecto foi a análise da possibilidade de substituir uma agenda determinada, maioritariamente, por definidores primários, por uma agenda em que também se desse visibilidade às questões de interesse público identificadas pelos públicos dos media (Charity, 1995).
- Desencantamento de uma profissão: Representações do repórter (tendência estagiário) no romance portuguêsPublication . Carvalheiro, José RicardoO artigo pega em representações do repórter em três romances portugueses das últimas décadas e procura não só analisar as personagens e os enredos, mas também articular as circunstâncias ficcionais com os contextos reais do jornalismo português nos períodos em que as obras foram escritas. A linha do tempo em que vão surgindo sucessivamente os repórteres romanceados por Clara Pinto Correia, Mário de Carvalho e Lídia Jorge, dos anos 80 à década de 2010, é também um arco temporal em que a profissão de jornalista em Portugal se autonomiza, se expande, se qualifica, se segmenta, se desdobra e se precariza, num movimento paradoxal cujos traços quotidianos é possível discutir através das personagens literárias.
- Is the Discourse of Hybridity a Celebration of Mixing, or a Reformulation of Racial Division? A Multimodal Analysis of the Portuguese Magazine AfroPublication . Carvalheiro, José RicardoFor many years the study of "race" relations was dominated by paradigms—of assimilationism and multiculturalism—which highlighted difference and division (as a problem, or a virtue). In more recent years the idea of racial and cultural mixing—creolization or hybridization— has become an important concept in ethnic and racial studies. The starting point of this article is the observation that the idea of racial and cultural mixture—hybridity or mestiçagem—was a key ideological feature of Portuguese colonialism in its last decades. If hybridity is not therefore a new discourse in Portugal, what is the place for it today and what kind of hybridity is being referred to? What might the Portuguese case tell us about discourses of hybridity more generally? The article explores these questions through a combined visual and linguistic analysis of the lifestyle magazine Afro as a site where contemporary discourses about "race" intertwine.