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Abstract(s)
«Subitamente a lanterna apagou-se. Serafim berrou uma praga. Os dois pararam, mas não viam nada em redor. Só a neve continuava a bater-Ihes nos rostos e nas mãos. ( ... )
- Pega nos fósforos...
- Não. Acenda você...
- Acende tu...
Os dedos de Serafim tiraram, com dificuldade, o fósforo da caixa. Duas, três vezes, riscou a lixa. A chamazita surgiu, mas extinguiu-se antes mesmo de se aproximar da lanterna. 0 coração de Horácio começara a pulsar mais fortemente. Nos seus ouvidos andava uma zoeira enorme, que ja não parecia do vento, mas sim criada no seu próprio cérebro. Serafim tardou a retirar da caixa o seu último fósforo. Silenciosos, os dois homens pareciam aguardar algo imprevisto, uma súbita inspiração, um socorro impossível. Serafim meteu,
outra vez, o fósforo na caixa. (...)
Description
Keywords
Nigredo Rubedo Albedo Ferreira de Castro A Lã e a Neve
Citation
ROSA José Maria Silva, «Nigredo, Albedo Rubedo. Matizes e Metamorfoses cromáticas em A Lã e a Neve», In: José Maria Silva ROSA e Ricardo António ALVES (Orgs.), A Lã e a Neve de Ferreira de Castro. Releituras, Travessias, Metamorfoses, Universidade da Beira Interior, Covilhã, 2017, pp. 83-96
Publisher
Universidade da Beira Interior