Departamento de Comunicação, Filosofia e Política
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Browsing Departamento de Comunicação, Filosofia e Política by advisor "Bento, António José Ferreira"
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- Bancada EvangélicaPublication . Castro, Jurema Aparecida Amado de; Bento, António José FerreiraA arena política brasileira, presencia já há algum tempo, a forte expressão dos grupos evangélicos. Esta bem-sucedida investida na política, tem seus propósitos. Pretendem fazer uma adequação da sociedade, para que esta se encaixe dentro dos preceitos cristãos. Outro fator de interesse é a isenção de tributação sobre os avantajados valores que esses grupos movimentam através do comércio da fé. O grupo neopentecostal tem maior visibilidade religiosa e política. Transformou-se em corporativismo religioso e possui um marketing bíblico poderoso. O alicerce político serve de esteio para o cumprimento de um plano de poder, arquitetado e bem delineado. O interesse em eleger políticos gerados no próprio meio evangélico, ou em eleger políticos que acompanham os ideais desses grupos é o empenho das lideranças religiosas. Uma vez eleitos, os políticos passam a defender as ideologias dos grupos evangélicos. Discurso político se torna discurso religioso e vice-versa. A vida política será uma extensão da vida cristã. A sociedade brasileira possui uma diversidade de etnias, de culturas e de grupos religiosos. Este processo tem gerado tensão, conflitos e dúvidas sobre a laicidade do Estado brasileiro.
- A cidade cenográficaPublication . Maciel, Heverton Harieno Dotling; Bento, António José FerreiraO presente trabalho discute em que medida a Prefeitura de Belo Horizonte e a Câmara Municipal do Porto confeccionam, em suas campanhas audiovisuais, uma imagem de cidade que destoa da que a população é capaz de experimentar em suas vivências e práticas diárias. Esta pesquisa nasce da vontade de verificar se há por parte das cidades apresentadas nos vídeos uma idealização que resulta numa reprodução que a difere da experiência cotidiana de seus usuários. Para desenvolver esta pesquisa recorremos a uma revisão dos conceitos relativos aos estudos de cidades, ao da comunicação e da comunicação política propriamente dita, desde o seu significado etimológico à forma como esses conceitos interpelam as relações entre o poder político e os cidadãos. Verificar de que maneira se dá a apropriação da cidade enquanto instrumento de atuação política, tal qual o uso da comunicação enquanto ferramenta ideológica, permite compreender os entornos em que se edificam as cidades das propagandas; aqui acusadas de cenográficas. Para testarmos as hipóteses levantadas neste estudo realizamos dois métodos; a análise de conteúdo e a aplicação de questionário, considerando que estes métodos se enquadram nos objetivos e nas especificidades do nosso “corpus” da investigação.
- O Fundamento Infundado: Figuras do Poder Instituinte em Maquiavel e EspinosaPublication . Pina, Albano Falcão Rito Torres; Bento, António José Ferreira; Santos, José ManuelEste trabalho visa reelaborar o conceito de poder instituinte a partir duma leitura conjunta de Maquiavel e Espinosa. Mais especificamente, pretende-se ver como ambos os autores, ao reflectirem sobre a relação entre sociedade e instituições, já identificam aquelas que consideramos as principais características do referido poder, a saber: 1) o seu carácter conflitual; 2) a sua inapropriabilidade; 3) o facto de consistir num processo contínuo, sem princípio nem fim. Demais, pretende-se ainda determinar o que Maquiavel e Espinosa entendem exactamente por “instituição” (no sentido nominal do termo). Para isso, faremos uma análise, tão exaustiva quanto possível, das diversas instituições (históricas ou ideais) por eles tratadas, tentando apreender, para lá das especificidades de cada delas, a sua comum essência funcional. No tocante à estrutura, esta tese divide-se em duas partes: a primeira ocupa-se da república romana, tal como aparece concebida nos Discorsi sopra la prima deca di Tito Livio; a segunda debruça-se sobre a noção espinosista de “potência multitudinária” (multitudinis potentia). Mas além dos dois ditos temas, abordaremos ainda outros — como a problemática da imitação em Maquiavel, ou o uso da linguagem vulgar em Espinosa — que, embora não estando directamente ligados ao nosso tópico central, são indispensáveis à compreensão do quadro teórico em que ele se inscreve. O que segue não é, nem aspira a ser, um estudo comparativo, pelo que, apesar de existirem múltiplas continuidades entre os autores trabalhados, só pontualmente lhes faremos referência, quando a marcha da investigação o exigir, e na medida em que isso concorra para o esclarecimento do assunto em apreço. Ressalve-se também que não tencionamos apresentar Maquiavel e Espinosa como teóricos sistemáticos do poder instituinte; procuraremos somente colher, num sobrevoo das suas obras, certos elementos que intervêm, ou estão implícitos, nesse conceito, e de cuja síntese pode resultar, acreditamos, um útil contributo para o seu entendimento.
- O Prisioneiro: Hipótese de uma Quinta Figura de JüngerPublication . Damião, Antímio Vieira; Bento, António José FerreiraEsta dissertação procura conceptualizar teoricamente a hipótese de uma quinta figura de Ernst Jünger que represente, em traços gerais, o cenário sócio-político de inícios do século XXI. Tomando como ponto de partida as figuras jüngerianas — o Soldado Desconhecido, o Trabalhador, o Desterrado e o Anarca — a estas adimos o Prisioneiro como representação arquetípica do nosso tempo. Neste sentido, debruçamo-nos, em primeiro lugar, sobre a génese e o devir daquelas, tendo em conta o cenário histórico e sócio-político onde cada uma se enquadra e o que cada uma ilustra enquanto soma total das partes que a compõem. À sua compreensão corresponde primeiramente um breviário interpretativo e exploratório da estética originária de Jünger e, por conseguinte, a análise por ordem cronológica de cada figura jüngeriana, de modo a, assim, podermos construir o edifício teórico do Prisioneiro através de problemáticas e conceitos de relevo que expõem e traduzem o cenário sócio-político do nosso século e ramificam o Prisioneiro em quatro tipos essenciais — panóptico, mediático, laboral e ideológico. Esta tipologia, embora quadripartida, não obedece a uma ordem ou arbitrariedade específicas, mas sim a uma interligação e interacção profundas que comprovam a realidade prisional dos nossos dias.
- Teorias clássicas do movimento na dinâmica das soberanias: a relevância prospetiva dos conceitos aristotélicos de kinesis e metabolePublication . Lau, Rafael Lando; Amaral, José António Campelo de Sousa; Bento, António José FerreiraFundamentada na caraterística da universalidade do conhecimento filosófico e na objetividade científica, esta investigação desbrava o objeto movimento na sua natureza física até às suas aplicações políticas. Estudar o movimento para compreendermos a dinâmica das soberanias exige-nos determinar as leis, forças físicas e psicológicas que são ativadas pelo poder político de forma a estimular os corpos em movimento no território do Estado, isto é, definir as forças físicas e políticas que são responsáveis pela manifestação da ação física e psicológica dentro do Estado, dado serem problemas perfeitamente ajustados ao movimento de metamorfose ou dialético de Platão; aos movimentos cinético e metabólico, de Aristóteles; ao movimento anaciclótico, de Políbio; ao corpo político, de Hobbes. “Teorias clássicas do movimento na dinâmica das soberanias” é um estudo que serve para se determinar e compreender as forças que impelem os corpos políticos tanto para a dinâmica (forças de desenvolvimento) quanto para a estática ou estagnação (forças da estática: aquelas forças que obrigam certo corpo a estagnar-se num dado extremo). O estudo da estática revelou-nos que a mesma estática é uma lei física que se deve vencer pela utilização das forças da dinâmica, pelo que a estagnação de uma soberania assenta na estática como uma lei política que deve ser vencida pelas forças da dinâmica diretiva do poder político. Determinar o sentido do movimento em relação à estática fornece-nos as bases para a compreensão do modo como atuam as forças políticas e a objetividade da sincronia entre a física e a política. É nesta base que definimos o conceito de mecânica-política: a expressão através da qual entendemos estudar e explicar o movimento dos corpos políticos dentro do Estado soberano; é a expressão que nos permite conhecer a aplicabilidade, utilidade e contribuição dos elementos da Mecânica para a Política. Logo, observamos a existência de um fenómeno científico que explica a imbricação das ciências Físicas e a Política para a realização dos objetivos dos cidadãos. O estudo compreende a soberania na dimensão do poder autónomo que é exercido pelo povo dentro dos seus limites territoriais. O conhecimento do movimento em relação à soberania permite equacionar as melhores técnicas para a orientação dos corpos políticos em movimento ou o modo como se movem os corpos políticos no espaço político, pelo que o território do Estado é um indicador objetivo para que os estudiosos e governantes cheguem ao conhecimento e à definição correta dos elementos políticos a serem ativados para a sua dinâmica positiva oposta à estagnação.