Browsing by Author "Pereira, Ana Catarina"
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- Abordagem da criança com faringoamigdalitePublication . Pereira, Ana Catarina; Jorge, Arminda Maria MiguelBackground: A faringoamigdalite aguda é um dos diagnósticos mais frequentemente realizados pelos Pediatras. Esta entidade é na sua grande maioria de etiologia viral no entanto, 15 a 20% é de etiologia bacteriana, sendo esta última a que mais preocupa os clínicos pelo seu risco de complicações. A distinção clínica é por vezes bastante difícil, levando muitas vezes ao seu sobre diagnóstico e prescrição de antibióticos que conduzem ao problema em ascensão das resistências aos antibióticos. Objectivos: Avaliar a presença de concordânci a entre os dados clínicos recolhidos durante o estudo e os obtidos após a pesquisa bibliográfica. Métodos: Estudo retrospectivo através da recolha dos dados clínicos relativos a todas a crianças que realizaram o teste rápido antigénico para o streptococcus do grupo A durante o mês de Dezembro, com clínica de faringoamigdalite e idade inferior a 15 anos. Os dados colhidos incluíam as variáveis idade, sexo, dados relevantes da anamese, exploração física, resultado da prova antigénica para streptococcus do grupo A bem como a terapêutica instituída. Resultados: As crianças com teste rápido antigénico para o streptococcus do grupo A positivo apresentam um predomínio de odinofagia (86%) e eritema faríngeo (70,2%). Os sintomas catarrais, como a tosse estão presentes em cerca de 10% dos doentes com resultado positivo. As crianças com idade inferior a três anos têm um quadro clínico de odinofagia (33,3%), tosse (33,3%) e rinorreia (16,7%). Nas crianças com teste rápido antigénico negativo a odinofagia (56,6%) e a tosse (33,3%) são os principais sintomas associados ao eritema faríngeo em 55% dos doentes. Enquanto no exame físico o eritema e o exsudado prevalecem com 67,7% e 28,3% respectivamente. A associação amoxicilina e ácido clavulânico foram prescritas em 51% dos casos seguidos de amoxicilina em 41% dos casos. Conclusão: A distinção clínica da faringoamigdalite é bastante difícil sendo baseada unicamente pelo quadro clínico. É necessária a utilização de exames auxiliares de diagnóstico bastante sensíveis e específicos e que demorem pouco tempo para darem o resultado.
- O adultério feminino mediado pelo olhar de Monique Rutler ou o charme discreto de uma burguesia republicana e falsa-moralista.Publication . Pereira, Ana CatarinaA década de 90 seria um período marcante na História do Cinema Português. Uma democracia recentemente conquistada (1974), a entrada do país na União Europeia (1986) e a tentativa de promulgação de medidas que fomentassem a igualdade de oportunidades, geravam debate e questionamento. Alguns dos mais densos filmes então estreados — de Teresa Villaverde, Pedro Costa, Margarida Gil, João Canijo, Solveig Nordlund ou João César Monteiro — revelam distanciações fracturantes, enquanto denunciam os inúmeros problemas que asfixiam determinados segmentos da sociedade. As imagens de crianças e adolescentes que crescem e que são educadas num país de instabilidade face ao novo, subúrbios marginalizados e injustiças perenes seriam dominantes na cinematografia daqueles anos. Neste contexto, Monique Rutler decide realizar um filme de época. Olhando o passado, questionou o presente e perspectivou um futuro que poderia retroceder, caso não se prestasse a devida atenção aos poderes instituídos e se consentisse no tratamento discriminatório de mulheres e operários. Depois de intensas pesquisas, a cineasta franco-portuguesa revelou novamente a história de Adelaide Coelho da Cunha, filha do fundador do jornal Diário de Notícias, e primeira mulher de um dos seus directores, internada e sujeita a tratamentos psiquiátricos indevidos, por ter escolhido viver um amor adúltero. A denúncia deveria ter suscitado o escândalo e a consternação, motivado o público e conhecido uma maior distribuição pelas salas de cinema. Todavia, a terceira longa-metragem de Monique Rutler parece ser, em todos os sentidos possíveis, uma história maldita. Estreado comercialmente no ano de 1992 em apenas três salas do país, o filme não foi além dos 2706 espectadores.[1] Por outro lado, sendo uma das mais marcantes narrativas sobre a condição feminina num determinado período da História de Portugal, é também uma das mais esquecidas. O propósito deste artigo é assim o de chamar a atenção para a invisibilidade de um caso verídico de graves atentados a princípios éticos e deontológicos — não apenas universais, mas também, e particularmente, dos profissionais de saúde. [1] Dados fornecidos pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA).
- Arte e política: Do espectador universal à passividade da mulher que assistePublication . Pereira, Ana CatarinaO início de uma relação formal entre estudos de género e cinema situa-se historicamente na década de 70, quando uma segunda vaga de movimentos feministas denuncia as desigualdades iniciadas na esfera privada com repercussão na esfera pública (“o pessoal é político” seria um dos slogans mais pronunciados, à época). No contexto referido, diversas cineastas e pesquisadoras de estudos fílmicos procuram aplicar os princípios à sua área de estudo. Se o cinema constituía um meio de comunicação de massas, a forma como suportava a manutenção de determinados preconceitos e estereótipos representava um mecanismo de repressão da identidade feminina.
- Cine-Poema: a poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen no filme de João César MonteiroPublication . Pereira, Ana Catarina“O poeta é levado a buscar a justiça.” As palavras de Sophia de Mello Breyner, pronunciadas no documentário com que João César Monteiro inicia a sua filmografia, revelam a responsabilidade social com que ambos os artistas – cineasta e poetisa – encararam o percurso e posições públicas assumidas, ainda que em estilos claramente distintos. Sophia, filme que ocupa um lugar de destaque no Novo Cinema Português e que vem dar nome aos Prémios da Academia Portuguesa de Cinema, é a obra em análise no presente artigo. Reflectindo sobre o diálogo estabelecido entre os dois lados da câmara e a assumida vontade do realizador em buscar uma essência do Cinema, tentaremos identificar o modo como o espaço é filmado, na sua relação com a personagem e com o tipo de documentário resultante.
- Cineclubes: uma forma alternativa de ver cinema em PortugalPublication . Pereira, Ana CatarinaEstão espalhados por todo o país e são grandes responsáveis pela descentralização da cultura em Portugal. Aos fiéis espectadores que vão mantendo, os cineclubes mostram os clássicos de Chaplin, Godard, Fellini, Manoel de Oliveira ou João César Monteiro, ao lado dos mais recentes êxitos de bilheteira ou de ciclos temáticos que apetecem ver do primeiro ao último filme. Para além disso, levam o cinema às escolas e vão desenvolvendo um apurado sentido estético nos espectadores mais jovens. A história do movimento cineclubista em Portugal é antiga, sendo o momento presente pautado por momentos difíceis.
- O cinema ao serviço da educação: a experiência das escolas de ensino básico e secundário no AlgarvePublication . Pereira, Ana Catarina“Primeiro estranha-se, depois entranha-se”. Assim se poderia definir, recorrendo a Fernando Pessoa, o primeiro contacto de uma criança ou adolescente com o cinema que não faz parte do circuito comercial. Preparar o espectador para a visualização de obras que requerem uma análise cuidada e uma interpretação profunda é o papel dos professores que, de alguma forma, influenciam a vida e os gostos daqueles com quem contactam. À necessidade de formação destes profissionais associa-se a dificuldade de transposição de burocracias e preconceitos instituídos que continuam a condicionar a introdução do cinema nos programas de ensino básico e secundário. No Algarve, a região mais a sul de Portugal Continental, o projecto Juventude Cinema Escola, coordenado por Graça Lobo, adquiriu uma notoriedade e seriedade contracorrentes.
- Cinema e outras Artes I: Diálogos e Inquietudes ArtísticasPublication . Oliveira, Anabela Dinis Branco de; Pereira, Ana Catarina; Rosa, Liliana; Penafria, Manuela; Araújo, NelsonO primeiro volume, Cinema e Outras Artes I, dá conta da profícua e já longa relação entre o cinema e a escrita e reúne contribuições várias que se encontram na confluência entre a Ciência, a Arte e a Filosofia.
- Cinema e outras Artes II: Diálogos e Inquietudes ArtísticasPublication . Oliveira, Anabela Dinis Branco de; Pereira, Ana Catarina; Rosa, Liliana; Penafria, Manuela; Araújo, NelsonO segundo volume, Cinema e Outras Artes II, destaca investigações sobre artes cuja relação com o cinema possui já uma relevante tradição académica, como sejam a Arquitetura e a Pintura. Outras formas de expressão, como a Música ou a Banda desenhada, têm aqui também um lugar de destaque.
- Docente de Cinema: A relação possível entre emoção e razãoPublication . Pereira, Ana CatarinaO presente artigo pretende ser um encontro entre metodologias e diretrizes pedagógicas para o Ensino Superior e a docência em licenciaturas de formação artística, mais especificamente, na área de Cinema. Habitualmente leciona‑dos por antigos profissionais ou investigadores da área, sem uma formação pedagógica que os/as prepare para a exposição pública inerente à atividade de docente, nem tão pouco para a sistematização de conteúdos adequados ao corpo discente, estes cursos são também frequentados por alunos/as com necessidades, expectativas e referências heterogéneas, tornando par‑ticularmente necessários o debate e a reflexão sobre modelos e técnicas a aplicar em aula. No caso de estudo que aqui se apresenta, a regência da unidade curricular de História e Estética do Cinema Português, na Universidade da Beira Interior, atribui o mote a uma breve dissertação em torno de objetivos e metodologias com potencialidade de adaptação à formação de futuros/as cineastas. A tentativa de equilíbrio das vertentes teórica e prática, bem como a necessidade de preparação para o mercado de trabalho – no qual, por tratar‑se de uma disci‑plina de final de curso, alunos e alunas irão previsivelmente entrar nos meses seguintes – têm ditado a evolução da experiência, permitindo‑nos chegar a algumas conclusões sobre novos modelos educativos e a sua aplicação ao Ensino Artístico.
- Estudo do tecido operário têxtil da Cova da BeiraPublication . Pereira, Ana CatarinaBuscando inspiração em Garrett, Viagens na Minha Terra poderia ser o título da obra que aqui apresentamos. Uma viagem ao passado e ao presente da indústria têxtil na Beira Interior (que simultaneamente procura perspectivar um futuro algo incerto e pouco risonho) foi justamente a técnica que utilizámos para recontar uma História: a da cidade que um dia foi denominada Manchester Portuguesa e dos operários que nela trabalham. Um cognome como este sublinha, desde logo, a grande importância da indústria têxtil na região. É precisamente a sua evolução ao longo dos séculos, bem como o percurso do Sindicato dos Trabalhadores do Sector Têxtil da Beira Baixa, que nos propomos analisar. Relembrando sempre que a História não é somente feita por heróis, nem se resume a uma análise cronológica, iremos também conhecer aqueles que, durante toda a sua vida, trabalharam como operários neste sector. Recordações, lembranças e dificuldades atravessadas durante o período ditatorial português e na transição para a democracia, serão relatadas na primeira pessoa. Entrevistaremos ainda personalidades de alguma forma ligadas à região, como o próprio dirigente do Sindicato - Luís Garra, João Esgalhado, vereador da Câmara Municipal da Covilhã, Carvalho da Silva, dirigente da CGTP e Heitor Duarte, sociólogo e antigo professor da Universidade da Beira Interior. Os seus testemunhos serão publicados na íntegra, reservando-se o Sindicato o direito de discordar com algumas das opiniões citadas. Efectuaremos também um estudo aprofundado junto dos operários que se encontram actualmente no activo, de forma a conhecermos os seus saberes, competências e percurso profissional, bem como expectativas e projectos de vida, numa altura em que os têxteis enfrentam novos desafios. Diagnosticar a situação do operariado da Cova da Beira, tendo em consideração a necessidade e urgência de uma profunda reorganização e dinamização deste sector da actividade, constitui um dos objectivos deste trabalho. Para tal, configurou-se-nos necessário e conveniente complementar as informações teóricas recolhidas, com um inquérito directo, lançado a uma amostra significativa de trabalhadores, tão representativa quanto possível das diversas funções desempenhadas por cada um. O diagnóstico teoricamente formulado será, desta forma, complementado com as informações recolhidas e tratadas e o estudo será complementado por duas ciências sociais e humanas: História e Sociologia. A análise social que resultará destas viagens definirá situações problemáticas na vida profissional dos operários e detectará algumas das suas principais necessidades. Ao presente trabalho, espera-se que se sigam novas prioridades e estratégias para resolução destes casos, posteriormente definidas no âmbito de diversos projectos de reorganização da indústria, desenvolvidos pelo Sindicato dos Têxteis em concertação com os agentes políticos e económicos da região.
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